Esse blog foi criado com a finalidade de auxiliar a todos que dele poderão acrescentar algo às suas aulas e, com isso, crescermos como educadores. Aos alunos melhorar as produções textuais e, consequentemente, somar conhecimento.
O título do tema é “Cidadania e Participação Social” e de início podemos pensar em falar sobre o tópico de forma geral. No entanto, ao analisarmos os textos motivadores, é possível perceber que o foco é nos jovens e em sua participação e preocupação em relação às mazelas sociais. Os três textos tratam de eventos em que jovens e adolescentes inseriram-se e demonstraram sua presença e importância. Por isso, seria interessante manter a temática tratada além do título e exposta com certa insistência no conteúdo motivador.
Além da consideração do jovem em específico, o tema mais uma vez não especifica o país, assim como em 98. Porém, a participação social é algo que precisa ser visto de perto para ser bem relatado. Uma boa opção, então, seria manter a argumentação voltada ao Brasil, especialmente por conta da necessidade de inserção de conteúdo externo para reforçar a argumentação, o que garante uma proximidade maior com os dados mencionados e, consequentemente, maior possibilidade de detalhamento e confirmação de veracidade.
Falando no conteúdo externo que a proposta sempre exige como forma de embasamento do conhecimento do aluno sobre o assunto, alguns dos itens passíveis de serem mencionados são justamente histórias de jovens com participação ativa na sociedade. Tais histórias podem ser frequentemente mencionadas nas mídias impressa, online e visual. Além dessas, detalhar projetos de melhoria social nos quais vocês mesmos participam como voluntários ou contar ao leitor sobre os que existem em suas próprias cidades e os interessam podem ser boas opções.
Outro ponto que pode ser importante mencionar na argumentação é justamente o papel que o jovem já tem na sociedade atual no sentido de cumprir com os deveres como cidadão. Quais seriam esses deveres? Por que eles são importantes? Em quais áreas há maior possibilidade de colaboração e como isso pode ser colocado em prática? Tudo isso pode ser pensado e incluído como forma de situar o leitor.
Enfim, chega a proposta de intervenção! Aqui o próprio tema e seus textos motivadores já sugerem algumas propostas: o desenvolvimento de projetos sociais (pelo governo, pela própria comunidade) que envolvam jovens e adolescentes de forma mais ativa, assim como a criação pelos próprios jovens de projetos sociais colaborativos. A escola também pode ter papel importante na sugestão de intervenção ao se tornar um dos veículos principais de transmissão de informações para crianças e adolescentes sobre qual o papel deles na sociedade e quais as possibilidades de colaboração para construção de uma sociedade melhor e mais integrada. Levando tudo isso em conta, não se esqueçam de detalhar bem a proposta, como já estudamos anteriormente ao analisar a quinta competência de avaliação na redação, ok?
COMO ESTE ANO SAIU O DIAGNÓSTICO SOBRE MINHA SAÚDE, TIVE QUE ME AFASTAR UM POUCO DO MEU BLOG, SOU PORTADORA DE ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA, UMA DOENÇA INCURÁVEL. É TERRÍVEL, POIS VAI SUGANDO AS FORÇAS, MAS MESMO ASSIM, DE VEZ EM QUANDO, VOU POSTAR ALGO DE TANTA SAUDADES QUE TENHO DISSO TUDO!!! ABRAÇÃO A VOCÊS!!!
Na série que se inicia hoje, provavelmente haverá questionamentos sobre a utilidade de observarmos tais temas, já que as propostas dos anos anteriores do Enem são passado e não poderiam colaborar para o desempenho numa prova futura. Mas será que não poderiam mesmo? Acompanhem comigo a lista de razões que passaram pela minha cabeça ao decidir iniciar essa série de artigos:
Conhecendo bem os temas anteriores e suas possibilidades, dá para eliminar qualquer assunto próximo como chance de temas futuros, já que até hoje não vimos repetições, nem mesmo de temas parecidos, o que diminui o espectro de coisas sobre as quais dedicar um pouco mais de tempo ao manter-se informado;
É possível usar os temas anteriores das propostas de redação do Enem como treino e conseguir uma ideia ainda mais aproximada do que seria ideal, já que há modelos já corrigidos, as redações nota mil;
Por fim, e talvez a mais importante das razões, ao desenvolvermos juntos um raciocínio do que poderia ser tratado em determinado tema, é possível “acostumarmos” com tal raciocínio e facilitar (e muito) o trabalho em produções futuras!
Todos os temas serão trabalhados nas próximas semanas, incluindo os do Enem PPL (para pessoas com privação de liberdade), já que o tema nesse último tipo de prova poderia ser facilmente consultado e, portanto, muito provavelmente é desconsiderado para elaborações futuras, mesmo para o Enem regular. Temos conversa para as próximas vinte semanas, no mínimo! A não ser que algum tema “urgente” surja próximo à realização da prova ou haja alguma sugestão muito pedida. Nesse caso, podemos dar uma pausa em nossos treinos diferenciados e tratar do tópico “urgente”!
Proposta de redação do Enem 1998
O primeiro Enem ocorreu em 1998 e já tinha proposta de redação. No entanto, como os critérios e a correção foram mudando ao longo dos anos (lembram-se de como desrespeitar os direitos humanos zerava o texto todo há pouco tempo atrás e na última correção zerava apenas a competência que trata da proposta de intervenção?), tanto nesse como em todos os próximos temas consideraremos as informações públicas (edital, Cartilha do Participante, proposta etc.) mais atuais que temos em relação à correção da redação, documentos esses todos já tratados com detalhes aqui na coluna! Isso garantirá que as duas últimas razões que mencionei ali em cima não sejam completadas de forma defasada. Estabelecido isso, vamos relembrar a proposta de 1998? Muitos de vocês não tinham nem nascido!
O primeiro detalhe que podemos notar é que no título não se menciona o país (Brasil), o que tem ocorrido com frequência nos temas mais atuais. Um item a menos a ser mencionado na redação, já que o tema busca menções a viver e aprender, apenas. O texto motivador (saudades do Enem que não vivemos que só tinha um deles), quando lido com atenção, menciona “ser um eterno aprendiz” e não se refere a conteúdos acadêmicos ou escolas, mas sim à vida. É possível dizer, portanto, que o “aprender” esperado pela proposta de redação desse ano é o que ocorre através das experiências de vida do indivíduo muito mais do que através da absorção de conteúdos acadêmicos, apesar de também ser possível adquirir experiência de vida na escola, afinal, é um de nossos maiores locais de convivência e contato social.
Os conteúdos externos, sempre exigidos na proposta, como forma de embasamento da argumentação e de demonstração de conhecimento adquirido, podem ser bastante simples de se pensar nesse caso específico. Como trata-se de uma menção a experiências de vida, falar de alguém mais velho com uma experiência de vida interessante pode ser uma boa saída. Pode até mesmo ser algo pelo qual vocês mesmos passaram e que os fez mudar de perspectiva ou teve um grande impacto. Mencionar pessoas famosas e/ou figuras e eventos históricos importantes que remetam a experiências de vida impactantes também é mais do que válido.
Por fim, a proposta de intervenção pode não ser muito óbvia aqui, já que o tema não remete a um problema em si, visto que viver e aprender é sempre bom. No entanto, há sempre a possibilidade de melhoria. No caso da vida no Brasil, mais ainda, podemos concordar, não é mesmo? Sendo assim, tratar das dificuldades da vida cotidiana no país, sugerir ações que a tornem menos burocrática e ineficiente tanto para o governo como para os civis e relacionar essa otimização a uma melhor experiência de vida no geral para todos os brasileiros pode ser uma boa ideia para concluir o texto com a(s) proposta(s) de intervenção.
O que acharam da nossa nova série? Pretendem usá-la para estudar? Já produziram algum texto com temas anteriores da proposta de redação do Enem? Tentarei manter as dicas o mais abertas possível e evitarei sempre colocar moldes ou locais específicos do texto onde inserir cada um dos itens dos quais trataremos, já que o objetivo aqui é desenvolver o raciocínio livre em cada um de vocês e acostumá-los a ele, ao invés de oferecer fórmulas prontas de redação (eca!).
Contem para nós todas as experiências com esse tema e não se esqueçam de deixar sugestões nos comentários! Até semana que vem! =D
Em nossa postagem , trazemos o artigo de uma de nossas colaboradoras, a professora Geneviève Faé. Geneviève é graduada em Letras e Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade pela UCS (Universidade de Caxias do Sul). Ela atua como professora do pré-vestibular Apoio, no município de Caxias do Sul (RS). Aproveitamos a oportunidade para agradecê-la pelo excelente artigo!
Todo ano, milhões de estudantes se preparam para o ENEM, exame cuja relevância tem crescido progressivamente. E uma das maiores preocupações reside no tema de redação: dissertaremos sobre um problema de cunho social, político e/ou econômico. Mas qual será a questão central? No ano de 2018, o exame cobrou um tema considerado difícil, de abrangência global: manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet. E em 2019? Quais são suas apostas?
Tendo em vista todos os temas cobrados desde a criação do exame, em 1998, listamos dez possibilidades de problemáticas sociais (âmbito nacional e/ou global), no intuito de propor um exercício de leitura e argumentação.
Você saberia desenvolver todos, desde a problematização (causas, consequências) até a proposta de resolução (quem pode resolver, como, o que fazer e para quê)? Vamos treinar? Elabore teses para todos eles. Nos meses que antecedem o ENEM, é válido intensificar a produção textual, então tais temas podem servir de inspiração para você escrever.
1: Estresse, ansiedade e depressão como problemas de saúde pública
2: Consequências da era da desinformação
3: Superlotação do sistema prisional brasileiro
4: Necessidade de adaptação ao mercado de trabalho diante das inovações tecnológicas
5: Aumento da obesidade entre crianças e adolescentes
6: Persistência da discriminação racial no Brasil contemporâneo
7: Desafios do combate à má alimentação do brasileiro
8: Reconstrução do professor como ferramenta de transformação social
9: Efeitos da cultura do descartável em âmbito mundial
10: Caminhos para combater o abandono afetivo inverso
Gostou das apostas? Como os tópicos são dos mais variados eixos, vale fazer fichas de leitura de cada um, ampliando a bagagem cultural, com fatos, dados, conceitos, no intuito de conquistar uma excelente base de argumentação. Atente para os eixos com mais probabilidade de cair, tendo em vista seu ineditismo no histórico do ENEM, a exemplo da saúde. Por isso, indicamos a leitura sobre transtornos mentais na era hipermoderna e precariedade da alimentação e suas implicações, dentre outras opções.
Não se restrinja a essa lista: use-a como ponto de partida para suas leituras, lembrando, ainda, que o ENEM já problematizou direitos de minorias sociais no Brasil, como os das mulheres e os das crianças. Nesse sentido, um bom exercício é pensar em direitos feridos ou ainda não plenamente assegurados, como indica o décimo tema, ao problematizar o idoso na sociedade brasileira, e o sexto, ao exigir reflexão sobre a discriminação racial. Você conhece o Estatuto do Idoso? E a Declaração Universal dos Direitos Humanos? Além, é claro, da Constituição Federal, promulgada em 1988. São documentos como estes que devem fazer parte de seu arcabouço teórico. Uma argumentação bem-fundamentada, com respaldo teórico, convence mais facilmente qualquer leitor.
O tipo de texto de hoje, além de ser mais uma das possibilidades de redação no vestibular, pode ser bastante útil ao longo de toda a vida acadêmica e é inclusive exigido como trabalho ao longo do semestre ou até mesmo como encerramento de curso. Mesmo após inserirem-se no mercado de trabalho, ainda podem (e muito!) ouvir falar dele e precisar produzi-lo. Trata-se do relatório!
Definição
O gênero em questão é um relato do que se passou, seja em uma atividade feita em sala, um livro lido, um filme visto, um evento comparecido, uma pesquisa feita ao longo de uma matéria ou ao longo do mestrado, doutorado, dentre muitas outras possibilidades.
Alguns dos cuidados ao produzir um relatório são basicamente os mesmos dos que tomamos em uma série de gêneros já mencionados por aqui: linguagem formal e “neutra”, o que a configura como mais científica, além de informações verídicas, embasadas e de fontes confiáveis.
É possível inserir opiniões pessoais neste gênero, sempre mantendo a neutralidade na escrita. No entanto, em sua maioria o relatório tem cunho descritivo/narrativo.
Alguns dos momentos em que o relatório pode aparecer:
Na escola: após alguma atividade realizada em sala de aula ou até mesmo fora dela (visitas a museus, fábricas, sítios arqueológicos etc.), como forma de fixação de uma aula dada em particular, após a leitura de um livro ou ao ver um filme;
No trabalho: para apresentar o desempenho ou as contas de algum funcionário, grupo de funcionários, setor ou da empresa como um todo;
Na vida acadêmica/curso superior: como trabalho para alguma matéria que exija relatos de pesquisa, como trabalho de finalização de alguma dessas matérias ou até mesmo como forma de encerramento principal do curso como um todo.
Como produzir
Anotações são extremamente importantes ao longo do processo sobre o qual se fará o relatório mais diante. Muito provavelmente não é possível lembrar de todos os detalhes importantes de cabeça, então as notas feitas serão uma mão na roda;
Insira a maior quantidade de detalhes possível. Numa pesquisa, por exemplo, mencione o objetivo, os números e/ou resultados alcançados, todos os métodos utilizados e a argumentação já existente em relação ao tópico em bibliografia especializada. Já numa visita a um museu, num relatório para uma aula de história, por exemplo, mencione o lugar visitado, a descrição do mesmo, os itens vistos, a história de todos (ou os de maior interesse) e o que essa visita pode acrescentar para quem a faz;
Dependendo do tipo de relatório, ele poderá ser exigido em formato ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou não. Sempre dê atenção às instruções e exigências do professor para a produção do texto.
Inicie descrevendo o item sobre o qual está fazendo o relatório (seja uma pesquisa, um local visitado, uma aula ou congresso assistido). No desenvolvimento, coloque todo o caminho percorrido pela pesquisa (métodos utilizados, testes feitos), o percorrer da visita ao museu, a história do livro lido ou filme assistido, o decorrer da aula ou congresso vistos. Inclua a argumentação conhecida consultada (sem esquecer da bibliografia ao final, claro). Na conclusão, pode-se inserir uma opinião em relação ao item relatado (ainda com a linguagem neutra e formal, claro) ou os resultados esperados e obtidos, no caso de uma pesquisa.
Redação Enem Nota 1000: veja os textos premiados e dez dicas para você chegar lá
O Blog do Enem selecionou para você cinco campeões do Enem, todos eles aprovados com uma Redação Enem nota mil na correção oficial do MEC. Veja os textos premiados e as dicas da professora Larissa Souza (SAS Plataforma) para você também chegar lá. Vem!
Conseguir uma Redação do Enem nota mil pode parecer impossível. Mas, se tem quem chega lá, por quê você também não pode tentar e conseguir? Veja os textos aprovados pelo MEC com nota máxima no último Enem, É hora de conferir para se inspirar e mandar bem.
Os textos de Redação Enem foram todos aprovados na avaliação oficial do INEP com a nota mil. Os feras que conquistaram esse prêmio são a Lívia Alencar Taumaturgo, a Maria Juliana Bezerra da Costa, a Ana Beatriz Vasconcelos Coelho, a Ester Godinho Sousa, e o Marcus Vinícius M. de Oliveira. O Blog do Enem agradece o envio dos textos, e dá os parabéns para estes cinco campeões do Enem.
A coordenadora de Redação do Sistema SAS, professora Larissa Souza, explicou as 10 dicas que os professores da equipe nacional que ela coordena ensinam aos alunos para mandar bem no texto dissertativo-argumentativo.
Então, se liga: se a sua meta é buscar uma boa nota na correção da Redação do próximo Enem, confira abaixo as dicas da Larissa, e leia as redações nota mil:A professora Larissa Souza é Supervisora de Redação do Colégio Ari de Sá e do sistema SAS Plataforma de Educação. Veja as dicas:
Leia sobre atualidades – Os temas da Redação Enem focam em questões atuais e pertinentes à sociedade brasileira, por isso, estar atento ao que acontece no Brasil e no mundo é fundamental para se ter familiaridade com a possível temática abordada.
Aprofunde seu conhecimento sobre história, filosofia, sociologia – Conhecimentos acerca de história, filosofia e sociologia são elementos-chave para dar embasamento à argumentação, assim, estudar os principais conceitos filosóficos e sociológicos, bem como fundamentos históricos, pode conferir à argumentação uma fundamentação teórica produtiva.
Leia a proposta e os textos motivadores com atenção – A primeira tarefa fundamental para construção de uma boa redação é, antes da escrita, a leitura. Ler a proposta com atenção e analisar como os textos motivadores encaminham a discussão do recorte temático é imprescindível à compreensão exata daquilo que a proposta está exigindo dos candidatos.
Construa sua tese – Depois de compreender a proposta, é necessário que se pense em qual posicionamento seguir a respeito do tema. É preciso refletir sobre o ponto de vista a ser defendido de forma que se consiga desenvolvê-lo consistentemente.
Organize e esquematize suas ideias – Ao se analisar como defender uma tese, é comum que muitas ideias surjam acerca do conhecimento existente sobre o tema. É importante estabelecer uma relação coerente entre essas ideias e, a partir disso, esquematizá-las, principalmente se esse esquema for feito no papel, para que se possa “enxergar” o que foi pensado para o texto.
Selecione os argumentos – Com ideias diversas para pôr no papel, é indispensável que haja uma seleção daquilo que foi pensado a fim de que a argumentação seja consistente, visto que não há como desenvolver várias ideias bem embasadas em apenas 30 linhas. A seleção adequada dos argumentos é essencial para que a redação não consista apenas em exposição de informações e opiniões.
Estruture sua redação – Após a seleção dos argumentos, é preciso saber como estruturá-los de modo que se desencadeiem de forma coesa e coerente para que se possa construir um texto claro e objetivo, o qual cumpra sua função de convencer o leitor, no caso o corretor Enem, quanto à tese pretendida. Nesse sentido, é imprescindível o uso adequado e diversificado de recursos coesivos.
Revise seu texto – Após finalizada a escrita do texto, é necessário fazer uma revisão do que foi escrito. Essa revisão será mais proveitosa se tiver apenas um objetivo, por exemplo, o escritor pode fazer uma leitura à procura de possíveis erros de escrita e de gramática ou ler o texto em busca de incoerências entre os argumentos.
Treine sua escrita- Para fazer uma boa redação, é essencial que haja treino constante. Escrever textos semanalmente (ou às vezes até mais de um por semana) fará a escrita fluir mais facilmente, além de estabelecer mais proximidade com uma variedade maior de temas.
Busque corrigir seus erros – A cada correção feita das redações, é fundamental analisar e entender os erros cometidos para aprimorar a escrita até que eles não se repitam.
Lívia de Alencar Taumaturgo – Enem 2018. Aluna de colégio SAS (Ari de Sá).
Segundo as ideias do sociólogo Habermas, os meios de comunicação são fundamentais para a razão comunicativa. Visto isso é possível mencionar que a internet é essencial para o desenvolvimento da sociedade.
Entretanto, o meio virtual tem sido utilizado muitas vezes para a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados, podendo induzir o indivíduo a compartilhar determinados assuntos ou a consumir certos produtos.
Isso ocorre devido à falta de políticas públicas efetivas que auxiliem o indivíduo a “navegar” de forma correta na internet, e à ausência de consciência, de grande parte da população, sobre a importância de saber utilizar adequadamente o meio virtual. Esta realidade constitui um desafio a ser resolvido não somente pelos poderes públicos, mas também por toda a sociedade.
No contexto relativo à manipulação do comportamento do usuário pode-se citar, no século XX, a Escola de Frankfurt, já abordava sobre a “ilusão de liberdade do mundo contemporâneo”, afirmando que as pessoas eram controladas pela “Indústria Cultural”, disseminada pelos meios de comunicação de massa.
Atualmente, é possível traçar um paralelo com esta realidade, visto que milhões de pessoas no mundo são influenciadas, e, até mesmo manipuladas, todos os dias, pelo meio virtual, por meio de sistemas de busca ou de redes sociais, sendo direcionadas a produtos específicos, o que aumenta, de maneira significativa, o consumo exacerbado.
Isso é intensificado devido à carência de políticas públicas efetivas que auxiliem o indivíduo a “navegar” corretamente na internet, explicando-lhe sobre o funcionamento do controle de dados e ensinando-lhe como ser um consumidor consciente.
Ademais, é importante destacar que grande parte da população não tem consciência da importância da utilização, de forma correta, da internet, visto que as instituições formadoras de conceitos morais e éticos não têm preconizado como deveriam, o ensino de uma “polarização digital”, como faz o projeto Digipo (“Digital Polarization Initiative”), o qual auxilia os indivíduos acessarem páginas confiáveis e, assim diminuir o compartilhamento de notícias falsas, que muitas vezes, são lançadas por moderadores virtuais.
Neste sentido, como disse o empresário Steve Jobs, “a tecnologia move o mundo”, ou seja, é preciso que medidas imediatas sejam tomadas para que a internet possa ser utilizada no desenvolvimento da sociedade, ajudando as pessoas a se comunicarem plenamente.
Portanto, cabe aos estados, por meios de leis e de investimentos, com o planejamento adequado, estabelecer políticas públicas efetivas que auxiliem a população a “navegar” de forma correta na internet, mostrando às pessoas a relevância existente em utilizar o meio virtual racionalmente, a fim de diminuir de maneira considerável, o consumo exacerbado, que é intensificado pela manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados.
Além disso é de suma importância que as instituições educacionais promovam, por meio de campanhas de conscientização, para pais e alunos, discussões engajadas sobre a imprescibilidade de saber usar, de maneira cautelosa, a internet, entendendo a relevância de uma “polarização digital” para conscientização da razão comunicativa, com intuito de utilizar o meio virtual para o desenvolvimento pleno da sociedade.
Viu só que bem elaborado o texto da Lívia? Mereceu mesmo esta nota máxima na Redação do Enem. Agora, antes de ler o próximo texto premiado, veja em cinco minutos as dicas sobre como elaborar a Tese e criar a Introdução da Redação do Enem com a professora Dani de Floripa, do canal Curso Enem Gratuito. Depois tem a Redação nota 1000 da Maria Juliana
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Redação Enem nota 1000: Maria Juliana Bezerra da Costa – Aluna SAS – 017
Em razão de seu caráter excessivamente militarizado, a sociedade que constituía a cidade de Esparta, na Grécia Antiga, mostrou-se extremamente intolerante com deficiências corpóreas ao longo da história, tornando constante inclusive o assassinato de bebês que as apresentassem, por exemplo.
Passados mais de dois mil anos desta prática tenebrosa, ainda é deploravelmente perceptível, sobretudo em países subdesenvolvidos como o Brasil, a existência de atos preconceituosos perpetrados contra essa parcela da sociedade, que são o motivo primordial para que se perpetue como difícil a escolarização plena de deficientes auditivos.
Esse panorama nefasto suscita ações mais efetivas tanto do Poder Público quanto de instituições formadoras de opinião, com o escopo de mitigar os diversos empecilhos postos frente à educação desta parcela social.
É indubitável, de fato, que muitos avanços já foram conquistados no que tange à efetivação dos direitos constitucionais garantidos aos surdos brasileiros.
Pode- se mencionar, por exemplo, a classificação da Libras – Língua Brasileira de Sinais como segundo idioma oficial da nação em 2002, a existência de escolas especiais para surdos no território no Brasil e as iniciativas privadas que incluem esses cidadãos como partícipes de eventos – como no caso da plataforma do Youtube Educação, cujas aulas sempre apresentam um profissional que traduz a fala de um professor para a língua de sinais.
Apenas medidas flagrantemente pontuais como essas, contudo, são incapazes de tornar a educação de surdos efetiva e acessível a todos que necessitam dela, visto que não só a maioria dos centros educacionais está mal distribuída no país, mas também a disponibilidades de professores específicos ainda é escassa, além de a linguagem de sinais ainda ser desconhecida por grande parte dos brasileiros.
No que tange à sociedade civil, nota-se a existência de comportamentos e de ideologias altamente preconceituosos contra os surdos brasileiros.
A título de ilustração, é comum que pais de estudantes ditos “normais” dificultem o ingresso de alunos portadores de deficiência auditiva em classes não específicas a eles, alegando que tal parcela tornará o “ritmo” da aula mais lento; que colegas de sala difundam piadas e atitudes maldosas e que empresas os considerem inaptos à comunicação com outros funcionários.
Essas atitudes deploravelmente constantes no Brasil ratificam a máxima atribuída ao filósofo Voltaire: “Os preconceitos são a razão dos imbecis”.
Urge, pois, a fim de tornar atitudes intolerantes restritas à história de Esparta, que o Estado construa mais escolas para deficientes auditivos em municípios mais afastados de grandes centros e promova cursos de Libras a professores da rede pública – por meio da ampliação de verbas destinadas ao Ministério da Educação e da realização de palestras com especialistas na educação de surdos –, em prol de tornar a formação educacional deles mais fácil e mais inclusiva.
Outrossim, é mister que instituições formadoras de opinião – como escolas, universidades e famílias socialmente engajadas – promovam debates amplos e constantes acerca da importância de garantir o respeito e a igualdade de oportunidades a essa parcela social, a partir de diálogo nos lares, de seminários e de feiras culturais em ambientes educacionais.
Assim, reduzir-se-ão os empecilhos existentes hoje em relação à educação de surdos na Nação, e formar-se-ão cidadãos mais aptos a compreender a necessidade de respeito a eles, afinal, segundo o filósofo Immanuel Kant: “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”.
Então, você percebeu a qualidade da Redação da Maria Juliana?
Mandar bem para obter uma Redação Enem nota mil exige dedicação. Mas, dá sim para chegar lá. Veja as dicas do Blog do Enem para você buscar este objetivo:
Quatro passos para a Redação Enem Nota 1000. Veja!
Ana Beatriz Vasconcelos Coelho – Redação Enem 2017 nota mil – Aluna SAS
No atual contexto social brasileiro, a inclusão de surdos nas instituições de ensino é um verdadeiro desafio que, muitas vezes, não é realizado de forma efetiva, gerando implicações negativas para toda a população. Essa situação fomenta uma atuação mais empenhada por parte do Poder Público e da sociedade em geral no sentido de evidenciar causas e de buscar soluções conjuntas para mudar a referida realidade.
Acerca dessa discussão, é válido ressaltar que, apesar da criação do Estatuto da Pessoa com deficiência, no ano de 2016, o qual garante um sistema inclusivo em todos os níveis de ensino para os indivíduos portadores de deficiência, o país ainda carece de escolas preparadas para acolher esses estudantes.
A referida precariedade tem como uma de suas causas a falta de preocupação das autoridades públicas em formar professores capacitados a oferecer aulas em libras, pois, apesar dessa forma de comunicação já ser reconhecida como a segunda língua oficial do país, ela ainda é pouco difundida.
Com isso, é possível inferir que, ao negligenciar o aprimoramento da formação educacional de surdos, o Estado não está agindo de acordo com o pensamento do economista Arthur Leuris, o qual afirma que, gastos com educação são investimentos com retorno garantido.
Ademais, outra grande dificuldade ao oferecer uma educação de qualidade para os surdos é o preconceito que eles podem sofrer. Segundo dados publicados no jornal Estadão, cerca de 77% dos deficientes já foram vítimas de alguma forma de agressão, como o preconceito.
Tal circunstância pode ser extremamente prejudicial para esses alunos, já que, o sentimento de inferioridade causado pode ser determinante para que haja a evasão escolar.
Portanto, cabe ao Estado voltar mais recursos para a criação de cursos que ofereçam aulas de libras para professores que desejam atuar no ensino de alunos surdos, isso pode ser alcançado por meio de uma administração de gastos mais responsável, visando a capacitação de mais profissionais aptos para exercer essa profissão.
Além disso, é dever da comunidade escolar realizar campanhas educativas sobre o respeito que todos devem ter pelos portadores de necessidades especiais, tais ações devem ser feitas por meio de “banners” e palestras com profissionais especializados no assunto, com o fito de diminuir a evasão escolar desses indivíduos e os casos de preconceito que eles sofrem.
Ester Godinho Sousa – Redação Enem 2017 nota mil. Aluna SAS
A plenitude do processo educacional das populações é uma questão essencial para o desenvolvimento psicossocial nas nações, visto que práticas basilares, como a manutenção de vínculos empregatícios e o exercício da cidadania, são bastante facilitados.
No Brasil, entretanto, esse setor vem sendo prejudicado por problemas estruturais e sociais históricos, a exemplo da insuficiência de projetos voltados à educação inclusiva, que são evidenciados nos prejuízos durante a formação intelectual da expressiva parcela populacional de surdos, como a dificuldade de ingresso no mercado de trabalho, fatos que contrariam os preceitos dos Direitos Humanos e reduzem o desempenho socioeconômico da nação.
Diante disso, os desafios para a formação educacional dos surdos no Brasil representam uma questão de urgente resolução.
Decerto, um dos principais desafios referentes à problemática é a inserção efetiva dos deficientes auditivos no sistema de educação fundamental devido, principalmente, à insuficiência de práticas inclusivas, como cursos sistemáticos de capacitação dos docentes para a utilização da Língua Brasileira de Sinais, aliada à ocorrência expressiva de casos de violência e de discriminação, como o “bullying”, que difundem a sensação de vulnerabilidade social e prejudicam a permanência desses alunos no ambiente escolar.
Tendo em vista esses aspectos, mudanças jurídicas, como a implementação da lei que obriga as instituições de ensino a matricularem alunos portadores de deficiência sem a cobrança de pagamentos adicionais, vêm auxiliando no combate à discriminação dos surdos e no acesso regular a todas as etapas de ensino.
Entretanto, a fiscalização insuficiente da aplicabilidade dessa medida ainda limita o registro de melhorias mais efetivas.
Além do desafio supracitado, a difusão histórica de estereótipos inferiorizantes relacionados aos surdos prejudica o ingresso efetivo de muitos jovens com formações educacionais exemplares no mercado de trabalho, mesmo diante do progresso representado pela efetivação da Lei de Cotas, que determina a ocupação de um número significativo de cargos nas empresas por portadores de deficiência; fato que reduz a população economicamente ativa do país e dificulta a garantia de outros direitos fundamentais dos surdos, como o acesso a atividades de lazer, que dependem diretamente da conquista de independência financeira, por exemplo, desestimulando, assim, a continuidade das atividades educacionais por esses indivíduos.
Logo, é necessário que ONGs em defesa da causa enviem petições para o governo cobrando maiores investimentos em práticas inclusivas no setor educacional, como o oferecimento de cursos gratuitos de capacitação dos docentes para a democratização do ensino e a integração efetiva dos surdos, aliados à intensificação da fiscalização da aplicação das leis relacionadas já existentes, por meio de campanhas que estimulem as denúncias populacionais sobre escolas que rejeitam o ingresso de alunos surdos, por exemplo, para que a identificação e o combate de situações discriminantes e violentas sejam facilitadas, estimulando, assim, a valorização desses indivíduos e o desempenho adequado de suas capacidades psíquicas nesse nível educacional.
Ademais, profissionais conscientes, como médicos, podem ministrar palestras, para serem divulgadas no meio virtual, que esclareçam sobre o fato das capacidades psicológicas não serem afetadas por problemas auditivos, para que estereótipos preconceituosos sejam “descontruídos”, facilitando, assim, o desempenho psicossocial desses indivíduos surdos e o progresso da nação.
Marcus Vinícius M. de Oliveira – Redação Enem nota mil – SAS
No Brasil, o início do processo de educação de surdos remonta ao Segundo Reinado. No entanto, esse ato não se configurou como inclusivo, já que se caracterizou pelo estabelecimento de um “apartheid” educacional, ou seja, uma escola exclusiva para tal público, segregando-o dos que seriam considerados “normais” pela população.
Assim, notam-se desafios ligados à formação educacional das pessoas com dificuldade auditiva, seja por estereotipação da sociedade civil, seja por passividade governamental.
Portanto, haja vista que a educação é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do referido público e, logo, da nação, ela deve ser efetivada aos surdos pelos agentes adequados, a partir da resolução dos entraves vinculados a ela.
Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho à implementação desse direito, reconhecido por mecanismos legais, a discriminação enraizada em parte da sociedade, inclusive dos próprios responsáveis por essas pessoas com limitação.
Isso pode ser explicado segundo o sociólogo Talcot Parsons, o qual diz que a família é uma máquina que produz personalidades humanas, o que legitima a ideia de que o preconceito por parte de muitos pais dificulta o acesso à educação pelos surdos.
Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez da pessoa com deficiência e é procrastinado, infelizmente, desde o Período Clássico grego, em que deficientes eram deixados para morrer por serem tratados como insignificantes, o que dificulta, ainda hoje, seu pleno desenvolvimento e sua autonomia.
Além do mais, ressalte-se que o Poder Público incrementou o acesso do público abordado ao sistema educacional brasileiro ao tornar a Libras uma língua secundária oficial e ao incluí-la, no mínimo, à grade curricular pública. Contudo, devido à falta de fiscalização e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas gestões, isso não é bem efetivado.
Afinal, dados estatísticos mostram que o número de brasileiros com deficiência auditiva vem diminuindo tanto em escolas inclusivas – ou bilíngues – como em exclusivas, a exemplo daquela criada no Segundo Reinado. Essa situação abjeta está relacionada à inexistência ou à incipiência de professores que dominem a Libras e à carência de aulas proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por meio de uma maior gerência do Estado nesse âmbito escolar.
Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca dessa limitação em palestras elucidativas por meio de exemplos em obras literárias, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, para que a sociedade civil, em especial os pais de surdos, não seja complacente com a cultura de estereótipos e preconceitos difundida socialmente.
Outrossim, o próprio público deficiente deve alertar a outra parte da população sobre seus direitos e suas possibilidades no Estado civil a partir da realização de dias de conscientização na urbe e da divulgação de textos proativos em páginas virtuais, como “Quebrando Tabu”.
Por fim, ativistas políticos devem realizar mutirões no Ministério ou na Secretaria de Educação, pressionando os demiurgos indiferentes à problemática abordada, com o fito de incentivá-los a profissionalizarem adequadamente os professores – para que todos saibam, no mínimo, o básico em Libras – e a efetivarem o estudo da Língua Brasileira de Sinais, por meio da disponibilização de verbas e da criação de políticas públicas convenientes, contrariando a teórica inclusão da primeira escola de surdos brasileira.
Nota da Redação do Blog do Enem: As redações foram publicadas na íntegra, e mantidos os textos originais na transcrição. A única alteração realizada foi a de abrir espaços a cada ‘ponto’ utilizado pelos autores, com o propósito de facilitar a leitura das redações em dispositivos móveis.
A equipe do Blog do Enem agradece a cooperação do Colégio Ari de Sá e da direção da Rede SAS Plataforma para a publicação dos textos aprovados na condição de Redação Enem nota mil. E, em especial à professora Larissa Souza, coordenadora de Redação no Sistema SAS.
Na semana passada, tratamos da definição do termo gênero textual em si (veja aqui). A partir de hoje, vamos dar uma olhadinha mais a fundo em cada um dos gêneros exigidos pelos vestibulares mais concorridos do país. O primeiro, como não poderia deixar de ser, é o dissertativo argumentativo, um dos tipos mais comumente exigidos nas provas, não só no Enem, mas também na Fuvest, na Unesp e tendo possibilidades de ser pedido também na Unicamp e na Ufscar (isso se considerarmos só as principais instituições do estado de São Paulo).
Por mais que o nome pareça um palavrão, a dissertação argumentativa na verdade não é tão complicada quanto parece. Na verdade, você já deve até ter feito algumas por aí, quando fez aqueles textões, seja em formato de post ou de comentário, defendendo seu ponto de vista no Facebook, lembra? A diferença é que, como se trata de um contexto formal, a redação do vestibular requer alguns cuidados mais específicos.
Definição
O nome do gênero esperado pela redação no Enem comporta dois conceitos: dissertação, que é o texto em prosa acerca de um tema específico (numa definição bastante rasa) e argumentativa, que é a especificação do tipo de dissertação esperada (já que há outros tipos, como a expositiva, por exemplo). A parte argumentativa do texto dá-se a partir do momento em que se tenta convencer o leitor de que a opinião exposta ali é a mais sensata e embasada. Isso deve ser feito com a ajuda dos argumentos (daí o nome do gênero textual) recolhidos, interpretados, organizados e relacionados pelo autor (aliás, essa lista de verbos te lembra alguma coisa? Talvez um artigo anterior sobre uma das competências consideradas na correção do Enem?).
Estrutura
A dissertação argumentativa comporta nosso trio clássico
Introdução: o tema e o ponto de vista do autor já são apresentados aqui, com índices relacionados, contextualização histórica ou até mesmo apresentação de questões sobre a problemática, por exemplo;
Desenvolvimento: aqui é onde são listados os argumentos (prós, contra, pontos contrários refutados, etc.) recolhidos e relacionados por quem escreve o texto, para a defesa do ponto de vista sobre a temática;
Conclusão: normalmente é um resumo mais global do ponto de vista do autor, sempre respeitando o que foi desenvolvido na argumentação, com suas ideias finais sobre o tema, apresentando o efeito de ações, caso se trate de um problema a ser solucionado, por exemplo. No entanto, no Enem, é onde espera-se (embora não obrigatoriamente) a apresentação da proposta de intervenção, também relacionada ao que foi apresentado ao longo da produção.
Cuidados especiais
Algumas exigências precisam ser levadas em conta ao produzirmos uma dissertação em contextos mais formais, como o vestibular:
Ao considerar o leitor, não se prenda ao corretor como sendo essa figura e ao que ele espera, e sim concentre-se em expor com eficiência seu ponto de vista e argumentos para que até mesmo alguém leigo no assunto se situe no que está falando apenas através de sua produção e consiga entender porque suas opiniões podem ser interessantes;
Evite a primeira pessoa, tanto no singular como no plural (essa segunda é aceita por alguns corretores e especialistas no gênero, mas não por todos, então pra que arriscar, certo?). Apesar do autor ser uma figura importante, afinal são as opiniões dele que formarão a essência da produção, seu texto correrá menos “riscos” se estiver completamente na terceira pessoa, numa linguagem neutra;
A linguagem formal e padrão da língua portuguesa é sempre lembrada nas instruções das redações, mas não custa dizer mais uma vez: nada da escrita que usamos com a galera no Whats. Deixem as abreviações, gírias e expressões populares (essas últimas só se estiverem muuuuito bem contextualizadas) para a saída, ao conversar com o pessoal pra ver como todos foram na prova, combinado?
O que acharam das dicas dessa semana? Já tinham analisado o gênero dissertativo argumentativo nas aulas? Treinam bastante esse tipo de texto?
A redação precisa ser clara e concisa e em processos seletivos é um dos fatores mais quantificados, entretanto, quem nunca passou pela situação de ver a folha em branco e não conseguir transformar a ideia em palavras. E o incrível é que isso tem grande probabilidade de acontecer no dia da prova do processo seletivo!
Assim, seguir as sugestões da proposta textual é uma boa maneira de sair desse “branco”, pois algumas vêm acompanhadas de coletâneas de textos que são bastante úteis no direcionamento da escrita. Vale ressaltar que é importante respeitar o texto solicitado, seja ele: dissertação, artigo de opinião, carta argumentativa, editorial, narração, entrevista etc.
Conhecer os principais pecados da redação também se torna fundamental, pois permite conhecer as falhas mais comuns a fim de evitá-las no texto, pois, nem sempre, dominar as técnicas de escrita resulta em um bom desempenho na redação. Portanto, é de suma importância saber o que não se deve escrever para que sejam evitadas falhas e deslizes – a todo custo, que coloquem a redação em xeque.
Confira os erros mais comuns na produção textual
1. Fuga do tema
Fugir ao tema solicitado pela prova é motivo para invalidar o texto, a FUVEST, por exemplo, informa em seu manual de candidatos que a fuga completa ao tema anula a redação. Veja o exemplo abaixo sobre esse pecado. A proposta pedia uma dissertação sobre a utilização de animais em experimentos científicos, porém o candidato dissertou sobre o uso dos animais no trabalho e em ambientes de entretenimento.
“Desde a colonização os animais estiveram ao lado da população, sendo utilizado como tração em transporte inicialmente na cana-de-açúcar e depois da mineração para o litoral do país, ao mesmo tempo serviu para a diversão como em touradas ou rinhas de galos, o que é mais comum no Brasil.”
2. Uso de gírias
Utilizar gírias é aceitável em situações de comunicação informal no dia a dia com amigos e colegas. Em alguns textos narrativos também é aceita nos diálogos entre alguns personagens. Mas, em dissertações, artigos de opinião ou carta argumentativa usar gírias é algo que não cabe, pois é inadequado, uma vez que esses gêneros pedem uma linguagem formal.
3. Gênero textual diferente do solicitado
Adotar o gênero textual solicitado na prova é de suma importância para não “zerar” e este é considerado um dos erros mais cometidos pelos estudantes. Por exemplo, a proposta pede uma dissertação e o candidato faz um poema ou crônica. A característica pertinente da dissertação é a defesa de uma tese por meio de argumentos lógicos e convincentes.
No exemplo abaixo a proposta pedia uma narração sobre personagens que se deslocariam de um país a outro em função dos movimentos migratórios, porém o candidato expôs suas ideias através da dissertação do tema.
“Quando pensamos na palavra ‘fronteira’ é quase inevitável relacioná-la ao limite geográfico de uma região. Porém, se analisarmos esse termo com mais cautela, veremos que ele possui um significado muito mais amplo do que apenas o de ‘divisa’.”
4. Linguagem prolixa
Os candidatos devem evitar uma sofisticação artificial no texto escrito, pois o vestibular exige que a linguagem utilizada seja cabível a alguém que concluiu o ensino médio. Rui Barbosa certa vez proferiu as seguintes palavras a um ladrão que ousava entrar em sua residência para roubar-lhe uns pratos:
“Se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.”
Provavelmente o ladrão não conseguiu compreender a linguagem rebuscada do jurista, mas não sabemos se toda essa história é verídica.
5. Deslizes de ortografia e concordância
Na prova de redação espera-se que o candidato corresponda às expectativas de conhecimentos e opiniões adequados para quem concluiu o ensino médio, portanto, deve ter a capacidade de demonstrar isso através da escrita clara, concisa e coerente, de modo que seus argumentos sejam pertinentes. Atentar-se à concordância verbal e concordância nominal também é de extrema importância para evitar um “pecado” fatal, pois expressões como “pra mim fazer” não são aceitas, haja vista que “mim” não conjuga verbo.
6. Clichês e frases feitas
Devem ser evitadas a todo custo, pois não trazem informações novas e costumam revelar falta de criatividade por parte do emissor. Em uma redação, espera-se que o candidato utilize o vasto vocabulário da língua portuguesa para expressar suas ideias, de maneira que evite frases feitas como: “fechar com chave de ouro”, “chave para a felicidade”, “o tiro saiu pela culatra”, “dar a volta por cima” etc.
7. Letra ilegível
Escrever legível é de suma importância para a estética textual, do mesmo modo que colabora para a organização e compreensão do texto. Errou uma palavra? Risque-a e continue escrevendo.
8. Raciocínio desarticulado
É preciso evitar o uso de conectivos e relações semânticas indevidas entre palavras e expressões, pois isso prejudica a compreensão do texto. Veja o exemplo abaixo em que a conjunção “enquanto” foi empregada de maneira inadequada, pois deveria ter sido empregado o conectivo “como”:
“O cinema, enquanto veículo da mídia e meio de comunicação, é um fórum social de relevância incomparável. Em seus múltiplos aspectos, o cinema abarca e trabalha diversas dimensões da vida humana, o que se refere em seus papeis enquanto forma de entretenimento objeto de concepção e expressão artística, sua atuação formativa e doutrinadora sociocultural e mesmo psicológica.”
9. Verbos no imperativo
Expressões que denotem ordem ou diálogo com o leitor não devem ser utilizadas. Pois, assim o candidato foge da proposta de dissertação, deixando para o leitor a responsabilidade de pensar acerca do texto.
10. Aglomerado de informações
Na redação do vestibular é necessário que o candidato faça uma seleção das informações pertinentes à proposta e fale sobre elas, a fim de evitar que o excesso de informações prejudique a qualidade e a compreensão do texto.
Com o vestibular se aproximando, cria-se uma expectativa sobre o tema da redação do Enem 2018. Geralmente abordando assuntos atuais, a redação representa um total de 20% da prova, ou seja, é uma matéria que o estudante precisa focar bastante para conseguir uma boa nota final. Vale lembrar também que ela é a única disciplina do Enem que é possível consegue tirar 1000 pontos.
Sabendo disso, é importante que você fique ligado nas questões que vêm sendo debatidas pela sociedade, pois elas têm grandes chances de surgirem como tema da redação. Afinal, se você já tem familiaridade com o assunto, ficará muito mais fácil redigir um texto adequado e rápido!
1 . A importância do esporte como instrumento de inserção
O ano de 2018 foi marcado esportivamente pela Copa do Mundo de futebol, ocorrida na Rússia, no mês de julho. Como as questões de inclusão social também vêm ganhando cada vez mais espaço nos debates, o MEC pode simplesmente unir as duas temáticas para trazê-las na redação do Enem.
Sendo esse o tema abordado, você deve se preocupar em dissertar sobre o reflexo positivo dos valores do esporte como ferramenta de inserção social, como o companheirismo, trabalho em equipe, disciplina, acolhimento e principalmente o respeito para com os outros participantes.
2. Cyberbullying e crimes virtuais
Nos últimos anos, as discussões sobre crimes virtuais têm crescido muito, gerando até mesmo a tipificação deles perante à lei. No Brasil, campanhas estão sendo feitas para diminuir esse tipo de dano à sociedade.
Como a redação do ENEM procura buscar por referências recentes para discutir seus temas, é bom ficar de olho nesse assunto, já que séries como “13 Reasons Why”, da Netflix, e o “jogo” Baleia Azul movimentaram os debates sobre bullyinge depressão entre jovens.
Caso o tema da redação seja esse, é uma boa opção trazer para a dissertação a importância da escola e da família como agentes no processo de conscientização.
3. Mobilidade urbana
Tema recorrente em concursos nos últimos anos, a mobilidade urbana é sempre um assunto atual no Brasil. Considerada como um dos principais desafios das grandes cidades do país, a malha de transportes públicos precária, aliada ao crescimento exponencial da quantidade de veículos particulares gera sempre grandes impasses na locomoção urbana.
É possível ainda que a prova aborde a recente crise de desabastecimento provocada pela paralisação dos caminhoneiros como um agravante das dificuldades de mobilidade no Brasil. Sem dúvidas, é um tema vasto, que tem o potencial de gerar vários desdobramentos para a redação do Enem.
4. Criminalização da homofobia
No âmbito social, poucas discussões são tão urgentes quanto a criminalização da homofobia, principalmente se levarmos em consideração o cunho de direitos humanos que recorrentemente são abordados na prova do Enem.
No final de 2017, várias discussões sobre o assunto esquentaram o debate, principalmente no meio político. O assunto ainda divide opiniões e a proposta de criminalização da homofobia continua parada no Senado.
Ainda vale lembrar que, com a tendência de aproveitar o debate em meios de entretenimento, é possível que a redação do Enem se baseie nas discussões feitas recentemente em novelas transmitidas por canais de maior circulação, as quais trazem personagens trans e homossexuais com maior frequência, debatendo o assunto com a população.
5. Família no século XXI
O conceito de família vem sendo atualizado constantemente nos últimos tempos, principalmente com a queda de vários preconceitos e barreiras. Assim, o núcleo de uma família não é mais visto apenas como a mãe, pai e os filhos, mas sim das mais diversas formas possíveis, sem definição de gênero.
A possibilidade de discutir o embate entre esse conceito atualizado com as ideias antigas e retrógradas pregadas por conservadores e grupos religiosos que tentam barrar esses avanços é grande. Dessa forma, a redação do Enem pode, ainda, abordar até mesmo os paralelos existentes entre essas conquistas sociais atuais em comparação com aquelas alcançadas nas décadas anteriores — hoje vistas como direitos fundamentais por todos.
6. A mudança das relações de trabalho no Brasil
Conforme a tecnologia avança, vários postos de trabalho tendem a ser extintos, com a mão-de-obra humana sendo substituída por máquinas. Previsões atestam que, nos próximos 30 anos, mais da metade da população dos Estados Unidos pode estar desempregada por conta da automatização.
Esse tipo de relação entre a mão-de-obra e a disponibilidade de trabalho é um tema muito importante, passível de ser cobrado no Enem. Recentemente, com a greve dos caminhoneiros, temas como a possibilidade de se substituir frentistas por serviços de self-service em postos de combustível foram muito discutidos. Com essa discussão mais próxima da realidade do Brasil, é possível que os temas sejam cobrados de maneira relacionada.
7. Crise energética
A crise energética é um tema recorrente nos concursos brasileiros. Sazonalmente, o país passa por períodos de escassez de água, o que resulta em problemas de energia elétrica, uma vez que a matriz brasileira é baseada no modelo hidrelétrico. Dessa forma, podemos usar assuntos relacionados à implementação de torres eólicas etc.
Relacionando esse cenário com o crescimento da demanda por energia, é possível que a redação do Enem aborde um assunto dentro deste tema, como já fez algumas vezes.
8. Insegurança urbana no Brasil
Não é novidade para ninguém que o nosso país enfrenta uma crise de segurança pública, agravada principalmente nos grandes centros urbanos, nos quais os roubos infelizmente fazem parte da rotina. Desencadeada de diversas formas, a violência se destaca no Brasil por alterar as relações de convivência e mobilidade urbana, ou seja, impacta diretamente na dinâmica de uma grande cidade.
Diante desse contexto, o ano de 2018 também foi marcado pela intervenção federal no estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de frear o avanço da violência. Esse fato é extremamente importante, pois, desde que promulgada a constituição brasileira de 1988, jamais ocorreu algo parecido no país. A intervenção ganhou muito espaço e visibilidade em todos os meios de comunicação, dando origem também a fortes debates sociais.
Bons argumentos para essa questão estão relacionados à desigualdade social e aos seus reflexos, direitos humanos, fragilidade na fronteira nacional, escassez de investimento em educação de base e ao recente aumento do desemprego no Brasil.
9. Meio ambiente
Se o Enem optar por um tema mais genérico, é bem provável que vá pelo caminho das discussões do meio ambiente. Já apareceu algumas vezes na redação, sempre de um ponto de vista de discussão pela busca de soluções ecologicamente corretas — e pode aparecer de novo.
Buscas por fontes alternativas de energia, como eólica e solar, podem basear a prova desse ano. Outra abordagem pode ser sobre o manejo e descarte correto do lixo, principalmente o eletrônico, que tem crescido vertiginosamente nas últimas décadas.
Tão importante quanto estar a par dos possíveis temas abordados na redação do ENEM, é se manter atualizado. Afinal de contas, todos os assuntos apontados nesse artigo demandam do aluno o poder de discutir temas atuais, que fazem parte do cotidiano da população, de maneira argumentativa e coesa.
10. O desafio da democracia na atual sociedade
No final deste ano, ocorrem as eleições em nosso país para presidente da república, governador, senador, deputado federal e estadual. Como isso é um fato muito importante e que decidirá o rumo do país pelos próximos 4 anos, não será surpresa se estiver de alguma forma como tema da redação do Enem 2018.
Cabe relembrar que as eleições passadas foram marcadas por um forte teor de polarização, dividindo a sociedade principalmente a partir de debates realizados nas redes sociais. Essa polarização de ideias ainda pode ser encontrada em parcelas da população, sendo refletida no crescimento da intolerância e atitudes radicais, seja qual for o posicionamento político.
Nesse caso, você pode dissertar sobre de qual maneira a democracia pode atuar como ferramenta de trabalho social, evitando justamente a criação de polos e divisão na sociedade. Como o período eleitoral está próximo, as chances dessa polarização voltar a crescer são grandes, justificando a relevância desse assunto.
Com essa possibilidade de tema, você pode construir o seu texto embasado em questões como a importância do diálogo, o debate saudável de ideias (vale a e pena fazer uma ponte com a importância do debate para os filósofos da Grécia antiga), o respeito à opinião alheia e as maneiras como o Poder público pode estimular a participação política da sociedade civil.
11. EUA, Coréia do Norte e a tensão mundial
Recentemente, o mundo viveu uma grande tensão a respeito de um possível conflito armado entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte. Como são dois países que fazem parte de estratégicas relações diplomáticas, esse fato ganhou os noticiários ao redor do planeta, debatendo principalmente sobre os desdobramentos de uma possibilidade de guerra.
Essa tensão também ganhou grande destaque devido ao posicionamento diplomático de países aliados à Coréia do Norte, a Rússia e China. Sobre esse tema, é importante lembrar que foram as atividades nucleares e o tom ameaçador do ditador da Coréia do Norte que intensificaram a crise entre esses países, além, é claro, da postura nada conciliadora do presidente dos Estados Unidos.
Outro grande fato que demonstra a importância desse tema é o histórico por trás da atual tensão entre os dois países. Ou seja, vale a pena estar por dentro das causas dessa situação, com a Guerra da Coreia e a postura dos Estados Unidos.
Sendo esse o tema da redação do Enem 2018, você pode discutir a possibilidade de uma terceira guerra mundial, os prejuízos de um conflito armado para a sociedade (citando as consequências da 1° e 2° guerra mundial) e a importância de manter boas relações entre os países (trazendo questões da história e da geografia humana abordadas no ensino médio).
12. A diversidade presente na sociedade atual
Você provavelmente já deve ter a noção do quão diferente é a sociedade atual em relação à geração passada. Vários conceitos e atitudes vêm sendo revisados hoje em dia, no intuito de promover a diversidade e a relação de pessoas sob diferentes aspectos sociais.
Questões como racismo, homossexualidade e inclusão social de portadores de deficiência ganham cada vez mais espaço e consequentemente ajudam a dar visibilidade a esses assuntos. Assim, cria-se um fortalecimento para solicitar do poder público medidas que promovam a diversidade e o respeito ao indivíduo.
Caso esse seja o tema da redação do Enem 2018, você pode abordar a necessidade de mudança de alguns conceitos enraizados na sociedade, a inclusão de parcela da população, que historicamente sofre preconceito, a riqueza cultural presente na diversidade e possíveis soluções para esses problemas.
13. Imigrantes nos Brasil
A Venezuela, país da América do Sul e que faz fronteira com o Brasil, além de enfrentar uma grande crise de abastecimento alimentício, também atravessa um conturbado cenário político. Muitos de seus habitantes não têm o que comer, pois faltam itens básicos nos supermercados do país.
Aliado ao problema da perseguição política, muitos venezuelanos estão fugindo de seu país e atravessando a fronteira para o Brasil em busca de condições dignas de sobrevivência. No ano de 2018, a imigração foi intensificada e ganhou as páginas dos noticiários, devido à enorme quantidade de imigrantes venezuelanos, refugiados principalmente no estado de Roraima.
Chegando ao Brasil, muitos desses imigrantes se encontram em situação de vulnerabilidade social, ou seja, propícios à exploração do seu trabalho e em condições ruins de moradia e alimentação.
Com esse tema, é possível compor a sua dissertação com problemas sociais oriundos da imigração (pobreza, aumento da violência etc), soluções pacíficas implementadas pelo poder público e uma contextualização do tema a partir das experiências de outros países com a imigração.
14. Impunidade x condenação no Brasil
A condenação e prisão de importantes políticos e grandes empresários estamparam as manchetes de muitos meios de comunicação brasileiros no ano de 2018. Esse cenário de impunidade vem sendo aos poucos modificado nos últimos anos, principalmente devido aos desdobramentos da polícia federal na Lava Jato.
Na sua redação sobre esse tema, você pode apresentar argumentos relacionados à importância da aplicação da lei para todos, à relevância da justiça para o bem-estar da sociedade e às maneiras de como o poder público pode estimular voto consciente da população civil, uma vez que o Brasil é uma democracia representativa.
15. Representatividade e empoderamento feminino
O Brasil infelizmente ainda é um país no qual o “feminicídio” (assassinato de mulheres apenas por motivo de gênero) alcança dados alarmantes e há defasagem de remuneração salarial das mulheres no mercado de trabalho. Devido a esse cenário, cresce na sociedade a necessidade de entender esses problemas e procurar estabelecer relações de igualdade entre os gêneros.
A representatividade da mulher em todas as camadas sociais é um passo importante para acabar com a visão preconceituosa. Assuntos que promovam o empoderamento feminino são diariamente discutidos pelas redes sociais e em outros meios de comunicação. Como o Enem costuma abordar temas ligados aos direitos humanos e que estão no dia a dia do brasileiro, vale a pena não deixar esse tema de lado.
Ao criar argumentos para redigir uma redação sobre esse tema, considere os dados estatísticos sobre as desigualdades enfrentadas pelas mulheres no Brasil, a importância da educação para evitar práticas preconceituosas e a necessidade de proporcionar ambientes de debate sobre esse problema.
16. A dependência da malha rodoviária para o escoamento da produção
O Brasil enfrentou recentemente a greve dos caminhoneiros. Nesse momento, você pôde perceber o quão dependente nós somos desse tipo de serviço. Por alguns dias, faltaram, em todo o território, alimentos, artigos básicos, insumos hospitalares, etc. Essa dependência ficou ainda mais evidente quando começou a faltar combustíveis nos postos, ou seja, ficou claro que o país não funciona sem os caminhoneiros.
O modelo de escoamento da produção nacional é praticamente todo embasado nas rodovias federais, cabendo ao caminhoneiro (seja ele autônomo ou empregado por uma empresa transportadora) realizar o transporte para todo o país.
Se esse for o tema da redação, vale a pena destacar a necessidade de investimento em outros meios de escoamento (principalmente o ferroviário), o período do governo de Jucelino Kubichek, em que se foi discutida a possibilidade do Brasil adotar alternativas ao transporte rodoviário, e as condições das estradas brasileiras, as quais geram prejuízos para os motoristas.