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24 de julho de 2015

Relação Entre o Arcadismo e a Filosofia de Rousseau

Relação Entre o Arcadismo e a Filosofia de Rousseau 




Temos analisado os Períodos da Literatura Brasileira, conteúdo cobrado no caderno de Linguagens e Códigos. Como o Enem é uma prova que valoriza a interdisciplinaridade, faremos uma ponte dessa matéria com um conteúdo de filosofia, cobrado no caderno de Ciências Humanas e que também pode ser utilizado na Redação.
Recentemente estudamos a escola literária conhecida como Arcadismo, cuja característica mais marcante é o conceito defugere urbem: a fuga das grandes cidades e da civilização, o retorno à natureza e a valorização da simplicidade.
O filósofo Jean-Jacques Rousseau viveu no século XVIII. Uma de suas principais obras é Do Contrato Social, na qual ele desenvolve sua teoria contratualista e define o estado de natureza do ser humano, ou seja, sua essência, seu aspecto natural, original. É válido lembrar que o estado de natureza é uma situação hipotética e metafísica.
É abordando o estado de natureza do homem, que Rousseau utiliza um dos termos mais lembrados de sua obra: o bom selvagem. A ideia é de que o ser humano tem uma natureza (essência) boa, com plena liberdade, mas que o convívio na sociedade civilizatória o corrompe, o modifica; e esse é um dos motivos que impedem que a civilização atinja o bem comum e a igualdade.
Fonte: Diário Catarinense
Fonte: Diário Catarinense
É comum relacionar a ideia de bom selvagem do Rousseau com o conceito de fugere urbem do Arcadismo. Essa relação faz sentido quando pensamos na fuga da civilização como forma de retorno à liberdade do indivíduo e à igualdade social. Entretanto, é importante não confundir o uso do termo “natureza”. No Arcadismo, defende-se realmente o retorno ao campo, à natureza no sentido de meio ambiente. Já Rousseau defende que a civilização corruptiva não afete a natureza do homem, no sentido de essência humana.

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