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31 de dezembro de 2017

DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA


No artigo da semana passada, mencionei a distinção entre os termos Papai Noel e papai-noel e alguns leitores pediram mais explicações. Vamos a elas!
No caso dos dois termos, vamos relembrar a classe de palavras dos substantivos. Os termos classificados como substantivos (nomes, na nomenclatura gramatical lusitana) são, segundo o gramático Evanildo Bechara, “a classe de lexemas que se caracteriza por significar o que convencionalmente chamamos objetos substantivos, isto é, em primeiro lugar, substâncias (homem, casa, livro) e, em segundo lugar, quaisquer outros objetos mentalmente apreendidos como substâncias, quais sejam qualidades (bondade, brancura), estados (saúde, doença), processos (chegada, entrega, aceitação).”1 Trocando em miúdos, qualquer palavra que nomeia ‘coisas’, materiais ou imateriais, tangíveis ou não.
E dentro dessa classe de palavras há mais algumas subdivisões. Os substantivos podem ser abstratos ou concretos(quanto à sua existência depender ou não de outros seres); dentro do grupo dos concretos ainda podemos ter substantivos comuns ou próprios; quanto à sua estrutura e/ou formação, eles podem ser simples ou compostos(só um ou mais de um radical) ou ainda primitivos (mais próximos do radical) ou derivados (criados a partir do acréscimo de afixos ao radical, na maioria dos casos).
No caso da passagem de Papai Noel a papai-noel, temos um caso especial de derivação, em que não há acréscimo de sufixo ou de prefixo – temos as mesmas letras, mas a palavra mudou de classe (ou, nesse caso, de subdivisão dentro da classe dos substantivos): é a derivação imprópria. Temos a passagem de um substantivo próprio (nome que individualiza um ser, como Brasil ou Corinthians) a substantivo comum (nome que se aplica a um ou mais seres que apresentam as mesmas características, como país ou time).
Esse fenômeno ocorre com frequência com personagens históricos, artísticos ou literários, cujas características são tão marcantes que seus nomes passam a designar qualquer ser que se assemelhe. Assim, ainda segundo Bechara, “aprendemos a ver no Judas, não só o nome de um dos doze apóstolos, aquele que traiu Jesus; é também a encarnação mesma do traidor, do amigo falso, em expressões do tipo: Fulano é um judas” (nesse caso, como substantivo comum, grafado com inicial minúscula). Assim como com Judas, ocorre também com dom-joão (ou don-juan) – homem galanteador, irresistível às mulheres; cicerone – guia de estrangeiros, o que dá informações sobre o lugar (de Cícero, orador romano que se orgulhava em apresentar as maravilhas de Roma aos visitantes) ou benjamim – o filho predileto.
O mesmo fenômeno se verifica na passagem do nome (ou sobrenome) de fabricantes, criadores ou locais de origem de alguns objetos:
  • Estradivários = violino, de Stradivárius
  • Guilhotina = equipamento criado por J. I. Guilhotin
  • Macadame = pavimentação criada pelo engenheiro Mac Adam
  • Sanduíche = refeição criada pelo conde de Sandwich
Assim, por meio de mais esse processo, o idioma sofre acréscimos de novas palavras, numa contínua metamorfose, que vai imprimindo novas facetas ao velho e bom português.
Para aproveitar a ocasião, vou ainda distinguir ANO-NOVO (substantivo composto, masculino, que se refere à passagem da meia-noite do dia 31 de dezembro para o dia 1º de janeiro, o ano-bom dos portugueses e o réveillon dos franceses) e ANO NOVO (substantivo simples mais adjetivo, sem hífen, com significado literal de doze novos meses).
Feliz Ano-Novo e até 2018!

29 de dezembro de 2017

O que você precisa saber para passar no PC-RS

Resolução de questões para Polícia Civil do RS

Unesp - 2018

 A prova de redação do vestibular da Unesp integra a segunda fase do exame de entrada da universidade e, neste ano, foi realizado no último dia 18 de dezembro e os candidatos tiveram se escrever uma dissertação-argumentativa sobre o tema “O voto deveria ser facultativo no Brasil?”.
Como abordamos em textos anteriores nesta mesma coluna, a prova de redação da Unesp, em termos de temas, é uma caixinha de surpresas e o tema deste ano não poderia deixar de ser uma surpresa, já que a maioria dos candidatos espera que temas que abordem a questão do voto no Brasil sejam contemplados em anos eleitorais, o que não é o caso deste ano, mas sim de 2018. Apesar disso, trata-se de um tema atual e que sempre está em discussão, tanto nas escolas quanto na mídia brasileiras e, portanto, é de fácil acesso aos vestibulandos.
Mesmo antes de conhecermos a coletânea de textos, ao lermos o tema sabemos que os candidatos deveriam responder se o voto deveria ser facultativo, ou seja, opcional ou não no Brasil. Da maneira como o tema foi escrito, não há meio termo. Os candidatos deveriam opinar se o voto deveria ser facultativo ou não no país, isto é, assumir uma posição e argumentar a favor desta escolha.
Provavelmente os candidatos que ficaram “em cima do muro” e que não conseguiram opinar e argumentar a favor de uma posição terão prejuízo em sua nota, pois certamente trata-se de dissertações-argumentativas circulares.
A coletânea de textos é composta por apenas dois fragmentos que trazem opiniões favoráveis e contrárias ao voto facultativo; sendo assim, há opiniões favoráveis ao voto obrigatório que ajudam o candidato que optou por escrever de modo contrário ao voto facultativo. Resumindo: escrever contra o voto facultativo é escrever a favor do voto obrigatório e escrever a favor do voto facultativo é escrever contra o voto obrigatório, baseando qualquer opinião em argumentos sólidos e consistentes.
O primeiro texto da coletânea é um fragmento de um texto publicado em 2014, ano eleitoral, na revista Carta Capital, de autoria de Karina Gomes. Intitulado “O voto deveria ser facultativo no Brasil?”, assim como o tema de redação da Unesp 2018, aborda um levantamento do Instituto Datafolha divulgado à época que apontou que 61% dos eleitores são contrários ao voto obrigatório, previsto na Constituição Federal. Além disso, o texto de Karina Gomes expõe algumas opiniões acerca do tema:
Texto 1
Um levantamento do Instituto Datafolha divulgado em maio de 2014 apontou que 61% dos eleitores são contrários ao voto obrigatório. O voto obrigatório é previsto na Constituição Federal – a participação é facultativa apenas para analfabetos, idosos com mais de 70 anos de idade e jovens com 16 e 17 anos.
Para analistas, permitir que o eleitor decida se quer ou não votar é um risco para o sistema eleitoral brasileiro. A obrigatoriedade, argumentam, ainda é necessária devido ao cenário crítico de compra e venda de votos e à formação política deficiente de boa parte da população.
“Nossa democracia é extremamente jovem e foi pouco testada. O voto facultativo seria o ideal, porque o eleitor poderia expressar sua real vontade, mas ainda não é hora de ele ser implantado”, diz Danilo Barboza, membro do Movimento Voto Consciente.
O sociólogo Eurico Cursino, da Universidade de Brasília (UnB), avalia que o dever de participar das eleições é uma prática pedagógica. Ele argumenta que essa é uma forma de canalizar conflitos graves ligados às desigualdades sociais no país. “A democracia só se aprende na prática. Tornar o voto facultativo é como permitir à criança decidir se quer ir ou não à escola”, afirma.
Já para os defensores do voto não obrigatório, participar das eleições é um direito e não um dever. O voto facultativo, dizem, melhora a qualidade do pleito, que passa a contar majoritariamente com eleitores conscientes. E incentiva os partidos a promover programas eleitorais educativos sobre a importância do voto.
(Karina Gomes. “O voto deveria ser facultativo no Brasil?”. www.cartacapital.com.br, 25.08.2014. Adaptado.)
O segundo texto da coletânea, por sua vez, explora melhor os receios das pessoas contrárias ao voto facultativo: teme-se que, se o voto deixar de ser obrigatório no Brasil, muitas pessoas deixariam de ir às urnas e isso traria consequências negativas para a democracia brasileira. A descrença nos políticos brasileiros juntamente com a não obrigatoriedade do voto poderia gerar uma evasão nas eleições brasileiras em todos os níveis, mas um ponto crucial que os candidatos deveriam pensar para responder a pergunta do tema é: já que vivemos em uma democracia, o voto deveria ser um direito ou deveria permanecer sendo um dever?
É sabido que muitas pessoas votam apenas por obrigação e por receio de perder direitos como emitir ou renovar passaporte, participar de concursos públicos dentre outras sanções impostas aos eleitores que não comparecem às urnas e que podem ter seus títulos de eleitor cancelados. Também é de conhecimento de todos a imensa quantidade de votos nulos e brancos e que poucas pessoas assistem pela televisão ou ouvem pelo rádio os programas eleitorais.
Nesse contexto, o voto facultativo tornaria o eleitor brasileiro mais participativo, educada politicamente e atuante nas eleições? Ou aconteceria o contrário: haveria uma verdadeira evasão eleitoral caso o voto deixasse de ser obrigatório?
São estas as questões suscitadas pelo segundo texto da coletânea, um fragmento de um texto publicado na revista Exame em agosto deste ano, de autoria de Raphael Martins e intitulado “O que falta para o Brasil adotar o voto facultativo?”:
Texto 2
Há muito tempo se discute a possibilidade de instauração do voto facultativo no Brasil. Mas são diversos os fatores que travam a discussão.
Atualmente, é a Lei no 4737/1965 que determina o voto como obrigatório no Brasil, além dos dispositivos e penas a quem não comparece ao pleito. Com a imposição, o país segue na tendência contrária ao resto do mundo. Estudo divulgado pela CIA, que detalha o tipo de voto em mais de 230 países no mundo, mostra que o Brasil é um dos (apenas) 21 que ainda mantém a obrigatoriedade de comparecer às urnas.
Para Rodolfo Teixeira, cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB), a atual descrença na classe política pode levar a uma grave deserção do brasileiro do processo eleitoral. O jurista Alberto Rollo, especialista em Direito Eleitoral e membro da comissão de reforma política da OAB de São Paulo, concorda e acredita que o eleitor brasileiro ainda é “deficitário” do ponto de vista de educação política, sem ser maduro o suficiente para entender a importância do voto: “Se [o voto facultativo] fosse implementado hoje, mais da metade dos eleitores não votaria. Isso é desastroso”, afirma.
O cientista político e professor da FGV-Rio Carlos Pereira pensa diferente. O especialista acredita que as sete eleições presidenciais depois do fim da ditadura militar mostram que o momento democrático do Brasil está consolidado. O voto facultativo seria mais um passo a uma democracia plena.
“O argumento de que o eleitor pobre e menos escolarizado deixaria de votar parte de um pressuposto da vitimização. É uma visão muito protecionista”, diz Pereira. “O eleitor mais pobre tem acesso à informação e é politizado: ele sabe quanto está custando um litro de leite, uma passagem de ônibus, se o bairro está violento, se tem desemprego na família. É totalmente plausível que ele faça um diagnóstico e decida em quem votar e se quer votar.”
(Raphael Martins. “O que falta para o Brasil adotar o voto facultativo?”. http://exame.abril.com.br, 01.08.2017. Adaptado.)
Ambos os textos expõem opiniões e argumentos de especialistas que suscitam a reflexão por parte dos candidatos que, aliás, já deveriam ter uma opinião no mínimo mais ou menos formada a esse respeito, já que se trata de um assunto amplamente debatido nas escolas e na mídia. A reflexão sobre as possíveis consequências do voto facultativo no Brasil, o cenário político e social brasileiro e a educação política e cidadã no país são aspectos que não deveriam ser deixados de lado na análise deste tema.

26 de dezembro de 2017

PONTUAÇÃO




01) EPCAR - “Bem-aventurado, pensei eu comigo, aquele em que os afagos de uma tarde serena de
primavera no silêncio da solidão produzem o torpor dos membros.” (Herculano)
No período em apreço, usaram-se as vírgulas para separar:

a) uma oração pleonástica;
b) uma oração coordenada assindética;
c) um adjunto deslocado;
d) elementos paralelos;
e) uma oração intercalada.

02) EFOMM - A opção em que está correto o emprego do ponto-e-vírgula é:

a) Solteiro; foi um menino turbulento; casado, era um moço alegre; viúvo, tornara-se uma pessoa de
semblante sombrio.
b) Solteiro, foi um menino turbulento; casado, era um moço alegre; viúvo, tornara-se uma pessoa de
semblante sombrio.
c) Solteiro, foi um menino; turbulento, casado; era um moço alegre viúvo, tornara-se uma pessoa de
semblante sombrio.
d) Solteiro foi um menino turbulento, casado era um moço alegre, viúvo; tornara-se uma pessoa de
semblante sombrio.
e) Solteiro, foi um menino turbulento, casado; um moço alegre, viúvo; tornara-se uma pessoa de
semblante sombrio.

03) EFOMM - É inaceitável a pontuação na alternativa:

a) 1 cm., 2 cm., 1 m., 2 m., 1 g., 2 g., 1 kg., 1 h 20., 2 h 20 m 30 s.
b) De boa árvore, bons frutos.
c) Terminada a palestra, procure-nos.
d) Não chore, que será pior.
e) Eram dois - eu os vi pessoalmente - os assaltantes.

04) EFOMM - Assinale a alternativa em que o período está corretamente pontuado:

a) Uns trabalhavam, esforçavam-se, exauriam-se; outros gozavam, não pensavam no futuro.
b) “E agora José?”
c) Cauteloso que era, nunca revelava realmente, suas idéias.
d) Afirmavam, insistentes; era o reparo moral, que queriam, e não o dinheiro.
e) Com as graças de Deus, vou indo caríssima Rosália.


Nas questões de números 5 e 6, marque a alternativa corretamente pontuada.

05) EPCAR

a) “O caminho da verdade é único e simples o da falsidade, vário e infinito.”
b) “O caminho da verdade é único, e simples o da falsidade, vário e infinito.”
c) “O caminho da verdade, é único e simples; o da falsidade, vário e infinito.”
d) “O caminho da verdade é único e simples; o da falsidade, vário e infinito.”
e) “O caminho da verdade, é único e simples, o da falsidade, vário, e infinito.”

06) EPCAR

a) “Aprendi, desde bem cedo, a compreender e a perdoar. De vez em quando por muito
compreender perdoar se torna difícil, porém sempre tenho arranjado um jeitinho.”
b) “Aprendi, desde bem cedo, a compreender e a perdoar. De vez em quando, por muito
compreender, perdoar se torna difícil, porém sempre tenho arranjado um jeitinho.”
c) “Aprendi desde bem cedo, a compreender e a perdoar, de vez em quando por muito compreender;
perdoar se torna difícil, porém sempre tenho arranjado um jeitinho.”
d) “Aprendi desde bem cedo a compreender e a perdoar; de vez em quando por muito compreender
perdoar se torna difícil porém, sempre tenho arranjado um jeitinho.”
e) “Aprendi, desde bem cedo, a compreender e a perdoar. De vez em quando por muito
compreender perdoar se torna difícil porém, sempre tenho arranjado um jeitinho.”

07) EFOMM - Assinale a única alternativa que apresenta pontuação não justificável:

a) Eu, sou valente, disse o fanfarrão.
b) Todos os meus amigos sabem disso, meu caro!
c) Todos os meus amigos sabem, disso estou certo!
d) A caridade, que é virtude cristã, agrada mais a Deus que aos homens.
e) Fui lá, ainda ontem, e procurei-o.

08) AMAN - “Para meu desapontamento, nasceu um ser raquítico e feio, pesando um quilo.”
As vírgulas, na frase acima transcrita, foram utilizadas, respectivamente para:

a) isolar o aposto e separar uma oração subordinada da principal;
b) marcar o início de uma oração intercalada e separar orações coordenadas assindéticas;
c) marcar o deslocamento do adjunto adverbial e separar uma oração adjetiva explicativa da
principal;
d) isolar o objeto pleonástico e indicar a elipse da conjunção;
e) separar uma oração subordinada anteposta à principal e separar uma oração subordinada posposta
à principal.

09) Escola Naval - Cada número está no lugar de um sinal de pontuação. Marque a seqüência que
apresenta a pontuação correta, respectivamente:
“Desde que parti (1) duas coisas não me saem da cabeça (2) uma era o pedido de casamento que
recebi (3) a outra (4) a maneira como tal atitude foi tomada (5)”

a) ; , : , ?
b) , . ; : .
c) : ; , : !
d) , ; , , .
e) , : ; , .

10) AMAN - “Éramos alunos, e rapidamente se estabeleceu intimidade entre nós.”
No trecho acima, a vírgula tem a função de separar:

a) duas orações coordenadas assindéticas;
b) o adjunto adverbial intercalado;
c) duas orações coordenadas sindéticas adversativas;
d) duas orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes;
e) duas orações coordenadas justapostas.

11) EFOMM - Ocorre pontuação inaceitável em:

a) Colega, ainda que mal pergunte, que negócio é esse?
b) Se queres distrair-te, ouve cantores franceses.
c) Pedro era entre todos os empregados, o mais fiel.
d) Perdôo-te; espero, porém, que não reincidas no erro.
e) Não creia naqueles que não acreditam em ninguém.

12) Escola de Medicina e Cirurgia - RJ - Assinale o exemplo em que a vírgula foi usada para denotar
uma pausa de valorização expressiva entre o sujeito e o verbo:

a) Tudo ali era estável, seguro. (Graciliano Ramos);
b) Pois eu, vou-me. (M. Campos Pereira);
c) Saiba o senhor, o de-Janeiro é de águas claras. (Guimarães Rosa);
d) Se o negócio não se arranja, eu estouro! (M. Antônio de Almeida);
e) O tempo, que não existe, é geralmente o que mais nos atormenta ou nos recreia. (M. de Maricá).

13) ESPCEX- Leia o texto abaixo e coloque as vírgulas necessárias.
1 - “A “Tribuna da Bahia” diário de Salvador chegou a publicar um editorial
2 -“Gabriela alho e óleo” onde classificava de “patética macaqueação de sota-
4 - que nortista” o linguajar da novela.
8 - A influência da novela na vida da cidade vai contudo muito além das discus-
16 - sões em torno do sotaque. Na verdade desde 1959 quando uma revista carioca
32 - revelou a existência real das personagens do livro de Jorge Amado Ilhéus
64 - tem vivido à sombra de Gabriela. Agora com a novela a cidade passou a se descobrir”
Na frente de cada linha existe um número. Some os números correspondentes às linhas nas quais você colocou uma ou mais vírgulas.
A resposta será a soma encontrada.
Resposta: __________

14) ESPCEX - Dando continuidade ao seu raciocínio sobre o emprego dos sinais de pontuação, leia cada
uma das frases apresentadas abaixo. Some os números correspondentes às frases que estiverem corretas quanto ao emprego dos sinais de pontuação. A resposta da questão será a soma encontrada.
1 Aristóteles dizia a seus discípulos: “Meus amigos, não há amigos.”
2 Como está linda, a manhã!
4 Como te chamas? - perguntou-me João meu novo vizinho.
8 A hora - disse o homem -, é esta.
16 Volte, Raul; e, até fevereiro, teremos dela, certamente, uma resposta definitiva.
32 Não queria que a irmã viajasse, pois Carlos, seu cunhado, estava enfrentado dificuldades.
Resposta: __________

15) ESPCEX- Leia o texto abaixo, colocando as vírgulas necessárias.
1 “Transformadas em bandejas e “souvenirs” elas são o deslumbramento dos
2 turistas. Espetadas por trás de vitrines fazem o deleite dos coleciona-
4 dores. Por estes e outros motivos as borboletas são cada vez mais procura-
8 das. Mas a imagem bucólica do caçador tradicional com sua rede e seu cha-
16 péu de explorador foi substituída por uma perseguição em escada industrial
32 na base de sofisticada aparelhagem. Esse extermínio indiscriminado é con-
64 denado por zoólogos.”
Na frente de cada linha existe um número. Some os números correspondentes às linhas nas quais você colocou uma ou mais vírgulas. A resposta da questão será a soma encontrada.
Resposta: __________

16) Universidade Federal do Pará - A vírgula é usada antecedendo um aposto em:

a) “A população está crescendo 90 milhões de pessoas por ano, o que significa que a cada 16 meses
o mundo cresce em população.”

b) “Em 1988, os Estados Unidos e o Canadá (...)”
c) “Imagine se a gente passar a se alimentar só de arroz, e de repente, (...)”
d) “Temos que salvá-lo, pois o planeta está numa CTI.”
e) “Porque a gente pode comer carne, arroz (...)”

17) Universidade Federal do Pará - No trecho: “Vi um jaguar e pensei: será muito difícil viver no planeta se meus filhos não puderem ver um jaguar.”, a pontuação usada demonstra que os dois pontos servem para anunciar uma:
a) citação;
b) enumeração;
c) concessão;
d) complementação;
e) exemplificação.

18) UFRRJ - Marco Túlio Cícero, tão famoso quanto Demóstenes na área da retórica, sempre dizia:
Prefiro a virtude do medíocre ao talento do velhaco.
Neste período está faltando um sinal de pontuação:

a) vírgula;
b) ponto e vírgula;
c) ponto de exclamação;
d) aspas;
e) reticência.

19) AFA - A vírgula é usada obrigatoriamente para isolar o aposto, ou qualquer elemento de valor
meramente explicativo. Em qual das alternativas a colocação da vírgula obedece a esse princípio?

a) “Inventava conversas, dizia-se leal, trazia presentes.”
b) “(...) erguendo os olhos do trabalho em que se aplicava, um mancal de madeira para o moinho, viu Nestor de pé sobre o talude (...)”


c) “Pense nisso, rapaz, reflita nisso.”
d) “Como de outras vezes, olhava para a garganta de Bernardo.”

20) Escola Naval - Assinale a frase que apresenta erro de pontuação:

a) Meu filho, não tenha medo da vida.
b) São palavras de Deus: “Crescei e multiplicai-vos!”
c) Gosto de teatro, ela de cinema.
d) Não sabemos por que você está apressado.
e) Disse o mestre:

21) CESGRANRIO - Assinale a opção em que a explicação para o emprego das vírgulas está errada:

a) “Zilda, a dona da casa, arrumara a mesa desde cedo.” (isolam o aposto)
b) “E, para adiantar o expediente, vestir a aniversariante logo depois do almoço.” (destacam a oração adverbial)
c) “Tratava-se de uma velha grande, magra, imponente e morena.” (separam predicativos)
d) “O ponche foi servido, Zilda suava, nenhuma cunhada ajudava propriamente.” (separam orações coordenadas assindéticas)
e) “e de costas para a aniversariante, que não podia comer frituras, eles riam inquietos.” (isolam a oração adjetiva explicativa)

22) Escola Naval - Assinale o item que apresenta erro de pontuação:

a) A casa creio que já está alugada.
b) O Papa, que mora em Roma, tem visitado vários países.
c) Eu diria que as árvores pensam.
d) Eu sabia, mas não podia falar.
e) Sabedor, nunca o fui.

23) ESPCEX- Justifica-se o emprego da vírgula assinalada na seguinte passagem:

a) “já lá vão muitas páginas, falei das simetrias (...)”
b) “(...) falei das simetrias, que há na vida.”
c) “Há duas diferenças. A primeira, é que nela o mal é puro e confessado reumatismo.”
d) “(...) nela o mal é puro, e confessado reumatismo.”

24) UNIRIO - No trecho “D. Tonica tinha fé em sua madrinha, Nossa Senhora da Conceição, e investiu a
fortaleza com muita arte e valor.” - o emprego das vírgulas justifica-se porque a expressão que elas
limitam é:

a) um apêndice do sujeito da oração;
b) indicadora de uma negação;
c) predicativo do objeto indireto;
d) aposto de madrinha;
e) sujeito da oração anterior.

25) UFRRJ - No período,“A fé, que é a mola do crente, sustenta e impulsiona a máquina do mundo”, a oração “que é a mola do crente” está entre vírgulas, porque:

a) eqüivale a um aposto;
b) está em ordem indireta;
c) o autor quis destacar o conceito de crença;
d) é uma oração adverbial;
e) é uma oração substantiva completiva.

26) ITA - Qual das seqüências abaixo jamais admitirá, de acordo com as nossas gramáticas, o emprego de duas vírgulas?
a) O irmão meu que estava doente não chegou na hora.
b) Mesmo que tu chegues atrasado José não deixes de trazer as revistas que te emprestei sábado último.
c) A mulher se divide em quatro partes cabeça tronco membros e espelho.
d) Jamais lhe poderei dizer que isto se passou na casa de uma das mais tradicionais famílias da região os Mesquitas.
e) A muito custo após algumas horas disseram que não haviam chegado os impressos para formalizar a petição.

27) EPCAR - “Ao homem, deu-lhe Deus a sensibilidade para amar o bem.” Empregou-se a vírgula para:

a) pôr em destaque uma expressão;
b) separar uma expressão na ordem inversa;
c) realçar um objeto indireto pleonástico;
d) separar um aposto;
e) dar ênfase a uma circunstância.

28) ITA - Assinale a opção cujos sinais, indicados entre parêntese, não permitem pontuação correta para as frases abaixo:
a) Se a felicidade é proporcional à renda é irrespondível a causa das máquinas se não a questão toda
precisa ser examinada. (2 vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
b) “O mau médico encarece a enfermidade e não lhe dá remédio o mau conselheiro exagera os
inconvenientes e não dá meio com que os melhorar.” (3 vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
c) “O beijo das mulheres sérias é frio faz a gente espirrar o das mulheres ardentes gasta-nos os
lábios... e o dinheiro.” (1 dois pontos e 1 ponto-e-vírgula)
d) Chamava-se Isolina a amiga que a consolava Piedade. (1 vírgula e 1 ponto-e-vírgula)
e) “Depois dos pais que recebem o nosso primeiro grito o solo pátrio recebe os nossos primeiros
passos é um duplo receber que é duplo dar.” (3 vírgulas e 1 dois pontos)

29) Colégio Naval

(1) Ilustre e altiva raça lusitana,
Criadora e tenaz, modesta e sóbria,
Sempre disposta estás a olhar de frente
O destino por mais amargo e duro!

(5) Raça oriunda de Luso, esse pastor
Filho de Baco e rei da última Tule,
Raça contida em terra tão pequena,
E que no incerto mar mundos colheste.
A contemplar o Atlântico deserto,

(10) Vives sempre a rever, verdes caminhos,
Por onde os teus varões se assinalaram.
(Soneto a Portugal, Augusto Frederico Schmidt)

De acordo com a norma gramatical, o uso da primeira vírgula, no verso 10:

a) está correto, pois isola um vocativo;
b) está incorreto, pois não se separa objeto direto que segue imediatamente ao seu verbo transitivo;
c) é indispensável por motivo de ênfase;
d) se justifica pela anteposição do adjetivo, na expressão verdes caminhos;
e) está incorreto por separar sujeito e predicativo.

30) EPCAR - Assinale a alternativa que pontua correta e ordenadamente o texto que segue.
Paulo não gosta de estudar ao contrário só pensa em divertir-se saindo seguidamente seu irmão contudo é preocupado com o futuro não deixando de estudar jamais.

a) , , , ; , , ,
b) , , ; , , ;
c) , , ; , , , , ,
d) , , , , ,
e) , , ; , , ; ,

31) EFOMM - Assinale o único exemplo em que ocorreu erro quanto à pontuação:

a) Os termos essenciais e integrantes da oração ligam-se uns com os outros sem pausa; não podem,
assim, ser separados por vírgula.
b) Emprega-se o ponto, pois, fundamentalmente, para indicar o término de uma oração declarativa,
seja ela absoluta, seja a derradeira de um período composto.
c) As orações subordinadas adjetivas restritivas, indispensáveis ao sentido da frase, ligam-se a um
substantivo (ou pronome) antecedente sem pausa, razão por que dele não se separam, na escrita,
por vírgula.
d) Para se saber onde deve colocar os sinais de pontuação, habitue-se a ouvir a melodia da frase que
escreve e quando hesitar, leia a frase em voz alta: as pausas que será obrigado a observar e as
mudanças de entonação lhe indicarão, geralmente, a escolha e o lugar dos sinais, que nela terá de
introduzir.
e) Não se deve abusar dos sinais de pontuação. Escritores há que empregam vírgulas em demasia,
com o que travam o enunciado, prejudicando o seu ritmo natural e, às vezes, tornando-o obscuro.

32) ITA - Assinale a alternativa cujos sinais, indicados entre parênteses, não permitem uma pontuação
correta:

a) Uns trabalham esforçam-se cansam-se outros folgam dormem descuidam-se e não pensam no
futuro. (4 vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
b) A sua volta tudo lhe parece chorar as árvores o capim os insetos. (3 vírgulas e dois pontos)
c) Campinas Santos Guarulhos são cidades do Estado de São Paulo Caxias Canoas Uruguaiana do
Rio Grande do Sul. (5 vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
d) Prometeu-nos quando dele precisássemos que embora suas atividades fossem múltiplas jamais
deixaria de atender-nos. (3 vírgulas)
e) A metade de 247 mais 36 são 159,5. (2 vírgulas)

33) ITA - A seqüência “Solteiro foi um menino turbulento casado era moço alegre viúvo tornara-se
macambúzio.” Ficará, quanto à pontuação, correta e mais facilmente inteligível se empregarmos:

a) três vírgulas e dois pontos-e-vírgula;
b) quatro vírgulas e dois parênteses;
c) duas vírgulas e dois pontos-e-vírgula;
d) um ponto final, um ponto-e-vírgula e dois pontos;
e) três vírgulas e um ponto-e-vírgula.

34) ITA - Assinalar a alternativa em que a pontuação esteja correta:

a) Ele não virá hoje; não contem, portanto, com ele.
b) O Reitor daquela famosa universidade italiana, chegará aqui amanhã.
c) São José dos Campos 15 de março, de 1985.
d) Quero que, assine o contrato.
e) Qualquer bebida que, contenha álcool, não deve ser tomada por você.

35) ITA - Assinale a alternativa incorreta quanto às normas da pontuação:

a) Usa-se a vírgula no interior da oração para separar elementos que exercem a mesma função
sintática.
b) O ponto-e-vírgula denota em geral uma pausa suspensiva, suficiente para indicar que o período
está concluído.
c) As conjunções conclusivas, quando pospostas a um dos termos da oração, podem vir entre
vírgulas.
d) Usa-se o ponto-e-vírgula para separar orações de um período, das quais um dos seus termos já
esteja subdividido por vírgula.
e) Usa-se a vírgula para separar as orações subordinadas adverbiais, principalmente quando
antepostas à principal.

GABARITO


1) E
2) B
3) A
4) A
5) D
6) B
7) A
8) C
9) E
10) D
11) C
12) B
13) Total: 127 (1+2+4+8+16+32+64)
14) total: 33 (1+32)
15) total: 31 (1+2+4+8+16)
16) A
17) D
18) D
19) B
20) C
21) C
22) A
23) A
24) D
25) A
26) D
27) C
28) B
29) D
30) B
31) D
32) E
33) A
34) A
35) B