NO INICIO DO BLOG

30 de setembro de 2015

Cartão de Inscrição do Enem Será Liberado Nesta Semana


De acordo com o site Agência Brasil, pertencente a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o cartão de confirmação da inscrição do Enem 2015 estará disponível para acesso ainda nesta semana.
O documento traz as principais informações sobre a realização do teste e as opções escolhidas pelo candidato, sendo a principal delas o local de prova, que informa o endereço e a sala em que o participante resolverá o exame nacional. Outros dados exibidos são a prova de língua estrangeira escolhida (inglês ou espanhol), a indicação do atendimento especializado ou específico e a solicitação de certificação do ensino médio, se for o caso.
É importante reforçar que, conforme regulamento previsto no Edital do Enem, neste ano o cartão não será enviado pelos correios, ficando disponível somente em formato digital para acesso online e impressão no sistema do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Além de economia, a medida deve proporcionar mais segurança e praticidade para todos.
Apesar do Ministério da Educação (MEC) não ter publicado nenhuma nota a respeito do acesso ao cartão em sua página na internet nem no perfil das redes sociais, ressaltamos que nossa fonte é segura e confiável.
Até o momento da publicação desta matéria nenhuma alteração havia sido realizada no site do Inep. Estamos monitorando o sistema e, assim que cartão de confirmação da inscrição for disponibilizado, publicaremos matéria em primeira mão noticiando e mostrando como acessá-lo/imprimi-lo. Fique ligado!

29 de setembro de 2015

Sempre revisando - redação

Manual-para-uma-boa-redacao
A discursiva tem sido o “calcanhar de aquiles” dos candidatos a uma vaga para a carreira pública. Então, que tal fazer o passo a passo para se redigir com excelência? Vamos às etapas!
1º Direto ao tema da redação
Leia o tema da redação em primeiro lugar. Nenhum dos textos da prova ajuda a entender as nuances do tema. Pode até ser que haja uma espécie de linha condutora para a prova – por exemplo: ética –, porém em nada os textos podem ajudar. Primeiro, porque não se pode usar trecho ou frases do texto em si; segundo, porque eles podem até mesmo atrapalhar, confundindo o candidato quanto à correção da premissa utilizada.A leitura do tema faz com que nossa cabeça comece a pensar o que sabemos sobre aquele determinado assunto. Assim, as idéias aparecem com toda a força. Umas boas, outras nem tanto. Nesse momento, precisaremos da segunda etapa.
2º Jogando ideias no papel
Anote todas as ideias que aparecerem na sua cabeça ao pensar sobre o tema, não deixe nada de fora. Isso, na publicidade, na administração, chama-se brain storm – chuva de ideias, em uma tradução mais livre. Nessa etapa, as ideias estarão desordenadas e parecerão não ter algo em comum. Agora é a hora da 3ª etapa.
3º Organizando as ideias do texto
Procure pontos em comum que possam unir vários desses tópicos elencados para fazer parte de um parágrafo; e outros elementos que possam se juntar em outro parágrafo. O mínimo de parágrafos de desenvolvimento de um texto é dois. Três parágrafos são ideais.
Há tipos conhecidos de organização e muito utilizados em textos dissertativos. Desenvolvimento por:
• causa/consequência/solução:em que se apontam as causas do problema apresentado e as consequências de tal problema;expor as soluções pode ser uma opção/conclusão boa a esse tipo de texto.
• comparação/contraste: consiste em apresentar os contrastes do tema proposto e compará-lo a outro tópico relacionado.
• alusão histórica: neste desenvolvimento, faz-se um histórico sobre o tema com as qualidades ou os defeitos do problema apresentado.
• detalhamento/exemplificação: dá-se quando o texto é construído com exemplos e detalhes daquilo que se quer dizer;chega-se a se confundir comum texto descritivo, mas ainda serve para defender a tese em questão. Este tipo é muito comum em texto em que se têm de dizer os prazos de prescrição de leis e comissões, por exemplo.
• conceituação: há temas que exigem conceitos de tratamentos, leis, fundamentos, assim este tipo de texto serve muito bem. Geralmente, em temas de saúde se pede bastante tal tipo de desenvolvimento.
• explicação/afirmação: de longe o mais utilizado dos tipos de desenvolvimento, este deve apontar as afirmações sobre o tema, reforçando a verdade dos fatos escolhidos para embasar a tese. Temas mais atuais se utilizam deste tipo de texto para que se perceba a acuidade do escritor quanto à formulação de assertivas/premissas verdadeiras.
Existem outros tantos tipos de desenvolvimento, porém, menos utilizados em provas de concursos.
Devemos nos lembrar de que há possibilidade de se escrever em parágrafos de um mesmo texto
com tipos de construção diferentes.Então, posso ter o primeiro parágrafo de um texto construído por exemplificação e outro por comparação e contraste. Para isso, contudo, deve-se dominar bem a arte de escrever para que não se caia em erro de coesão. Agora que sabemos construir um pensamento bem estruturado,pelo menos em conceito, podemos partir para as outras etapas da redação de excelência.
4º Tecendo o desenvolvimento
Chegou a hora de colocar a mão na massa, ou melhor – na caneta!
Começa-se a escrever o texto pelo desenvolvimento – afinal de contas, ele já está pronto, pois a própria divisão dos assuntos será a divisão dos parágrafos. A razão por que devemos escrever o desenvolvimento antes da introdução é simples. O parágrafode introdução consiste em apresentar o texto ao leitor – no nosso caso, o examinador do concurso–, de maneira abrangente om uma linguagem geral. Sendo assim, como escrever um parágrafo para apresentar algo, se nada temos escrito ainda?Já o desenvolvimento está sendo construído em nossa mente desde o momento em que lemos o tema da redação, passando pela exposição das ideias e terminando na organização dessas idéias
5º Tecendo a introdução de um texto
Para escrever a introdução de um texto dissertativo, é necessário que se faça um resumo dos parágrafos do desenvolvimento. A introdução deve conter o assunto e a tese a serem analisados, a exposição clara e objetiva dos argumentos que serão explicados e o que se pode esperar da conclusão do texto.
6º Tecendo a conclusão dos parágrafos
A conclusão talvez seja o mais difícil dos parágrafos a ser escrito. Sendo o último, fatalmente corre-se o risco de ser redundante, repetitivo quando da sua confecção.
Para que isso não aconteça, basta que se escreva um parágrafo com olhos para o futuro, ou seja, com indicação de soluções ao que se tenha apresentado saídas para o que se expôs como problemas.
7º Fazendo a prova objetiva
Depois de fazer o rascunho da redação, com tudo escrito e bem marcado a cada parágrafo, deve-se fazer a prova objetiva. Começa-se pela matéria que mais se sabe, em ordem decrescente, deve-se fazer a prova toda. Depois, ainda se devem passar para o gabarito definitivo as respostas.
Essa etapa é de suma importância. Com ela, consegue-se o distanciamento necessário para que o cérebro tenha o descanso adequado. Assim, a correção dos pequenos equívocos que podem ter ocorrido na hora de escrever o texto. Quando se lê o texto no mesmo momento em que se escreve, apenas se lembra o que fora escrito e não se lê efetivamente. Coma prova objetiva feita, as matérias relembradas fazem com que se esqueça a escrita. Os erros gramaticais têm tirado muitos candidatos bons da competição, por décimos!
8º Passando a redação a limpo
Passe a limpo sua redação, escrevendo-a com uma letra que deve ser legível. Não se preocupe com seu tipo de letra, seja ele qual for, atente apenas para sua legibilidade.
Com cuidado, corrija os possíveis escorregões que se tenham cometido. Principalmente de clareza e objetividade. Não reescreva nenhum parágrafo, não refaça ou queira inserir um argumento para o texto. O momento de organização já passou e você foi muito coerente com ele, não é mesmo?
Esses são os oito passos para se redigir um excelente texto. Contudo, algumas dicas são necessárias para diferenciar o modo de correção das bancas. Exceto o Cespe, todas as outras bancas exigem uma redação discursiva completa: com introdução, desenvolvimento e conclusão.
E o Cespe não exige isso tudo?Não. O Cespe, em noventa e nove por cento dos comandos, solicita que se disserte sobre três tópicos, já determinando, assim, os parágrafos do desenvolvimento. Anos de experiência me permitem afirmar que não se precisa de introdução
nem de conclusão quando se solicitam os tópicos. Basta que – de maneira organizada, clara e objetiva – se façam as explanações necessárias acerca de cada tópico.
Cada tópico em seu parágrafo.
A última dica é sobre a escrita do parágrafo em si. O que deve compor um parágrafo para que ele esteja completo é a mesma estrutura de uma redação completa: introdução,desenvolvimento e conclusão. Na introdução do parágrafo, deve-se apresentar o assunto do parágrafo que se escreve, de forma mais clara e objetiva possível. No desenvolvimento do parágrafo, deve-se explicar apenas o assunto de que se trata, de maneira completa e específica. E, por fim, na conclusão do parágrafo, pode-se tanto fechar a ideia tratada quanto unir o parágrafo em questão ao próximo.
As dicas deste artigo visam a orientar o candidato para a confecção do bom texto. São sugestões a serem seguidas e de comprovado sucesso nos certames mais difíceis do país. Portanto, aproveite, treine bastante, exercite seu cérebro, faça bastantes redações e peça orientação profissional para aparar as arestas restantes. Lembre-se de que conteúdo + técnica = redação de excelência. Escreva!

27 de setembro de 2015

Como Usar Corretamente Pronomes Demonstrativos – parte 1


A dúvida, ‘ou isto ou aquilo’, pairava também sobre Cecília Meireles, mas não sobre o emprego correto… A dúvida dela era mais existencial:
Ou Isto ou Aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
(…)
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
(In: http://www.jornaldepoesia.jor.br/ceci28.html Acesso em 25-09-2015)
Já o dilema dos que precisam escrever textos em geral é entre ‘este ou esse’. Vozes em coro bradam: “Ora, mas não é a mesma coisa? Não se pode usar um pelo outro? Mas a gente nem ouve a diferença!”
Pois é… na língua falada não se percebe bem a distinção, mas, na escrita, quanta diferença! E para que a diferença fique clara, vamos relembrar alguns conceitos relacionados com a estrutura e com os elementos da comunicação.
Para que a comunicação se estabeleça, precisamos da presença e da interação de alguns elementos:
  • emissor: a 1ª pessoa do discurso, ou seja, quem transmite uma mensagem,
  • receptor: a 2ª pessoa do discurso, ou seja, quem recebe a mensagem,
  • referente: a 3ª pessoa do discurso, ou seja, o assunto da mensagem.
Isso posto (olha um deles aí!), vamos ao emprego de tais (olha outro!) palavras. Os pronomes servem para substituir os nomes/substantivos ou ainda acompanhá-los acrescentando mais algum tipo de informação e os demonstrativos são bastante versáteis, por isso acabam dando nó: eles podem situar as informações no espaço, no tempo ou ainda no texto!
Quando falamos em ESPAÇO, neste caso, é o lugar, espaço físico e os demonstrativos vão indicar a proximidade de algo em relação às pessoas do discurso, assim:
  • ESTE: indica que algo está próximo de quem fala;
  • ESSE: indica que algo está próximo de quem ouve;
  • AQUELE: indica que algo está distante dos dois envolvidos na comunicação. Assim:
Este computador que estou usando já está velho.
Essa tela em que você está lendo meu texto é luminosa.
Aqueles quadros do MASP são dignos de muitas visitas.
Para dar uma ajudinha e evitar mal-entendidos, acabamos reforçando esse emprego com os advérbios de lugar: este aqui, esse  e aquele . Esse é talvez o uso que menos cria dúvidas nos falantes de língua portuguesa.
Em relação ao TEMPO, além dos advérbios específicos para isso (ontem, hoje, amanhã p.e.), podemos situar as informações também pelo emprego adequado dos pronomes demonstrativos. Vejamos como:
  • ESTE: indica tempo presente;
  • ESSE /AQUELE: indicam passado. Esse sugere um passado próximo e aquele, um passado remoto. Observe:
Esta semana o artigo trata dos pronomes. (a semana em curso); “Parabéns a você, nesta data querida (…)” (o próprio dia do aniversário).
Agosto já começa a anunciar a primavera. Nesse mês, os ipês já estavam florindo. (estamos em setembro, agosto acabou de passar).
1922 foi muito intenso. Naquele ano, comemorou-se o Centenário da Independência e aconteceu a Semana de Arte Moderna.

Concordância nominal II

É proibido -  É necessário - É bom - É preciso - É permitido
a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
Exemplos:
É proibido entrada de crianças.
Em certos momentos, é necessário atenção.
No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
Não é permitido saída pelas portas laterais.

b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele.
Exemplos:
É proibida a entrada de crianças.
Esta salada é ótima.
A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação.

Anexo -  Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se referem. Observe:
Seguem anexas as documentações requeridas.
A menina agradeceu: - Muito obrigada.
Muito obrigadas, disseram as senhoras, nós mesmas faremos isso.
Seguem inclusos os papéis solicitados.
Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites.

Bastante - Caro - Barato - Longe
Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o nome a que se referem quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais.
Exemplos:
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjetivo)
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
Achei barato este casaco.(advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
"Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas." (Cecília Meireles) (advérbio)
"Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!" (Cecília Meireles). (adjetivo)

Meio - Meia
a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o nome a que se refere.
Por Exemplo:
Pedi meia cerveja e meia porção de polentas.
b) Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável.
Por Exemplo:
A noiva está meio nervosa.
Alerta - Menos
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempre invariáveis.
Por Exemplo:
Os escoteiros estão sempre alerta.
Carolina tem menos bonecas que sua amiga.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos,  pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se  da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, comoadjunto adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.
Por Exemplo:
As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos:
a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.
Por Exemplo:
Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor  e a roupa.

- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
Por Exemplo:
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.

b) Adjetivo posposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).
Exemplos:
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.

Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no plural masculino, que é o gênero predominante quando há substantivos de gêneros diferentes.
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural.
Exemplos:

A beleza e a inteligência feminina(s).
O carro e o iate novo(s).
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador.
Por Exemplo:
Água é bom para saúde.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo.
Por Exemplo:
Esta água é boa para saúde.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere.
Por Exemplo:
Juliana as viu ontem muito felizes.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no masculino singular.
Por Exemplo:
Os jovens tinham algo de misterioso.
6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda normalmente com o nome a que se refere.
Por Exemplo:
Cristina saiu só.
Cristina e Débora saíram sós.

Obs.: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função adverbial, ficando, portanto, invariável.
Por Exemplo:
Eles só desejam ganhar presentes.
7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as construções:
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo.
Por Exemplo:
Admiro a cultura espanhola e portuguesa.
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo.
Por Exemplo:
Admiro as culturas espanhola e portuguesa.
Obs.: veja esta construção:
Estudo a cultura espanhola e portuguesa.

ENEM

Quatro temas que sempre viram questões do ENEM!

questões do enem
O ENEM tá chegando e você, sendo um(a) aluno(a) do Descomplica, deve estar com a matéria em dia e sabendo tudo o que pode cair nessa prova, né? NÃO?! Você tá me dizendo que ainda tá embolado no meio de campo a essa altura do campeonato? Tá… Calma! O Descomplica descomplicou, como sempre, e resolveu te mostrar os temas que sempre viram questões do ENEM. Sendo assim, vem com a gente que você terá o caminho das pedras! 😉

 1- Lê aqui, analisa ali, reflete lá e marca certo :)

Fizemos um mapeamento das questões do ENEM e podemos afirmar com muita certeza que sua prova será recheada de interpretação não só de textos escritos, mas também de charges e publicidades. Durante os seus estudos, você com certeza percebe que essa prova explora bastante o estudo dos textos e não exige nada de decoreba, certo?
Isso mostra que, por ser uma prova predominantemente interpretativa, as questões do ENEM vão exigir de você apenas calma e atenção na hora da leitura. Sabemos que é uma prova longa e que uma hora o cansaço bate e você quer deitar ali na mesa da prova mesmo, mas, para te deixar mais tranquilo(a), reforçamos a ideia de que muitas questões do ENEM trazem a resposta no próprio enunciado. Se a leitura não tiver sido clara na primeira tentativa, não hesite em lê-la novamente. Não perca uma questão por falta de atenção ou por preguiça de ler novamente! Espia essa questão da prova de 2009:
Texto 1
No meio do caminho
No meio do caminho tinha
uma pedra
Tinha uma pedra no meio
do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha
uma pedra
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. (fragmento).
Texto 2 
questões do enem
Questão de português do Enem 2009 (prova cancelada) (Foto: Reprodução/Enem)
A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que
a) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por histórias em quadrinho.
b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam uma réplica do texto 1.
c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao mesmo gênero.
d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram elaborados com finalidades distintas.
e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-los como pertencentes ao mesmo gênero.

Gabarito: D

2. Dê adeus ao tradicional e se joga no novo :)

No que se refere à Literatura, o Modernismo é um tema recorrente nas questões do ENEM. O Modernismo foi um movimento literário e artístico que teve início no século XX, com o objetivo de romper com o tradicionalismo, com as vanguardas europeias. Por meio deste movimento, os artistas buscavam a libertação estética, a experimentação constante e, acima de tudo, a independência cultural do país.
Na literatura, esse movimento literário foi marcado pela criação de uma forma de linguagem, que rompe com o tradicional, transformando a forma como até então se escrevia. Algumas dessas mudanças são, por exemplo, a liberdade formal (utilização do verso livre e um quase abandono das formas fixas, como o soneto, a fala coloquial, ausência de pontuação, etc.) e a valorização do cotidiano. Esteja atento(a) e vai pra cima! Se liga nessa questão de 2013:
questões do enem
MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o culpado de tudo. 27 set.2011 a 29 jan. 2012. São Paulo: Prof. Gráfica. 2012. (Foto: Reprodução)
O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem
a) direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais.
b) forma clássica da construção poética brasileira.
c) rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol.
d) intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética
e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais.

Gabarito: A

3. Pô, mano, uai, guri…

No mapeamento das últimas questões do ENEM, vimos que a variação linguística é um tema que os organizadores da prova curtem muito e não deixam de fora. As questões do ENEM costumam exigir reflexão sobre a língua falada, observada, descrita e analisada em situações de uso.
Você deve ter em mente que, dentro de uma comunidade linguística, ou seja, dentro do conjunto de pessoas que interagem verbalmente, há sempre a diversidade ou variação no modo de falar. Para resolvê-las bem, é preciso deixar o preconceito linguístico de lado, ou seja, o julgamento depreciativo contra as diferenças linguísticas e entender que essas variedades linguísticas estão ligadas às diferenças distribuídas no espaço físico/geográfico, ao nível socioeconômico do falante e à situação em que se fala, ou seja, formal ou informal. Normalmente, as questões do ENEM exploram o uso da linguagem formal e informal, apresentando situações do cotidiano, que são cheias de coloquialismo. Olha essa questão de 2011:
Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao longo do território, seja numa relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos que configuram uma norma nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar essa ao longo do território, seja numa relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos que configuram uma norma nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar essa a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de mudanças ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios.
CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado).
O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção do leitor para
a) desconsideração da existência das normas populares pelos falantes da norma culta.
b) difusão do português de Portugal em todas as regiões do Brasil só a partir do século XVIII.
c) existência de usos da língua que caracterizam uma norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal.
d) inexistência de normas cultas locais e populares ou vernáculas em um determinado país.
e) necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes de uma língua devem ser aceitos.

Gabarito: C

4. Emocionar, apelar, descrever…?

As funções da linguagem têm aparecido bastante nos últimos anos nas questões do ENEM. Para saber resolvê-las bem, é preciso partir da ideia de que a comunicação faz parte de nosso dia a dia, já que estamos o tempo todo enviando e recebendo informações de variadas formas e com diferentes intenções. Nesse sentido, dependendo do objetivo de quem nos envia uma mensagem, podemos observar o predomínio de determinada função da linguagem.
As funções da linguagem, portanto, estão sempre presentes em nossas vidas e, muitas vezes, a gente nem se dá conta. Por exemplo, aquela mensagem fofa que ele(a) te envia antes de dormir cumpre função emotiva/expressiva, uma vez que as emoções e os sentimentos do emissor se evidenciam. Já tinha parado para pensar nisso? =)
Vamos dar uma dica: na prova mais esperada do ano, em relação a esse tema, os textos que mais caem são os publicitários, as propagandas. As questões do ENEM, portanto, sempre vão pedir que você identifique qual função predomina nesse determinado enunciado; aí, você já sabe que esses textos têm marcas linguísticas, como o vocativo e os verbos no modo imperativo, que têm com objetivo apenas apelar, convencer através da linguagem. Olha essa questão de 2010:
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Predomina no texto a função da linguagem
a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia.
b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.
d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.
e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.

Gabarito: E

26 de setembro de 2015

Sujeito

Sujeito



A declaração que se faz a respeito do sujeito vem expressa no predicado. No predicado existe sempre um verbo. Esse verbo concorda com o sujeito em pessoa e número. Quando o sujeito é formado por mais de uma palavra, deve-se localizar o núcleo do sujeito.

Núcleo é a palavra central do sujeito, i.e., a palavra com a qual concordam as demais palavras existentes no sujeito.
dia da cerimônia é considerado uma festa.
sujeito núcleo

A. Localização do sujeito:
a – anteposto ao verbo.
Os tigres hoje são raros. Hoje os tigres são raros.

b – posposto ao verbo.
Raramente aparecem tigres por lá. São curiosos os integranges de uma certa geração de intelectuais brasileiros.

B. Classificação do sujeito:
b1. determinado: - é o sujeito que pode ser identificado pela terminação do verbo ou pelo contexto em que aparece.
As meninas sonham com as argolas no pescoço. Aguardam ansiosas a chegada dos 5 anos.
Qual é o sujeito de aguardam As meninas.

O sujeito determinado pode ser:
à simples: - aquele que tem um só núcleo.
mulher grega era uma cidadã de segunda classe.
núcleo do sujeito: mulher.

à composto: - aquele que tem mais de um núcleo.
limpeza e o polimento das argolas são demorados.
núcleos do sujeito: limpezapolimento.

Há casos em que o sujeito determinado não está expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela terminação do verbo. Esse tipo de sujeito é chamado de sujeito oculto, elípticoou desinencial.
Abriu a porta; nada viu.
O sujeito das duas orações é ele ou ela, conforme se pode deduzir da terminação dos verbosabriu viu.
Estamos tão preparados ! (sujeito = nós)

b2. indeterminado: - é o sujeito que não pode ser identificado nem pelo contexto nem pela terminação do verbo. O sujeito indeterminado pode ocorrer:

a. com verbos na 3ª pessoa do plural, desde que o contexto não permita identificá-lo.
Alteraram toda a programação dos jogos. (não é possível identificar o sujeito da forma verbal alteraram)
Veja agora:
Os técnicos dos times ficaram reunidos ontem o dia todo. Alteraram a programação dos jogos.
Qual é o sujeito de alteraram ? Os técnicos dos times. É um sujeito determinado, pois sabemos qual é, mas oculto, porque não aparece claramente na 2ª oração.

b. com verbos na 3ª pesoa do singular acompanhados da partícula se:
Trata-se de uma exposição inovadora.
Não se sabe de um caso de assalto recente.

OBS: - alguns gramáticos consideram, como indeterminado o sujeito representado por pronome substantivo indefinido:
Tudo assustava a pobre criança.
Ninguém se interessa por esse povo.
Na realidade, uma análise semântica poderia considerar tais sujeitos como indeterminados, mas a análise sintática deve considerá-los como sujeitos simpels, uma vez que aparecem claramente na frase palavras com função de sujeito.

b3. inexistente: - há orações que tem somente predicado, onde o verbo é considerado impessoal e, em geral, aparece na 3ª pessoa do singular. A oração sem sujeito ocorre nos seguintes casos:

a. com verbos ou expressões que indicam fenômenos meteorológicos:
Está quente hoje.
Deve chover hoje em todo o Estado.

b. com o verbo fazer e o verbo haver indicando tempo decorrido:
Fazia tempo / que ninguém tocava nesse assunto. (o verbo da 1ª oração não tem sujeito)
Ele trabalha no museu /  47 anos. (a 2ª oração não tem sujeito).

c. com o verbo ser indicando tempo e distância:
Eram quatro horas da manhã.
De uma cidade a outra seriam setenta quilômetros.
Obs: - Nesse caso o verbo ser concorda com o predicativo.

d. com o verbo haver empregado no sentido de existir:
 uma obra comprovadamente falsa no MASP.
Havia muitas testemunhas no local do crime.
Nesse caso, é comum o verbo haver ser substituído pelo verbo ter:
Tem uma obra comprovadamente falsa no MASP.
Tinha muitas testemunhas no local do crime.

OBS: - o verbo existir concorda com o sujeito:
Existiam muitas testemunhas no local do crime.
verbo no plural sujeito no plural.

e. com o verbo passar indicando tempo:
Já passa de duas da manhã.

f. com os verbos parecer ficar em construções como:
Parecia noite, de tão escuro.
Ficou claro como o dia.

g. com os verbos bastar chegar, seguidos da preposição de:
Chega de confusão !
Basta de correria.

OBS: - Os verbos que indicam fenômenos meteorológicos, quando utilizados em sentido figurado, apresentam sujeito claro:
O diretor trovejava insultos. (sujeito = o diretor)
Os olhos do professor relampejavam de ódio. (sujeito = os olhos do professor).

ü Partícula SE
As construções em que ocorre a partícula se apresentam alguma dificuldades quanto à classificação do sujeito. Compare:
Analisou-se a questão.  à  Analisaram-se as questões.
sujeito

Precisa-se de estagiário. à  Precisa-se de estagiários.
sujeito indeterminado
No 1º caso, o se é uma partícula apassivadora. O verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Veja a transformação das frases para a voz passiva analítica:

A questão foi analisada.   à   As questões foram analisadas.
sujeito
No 2º caso, o se é índice de indeterminação do sujeito. O verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

OBS: - Com alguns verbos, como faltar, acontecer, bastar, chegar, etc., é comum a colocação do sujeito depois do verbo. Neste caso, é importante ficar atento à concordância verbal:
Faltaram alguns alunos.
Para mim, bastam dois pedaços de torta.
Acontecem fatos estranhos neste país.
verbo no plural e sujeito no plural.