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15 de julho de 2013

O que é Texto Dissertativo-Argumentativo

A dissertação-argumentativa exige reflexão e compromisso. É o tipo de texto em que prevalecem opiniões sobre os fatos, postura crítica diante do mundo e reflexões que contribuem para o aprofundamento da discussão, sobre temas que sobressaem da própria vida em sociedade.
O texto argumentativo desenvolve-se sempre em torno de um assunto que, por meio da argumentação, transforma-se em tema. Os argumentos, por sua vez, seguem uma linha de raciocínio que culmina numa tese - ideia passível de discussão.
Assim a condição básica para produzir uma dissertação- argumentativa é o conhecimento que se tem do assunto e a vontade ou a necessidade de discuti-lo. Tendo-se a informação suficiente, o primeiro passo é a organização dos dados que se têm para se chegar a uma defesa de uma ideia. É um texto que articula exposição e argumentação.
A arte de bem exprimir o pensamento consiste em saber ordenar as ideias. Ordem que dá clareza a toda comunicação. E como se ordenam essas ideias? Fazendo a previsão do que vai se expor. Da reflexão passa-se ao plano. Elaborar o plano é fixar a ordem do desenvolvimento  da exposição, uma vez que ela não é outra coisa senão previsão.
É normal lembrar que os textos, em geral, não somente os dissertativos-argumentativos, abordam um assunto e defendem uma ideia. Não existe, portanto, neutralidade. Por trás de um texto há sempre um sujeito cujos valores, crenças e ideologia transparecem. No caso de um texto dissertativo-argumentativo, a expressão de valores se faz de maneira mais clara, coesa, assume-se um posicionamento sobre um tema.
Nas dissertações, não é comum aparecer o enunciador, o sujeito que reflete, pois o que importa é o assunto em questão e não quem fala dele. Essa objetividade dá ao texto um valor universal. Um enunciado do tipo"eu acho que o uso dos meios eletrônicos" constitui uma opinião particular mais adequada a uma conversa entre amigos, em que cada um supõe alguma coisa. A ausência do emissor torna a ideia defendida algo partilhado entre várias pessoas. No entanto, a primeira pessoa do plural - nós -e admitida no texto, pois seu uso não descaracteriza o discurso argumentativo.

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