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30 de abril de 2016

Exercícios - pronomes oblíquos

1) Leia, reflita e analise os páreos de enunciados, apontando qual deles se adequá ao padrão formal da linguagem, levando em consideração os conhecimentos que você dispõe acerca dos pronomes oblíquos na função de complementos verbais. Procure justificar sua resposta. 


a) Ela o ama
          X
Atividades sobre pronome oblíquo com gabarito
Pronome oblíquo com gabarito
   Ela lhe ama

b)  Agradecer-lhe
            X
    Agradecê-lo(a)

c) Apresentar-lhe
            X
    Apresentá-lo(a)

d) Obedecê-lo(a)
           X
    Obedecer-lhe

2) (Fundação Lusíada) Preencha as lacunas do texto abaixo com os pronomes oblíquos devidos:

“ Não ______ ajudou, nem _______ pediu nada, não ______ julgou e nem _____ condenou por isso”.

a – (  ) o, lhe, o, o
b – (  ) o, lhe, o, lhe
c – (  ) lhe, lhe, o, o
d – (  ) o, lhe, lhe, o
e – (  ) o, lhe, lhe, lhe

3) (Unimep-SP)

I – Demos a ele todas as oportunidades.
II – Fizemos o trabalho como você orientou.
III – Acharam os livros muito interessantes.

Substituindo as palavras destacadas por um pronome oblíquo, temos:

a) I – Demos-lhe; II – Fizemo-lo; III – Acharam-los.
b) I – Demos-lhe; II – Fizemos-lo; III – Acharam-os.
c) I – Demos-lhe; II – Fizemo-lo; III – Acharam-nos.
d) I – Demo-lhe; II – Fizemos-o; III – Acharam-nos.
e) I – Demo-lhe; II – Fizemo-lhe; III – Acharam-nos

4) Atenha-se aos enunciados, cujo intuito é analisar o emprego dos pronomes oblíquos, atribuindo-lhes a classificação adequada, tendo em vista o seguinte código:

(O.D) Objeto direto
(O. I) Objeto indireto

 (  ) Acharam-no interessante.
 (  ) Colocaram-na em cima da mesa.
 (   ) Entregaram-lhes as encomendas.
d – (   ) Disseram-lhe toda a verdade.
 (  ) Puseram-no contra todos.
 (   ) Analisá-lo é preciso.


Gabarito:

Resposta Questão 1
a) Ela o ama, visto que “amar” se classifica como verbo transitivo direto = quem ama, ama alguém.

b – Agradecer-lhe, pois em se tratando da regência verbal, infere-se que o verbo agradecer se classifica como transitivo indireto = quando agradecemos, o fazemos a alguém.

 c – Apresentá-lo(a), em virtude de o verbo apresentar se classificar como transitivo indireto, nesse caso em especial, bem como direto. Assim, podemos afirmar: Irei apresentá-la(O.D) aos meus amigos(O.I).

 D – Obedecer-lhe, pois no que diz respeito à predicação do verbo obedecer, esse se classifica como transitivo indireto, cujo complemento atua somente como objeto indireto.


Resposta Questão 2
Alternativa adequada expressa pela letra “A”.

Resposta Questão 3
a) Alternativa não adequada ao enunciado em questão, visto que o item III não se adequa ao padrão formal da linguagem em virtude da colocação do pronome oblíquo “los”.

b) Alternativa inadequada ao enunciado, haja vista que o pronome oblíquo demarcado no item III não se encontra adequado ao padrão formal da linguagem.

c) Alternativa adequada ao enunciado, pois todos os pronomes oblíquos, ora atuando como complementos verbais, apresentaram-se adequados à norma culta da linguagem.

d) Alternativa incoerente, pois os itens I e II se encontram ajustados de forma incorreta, tendo em vista o emprego do pronome oblíquo como complemento do verbo.

e) Alternativa inadequada ao enunciado, visto que os itens I e II não se encontram adequados ao padrão formal da linguagem, em virtude da má colocação do pronome oblíquo.

Resposta Questão 4
a – ( O.D ) Acharam-no interessante.
b – ( O.D ) Colocaram-na em cima da mesa.
c – ( O.I  ) Entregaram-lhes as encomendas.
d – ( O.I  ) Disseram-lhe toda a verdade.
e - ( O.D ) Puseram-no contra todos.
f – ( O.D  ) Analisá-lo é preciso.

Onde - aonde - donde

ONDE OU AONDE, e onde coloco o DONDE?




Todos os dias ouvem-se pessoas falando “onde” e “aonde” indiscriminadamente, e poucos conhecem o seu significado e o seu uso correto.
ONDE
Advérbio – Significa em que lugar” e deve ser usado na indicação de lugar:
Onde tu ficas nas férias?”, “Não sei onde você mora”, “Por onde iremos hoje?” ou “Onde é a escola?”
É errado o seu uso, por exemplo, em:
“Conheça nosso Plano, onde oferece…”
“Tive um sonho onde tu aparecias e me abraçavas.”
“Naquele tempo, onde os bichos falavam…”
Plano, sonho e tempo não são lugares, e nesses casos deveriam ser usados queem que e quando:
“Conheça nosso Plano, que oferece…”
“Tive um sonho em que tu aparecias e me abraçavas.”
“Naquele tempo, quando os bichos falavam…”
Pronome – Também com valor circunstancial de lugar, significa “em que”.
Gosto da casa onde moro.”
AONDE
Advérbio – (preposição a+onde) e significa “a qual lugar” ou “para onde”, e, como regra geral, deve ser usado seguido de verbos que denotem movimento, como IR, LEVAR e CHEGAR. Ou seja, somente indica um lugar, para onde se vai ou se foi:
Aonde tu vais com tanta pressa?”
Aonde nos leva a nossa insensatez!”
Aonde chegaremos amanhã?”
Aonde foram todos os bichos?”
A propósito, sempre se chega a algum lugar e não em algum lugar.
Não é correto dizer-se “Aonde tu vais ficar durante as férias?”, pois nesse caso o verbo IR (vais) não está colocado corretamente, já que o certo seria dizer-se “Onde tuficarás durante as férias?
DONDE
Contração da preposição de e do advérbio onde (de+onde = donde), obviamente usado apenas quando se vem de algum lugar.
Donde vens, aonde vais?” – do poeta Castro Alves, em Navio Negreiro.
É errado dizer-se “Daonde veio o dinheiro?” . O correto é “De onde veio o dinheiro?, ou “Donde veio…”
Vários autores defendem o uso indiscriminado de “onde” e “aonde”, mas isso se deve também à sua desistência de tentar mudar o comportamento dos usuários da nossa conturbada língua portuguesa.

MIMTISI - INTERESSANTE

Ocorre-lhe alguma dúvida acerca do que sejam pronomes oblíquos? Pois bem, sabemos que os pronomes pessoais, cuja característica é indicar diretamente as pessoas do discurso (a pessoa que fala, a pessoa com quem se fala e a pessoa de quem se fala), subdividem-se em pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo. 

Para diferenciá-los, retomemos algumas noções de análise sintática, na qual os pronomes pessoais do caso reto exercem a função de sujeito da oração, como em: 

Eu cheguei apressada.

Nós estudamos bastante.
Vejamos, pois, alguns aspectos relacionados aos pronomes pessoais: 

- Mais adiante veremos que os pronomes oblíquos tônicos são regidos por preposições. No entanto, em alguns exemplos, mesmo que a preposição esteja anteposta a um pronome, ela rege a oração por completo, e não somente esse pronome. Nesse caso, se o sujeito for um pronome, esse deverá ser sempre do caso reto. 

Enviaram vários livros para eu ler.
Caso tenhamos alguma dúvida acerca da existência do sujeito, recomenda-se desdobrar a oração, sendo essa manifestada por: 

Enviaram vários livros para que eu lesse.
Já os pronomes do caso oblíquo exercem a função sintática de complemento verbal (objeto direto e objeto indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida). A título de exemplificá-los, temos: 

As encomendas foram entregues a mim. (função de objeto indireto)

A decisão será favorável a mim. (função de complemento nominal, pois complementa o sentido de um adjetivo, “favorável”).

De acordo com a tonicidade, os pronomes oblíquos classificam-se em átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) e tônicos (mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas). 

Tais pressupostos, uma vez elencados, conduz-nos mais adiante: compreender acerca das particularidades que norteiam os pronomes oblíquos tônicos. Assim, cabe dizer que esses são sempre regidos por preposições, no caso as essenciais. É interessante notar que a combinação da preposição “com” com alguns desses pronomes originou as formas já expressas: comigo, contigo, conosco, convosco e consigo. Assim sendo, valorizemos algumas construções, tidas como adequadas perante o padrão formal da linguagem, no entanto constituídas de outras preposições, ora manifestadas por: 

Não existe mais nada entre mim ti.

As acusações foram feitas contra mim.

Não entre sem mim.
- Em se tratando da linguagem formal, jamais falaríamos assim: “ele vai com nós”, mas sim, “ele vai conosco”; nem “ele não vai com vós”, mas sim, “convosco”. No entanto, as formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados por alguns vocábulos, tais como: outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou por algum numeral. Assim, podemos constatar sua evidência por meio dos exemplos subsequentes: 

A única certeza era de que ele viajaria com nós dois.

Como precisava ir com nós todos, desistiu imediatamente.
- No que tange ao português falado no Brasil, afirma-se que o pronome “si” é exclusivamente reflexivo, fato que também ocorre como o pronome “consigo”, perfeitamente constatável em: 

Quanto egoísmo! ele somente é capaz de pensar em si próprio.

Que estranho! parece estar falando consigo mesma.
No caso do português falado em Portugal, tais formas são também utilizadas como não reflexivas – demarcadas por meio dos seguintes casos: 

Em breve, desejo estar consigo.

Penso em si diariamente.

Avaliação do Ensino Superior Irá Incluir Enem

Como o próprio nome diz, o maior concurso federal do Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tem como função de origem avaliar os estudantes ao final desta etapa escolar. Agora a prova também passará a ser utilizada na avaliação de egressos do ensino superior.
A notícia foi dada em coletiva nesta semana, na qual o ministro da educação Aloizio Mercadante informou que a novidade fará parte de um pacote de medidas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para aperfeiçoar a avaliação da educação superior no Brasil.
Mercadante explicou, de maneira reduzida, que o Enem será utilizado em conjunto com o Enade, Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, que atualmente consiste na principal avaliação dos formandos e é aplicado ao final do curso de graduação.
Juntos, os dois exames irão compor um novo dado que será criado pelo Inep, o Indicador da Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). O IDD basicamente será o equivalente a diferença dos resultados dos estudantes no Enem, quando deixam o ensino médio, com o do Enade, quando se formam na universidade.
Segundo o ministro, a intenção é justamente mensurar o que o aluno aprendeu durante o curso de graduação na instituição de ensino superior, o que não era possível de se fazer somente com a aplicação do Enade.
Questionado sobre a não obrigatoriedade de se prestar o Enem, o MEC acredita que não terá problemas, uma vez que o exame consiste na maior porta de entrada para as universidades públicas através do Sisu, e que por conta disso a maioria dos estudantes se inscrevem no exame.
O Inep pretende ainda revisar algumas regras do Enade e realizar mais mudanças na avaliação do ensino superior. Para saber mais sobre o assunto, confira a matéria completa da Agência Brasil, fonte desta publicação.



A Pró-reitoria de Ensino do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) publicou comunicado informando que, a partir do processo seletivo com entrada no segundo semestre de 2016, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será usado como forma exclusiva de ingresso em seus cursos de graduação.
No documento, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Instituto não informou se haverá alteração nos pré-requisitos de desempenho do exame já exigidos pelo IFG. Portanto, subentende-se que a nota mínima de 300 pontos na redação, bem como pontuação maior que zero em cada uma das quatro provas objetivas, continuarão sendo necessárias para que o candidato possa participar da seleção.
Até o último vestibular realizado pelo instituto, para ingresso neste primeiro semestre deste ano, haviam três modalidades de ingresso para os cursos superiores: o Vestibular tradicional, que representou 41% das vagas, a seleção pelo Enem, que foi responsável pela ocupação de cerca de 20% dos postos, além do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que preencheu o restante.
Nesta mesma edição, especificamente na entrada pelo exame nacional, que agora assumiu 100% das oportunidades, foram aproveitadas as edições do Enem 2015, 2014 e 2013. O IFG ainda não informou quais provas serão aceitas no próximo processo seletivo.
Desta forma, recomenda-se aos interessados em cursar a graduação no instituto que participem do Enem 2016, cujas provas ocorrerão nos dias 5 e 6 de novembro. Para isso, será preciso fazer a inscrição, cujo prazo terá início no próximo dia 9 de maio e seguirá até 20 do mesmo mês.

28 de abril de 2016

Apenas para exemplificar, não estou aqui ferindo direitos humanos; apenas exemplificando

Há duas semanas, os deputados federais votaram, na Câmara dos Deputados, em Brasília/Distrito Federal, acerca da abertura do processo de afastamento da Presidente da República Dilma Rousseff.
Nosso intuito não é escrever sobre a nossa posição política a respeito dessa questão, mas sim refletir sobre o que não devemos aprender com os deputados federais que votaram naquele dia. A votação, que durou horas e foi transmitida pelos principais meios de comunicação do país, foi marcada por discursos que ultrapassaram o tempo permitido e que fugiram à temática da questão.
A maioria dos deputados federais ali presentes, se estivessem prestando o ENEM, na prova de redação, se sairiam muito mal. Propositalmente ou não, a grande maioria não cumpriu o tema nem o gênero discursivo ali pedido: o voto. Ao votar, muitos dedicaram seus votos aos seus familiares, comemoraram aniversários de filhos, netos e sobrinhos, rogaram a Deus, às suas bancadas e aos seus eleitores e até a paz em Israel foi convocada.
O cerne da questão, se a Presidente Dilma cometeu ou não crime de responsabilidade, pouco foi discutida e mencionada pelos parlamentares, o que causou constrangimento, indignação e até riso por parte da população. Muitos usaram aquele momento como plataforma partidária, visando as próximas eleições. Além disso, essas falas configuram dedicatórias e homenagens e não votos.
Desse modo, temos configurados o tangenciamento, no mínimo, do tema, a fuga completa do tema e o não cumprimento do gênero discursivo exigido. A seleção, a relação e a argumentação em torno das ideias foram, no mínimo, fracas ou até nulas. A paz em Israel e na Palestina é importante, mas não tem a ver com o tema daquela votação.
Muitos deputados também demonstraram total falta de domínio da norma culta da Língua Portuguesa num contexto e num ambiente formais que exigem a adequação linguística apropriada, ou seja, a fala culta e formal.
Os Direitos Humanos também foram desrespeitados, especialmente por um determinado parlamentar que dedicou seu voto a um dos maiores torturadores e comandantes da ditadura militar brasileira. Ao mencionar uma pessoa que torturou, estuprou e matou incontáveis militantes contrários ao regime ditatorial, inclusive crianças, este deputado desrespeitou os Direitos Humanos.
O mais triste é saber que fomos nós quem elegemos estes senhores e, assim, fomos nós que os colocamos lá. Que nas próximas eleições, o estudo seja item obrigatório na lista de exigências dos eleitores, além do respeito ao próximo, o bom senso e a retórica.

Entenda o Processo de Impeachment em 7 Passos - ENEM

Entenda o Processo de Impeachment em 7 Passos |Enem




Estamos vivendo um período inusitado no Brasil. Além dos escândalos de corrupção com a Operação Lava Jato da Petrobras e da profunda crise econômica, passamos também por um momento de instabilidade política.
Sabendo que as atualidades são uma constante nas provas do exame nacional, trazemos neste artigo 7 passos que irão lhe ajudar a compreender melhor o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, o polêmico impeachment. Assim, além de ficar por dentro do assunto, você pode garantir pontos preciosos caso o mesmo apareça no Enem 2016. Boa leitura!
  1. O que é? Nada mais é do que a perda do mandato de um membro do poder executivo – presidente, governadores, prefeitos, vices dos referidos cargos e ministros – por cometer algum crime de responsabilidade. Entre os considerados crimes de responsabilidade, está o descumprimento de Leis Orçamentárias, motivo da abertura do processo contra a presidente Dilma, por conta das chamadas “pedaladas fiscais”.
  2. Abertura do processo: Primeiramente a denúncia deve cumprir algumas exigências e, após ser validada pelo presidente da Câmara dos Deputados (atualmente Eduardo Cunha), deve ser apresentada em plenário na Câmara, o que exige a formação de uma Comissão especial.
  3. Defesa do acusado: Posteriormente, o acusado, no caso a presidente, deve apresentar defesa contra a abertura do processo em até 10 sessões da Câmara, que será analisada pela Comissão Especial, que por sua vez deverá apresentar um parecer em até 5 sessões.
  4. Votação na Câmara dos Deputados: O passo seguinte é a votação da abertura do processo na Câmara. Para que oimpeachment seja de fato instaurado, é preciso que 2/3 dos votos sejam a favor. No caso do processo de Dilma Roussef, a votação ocorreu em 17 de abril e a abertura foi aprovada com 367 votos favoráveis e 137 contrários. Eram necessários 342 votos a favor para o processo passar para a etapa seguinte.
  5. Votação no Senado: Aprovado na Câmara, o processo passa para o Senado, onde será julgado de fato. Após instauração do processo, o acusado é automaticamente afastado do cargo. Na votação, novamente é necessário que 2/3 dos senadores sejam favoráveis ao impeachment. Na data de publicação deste artigo, o processo da presidente Dilma encontra-se nesta etapa, aguardando a votação do Senado.
  6. Prazo para Julgamento: O processo deve ser encerrado em 180 dias após sua instauração. Caso o período seja excedido, o acusado volta a suas funções até o posterior julgamento. Se for condenado, perde o cargo e não pode se eleger por 8 anos.
  7. Pós impeachment: Encerrado o processo, quem assume o cargo de presidente será o vice (atualmente Michel Temer) e o cargo de vice passa para o presidente da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha). Se o vice-presidente (Temer), após assumir a presidência, deixar o cargo, quem assume a posição é o presidente da Câmara (Cunha), porém por pouco tempo, pois deverá convocar novas eleições na sequência.

27 de abril de 2016

Introduções - produção textual

Como desenvolver uma tese?

 dissertação – argumentativa
Ao lermos as propostas de redação do ENEM, percebemos que elas vêm acompanhadas do tema e da coletânea de textos que tem a função de inspirar, motivar e expandir o seu raciocínio e a de fixar um padrão temático e não deixar que você fuja do que foi exigido. A coletânea não é um roteiro temático e sim um conjunto de possibilidades diversas de abordar a complexidade do tema com o qual, supõe-se, que você, candidato, já teria tido algum contato. Os textos não possuem, entre si, uma hierarquia; eles podem e devem ser aproveitados de diferentes formas, conforme o modo de cada um mobilizar seu trabalho de leitura e escrita em função de seu projeto de texto.
Assim, ao lermos o tema e a coletânea textual, devemos analisar que padrão temático ela estabelece. Por exemplo, a proposta de redação do ENEM 2011 (“Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado”) vinculava-se a um assunto mais amplo, “tecnologia”, e envolveu a discussão sobre privacidade no uso da internet na vida cotidiana, sob a forma das redes sociais. Isso comprova que o tema proposto é um recorte do assunto “tecnologia” sob o ponto de vista da “inserção da informática na vida cotidiana”, que poderia gerar também outros temas como “A influência do telefone celular nas relações interpessoais”, “O comércio eletrônico via Web”, “Inclusão digital e a mudança de hábitos de leitura” e “Hackers e crimes cibernéticos” etc.
Para desenvolver o tema proposto, o participante deveria abordar o uso das redes sociais, tais como  Twitter e Facebook, discutindo a questão da privacidade – quais os pontos positivos e negativos da exposição da vida pessoal que hoje ocorrem devido aos avanços tecnológicos. A redação deveria, portanto, problematizar as consequências dessa exposição excessiva que torna a vida privada cada vez mais pública e os riscos decorrentes dessa exposição, procurando defender uma tese, um ponto de vista a esse respeito.

Cuidado para não tangenciar o tema
Considera-se tangenciamento ao tema a abordagem parcial, ou marginal, do tema dentro do assunto. Por exemplo, se um candidato ao ENEM 2011 abordasse outros aspectos relacionados à inserção da informática na vida cotidiana, como inclusão digital, internet de um modo geral, referindo-se de forma superficial e paralela às redes sociais e à questão da privacidade, poderia ser considerada como fuga parcial ao tema, ou tangenciamento. Isso ocorre porque o autor partiu do assunto “tecnologia” (levando-se em conta que “assunto” é mais amplo do que “tema”) sem focalizar plenamente o tema “redes sociais e privacidade”. O tema foi abordado, portanto, apenas parcialmente, de maneira marginal, superficialmente. O tangenciamento também ocorreria se a redação abordasse a questão da  privacidade  sem  relacioná-la às redes  sociais ou se confundisse a distinção entre público x privado com governamental x particular, gratuito x pago.

Não fuja do tema!
Fugir do tema é abordá-lo de uma forma completamente diferente do recorte temático feito pela coletânea textual e, assim, construir um texto que nada tenha a ver com a proposta de redação. Ainda no exemplo do ENEM 2011, dentro do assunto tecnologia, a não consideração dos limites entre o público e o privado na questão dos avanços em hardware, como tablets e smartphones, foi considerada fuga ao tema. Foi considerada também fuga ao tema a  abordagem de temas relacionados a outros assuntos, como meio ambiente, saúde ou educação.

Como começar a escrever?
Uma prova de redação é, essencialmente, uma prova de leitura e escrita que visa avaliar a leitura do aluno da proposta de redação, seu conhecimento prévio (escolar e de mundo) e sua escrita, isto é, como ele definiu sua tese e a desenvolveu através de argumentos e estratégias argumentativas. Para tanto, é essencial um projeto de texto no qual tudo esteja organizado e ele pode ser feito no rascunho.
O projeto básico de uma dissertação – argumentativa é o seguinte:
No rascunho, você pode construir o seu projeto de texto tendo em mente esta estrutura básica.
Título
O título deve ser diferente do tema, já que trata do seu ponto de vista particular sobre ele. O título é como se fosse o cartão de visitas do texto, pois ele será a primeira parte a ser lida e, por isso, deve ser expressivo, isto é, deve chamar a atenção, de alguma forma, para o seu texto; é como uma manchete de jornal que deve ser boa o bastante a levar o leitor a ler a matéria inteira. Assim, o título deve estar relacionado ao tema e à tese e deve ser, na medida do possível, criativo e nada vago. Ainda pensando no ENEM 2011, títulos como “A internet” seriam considerados pouco expressivos, vagos e nada criativos, além de ter apenas uma palavra, muito abrangente. Palavras-chaves retiradas do tema e da coletânea podem compor um bom título.
Introdução
A introdução é, normalmente, o 1º parágrafo da dissertação – argumentativa e é nela que o tema e a sua tese devem ser apresentados ao leitor. Aliás, pensando nele, lembre-se que qualquer um deve conseguir ler seu texto e, assim, não pressuponha que o leitor conheça a proposta de redação e o tema: o leitor deve conhecer o tema através do seu texto, através da sua tese. É como quando um jornalista escreve uma notícia: é ele quem deve contar e apresentar os fatos ao leitor, que nada sabe do ocorrido. Vamos ver um exemplo de uma das melhores redações da Fuvest 2012; você saberia dizer, pela introdução, qual é o tema e a tese da redação?

O triste aborto político
 Em 2011, a revista “Time” elegeu como a pessoa do ano o ser que protesta, “The Protestant”. De fato, tal ação foi amplamente verificada no ano que se passou, como exemplifica a “Primavera Árabe”. Nesta, milhares de pessoas lutaram pelos seus direitos e exigiam algo que muitos parecem ter esquecido: participação política.Entretanto, enquanto muitos árabes lutam por seus direitos políticos, o mundo ocidental parece ter descartado tal conquista, tratando-a como um objeto substituível por outras coisas que preenchem o vazio ali estabelecido.

Essa candidata optou por iniciar com dados históricos e não há problemas nisso. Repare como a menção de informações atuais como a eleição daTime e a Primavera Árabe contextualizam melhor o tema. O tema também auxilia, já que é impactante.
Exemplo da Fuvest ; qual é o tema e a tese?

Sobre equívocos, Narcisos e imediatismos
Caracterizada pela evidente degradação do “ser” em “ter”, a atual estrutura socioeconômica, embasada no que é efêmero e aparente, acarreta na vida uma devastadora inversão de valores. Os indivíduos, influenciados pela vivência em meio a um mercado de consumo marcado pela competição, passaram a enxergar o outro como um inimigo em potencial. Diante disso, entre relacionamentos superficiais, valores egocêntricos e atitudes que priorizam o imediato, o altruísmo vai se desfalecendo e se tornando uma raridade no mundo contemporâneo.

Já na introdução, a candidata não só apresenta o tema e introduz a sua tese como as contextualiza e as relaciona com aspectos sociais e econômicos e também faz isso no título que traz uma alusão histórica – mitológica, o que demonstra seu amplo conhecimento prévio e sua capacidade de relacionar assuntos.
 Se você respondeu que os temas da Fuvest  foram, respectivamente, participação política (Participação política: indispensável ou superada?) e altruísmo (O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo?), você acertou! Parabéns!

Redação ENEM

Aprenda a fazer a redação do Enem passo a passo

Fazer um rascunho é essencial para se dar bem na prova


O formato de redação escolhido pela grande parte dos vestibulares, inclusive pelo Enem, é a dissertação-argumentativa. Esse gênero textual possibilita que o estudante construa uma tese inicial e a defenda diferentes pontos de vista ao longo do texto. Separamos aqui algumas dicas para você construir um bom texto. Confira!

1º) Veja o tema de redação e faça uma leitura cuidadosa da prova - Essa é a principal dica e vai influenciar todo o seu desempenho. Leia e releia a proposta e os textos de apoio. Dê uma lida também nas questões da prova. Pode ser que alguma informação ajude no tema da redação. Atenção: essa etapa é essencial para que você não fuja do tema.
2º) Elabore o projeto de texto e escolha uma tese - Esse é o momento em que você deve escolher a sua abordagem e os argumentos que usará para defender sua tese. Separe as ideias principais sobre o assunto em um rascunho. Na tese, escolha um tema que você domine para argumentar e expor o seu ponto de vista.
3º) Faça a primeira versão do texto - Nessa etapa do rascunho, preocupe-se com o conteúdo e não com a gramática. Foque sua atenção para organizar os argumentos da melhor forma. As ideias devem fazer sentido e devem estar ligadas entre si. Um texto bem amarrado valoriza a sua argumentação e fará com que o corretor não se sinta confuso ao lê-lo.
Lembre-se da estrutura básica da dissertação-argumentativa
IntroduçãoApresente o tema e o recorte que você fará dele. Evite fazer rodeios. É recomendável que a tese seja exposta para direcionar a leitura e mostrar sua linha de raciocínio. Lembre-se de que na dissertação seus argumentos devem ser usados para convencer quem estiver lendo.
DesenvolvimentoDefenda a sua tese apresentando ideias que a justifiquem, de forma consistente, e apresente seus argumentos. Essa parte é importante, por isso coloque tudo da forma mais clara possível para que o leitor compreenda seu ponto de vista. Para deixar organizado, uma dica é reservar um parágrafo para cada argumento, analisando todos os aspectos que você quer abordar.
ConclusãoRetome as ideias expostas na introdução, junto com os principais argumentos que a justificam para confirmar a tese e encerrar o debate. Diferente das outras redações, no Enem é nessa parte que você deve propor a solução ao problema, a partir dos pontos já levantados durante sua redação.
4º) Revise o texto: Agora é hora de corrigir a gramática e encontrar outros errinhos na sua redação. Caso tenha dúvida na grafia de alguma palavra, tente substituir por outra expressão. Preste atenção se não existe alguma frase sem sentido perdida pelo texto e avalie se há coerência entre as ideias.
5º) Passe o texto a limpo: Finalmente, essa é a última etapa da redação. Por isso a importância de preparar seu texto em um rascunho. Respeite o limite de linhas e não coloque informações fora da área de correção.

26 de abril de 2016

O Título Será Obrigatório na Redação do Enem 2016?


Uma dúvida muito comum  diz respeito a obrigatoriedade do título na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). E a resposta para essa pergunta é: NÃO. O título não será obrigatório na dissertação.

Na prática, isso significa que aquele que não intitular seu texto não será prejudicado, ou seja, não perderá pontos por isso. Da mesma maneira, caso haja um título, a redação não poderá ser beneficiada.

Então Não Vale a Pena Intitular Minha Redação?

As informações contidas no último parágrafo podem levá-lo a concluir que não vale a pena incluir um título em sua dissertação, o que é válido e plausível. No entanto, destacamos que, se elaborado com inteligência e criatividade, o mesmo valoriza a redação e “fisga” o leitor (no caso o corretor), chamando sua atenção.
Nesse sentido, vale destacar alguns erros que devem ser evitados na hora de escolher um bom título para uma dissertação argumentativa:
  • nunca utilize o tema propriamente dito como título. Ele deve remeter e se relacionar com a proposta, mas não reproduzi-la;
  • evite verbos e frases imperativas, além de reticências;
  • se colocar uma pergunta ou questionamento do título, lembre-se que deverá respondê-los a longo do texto;
  • procure utilizar palavras-chave do tema/proposta e também do texto em seu título.
A decisão de colocar ou não título na sua redação não precisa ser tomada agora. O ideal é que você chegue na prova dissertativa do Enem 2016 preparado para intitular bem sem texto, com a opção de não fazê-lo caso não encontre o título ideal durante o exame.
Lembre-se que, assim como qualquer parte que envolve a habilidade da escrita, a escolha do título é algo que pode e deve ser aperfeiçoado com a prática, ainda mais se você contar com acompanhamento personalizado de um professor especialista.

24 de abril de 2016

Pleonasmo – Figura ou Vício de Linguagem?


No texto da semana passada, discutimos um pouco a respeito dos vícios de linguagem que, como dissemos, ao contrário das figuras de linguagem, empobrecem o texto, falado ou escrito, e devem ser evitados, principalmente nas situações em que se deve empregar a norma culta. Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor.
Hoje, vamos abordar um caso que tanto pode configurar vício como pode ser uma figura de linguagem. É o caso do pleonasmo!
Mas, se vício é um defeito e figura é uma qualidade no texto, como ele pode ser as duas coisas? Bem, não são exatamente as duas coisas ao mesmo tempo. Na verdade, existem dois tipos de pleonasmo, mas antes vamos definir com mais precisão o que significa o termo.
Segundo o dicionário Houaiss eletrônico, a palavra pleonasmo veio do grego, passando pelo latim para chegar ao português, e significava superabundânciaexcessoamplificaçãoexageração. Assim, pleonasmo, na origem, tem a ver com exagero.
No âmbito da Gramática, o pleonasmo tomou dois rumos e podemos agora encontrar, como defeito no texto, oPleonasmo Vicioso ou Redundância, que é a repetição desnecessária de uma informação na frase. Veja os seguintes exemplos:
  • Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer.
  • Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
  • Encontraremos outra alternativa para esse problema.
  • general do Exército recebeu uma homenagem na cerimônia.
Observe que os dois primeiros exemplos têm uma repetição ‘escancarada’ da ideia, mas os dois seguintes podem passar despercebidos, pois dependem de um maior conhecimento de mundo. A ideia de ‘outra’ está contida no elemento ‘alter’ da palavra alternativa, e essa informação deve vir do estudo de estrutura e formação de palavras. O mesmo ocorre com ‘general do Exército’, que parte da ideia de hierarquia militar e é preciso saber que as patentes equivalentes na Marinha e na Aeronáutica são, respectivamente, almirante e brigadeiro.
Há um vídeo da dupla Leandro Hassum e Marcius Melhem que apresenta, de modo divertido, esse emprego vicioso, embora eles empreguem erroneamente o termo tautologia.
Como recurso para reforçar a mensagem, o pleonasmo constitui uma figura de linguagem. Nesse caso é a repetição de palavras desnecessárias à compreensão, mas importantes para a expressividade.
As montanhas, vejo-as iluminadas, ardendo no grande sol amarelo. (Vinícius de Moraes) (A ideia de ‘montanhas’ se repete no pronome ‘as’)
“Eu canto um canto matinal”. (Guilherme de Almeida)
Portanto, se a repetição for desnecessária é um defeito e precisa ser evitado, mas se a ideia é reforçar uma imagem ou uma mensagem é qualidade, por isso, fique atento!

Treinando os pronomes

Considere o texto abaixo para responder à questão a seguir:

De teor histórico-filosófico, os livros de M. Foucault investigam, em determinadas sociedades e em determinados períodos, quais os modos efetivos e historicamente variáveis de produção de verdade. Uma consideração que se estende para a sociedade moderna, a partir das suas instituições, diz respeito ao que podemos identificar como o traço fundamental, comum a todas elas e que, certamente, é aplicável a toda sociedade. Trata-se do princípio da visibilidade. A um tempo global e individualizante, a visibilidade constitui uma espécie de princípio de conjunto. À primeira vista sinal de transparência e de revelação da verdade, pode-se contudo questionar se o gesto de mostrar-se, de deixar-se ver, significaria uma postura despojada de desvelamento da verdade de cada um ou se o desnudamento de si mesmo não seria uma injunção, se a exposição de si não encobriria uma certa imposição decorrente das regras que regem nosso modo de produção da verdade. Acrescentemos que a investigação que quer melhor compreender nossa época não pretende apenas situá-la pela sua diferença com o que a precede, mas também, e sobretudo, instigar mudanças que, a partir e do interior do nosso presente, possam inaugurar perspectivas outras na direção do que está por vir.

(Salma T. Muchail, A produção da verdade. Filosofi a especial, n. 08, p. 7, com adaptações)


(SECRETARIA MUNICIPAL DE FAZENDA/RJ – 2010 – ESAF) 1 - No desenvolvimento do texto, a função do pronome relativo QUE é,

(A) retomar o termo “instituições” em “diz respeito ao que podemos identificar”.
(B) retomar o termo “o” em “que a precede, mas também”.
(C) retomar o termo “imposição” em “das regras que regem nosso modo de produção”.
(D) retomar a expressão “todas elas” em “que, certamente, é aplicável a toda sociedade”.
(E) retomar o termo “perspectivas” em “na direção do que está por vir”.


(TRT/16ª REGIÃO – FCC) 2 - Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

(A) Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou, cede lugar às modas citadinas, de que quase todos tomam como parâmetro.
(B) A moda sempre existiu, sempre haverá quem a adote, assim como sempre haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade.
(C) A moda, cujos os valores são sempre efêmeros, define as maneiras de vestir e pensar de que se comprazem os citadinos.
(D) Vive-se num tempo onde as mudanças são tão rápidas que fica difícil acompanhar-lhes em sua velocidade.
(E) Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade são os que lhesparecem mais civilizados.


A questão a seguir baseia-se no texto apresentado abaixo.

A correspondência oficial não dispensa nem os protocolos de rigor que lhe são próprios, nem a máxima objetividade no tratamento do assunto em tela. Não cabendo o coloquialismo do tratamento na pessoa você, é preciso conhecer o emprego mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Excelência, por exemplo, para os casos em que essas ou outras formas mais respeitosas se impõem. Quanto à disposição da matéria tratada, a redação deve ser clara e precisa, para que se evitem ambiguidades, incoerências e quebras sintáticas.

(Diógenes Moreyra, inédito)

(TRT/16ª REGIÃO – FCC) 3 - Quanto ao emprego das formas de tratamento, está correta a seguinte construção:

(A) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso profundo reconhecimento.
(B) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma semana.
(C) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos.
(D) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.
(E) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis a nos oferecer.


A questão a seguir baseia-se no texto abaixo:

Bolsa-Floresta

Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da gaveta da Casa Civil, onde ficaram trancados por vários dias, ficou-se sabendo que maio foi igual ao abril que passou: perdemos de floresta mais uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. Ao ritmo de um Rio por mês, o Brasil vai pondo abaixo a maior floresta tropical. No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter a destruição.
O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. O número repetido por todos é que lá 98% da floresta estão preservados, 157 milhões de hectares, 1/3 da Amazônia brasileira. A Zona Franca garante que uma parte do mérito lhe cabe, porque criou alternativa de emprego e renda para a população do estado. Há quem acredite que a pressão acabará chegando ao Amazonas depois de desmatados os estados mais acessíveis.
João Batista Tezza, diretor técnico-científico da Fundação Amazonas Sustentável, acha que é preciso trabalhar duro na prevenção do desmatamento. Esse é o projeto da Fundação que foi criada pelo governo, mas não é governamental, e que tem a função de implementar o Bolsa-Floresta, uma transferência de renda para pessoas que vivem perto das áreas de preservação estadual. A idéia é que elas sejam envolvidas no projeto de preservação e que recebam R$ 50 por mês, por família, como uma forma de compensação pelos serviços que prestam. [...]
Tezza é economista e acha que a economia é que trará a solução:
— A destruição ocorre porque existem incentivos econômicos; precisamos criar os incentivos da proteção. [...]
Nas áreas próximas às reservas estaduais, estão instaladas 4.000 famílias e, além de ganharem o Bolsa-Floresta, vão receber recursos para a organização da comunidade.
— Trabalhamos com o conceito dos serviços ambientais prestados pela própria floresta em pé e as emissões evitadas pela proteção contra o desmatamento. Isso é um ativo negociado no mercado voluntário de redução das emissões — diz Tezza.
Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades, viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todas as famílias. A Fundação trabalha mirando dois mapas. Um mostra o desmatamento atual, que é pequeno. Outro projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. Mesmo no Amazonas, onde a floresta é mais preservada, os riscos são visíveis. Viajei por uma rodovia estadual que liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi áreas recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda sai de troncos queimados. [...]

LEITÃO, Miriam. InJornal O Globo. 19 jul. 2008. (adaptado)


(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 4 - Indique a opção em que a expressão em destaque pode ser substituída por “lhe”, assim como em “...uma parte do mérito lhe cabe,” (2º parágrafo)

(A) O economista chamou o colega de benfeitor da natureza.
(B) A Fundação convidou o professor para o cargo de diretor.
(C) O projeto pertence ao renomado cientista.
(D) O governo criou recentemente o Bolsa-Floresta.
(E) A diretora gosta muito de sua assistente.


(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO CESGRANRIO) 5 - Assinale a afirmativa em que a palavra “onde” está usada corretamente.

(A) Trabalhamos com o conceito de serviços onde o fator ambiental é preponderante.
(B) Durante a discussão dos técnicos foi levantado um novo argumento onde o diretor não gostou.
(C) Nas áreas próximas às reservas, onde estão instaladas famílias, haverá grandes investimentos.
(D) Alguns estudos apontam o ano de 2050 como decisivo, onde ocorrerá uma grande devastação.
(E) As propostas onde se encontram as soluções mais econômicas para a melhoria do ambiente serão aprovadas.


Leia o texto para responder às próximas 3 questões.

Sobre os perigos da leitura

Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...]
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado!
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.

(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado)

(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 6 - A palavra “a”, em – ...no entanto, não foi a esperada. (3.º parágrafo), refere-se a

(A) candidatos.
(B) pergunta.
(C) reação.
(D) falar.
(E) gostaria.


(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 7 - As palavras que, no 3.º parágrafo, retomam o termo “os candidatos”, são:

(A) eles, outros, próprios.
(B) eles, isso, próprios.
(C) aquilo, eles, seus.
(D) eles, lhes, sua.
(E) aquilo, isso, próprios.


Leia o texto para responder à questão a seguir.

Os eletrônicos “verdes”

Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com certificado CarbonFree, que prevê a compensação do carbono emitido na fabricação e distribuição de um produto. Se um celular pode ser feito de garrafas, por que não se produz um laptop a partir do bambu? Essa ideia ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: tratase do Eco Book que exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos” fazem uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da empresa americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que a área de TI (tecnologia da informação) já é responsável por 2% de todas as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá adotar mais máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir os custos de orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da Comunidade do Vale do Silício, acredita que as tecnologias “verdes” também conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto ao consumidor ter-se uma imagem de empresa sustentável.
O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve Jobs, e o fez render-se às propostas do “ecologicamente correto” – ele era duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preocupado em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo de impressão. Basta que se coloque a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de café no cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador. Se pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em grandes empresas, dá para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.

(Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado)


(CREMESP – 2011 - VUNESP) 8 - Assinale a alternativa em que o uso do pronome, entre parênteses, refere-se corretamente à expressão destacada.

(A) … a Motorola anunciou o primeiro celular… (anunciou-lhe)
(B) … basta olhar o resultado de uma pesquisa… (olhar-lo)
(C) Preocupado em não perder espaço… (perdê-lo)
(D) … também conquistarão espaço pelo fato de que, … (conquistarão-o)
(E) … e se despeja a borra de café no cartucho. (despeja-na)


Leia o texto para responder às próximas 2 questões.

Quanto veneno tem nossa comida?

Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde humana. No campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, alimentados com doses altas desses venenos. A partir do resultado desses testes e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau de resíduos do pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos para cada cultura. Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa. Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros têm resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar lá. Esses excessos, isoladamente, não são tão prejudiciais, porque em geral não ultrapassam os limites que o corpo humano aguenta. O maior problema é que eles se somam – ninguém come apenas um tipo de alimento.

(Francine Lima, Revista Época, 09.08.2010)


(CREMESP – 2011 - VUNESP) 9 - Para avaliar o risco de gente que apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, alimentados com doses altas desses venenos. A expressão em destaque refere-se aos

(A) alimentos consumidos pelos trabalhadores.
(B) ratos usados para testes.
(C) cães que ingerem alimentos com agrotóxicos.
(D) pesticidas sintéticos e agrotóxicos.
(E) alimentos in natura.


(CREMESP – 2011 - VUNESP) 10 - Assinale a alternativa correta, quanto à colocação pronominal e ao uso dos pronomes.

(A) Não pediram-me o recibo do pagamento.
(B) Se constatou que há erro no relatório médico.
(C) O diretor disse que era para eu entregar o formulário ao paciente.
(D) Entre eu e o novo funcionário não há diálogo.
(E) A secretária confirmou que é para mim atender às solicitações.


Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

A Carta de Pero Vaz de Caminha

De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.

(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações)

Considere o período a seguir.

“Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos.”

(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 11 - Sobre as estruturas linguísticas do trecho em destaque, assinale a afirmativa correta:

(A) Os pronomes “nela” e “as” se referem à nova terra.
(B) Uma opção correta de acordo com a norma culta seria substituir “nem as vimos” por “nem vimos elas”.
(C) É possível trocar a expressão “nem as vimos” por “nela” na ordem em que aparecem no período preservando a coerência do texto.
(D) O pronome “nela” tem como referência a “terra”.
(E) Neste trecho, a palavra “nem” pode ser suprimida a partir do 2º registro sem que haja prejuízo de coesão ou coerência textual.


Leia o texto a seguir para responder às próximas 2 questões.

Convivas de boa memória

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição. Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.

(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65)


(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 12 - O emprego da palavra “o” em “O que faço, em chegando ao fim...” (3º§) é o mesmo que se encontra em:

(A) “[...] com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.”
(B) “Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram!”
(C) “Eu não atino com a das que enfiei ontem.”
(D) “[...] é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele.”
(E) “Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.”


(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 13 - “... mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.” A palavra sublinhada nessa frase se refere:

(A) À precária memória do narrador.
(B) Às pessoas que viveram em hospedarias.
(C) À vida dos convivas.
(D) Às pessoas que passam a vida na mesma casa de família.
(E) Ao narrador não se lembrar da cor das calças.


Leia o texto a seguir e responda à próxima questão.

Os dicionários de meu pai

Pouco antes de morrer, meu pai me chamou ao escritório e me entregou um livro de capa preta que eu nunca havia visto. Era o dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Ficava quase escondido, perto dos cinco grandes volumes do dicionário Caldas Aulete, entre outros livros de consulta que papai mantinha ao alcance da mão numa estante giratória. Isso pode te servir, foi mais ou menos o que ele então me disse, no seu falar meio grunhido. Era como se ele,cansado, me passasse um bastão que de alguma forma eu deveria levar adiante. E por um tempo aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de canções, sem falar das horas em que eu o folheava à toa; o amor aos dicionários, para o sérvio Milorad Pavic, autor de romances-enciclopédias, é um traço infantil de caráter de um homem adulto.
Palavra puxa palavra, e escarafunchar o dicionário analógico foi virando para mim um passatempo. O resultado é que o livro, herdado já em estado precário, começou a se esfarelar nos meus dedos. Encostei-o na estante das relíquias ao descobrir, num sebo atrás da sala Cecília Meireles, o mesmo dicionário em encadernação de percalina. Por dentro estava em boas condições, apesar de algumas manchas amareladas, e de trazer na folha de rosto a palavra anauê, escrita a caneta-tinteiro.
Com esse livro escrevi novas canções e romances, decifrei enigmas, fechei muitas palavras cruzadas. E ao vê-lo dar sinais de fadiga, saí de sebo em sebo pelo Rio de Janeiro para me garantir um dicionário analógico de reserva. Encontrei dois, mas não me dei por satisfeito, fiquei viciado no negócio. Dei de vasculhar livrarias país afora, só em São Paulo adquiri meia dúzia de exemplares, e ainda arrematei o último à venda a Amazom.com antes que algum aventureiro o fizesse. Eu já imaginava deter o monopólio (açambarcamento, exclusividade, hegemonia, senhorio, império) de dicionários analógicos da língua portuguesa, não fosse pelo senhor João Ubaldo Ribeiro, que ao que me consta também tem um quiçá carcomido pelas traças (brocas, carunchos, gusanos, cupins, térmitas, cáries, lagartas-rosadas, gafanhotos, bichos-carpinteiros).
A horas mortas eu corria os olhos pela minha prateleira repleta de livros gêmeos, escolhia um a esmo e o abria a bel-prazer. Então anotava num Moleskine as palavras mais preciosas, a fim de esmerar o vocabulário com que embasbacaria as moças e esmagaria meus rivais.
Hoje sou surpreendido pelo anúncio desta nova edição do dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Sinto como se invadissem minha propriedade, revirassem meus baús, espalhassem ao vento meu tesouro. Trata-se para mim de uma terrível (funesta, nefasta, macabra, atroz, abominável, dilacerante, miseranda) notícia.

(Francisco Buarque de Hollanda, Revista Piauí, junho de 2010)


(FAETEC/RJ – 2010 – CEPERJ) 14 - Em “Isso pode te servir” (meio do primeiro parágrafo), o pronome demonstrativo tem como referente:

(A) o dicionário analógico
(B) o dicionário Caldas Aulete
(C) os livros de consulta
(D) a estante giratória
(E) os cinco grandes volumes


(TRF/4ª REGIÃO – 2010 – FCC) 15 - Houve muitas discussões sobre medidas para se minimizar o aquecimento global, já que todos consideram oaquecimento global uma questão crucial para a humanidade, embora poucos tomem medidas concretas para reduzir o aquecimento global, não havendo sequer consenso quanto às verbas necessárias para mitigar os efeitos do aquecimento global.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) lhe consideram - reduzi-lo - mitigá-los aos efeitos
(B) o consideram - reduzi-lo - mitigar-lhe os efeitos
(C) consideram-no - reduzir-lhe - mitigar-lhes os efeitos
(D) o consideram - reduzir-lhe - mitigar-lhe os efeitos
(E) consideram-lhe - o reduzir - mitigar-lhe seus efeitos


Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Colisão entre caminhão e carro deixa 4 mortos em Pernambuco

Ana Lima Freitas – Texto adaptado

Uma colisão, na qual um caminhão foi de encontro a um carro, deixou 4 pessoas mortas e 2 feridas na noite desta terça-feira na cidade de Salgueiro, a 530km do Recife, no sertão de Pernambuco. Entre as vítimas fatais, estavam engenheiros responsáveis pela construção da Ferrovia Transnordestina.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, o caminhão com placa do Rio Grande do Norte, o qual a Polícia recolheu ao depósito, colidiu com o carro, um veículo Gol, com placa do Ceará. Dos 4 ocupantes do Gol, 3 morreram. Entre eles estavam engenheiros responsáveis pela construção da Ferrovia Transnordestina. O motorista do caminhão também morreu no local do acidente. Ao Hospital Regional de Salgueiro as vítimas do referido acidente foram levadas.

acesso em 26 ago. 2009.


(PRF – 2009 – FUNRIO) 16 - Do texto, considere apenas o trecho: “...o caminhão com placa do Rio Grande do Norte, o qual a Polícia recolheu ao depósito, colidiu com o carro”. Em relação ao termo “o qual”, é correto afirmar que

(A) promove a coerência textual apontando o termo que o precede, sendo portanto catafórico.
(B) é tido como sujeito da frase, uma vez que substitui tal termo.
(C) pode ser substituído por “cuja” sem comprometer a coesão textual.
(D) é pronome relativo e pertence à segunda oração do período destacado.
(E) é pronome relativo, portanto, não poderia referir-se a um substantivo.


Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Olhar o vizinho é o primeiro passo

Não é preciso ser filósofo na atualidade, para perceber que o “bom” e o “bem” não prevalecem tanto quanto desejamos. Sob a égide de uma moral individualista, o consumo e a concentração de renda despontam como metas pessoais e fazem muitos de nós nos esquecermos do outro, do irmão, do próximo. Passamos muito tempo olhando para nossos próprios umbigos ou mergulhados em nossas crises existenciais e não reparamos nos pedidos de ajuda de quem está ao nosso lado. É difícil tirar os óculos escuros da indiferença e estender a mão, não para dar uma esmola à criança que faz malabarismo no sinal, para ganhar um trocado simpático, mas para tentar mudar uma situação adversa, fazer a diferença. O que as pessoas que ajudam outras nos mostram é que basta querer, para mudar o mundo. Não é preciso ser milionário, para fazer uma doação. Se não há dinheiro, o trabalho também é bem-vindo. Doar um pouco de conhecimento ou expertise, para fazer o bem a outros que não têm acesso a esses serviços, é mais que caridade: é senso de responsabilidade. Basta ter disposição e sentimento e fazer um trabalho de formiguinha, pois,como diz o ditado, é a união que faz a força! Graças a esses filósofos da prática, ainda podemos colocar fé na humanidade. Eles nos mostram que fazer o bem é bom e seguem esse caminho por puro amor, vocação e humanismo.

(Diário do Nordeste. 28 abr. 2008)


(AGENTE MUNICIPAL DE TRÂNSITO – 2009 – IEPRO/UECE) 17 – A colocação pronominal está correta em

A) o povo de Acopiara não havia afastado-se da cidade
B) entregaremos-lhes as propostas do curso de português
C) nada me haviam dito sobre a cidade de Acopiara
D) nos lembramos das propostas do curso de português
E) ninguém machucou-se no jogo em Acopiara


GABARITO
1 - B
2 - B
3 - A
4 - C
5 - C
6 - C
7 - D
8 - C
9 - D
10 - C
11 - D
12 - B
13 - E
14 - A
15 - B
16 - D
17 - C