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31 de maio de 2014

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Só se escreve sobre aquilo que se conhece

A Estrutura do texto Dissertativo

São três as partes básicas de uma redação: introdução, desenvolvimento e conclusão. Isso necessariamente não quer dizer que uma dissertação tenha que ter três parágrafos. O mínimo de parágrafos lógicos seriam quatro e no máximo cinco, por se tratar de um texto para leitura rápida e concisa.
Na Introdução de texto dissertativo encontramos a delimitação de um tema, através de frases chamadas de argumentos, ou ideias secundárias, de uma ideia central que conhecemos como assunto, o assunto do tema que amarrará os parágrafos do desenvolvimento - sugestão ou duas, ou no máximo três;
No Desenvolvimento do texto dissertativo trabalharemos as frases ideias, ou argumentos observando a estrutura padrão de um parágrafo de desenvolvimento que apresentarei mais adiante, apresentando sua causa e consequência e exemplos sempre no fim parágrafo para mostrar harmonia;
A Conclusão no texto dissertativo também uma estrutura padrão, chega de inventar, até para finalizar um texto devemos seguir regras. Seguindo-as o resultado final da redação será primoroso.
Eis o Esquema Estrutural que poderá ajudá-lo a fazer sua dissertação:

Acima temos um modelo para uma redação com cinco parágrafos, abaixo segue o desenvolvimento de uma redação a partir do seguinte tema:
"ÁGUA, CULTURA E CIVILIZAÇÃO"
No mundo moderno, incrivelmente globalizado, ocorre uma tendência a valorização do lucro em detrimento a fatores de grande importância para a sobrevivência humana. Pois, a falta de água potável no futuro trará consequências hediondas. Mas, há uma cultura que pode ser formada através da educação ambiental nas escolas para as nossas crianças e, além do mais, descaso de nossos governantes aponta para uma civilização em crise e em processo de autodestruição.
Embora, o homem não tenha dado o valor devido à importância da água para sua subsistência. Estudiosos preveem que daqui a 50 faltará água potável. Que ironia para o ser humano que vive em um planeta composto por 2/3 de água. Lembrando que 2% da água da terra é doce e o mais criminoso é que 5% dos 2% está poluída. Além da destruição de seu "habitat" natural, o aumento demográfico é absurdo, poluindo o que ainda resta, sem nenhuma ação governamental para conter esta realidade terrível e inevitável.
Ainda com a falta de políticas públicas, contribuindo para esse descaso. Sem um processo de Educação Ambiental nada pode ser feito contra essa escassez. Preparar a cultura dos herdeiros da terra para essa mudança de postura, já entranhada dentro de nossos governantes que por não terem interesses políticos nada fazem, é essencial.
Mesmo, diante dessas grandes civilizações que dominam o planeta, algumas que surgiram, ou tem como modelo, se organizarem perto dos grandes rios como vemos o Tigre, Eufrates, Amarelo, Nilo, Rio Grande, Amazonas e outros. Não foi mera coincidência, antes sim suas necessidades de vitalidade e de preservação de suas espécies. A água é vital para todos os seres vivos, é usada em rituais desde a antiguidade. Logo pode existir a humanidade sem seu líquido precioso que é a água.
Esse bem tão precioso, que para alguns pensadores da Grécia Antiga foi o princípio de tudo, só terá relevância, com preocupação no âmbito mundial, quando a catástrofe estiver pronta. Todos os dias os avisos são dados, com a natureza se rebelando, pó enquanto são os outros seres que estão entrando em extinção. Quando chegar a vez do bicho homem, só assim, ele irá se preocupar, mas já será tarde demais.

Outros temas:


 Temas (Frases)

"Quem decide pode errar: quem não decide já errou".
"O outro nome da paz é justiça".
"A capacidade de ouvir o adversário da à medida do amor a liberdade".
Lembre-se que o Ponto de vista é a mágica da redação. É a primeira frase para iniciar a delimitação do tema. Aquela que vem em primeiro lugar na sua mente. Está presente em seu pensamento após ler qualquer texto. É a primeira ideia que você tem do assunto. Supondo que você fosse dissertar sobre um tema simples e comum que todos usam para explicar ponto de vista. "A TELEVISÃO".
Ilustração
O que geralmente chamamos de ideias são pontos de visão do tema, que inseridos em uma frase servem como frase inicial. A primeira frase para iniciar o primeiro parágrafo O Ponto de Vista. O Ponto de Vista depende de sua capacidade de leitura e absorção de ideias, conhecimentos. Quanto mais informação você tem melhor para desenvolver e expor suas ideias na forma escrita. É por isso que eu sempre afirmei para meus alunos e agora na internet me permitam finalizar com a minha eterna frase.
"Só se escreve sobre aquilo que se conhece. - Robson Moura".

Modelos de redação com bons argumentos, excelentes




MODELO ENEM sobre o tema "Sustentabilidade"

A sustentabilidade é uma das questões mais discutidas na sociedade atualmente. Os impactos ambientais causados pelo estilo de vida moderno preocupam a população, exigem mudanças de comportamento e tornam-se alvo dos debates que buscam equilíbrio entre questões sociais, econômicas e ambientais. 

Os processos de crescimento demográfico e a Revolução Industrial intensificaram a produção e o consumo exagerado de produtos, muitas vezes, desnecessários para a sobrevivência humana. Com o desenvolvimento tecnológico, aparelhos inovadores surgem numa velocidade cada vez maior, tornando, assim, os já existentes descartáveis e ultrapassados, o que intensifica o acúmulo de lixo e a degradação ambiental.

Em razão disso, diversas Conferências já foram realizadas a fim de fazer repensar o consumo e o desenvolvimento tecnológico. Dentre elas, destacam-se a ECO-92 e a Rio + 20, ambas realizadas na “cidade maravilhosa”, que tiveram como meta maior a reafirmação dos compromissos assumidos pela Conferência de Estocolmo, os quais permeiam desde questões ambientais às relacionadas à biodiversidade ecológica. 

A influência do capitalismo no comportamento da população tem impulsionado um consumo irresponsável e relutante quanto às mudanças de hábitos. Em razão disso, as práticas de planejamento, que vão ao encontro de um desenvolvimento sustentável, acabam inviabilizadas, o que faz sentido quando analisamos o texto final da Rio + 20. Segundo a maioria dos críticos, a Conferência ficou caracterizada de forma negativa por não apresentar metas e compromissos explícitos. 

Percebe-se que é necessária uma parceria entre Governo e população. Àquele, cabem medidas, como o investimento em projetos de conscientização nas escolas e universidades, inclusive o estímulo à busca de fontes de lucro ecologicamente corretas pelas grandes empresas, além da fiscalização do cumprimento dos acordos feitos pelos demais países nas conferências. À população, cabe a busca por informações sobre o assunto a fim de incitar uma mudança de postura quanto aos hábitos de consumo, e também a utilização da denúncia de exploração das áreas desprotegidas, por exemplo, como forma de participação ativa e como exercício de cidadania. 



Para quem ainda não tem habilidade para redigir, mas quer se dar bem no ENEM, segue abaixo um modelo de sugestão que tem por finalidade orientá-lo e facilitar a organização das ideias. 

Sugestão de planejamento para o MODELO ENEM

MINHA SUGESTÃO DE PLANEJAMENTO: 

INTRODUÇÃO: UM DOS MAIORES PROBLEMAS NA ATUALIDADE É (COLOCAR A PALAVRA CHAVE DO TEMA). ISSO OCORRE EM FUNÇÃO DE (IDEIA 1), (IDEIA 2) E, INCLUSIVE, (IDEIA 3). PORTANTO, UMA AÇÃO CONJUNTA ENTRE ESTADO E POPULAÇÃO FAZ-SE NECESSÁRIA PARA A SOLUÇÃO DESSE PROBLEMA. 

DESENVOLVIMENTO 1: INTRODUZIR E DESENVOLVER A IDEIA 1. PARA ISSO, FAÇA USO DE ANALOGIAS/REFERÊNCIAS HISTÓRICAS OU, ATÉ MESMO, DADOS ESTATÍSTICOS, OS QUAIS DARÃO CREDIBILIDADE AO TEXTO. 

DESENVOLVIMENTO 2: INTRODUZIR E DESENVOLVER AS IDEIAS 2 E 3.

CONCLUSÃO: FICA EVIDENTE QUE UMA SOLUÇÃO URGENTE SE FAZ NECESSÁRIA. URGE UMA AÇÃO CONJUNTA ENTRE O ESTADO E POPULAÇÃO. ÀQUELE CABE (COLOCAR A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO QUE CABE AO ESTADO) E À POPULAÇÃO É PRECISO QUE (COLOCAR A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO/SOLUÇÃO QUE CABE A ESTA). SÓ ASSIM PODEREMOS SOLUCIONAR ESSE PROBLEMA DE DIFÍCIL RESPOSTA.



MODELO FUVEST sobre o tema "A utopia não morrerá nunca!"

Título: A utopia: suas duas mãos e pernas quebradas
Epígrafe: “Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; depois abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar. (...) Depois tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas” 
- Cecília Meireles 

A palavra utopia é uma criação do inglês Thomas Morus, que idealizou uma ilha onde todos pudessem usufruir de boas condições de vida e desfrutar de uma sociedade justa e sem desequilíbrios econômicos e sociais. O mesmo idealizou Cristo, Gandhi, Sócrates, Marx. No entanto, esse sonho de uma sociedade mais justa e igualitária parece estar definhando à medida que iPods, telefones celulares e carros automáticos vêm preenchendo o vazio, antes ocupado por grandes sonhos e colocados em prática por grandes sonhadores. 

A priori, seria impossível imaginar uma vida sem utopia, sem sonho, sem esperança. Esses são os fatores que mantêm o funcionamento das relações e que dão sentido à existência. A utopia é o princípio regulador e mantenedor da perspectiva, trazendo junto ao seu corpo semântico o valor da esperança e do sonho. Assim, fica fácil a inferência de que é ela quem propulsiona o homem a modificar a sociedade em que está inserido a fim de torná-lo útil para si e para os outros, pois utopia só existe se houver como objetivo principal o coletivo. É ela quem nos leva à Pasárgada, onde andaremos de bicicleta, montaremos burro brabo, onde tomaremos banho de mar. 

Coisas essas que não fazemos hoje por estarmos entretidos com nossos ipads, telefones celulares e televisores digitais. Parafernálias, tão efemeramente modernas, que nos tornam obcecados pela perecibilidade e pela praticidade alienante e alienada. Coisas tais que têm ocupado nossos átrios e modificado nosso espírito, orientando nossas atitudes para o consumismo desmedido e desnecessário, tornando a sociedade uma fábrica de gente mais ou menos, de pais mais ou menos, de filhos mais ou menos. Sociedade essa, desnatada, que tornou-se escola de impessoalidades, na qual as redes sociais, nossas mestras, nos ensinam a nos olharmos menos, a nos falarmos menos, a nos amarmos em 12 prestações fixas e sem juros.

Não é difícil constatarmos que o sonho moderno adaptou-se à individualidade. E com isso, acabamos por sepultar nossos sonhos mais preciosos em navios, naufragados em águas paradas e sujas. Os sonhos que antes nos levavam a momentos de epifania e que nos tornavam imprescindíveis de ilusão, agora não nos tiram da concretude do solo quente, que queima nossos pés e que dissolve nosso eu-lírico. A utopia na sociedade moderna demonstra graves sintomas de paraplegia, e hoje talvez seja luxo apenas de poetas – não dos reconhecidos ou exaltados -, mas daqueles que andam nas ruas e que se cobrem com jornais. Para nós, capitalistas, amantes da ambição e obstinados pela ganância, a utopia é apenas algo bonitinho que lemos nos poemas e que depois engavetamos juntamente com Cristo, Gandhi, Sócrates e Marx. E quando o sono vem, olhamos a hora no deus chamado relógio e dormimos, sem sonhar.


MODELO FUVEST/VUNESP sobre o tema "A humanidade em meios às manifestações de ódio"

Título: Realidade em linha reta
Epígrafe: “Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?” – Álvaro de Campos

O ódio constitui uma das diversas vertentes sentimentais humanas. Durante toda a história, manifestações de ódio encontraram eco tanto em pilares religiosos quanto nas diversas ideologias de um povo, podendo ser interpretadas como instinto propulsor da indignação humana que leva a uma ação orientada à barbárie ou à justiça.

Indicativos concretos e fortes permitem inferir que o ódio é um sentimento intrínseco ao ser humano, como já dizia Hobbes. O ódio é onipresente e universal, embora haja uma certa animosidade em reconhecê-lo no próprio indivíduo. Ao mesmo tempo em que o ódio pode incitar uma revolução e o derramamento de sangue, ele também pode propiciar um julgamento civilizado cujo objetivo maior é a justiça. No entanto, a grande questão é que o ódio, em dias atuais, tornou-se ponto de convergência da hipocrisia, do revanchismo e, muitas vezes, da loucura. 

A atual onda de manifestações terroristas deflagrada nos países muçulmanos ilustra bem como o ódio tornou-se fator de união de pessoas que partilham de uma identidade iracunda. Muçulmanos de diversos países sentiram-se extremamente violados ao assistirem ao escarnecimento de seus dogmas e de seu profeta, no caso, Maomé. O ponto de convergência torna-se mais propício à loucura, quando ainda se presenciam povos de todo mundo pagando ingressos – e até mesmo pay-per-view - para assistir e depois publicar cenas de lutas e de esbofeteamento entre homens em nossos atuais “coliseus”. Antes, com o objetivo de apaziguar a população e os problemas políticos em Roma; agora, sem objetivos e razão, senão a exaltação de um espetáculo de horrores. O ódio, simplesmente como demonstração de força e soberania numa sociedade falocêntrica, exibindo e exalando profundos sintomas patológicos. 

Ódio e violência tornaram-se obrigações de mercado e também reivindicações pessoais. Os crimes que antes eram famélicos, hoje ocorrem, em sua maioria, em função da obsolescência da tecnologia e da perecibilidade do humano, já que nunca os sentimentos de disputa e de concorrência estiveram tão evidentes e tão mascarados quanto atualmente. A sociedade tornou-se carente de humano, de pranto, de humildade, de gerúndio, de um ingênuo ridículo. Falta Álvaro de Campos. Falta Gandhi. Falta Deus. Falta amor. Todos são obrigados a um sucesso, a uma felicidade e a um impositivo ódio que encarna o pensamento de Hobbes: uma verdadeira guerra de todos contra todos. Infelizmente, a gratidão, o amor e o perdão tornaram-se formas de testemunhar uma realidade de fraqueza e humilhação. E a humanidade reta, semirreta e obtusa, torna-se humanamente morta, para estar calculadamente viva. 


MODELO VUNESP sobre o tema "Pena de morte: justiça retributiva (vingativa) ou educativa (intimidadora)?"

Título: Pena de morte: enorme pretexto para grande problema

Entende-se por pena de morte a prática de caráter punitivo legalizada por dezenas de países, dentre os quais os Estados Unidos e a China. No princípio dessa lei vigora o caráter da mais antiga lei existente, a do “olho por olho, dente por dente”. Com o Código de Hamurábi, como ficou conhecida a lei na Antiguidade Oriental, os amoritas puniam, em equivalente grau, aqueles que cometessem alguma delinquência ou até mesmo realizassem uma ação que, por falta de sorte, não obtivesse êxito. O que poucos sabem é que, por detrás desse cunho de justiça, escondem-se práticas subornativas, nas quais imperam a iniquidade e a desumanização. 

Muitos acreditam na eficácia da pena de morte em função do suposto caráter punitivo que ela impõe. Para essas pessoas, essa relíquia do passado revela-se eficaz no combate à criminalidade e atenua os elevados índices de violência nos grandes centros urbanos, uma vez que se estabelece uma sanção intimidadora, o que faz que outros infratores repensem antes de cometer atos ilícitos. Há ainda aqueles que ousam dizer que nos EUA e na China (países que adotam a pena de morte), a criminalidade e a violência se mostram ínfimas em função dessa prática, segundo eles, educativa. 

Por outro lado, há quem veja a pena de morte como uma usurpação do direito mais inalienável do homem que é a vida. Para essa fração da sociedade, a justiça pregada por essa prática é retributiva e ancorada na vingança. Inclusive, para esses mais críticos, a pena de morte não gera um princípio educativo, mas sim o de retribuir o mau com o mau. Eles ainda se apoiam em dados estatísticos que comprovam que essa prática é ineficaz no combate à criminalidade, levando em consideração países que a adotaram. Segundo as pesquisas, ficou claro que os fatores responsáveis para o decréscimo desses males não é a adoção da pena de morte, mas sim outros. 

Embora haja prós e contras sobre esse assunto, a pena de morte deve ser vista como uma afronta à ética e aos direitos assegurados a qualquer cidadão pela Declaração Universal proclamada após a Segunda Guerra. Apesar de haver um caráter punitivo, nem sempre ela é feita com justiça, uma vez que há uma probabilidade considerável de erros judiciais ou até mesmo certa manipulação dos fatos a favor dos mais abastados, como acontecia na civilização amorita. Para solucionar esse problema, o Estado deve atuar nas suas raízes, que nada mais são que problemas na base educacional. É preciso investir em educação, repassando às crianças e jovens princípios sólidos de ética e moral. Isso sim foi responsável pela queda da criminalidade nos EUA, na China ou em qualquer outro país do globo. Aliás, como já disse Pitágoras, “É preciso educar as crianças para que não seja preciso punir os homens”

Elis Regina - Eu Sei Que Vou Te Amar.wmv

Elis Regina - Fascinação - Transversal do Tempo - 1978

30 de maio de 2014

Simbora!!!!!

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Uma leitura obrigatória da UFRGS

Conheça obra de Sergio Faraco que é nova leitura obrigatória da UFRGS

Antologia 'Dançar Tango em Porto Alegre' conduz o leitor do Rio Grande do Sul rural e fronteiriço para o urbano; saiba mais sobre o livro e o autor

30/05/2014 | 10h01
Premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1999, Dançar Tango em Porto Alegre é o livro mais conhecido de Sergio Faraco e uma das recentes adições àlista de leituras obrigatórias para o próximo vestibular da UFRGS.
Dá para dizer que a obra de Faraco substitui Contos Gauchescos, de Simões Lopes Neto. Na primeira parte, os contos narram o Rio Grande do Sul rural, fronteiriço, de gaúchos que se apaixonam e eventualmente cruzam com o homem urbano, que passa a predominar à medida que a obra avança.
– O livro parece fazer um progressivo movimento do campo (fronteira) em direção à cidade – explica o professor de literatura do Grupo Unificado Pedro Gonzaga.
Essa organização não foi uma intenção original do autor ao escrever os contos:Dançar Tango em Porto Alegre é uma antologia. Segundo Faraco, o livro foi estruturado sobre três vertentes de contos: fronteiriços, juvenis e urbanos.
Para o professor de literatura e ex-secretário da Cultura Sergius Gonzaga, os contos têm um viés realista moderno, “próximo da linhagem do americano Ernest Hemingway e, anteriormente, do russo Anton Tchekhov”. Leia abaixo os comentários do professor Pedro Gonzaga sobre aspectos relevantes do livro, analisando alguns contos separadamente, e como eles podem parar em uma questão no vestibular da UFRGS.
Parte I - Contos fronteiriços
Noite de Matar um Homem Um dos mais famosos contos da obra de Sergio Faraco. Uma região da fronteira se vê assolada por um tipo perigoso e que vem prejudicando a atividade do contrabando: Dom Nassico Feijó, também conhecido como o Mouro.
Perseguido pela polícia e também procurado por Tio Joca, chegam notícias, pela boca de um menino esmoleiro, de que Nassico está ferido e sozinho. É quando se arma uma missão com dois homens, Chaco e o narrador, que terão de enfrentar uma espécie de batismo de fogo: abater o Mouro.
Avançando até o local indicado, tentando passar despercebidos, os dois conseguem finalmente chegar. Alçando mira por sobre o ombro de Chaco, o narrador vê brilhar na boca de Nassico uma gaitinha. A música do outro faz com que não consiga atirar. É o poder comovedor da música.
Frustrados por não terem conseguido, já retornando, acabam topando com Nassico, que traz ferimentos profundos. Disparam no susto, matando-o. Neste momento percebem que ele puxara a mesma gaitinha. Os dois passam mal e o narrador vomita e se suja.
No retorno, Tio Joca vem falar com o narrador, um diálogo seco, em que o rapaz informa ao tio que o contrabando já está liberado das ações do antigo inimigo. É um conto de amadurecimento em um mundo bárbaro, sobre um inusitado instante lírico, perdido como se perde a inocência da primeira juventude.
Parte II - Contos juvenis
Majestic HotelNarrado em terceira pessoa, mas com efeitos de primeira, como se o mundo viesse ao leitor através dos olhos do menino-protagonista, o conto é talvez o mais brutal do livro no sentido da ruptura com a figura materna e o processo de amadurecimento daí decorrente.
O enredo, recuperado na memória através de um soldadinho de chumbo dado pela mãe, reconstrói a experiência de um menino que vem à Capital para se hospedar no Hotel Majestic com a matriarca, que vai deixá-lo trancado no quarto enquanto encontra um amante.
Ao final, após se sentir abandonado pela mãe que não volta (o desamparo da ruptura do laço filial), ela retorna com o dito soldadinho de chumbo, perfumado por seu corpo, que se tornará o elemento evocador das lembranças da infância.
Não Chore, PapaiNarrado em primeira pessoa, o conto traz um protagonista orgulhoso e feliz de poder vencer a vida no interior com uma bicicleta e os sonhos de ir a lugares distantes estimulados pelas estampas do sabonete Eucalol com que os amigos o regalam por lhes permitir pedalar com ela.
O drama se inicia quando o narrador pega o irmão mais novo, o Mariozinho, e vai com ele até o rio, desobedecendo às ordens do pai de que repousassem na sesta. Quando este descobre o paradeiro do filho, toma-se de raiva e a desconta na Birmingham do menino.
Ao final da história, a mãe diz ao filho que ele vá pedir perdão ao pai, o que ele faz mesmo tendo a impressão de não ter feito nada demais. É quando pensa que jamais o perdoaria. No entanto, não é o que acontece, pois já homem feito percebe que aquele mesmo menino capaz de conhecer o mundo por estampas, também possuía um coração incapaz de guardar rancor.
Parte III - Contos urbanos
Dançar Tango em Porto AlegreNarrado em primeira pessoa, o conto se passa em um trem que vai de Uruguaiana a Porto Alegre. O narrador logo se envolve com uma passageira, no começo com dificuldade, mas depois de desembarcarem para esticar as pernas em Santa Maria, retornam ao trem e ela pede para que ele consiga uma cabine. A mulher se chama Jane e confessa que não aguenta mais o sofrimento do marido terminal na Capital. Os dois se envolvem sexualmente.
No final do conto, o narrador confessa a Jane que algo aconteceu dentro dele, que já não se sentia o cara amargo de antes e que quer voltar a vê-la. Ela está distante, diz que tudo parece um tango.
De súbito, um acidente faz parar o trem: um animal tinha sido atropelado. Ao se reencontrarem, os dois pensaram que poderia ter sido o outro a saltar nos trilhos. Novamente juntos, Jane pergunta o nome do narrador. Agora, ele tem certeza de que pode ser uma história de amor, que mesmo aquele dançar tango pode se tornar possível.
Sobre o autor Sergio Faraco (1940) é alegretense, formado em Direito. Marca sua juventude a experiência de dois anos de estudos na extinta União Soviética (1963-1965),que reuniria em seu soberbo livro Lágrimas na Chuva (2002). Contista de talento reconhecido nacionalmente, Dançar Tango em Porto Alegre talvez seja o livro mais famoso entre os mais de 20 que compõem sua obra. Vencedor de inúmeros prêmios, vive hoje na Capital.
Características da obra Tomados em seu conjunto, os contos apresentam algumas tendências unificadoras, que poderiam ser lembradas pela UFRGS. De imediato, pode-se notar o predomínio de personagens masculinos, marcados por fortes rupturas existenciais, em geral dos mais baixos segmentos sociais, do campo ou da cidade. Nota-se também, com alguma frequência, uma violência que nem sempre vem à tona, contida pela própria condição psicológica e social em que os personagens estão imersos. Muitas vezes, o tema do conto é a perda da inocência por parte dos protagonistas

Suíça

Foto: Fribourg - Suíça

Brasil

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Portugal

Foto: Café A Brasileira - Lisboa,PT

Encontros vocálicos

Encontros Vocálicos

Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato.

1) Ditongo

É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:

a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.
Por Exemplo:

sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal.
Por Exemplo:

pai (a = vogal, i = semivogal)
c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.
Exemplos:

pai, série
d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
Por Exemplo:

mãe
2) Tritongo

É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Exemplos:

Paraguai - Tritongo oral
quão - Tritongo nasal
3) Hiato

É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Por Exemplo:

saída (sa-í-da)
poesia (po-e-si-a)
Saiba que:

- Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes.

- É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal e uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em ge-lei-a, io-iô.

Encontros consonantais

Encontros Consonantais

O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos:

- os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se... 

- os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta...

 ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go...

Dígrafos

De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra.
Por Exemplo:

lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.

Por Exemplo:

bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras.
Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h.

Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos.

Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos
lh lhe telhado
nh nhe marinheiro
ch xe chave
rr Re (no interior da palavra) carro
ss se (no interior da palavra) passo
qu que (seguido de e e i) queijo, quiabo
gu gue (seguido de e e i) guerra, guia
sc se crescer
sç se desço
xc se exceção
Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais.

Fonemas Letras Exemplos
ã am tampa
an canto
etilll.gif (126 bytes) em templo
en lenda
itil.gif (111 bytes) im limpo
in lindo
õ om tombo
on tonto
util.gif (118 bytes) um chumbo
un corcunda
Observação:

"Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero...) Nesse caso, "gu" e "qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).

28 de maio de 2014

França

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Muralhas da China

Foto: Nature holds the key to our aesthetic, intellectual, cognitive and even spiritual satisfaction. —E.O. Wilson 

Photo: Nature overtakes the Great Wall of China by Trey Ratcliff

Tema de redação

Papa Francisco pode dar fim ao celibato dos padres católicos. Está analisando a partir de um pedido de 26 mulheres que mantêm relações e se dizem apaixonadas pelos padres homens.
Opine a respeito; seria conveniente, pois sermões, muitas vezes, apregoam a respeito da família e, com isso, haveria mais experiência? A igreja Católica não passaria por vexames, como ter que sustentar um número sem fim de filhos fora da igreja? Homens e mulheres nasceram para unir-se, constituir família, por que são excluídos disso, sendo o celibato uma lei rigorosa e, ao mesmo tempo, retrógrada no catolicismo? Modelo ENEM.

Crase proibida

Foto: Uma dica: imprima e deixe bem pertinho de você.

Lei da palmada

Foto: Lei da Palmada é tema da #Charge desta terça-feira (27). 

www.jornaldebrasilia.com.br/charges

O verbo e a palavra se

O Verbo e a Palavra "SE"

Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal:

a) quando é índice de indeterminação do sujeito; 
b) quando é partícula apassivadora.
Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular.

Exemplos:

Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país.
Confia-se em teses absurdas.
Era-se mais feliz no passado.
Quando pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.

Exemplos:

Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.
Não se pouparam esforços para despoluir o rio.
Não se devem poupar esforços para despoluir o rio.

Verbos haver e fazer

A concordância delicada dos verbos "fazer" e "haver" depende do lugar que assumem na frase

Os verbos "fazer" e "haver" têm algumas peculiaridades de significado, de natureza e de concordância, que devem ser levadas em consideração. A concordância delicada desses verbos depende do lugar que cada um deles assume numa sentença, porque a troca de função altera a forma como devemos encarar o verbo numa determinada frase. Essa troca de papéis faz com que o verbo se torne impessoal ou não, modificando a concordância verbal.

Fazer

Quando "fazer" concorda com o sujeito

Em seu sentido próprio (realizar, montar, fabricar, criar, entre outros significados paralelos), "fazer" tem sujeito, a ele se refere e com ele concorda:

Ela fez tudo. Tu e ela fareis o que eu mandar. Eles fazem anos no mesmo dia.

Quando "fazer" não tem sujeito

Em duas situações, "fazer" é impessoal, isto é, não tem sujeito, por isso fica invariável na 3a pessoa do singular:
Quando expressa fenômeno climático: Faz calor. Fazia muito frio. Fez um verão muito chuvoso.

Quando expressa tempo decorrido; se "fazer" aparece com verbo auxiliar, em locução, o auxiliar integra a construção impessoal e também fica na 3a pessoa do singular:

Faz dez anos que a conheci. (Não: "Fazem".)

Meu amigo casou-se faz dois anos. (Não: Casou-se "fazem" dois anos.)

Fará dez minutos que saiu. (Não: "Farão" dez minutos...)

Fazia horas que havia fugido. (Não: "Faziam")

Vai fazer três anos que o governo prometeu ... (Não: "Vão" fazer...)

Está fazendo cinco anos que se casou, mas não deu certo. (Jamais: "Estão" fazendo...)

Ocorre que a palavra ou expressão plural que aparece depois de "fazer" nesses exemplos é complemento, não sujeito; por isso o verbo não pode e não deve acompanhá-las no plural. É esse plural que induz pessoas distraídas a fazer a concordância indevida.

O verbo "haver" também funciona como verbo pessoal, com sujeito com o qual concorda, e como impessoal, sem sujeito, sempre no singular.

Quando "haver" concorda com o sujeito

Tem sujeito e concorda normalmente com ele quando, como sinônimo aproximado de "ter", forma tempos compostos:

Os deputados e senadores haviam planejado reajustar os próprios salários. ("Deputados e senadores" são o sujeito.)

Se houvessem vencido as eleições, não estariam chorando.

Nunca haveremos de resolver o problema da lentidão da Justiça. ("Nós", subentendido, é o sujeito.)

Hei de vencer minha aversão aos políticos vivos e mortos. ("Eu", subentendido, é o sujeito.)

Quando "haver" não tem sujeito

Com sentido de outros verbos

"Haver" é impessoal, portanto sem sujeito, quando tem sentido de existir, estar, ocorrer, decorrer, fazer (na indicação de tempo passado). Assim, fica na 3º pessoa do singular. Também fica na 3º pessoa do singular o auxiliar do "haver" impessoal.

Há bons redatores naquela editora

Com a queda das bolsas, houve pessoas que se mataram.

É preciso que haja roupas para todos. Havia mortos e feridos nos destroços.
Havia mortos e feridos nos destroços

Há três anos não vê a mulher.

Estava havendo assaltos a mulheres desacompanhadas.

Tempo verbal

"Haver" tem de ser usado em correlação temporal com o outro verbo da frase. Isto é, se o ponto de referência é uma data passada, e não presente, deve-se usar o pretérito imperfeito (havia) e não o presente (há).

Ela estava naquela casa havia dez meses.

Havia três anos que começara a trabalhar.

Ela estava naquela casa havia dez meses.

Os verbos que "haver" impessoal substitui nessa condição variam normalmente. "Existir" e "ocorrer", por exemplo:

Há bons repórteres, mas: existem bons repórteres.

Havia roupas esplêndidas, mas: existiam roupas esplêndidas.

Havia assaltos no bairro, mas: ocorriam assaltos no bairro etc.

Só não varia "fazer", impessoal, se referido a tempo.

Interpretação de texto ENEM

Interpretação de Texto para o ENEM

Retrato
"Eu não tinha esse rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo
eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas
eu não tinha este coração que nem se mostra
eu não dei por esta mudança tão simples, tão certa, tão fácil
em que espelho ficou perdida minha face?"
1. O tempo já foi cantado pela lira de ilustres escritores da literatura nacional e sobre o tempo, Cecília foi uma das que mais se notabilizou. Mas, para essa questão vamos nos lembrar que a literatura tem o poder de nos fazer refletir e também nos oferecer respostas. Sendo assim, assinale a alternativa cujo texto apresente uma possível resposta a questão levantada pela Cecília.

a)"...tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo, uma flor, um pássaro, uma dama, um castelo, um túmulo. Também se pode bordar nada. Nada em cima de invisível é a mais sutil obra deste mundo, e acaso do outro."
(Machado de Assis)
b) Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
( Tomás Antônio Gonzaga)
c) Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
(Carlos Drummond de Andrade)

d) Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
...
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
(Gregório de Mattos)

E) Meu tema é o instante? Meu tema de vida. Procuro estar a par dele, divido-me milhares de vezes, em tantas vezes quanto os instantes que decorrem, fragmentária que sou e precários os momentos – só me comprometo com a vida que nasça com o tempo e com ele cresça: só no tempo há espaço para mim.(Clarice Lispector)

AS VITRINES

Eu te vejo sair por aí
Te avisei que a cidade era um vão
— Dá tua mão
— Olha pra mim
5 – — Não faz assim
— Não vai lá não
Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
10 – E sair da sessão, frouxa de rir
Já te vejo brincando, gostando de ser
Tua sombra a se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar
15 – Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
20 – Catando a poesia
Que entornas no chão

BUARQUE, C. As vitrines.
2. A leitura do poema-canção “As Vitrines” permite afirmar:
(01) A cidade é mostrada como lugar de perigo. Confirmado na imagem “tua sombra a se multiplicar.”
(02) A palavra “colorir” poderia ser trocada por “encantar” sem perder o sentido aplicado no texto.
(03) O enunciador, na primeira pessoa, dirige-se à mulher amada, colocando-a como sua protetora.
(04) Sugere-se no texto a cidade como lugar propício para a poesia.
(05) A repetida referência a “vitrines” reflete o fascínio que elas exercem sobre o poeta.


3. A charge ao lado faz uma crítica

a. à retirada dos viadutos das grandes cidades a fim de facilitar o tráfego de veículos.
b. à valorização dos símbolos do crescimento do país em detrimento das pessoas necessitadas.
c. a políticas públicas que contribuem para o aumento de problemas sociais urbanos.
d. a grandes projetos de alteração urbana que atingem o patrimônio histórico das cidades.
e. aos pobres que enfeiam a cidade.

“ Daí o receio da automação consumista da medicina. Como vai, chegaremos ao ponto de empurrar o paciente no oco de um cilindro eletrônico e esperar o diagnostico adiante, com os remédios já enfrascados, eis que outros mecanismos aviarão a receita. E não faltará um computador levando o dinheiro da conta do cliente à do hospital. Tudo como se faz hoje com uma senha, pedindo o saldo bancário. Alias, o próprio cliente de recursos quer ver as entranhas do corpo, assim como vai à cartomante saber da sorte, ou ao psicanalista desejando conhecer os segredos da alma.
Claro que ninguém é contra o avanço da tecnologia médica, mesmo que chegue a tal absurdo. Mas, quem vai atender os catingueiros do Raso da Catarina e os miseráveis que entopem as bordas das cidades interioranas? Que viram fantasmas desfilando nas salas de assistência social, arrastando os pés , olhar de poça suja, trôpegos, estendendo as mãos escavadeiras em busca de remédios e requisições de impossíveis exames sofisticados. A medicina, cada vez mais mecanizada, esta sem paciência e tempo para ouvir queixas. Não apalpa, nem percurte. Desaparece o ouvindo treinado, protegido por uma toalha, nas costas do doente. Os sentidos, atrofiam-se. Acabou a empatia que curava mais que as poções. E essa tecnologias toda ainda vai desempregar muito medico e inviabilizar a pratica medica nos sertões.”
4. Sobre o texto acima é incorreto afirmar:
a. o autor faz uma reflexão sobre a medicina sem necessariamente ser contra o avanço tecnológico.
b. Ele prega que automação é fruto do capitalismo que transformou os médicos em gente que só quer dinheiro.
c. O autor não é contra o avanço da medicina, mas acha que a tecnologia não deve nos tornar mecanizados.
d. A tecnologia , segundo o autor poderia ser prejudicial para os próprios médicos.
e. O avanço no texto não está relacionado somente ao avanço da medicina.

5. O Movimento Pau-Brasil queria fazer uma poesia de exportação. E a ponta de lança dessa proposta moderna de arte foi Oswald de Andrade. Os poemas abaixo extraídos da obra Pau-Brasil, do autor citado, utiliza uma poesia reduzida ao essencial que busca uma interpretação de seu país, EXCETO em:

A) Se Pedro Segundo
Vier aqui
Com história
Eu boto ele na cadeia
(Senhor Feudal)

B) Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é a descoberta
Das coisas que eu nunca vi.
(3 de maio)

C)Muitos metaes pepinos romans e figos
De muitas castas
Cidras limões e laranjas
Uma infinidade
Muitas cannas daaçucre
Infinito algodam
Também há muito paobrasil
Nestas capitanias
(Riquezas Naturais)

D) Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra.
(A Descoberta)

E) Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.

(As Meninas da Gare)

Quando o homem não trata bem a natureza, a
natureza não trata bem o homem.

Essa afirmativa reitera a necessária interação das diferentes espécies, representadas na imagem ao lado.

6. Depreende-se dessa imagem a
A. atuação do homem na clonagem de animais pré-históricos.
B. exclusão do homem na ameaça efetiva à sobrevivência do planeta.
C. ingerência do homem na reprodução de espécies em cativeiro.
D. mutação das espécies pela ação predatória do homem.
E. responsabilidade do homem na manutenção da biodiversidade.

Leia o texto:

RAÇA & CLASSE
Nossa pele teve maldição de raça
e exploração de classe
duas faces da mesma diáspora e desgraça
Nossa dor fez pacto antigo com todas as estradas do
mundo e cobre o corpo fechado e sem medo do sol
Nossa raça traz o selo dos sóis e luas dos séculos
a pele é mapa de pesadelos oceânicos
e orgulhosa moldura de cicatrizes quilombolas.
7. Sobre o texto acima pode-se afirmar:
a) O texto revela que o sofrimento do negro não está firmado na questão da pele e sim na questão econômica.
b) O texto trata da questão da mão-de-obra negra ter servido como força para a construção de potencias mundiais no oriente.
c) O termo “corpo fechado” está associado ao fato de que o negro não sente o sofrimento por sua grande religiosidade.
d) O trecho “pesadelos oceânicos” pode ser entendido como referência aos navios negreiros.
e) Os negros são apresentados no texto como um povo novo.

Pensamos não como página aberta, mas como hipertexto em metamorfose.
A linha de evolução da humanidade ofereceu em tempos diversos a prioridade a órgãos diferentes como fundamentais à comunicação. Quando ainda não se havia inventado a escrita, toda comunicação se fazia pela boca e esta simbolizava a essência da comunicação. Malditos eram os que rogavam pragas, e não se podia pensar em castigo maior que a imposição do silêncio.
Mais tarde, no cenário da escrita, a mão substituiu a boca, e toda a grandeza se fez em torno dos imortais, pelos textos escritos que deixaram. Exaltou-se o escrever “de próprio punho”, desenvolveu-se acurado sistema de estudo caligráfico e descobriu-se que nada expressa melhor a identidade da pessoa que sua assinatura.
Na era da informática que chega até nós, a importância da comunicação rapidamente vai substituindo as mãos pelos olhos, e a visão passa a constituir órgão soberano nos emails que se enviam, no hipertexto que se cultua. Num mundo globalizado e em muitos aspectos virtual, a boca pouco vale, e as mãos passam a ser apenas instrumento da visão. É de se acreditar que a evolução pare por aí, não porque ainda faltam órgãos para isso, mas porque o hipertexto simboliza a própria forma de pensar.
O que significa um hipertexto? O hipertexto, nova forma de escrita e de comunicação no mundo da informática, é uma espécie de metáfora na qual a informação se apresenta através de uma rede de nós interconectados por inúmeros links, a qual permite livre navegação não-linear por parte do leitor. É uma página absolutamente diferente de uma página textual, nela se descobre metamorfose permanente – pois muda a cada instante –, grande heterogeneidade – os nós do hipertexto são compostos por diversos conteúdos – e imensa multiplicidade, pois qualquer nó da rede, mesmo isolada das demais, contém uma nova rede e, principalmente, grande mobilidade dos centros. Assim, ao invés de uma “ideia principal”, presente em uma página comum, existem idéias multiconectadas que passam a ser acionadas ao sabor das necessidades e dos interesses.
Em síntese, o hipertexto se identifica com a nossa maneira de pensar, que, na verdade, funciona pela conexão entre diferentes modos de conhecer e de expressar.
(Celso Antunes. A prática de novos saberes. Fortaleza (CE):Edições Livro Técnico, 2003, p. 43-45. Adaptado.)
8. O Texto , quanto ao tema central em torno do qual se desenvolve, evidencia a pretensão do autor de ressaltar:
A) o pouco valor da comunicação oral em um mundo globalizado.
B) a rapidez com que os e-mails substituem a comunicação escrita.
C) a funcionalidade da metáfora no mundo virtual da informática.
D) o hipertexto, como manifestação da forma de pensar do homem.
E) a importância da idéia central presente na página do texto escrito.

FOI MUDANDO, MUDANDO

Tempos e tempos passaram
por sobre teu ser.
Da era cristã de 1500
até estes tempos severos de hoje,
quem foi que formou de novo teu ventre,
teus olhos, tua alma?
Te vendo, medito: foi negro, foi índio ou foi cristão?
Os modos de rir, o jeito de andar, pele,
gozo,
coração...
Negro, índio ou cristão?
Quem foi que te deu esta sabedoria,
mais dengo e alvura,
cabelo escorrido, tristeza do mundo,
desgosto da vida, orgulho de branco, algemas, resgates, alforrias?
Foi negro, foi índio ou foi cristão?
Quem foi que mudou teu leite,
teu sangue, teus pés,
teu modo de amar,
teus santos, teus ódios,
teu fogo,
teu suor,
tua espuma,
tua saliva, teus abraços, teus suspiros, tuas comidas,
tua língua?
Te vendo, medito: foi negro, foi índio ou foi cristão?

(Jorge de Lima).
9. No século anterior ao poema de Jorge de Lima, nossos escritores já se posicionavam a respeito de
nossa identidade etnocultural. Assinale a opção em que a afirmativa de um autor do Romantismo pode ser
tomada como resposta a indagações suscitadas no texto “Foi mudando, mudando”.
(A) Nós já estamos começando a falar uma mixórdia franco-ítala-saxônia que produz dispepsias incuráveis nos puristas mas é a única linguagem que exprimiu a sensibilidade, a vida moderna. O que nós devemos é enriquecer essa maravilhosa algaravia como dengues, a graça e essa esculhambação brasileira amulatada e cabrocha. (Manuel Bandeira)
(B) De feijão se faz tutu,/ que não é mau bocadinho;/ Mas não se seja mesquinho:/ Como o feijão sem gordura/ é coisa que não se atura. (Bernardo Guimarães)
(C) Nossos ideais não podem ser os da França porque as nossas necessidades são inteiramente outras, nosso povo outro, nossa terra outra etc. Nós só seremos civilizados em relação às civilizações o dia em que criarmos o ideal, a orientação brasileira. (Mário de Andrade)
(D) Por uma praia arenosa/ Vagarosa/ Divagava uma donzela;/ Dá largas ao pensamento,/ Brinca o vento/ Nos soltos cabelos dela. (Gonçalves Dias)
(E) Os operários da transformação das nossas línguas são esses representantes de tantas raças, desde a saxônia até a africana, que fazem neste solo exuberante amálgama do sangue, das tradições e das línguas. (José de Alencar)

Leia o texto.
O cyberbullying é um problema crescente justamente porque os jovens usam cada vez mais a tecnologia. Ana, 13 anos, já era perseguida na escola – e passou a ser acuada, prisioneira de seus agressores via internet. Hoje, vive com medo e deixou de adicionar “amigos” em seu perfil no Orkut. Além disso, restringiu o acesso ao MSN. Mesmo assim, o tormento continua. As meninas de sua sala enviam mensagens depreciativas, com apelidos maldosos e recados humilhantes, para amigos comuns. Os qualificativos mais leves são “nojenta, nerd e lésbica”. Outros textos dizem: “Você deveria parar de falar com aquela piranha” e “A emo já mudou a sua cabeça, hein? Vá pro inferno”. Ana, é claro, fica arrasada. “Uso preto, ouço rock e pinto o cabelo. Curto coisas diferentes e falo de outros assuntos. Por isso, não me aceitam.” (Beatriz Santomauro. Nova Escola, junho/julho 2010. Adaptado.)
10. Conforme o texto,
(A) o desenvolvimento da tecnologia extinguirá o problemas do cyberbullying entre os jovens.
(B) apenas os jovens que não frequentam a escola são perseguidos implacavelmente pela internet.
(C) Ana é vítima do cyberbullying porque tem gostos e interesses que seu grupo social não aprecia.
(D) os qualificativos enviados pelas colegas de sala a amigos comuns levaram Ana a usar preto e pintar o cabelo.
(E) a restrição do acesso ao MSN e o uso mais limitado do Orkut eliminam, significativamente, problemas de cyberbullying.

Gabarito:
1. d
2. 02
3. b
4. b
5. b
6. e
7. d
8. d
9.e
10.c

27 de maio de 2014

Interpretação A Cartomante de Machado de ASsis

A CARTOMANTE
MACHADO DE ASSIS

01. Que reação a ida de Rita a uma cartomante provocou em Camilo?
A) Raiva.            B) Decepção.            C) Alegria.            D) Divertimento.            E) Satisfação.

Leia o fragmento abaixo e responda às questões.
“Não queria arrancar-lhe as ilusões. Também ele, em criança, e ainda depois, foi supersticioso, teve um arsenal inteiro de crendices, que a mãe lhe incutiu e que aos vinte anos desapareceram. No dia em que deixou cair toda essa vegetação parasita, e ficou só o tronco da religião, ele, como tivesse recebido da mãe ambos os ensinos, envolveu-os na mesma dúvida, e logo depois em uma só negação total. Camilo não acreditava em nada. Por quê? Não poderia dizê-lo, não possuía um só argumento; limitava-se a negar tudo. E digo mal, porque negar é ainda afirmar, e ele não formulava incredulidade; diante do mistério, contentou-se em levantar os ombros, e foi andando”.                      [12º parágrafo]

02. Segundo o trecho acima, Camilo


A) Ainda criança, preferiu não acreditar em nada.
B) Desde criança desprezava superstições.
C) Diante do desconhecido, preferiu ficar indiferente.
D) Era crédulo, apesar de negar qualquer fé.
E) Negava qualquer envolvimento com religião.



03. Em relação às descrenças de Camilo, há uma opinião do narrador em:
A) “ diante do mistério, contentou-se em levantar os ombros, e foi andando.”
B) “ Camilo não acreditava em nada. Por quê? Não poderia dizê-lo (...)”
C) “ E digo mal, porque negar é ainda afirmar, e ele não formulava a incredulidade”
D) “ No dia em que deixou cair toda essa vegetação parasita, e ficou só o tronco da religião.”
E) “ Também ele, em criança, e ainda depois foi supersticioso”.

04. “ No dia em que deixou cair toda essa vegetação parasita...” , a expressão destacada refere-se a
A) Crendices.            B) Ensinos.              C) Ilusões.              D) Mistério.                E) Religião.

05. “...que a mãe lhe incutiu e que aos vinte anos desapareceram.” , de acordo com o contexto a palavra destacada significa
A) Insinuar.                B) Informar.             C) Indicar.              D) Introduzir.              E) Invocar.

06. Em alguns momentos, o narrador deixa escapar juízos de valor em relação aos personagens e fatos. Podemos observar isso em


A) “ Os dois primeiros eram amigos de infância.”
B) “...onde casara com uma dama formosa e tonta”
C) “ Camilo ensinou-lhe as damas e o xadrez...”
D) “ Era um pouco mais velha que ambos...”
E) “ abandonou a magistratura e veio abrir banca de advogado”



07. Ao receber a primeira carta anônima Camilo deixou de ir com frequência a casa de Vilela pois


A) arrependeu-se da traição.
B) cansou-se da aventura.
C) ficou envergonhado.
D) já não gostava de Rita.
E) queria afastar a desconfiança.



08. Rita procurou a cartomante para saber


A) se o marido ainda a amava.
B) se ficaria com o amado.
C) porque Camilo tinha se afastado.
D) quem Camilo amava de verdade.
E) quem mandava as cartas anônimas.



09. Rita e Camilo consultaram uma cartomante motivados pela
A) insatisfação         B) paixão         C) insegurança          D) fé                     E) orgulho

10. A fraca resistência de Camilo a sedução de Rita é caracterizada no texto pelo trecho


A) “ Camilo quis sinceramente fugir...”
B) “ Ele ficou atordoado e subjugado.”
C) “Camilo ensinou-lhe as damas...”
D) “ ...a batalha foi curta e a vitória delirante.”
E) “ iam juntos a teatros e passeios”



11. De acordo com o narrador do texto, Camilo era um ingênuo na vida moral e prática pois


A) não resistiu a sedução de Rita.
B) ria de quem consultava cartomantes.
C) não tinha experiência nem intuição.
D) entrou no funcionalismo contra a vontade do pai.
E) foi a mãe que lhe arranjou um emprego público.



12. A morte da mãe de Camilo no texto tem um papel fundamental para


A) estreitar a relação de Rita e Camilo.
B) fazer Camilo acreditar em cartomantes.
C) afastar Camilo da casa de Rita e Vilela.
D) Vilela mostrar-se sombrio.
E) Rita procurar uma cartomante.


.
13. A história é repleta de “conversas” que o narrador estabelece com o leitor transformando-o em cúmplice e participante do enredo. Podemos perceber esse recurso em


A) “ Nem por isso Camilo ficou mais sossegado;”
B) “ Camilo ia andando inquieto e nervoso...”
C) “Vilela não lhe respondeu; tinha as feições decomposta;”
D) “ Vimos que a cartomante restituiu-lhe a confiança...”
E) “Um dia, porém, recebeu Camilo uma carta anônima...”



14. Ao perceber as mudanças no comportamento do marido Rita


A) acha melhor que Camilo se afaste.
B) fica mais carinhosa com marido traído.
C) quer que Camilo volte a frequentar sua casa.
D) sugere uma nova ida a cartomante.
E) prefere contar a verdade ao marido.



15. O chamado de Vilela causou estranheza a Camilo porque


A) era mais de meio dia.
B) a letra não parecia com a de Vilela.
C) exigia pressa ao usar a expressão “vem já, já”.
D) era mais natural chamá-lo ao escritório.
E) nada de especial tinha acontecido nos últimos dias.



16. No conto, o personagem de Camilo oscila entre incredulidade, dúvida e credulidade sobre “os mistérios que há entre o céu e a terra”. Revela um momento de credulidadede Camilo o trecho


A) “Não queria arrancar-lhe as ilusões”
B) “...nunca ele desejou tanto crer na lição das cartas.”
C) “...pensou rapidamente no inexplicável de tantas coisas.”
D) “ A senhora restituiu-me a paz de espírito...”
E) “ a ideia de ouvir a cartomante , que lhe passava ao longe...”



17. O fato que motivou  a narrativa foi


A) as cartas anônimas recebidas por Camilo.
B) a mudança de comportamento de Vilela.
C) o bilhete que Vilela enviou para Camilo.
D) a previsão feita pela cartomante para Camilo.
E) O triângulo amoroso Camilo – Rita – Vilela.



18. Ao receber Camilo, a cartomante  posiciona-o na sala de modo que a pouca luz de fora bata em cheio em seu rosto para


A) dificultar a visão dele.
B) observá-lo bem.  
C) deixá-lo confortável.
D) impressioná-lo com a luminosidade.
E) evitar que ele reparasse na sala.



19. De acordo com o narrador, o ar de pobreza da salinha da cartomante
A) era repugnante.  B) causava piedade.  C) provocava respeito. D) elevava a consideração.  E) assustava.

20. No conto, a cartomante era
A) uma justiceira.    B) uma farsante.       C) uma iluminada.       D) uma ingênua.               E) uma arrogante.  
Gabarito: 1.D 2.C 3.C 4.A 5. D 6. B 7. E 8. C 9.C 10.D 11.C 12.A 13.D 14.C 15. D 16.D 17.E 18.B 19.D 20.B