NO INICIO DO BLOG
26 de junho de 2010
AVALIAÇÃO - UFRGS
- não acertarem pelo menos uma questão em qualquer uma das provas de múltipla escolha;
- não acertarem no mínimo 30% do total das questões de escolha múltipla das nove provas, isto é, não somarem um total de pelo menos 81 questões;
- em sua classificação preliminar, estiverem ordenados em posição maior do que quartro vezes o número de vagas oferecidas para o curso pretendido
Comentário do texto da UFRGS
Tema de redação da UFRGS - MODELO COMENTADO
24 de junho de 2010
Título
Sua razão de existir é indicar ao leitor qual será a linha geral do texto.
O título deve ser escrito no mesmo corpo de letra utilizado no texto.
Emprega-se letra maiúscula apenas na primeira palavra que inicia o título, ou pode-se empregar-se em todas as palavras tônicas que o compõem. Errado é empregar-se maiúscula desnecessariamente.
Rasura
Rasuras são admissíveis desde que não comprometam a legibilidade.
Dicas
hoje em dia
desde épocas remotas
no mundo de hoje
na sociedade em que vivemos
na atualidade
no mundo globalizado em que vivemos
desde os primórdios da humanidade
Ao escrever seu parágrafo de conclusão, evite chavões como:
diante do exposto
conforme o mencionado acima
podemos concluir que
após as considerações acima
tendo em vista os argumentos apresentados
Evite lugares-comuns, clichês, modismos e coloquialismos.
ter um lugar ao sol
ir de vento em popa
agradar a gregos e troianos
unir o útil ao agradável
a nível de
fazer por merecer
Não cometa pleonasmos. Alguns pleonasmos passam despercebidos quando escrevemos. Veja os mais comuns e troque-os pela forma exata:
a cada dia que passa - a cada dia
há anos atrás - há anos ou anos atrás
encarar de frente - encarar, encarar destemidamente
juntamente com - com
acabamentos finais - acabamentos
elo de ligação - elo
continua ainda - continua
monopólio exclusivo - monopólio
Adjetivos - utilize-os na medida certa, ou seja, só o estritamente necessário.
Exemplo de uso supérfluo do adjetivo- Um vendaval catastrófico destruiu toda a cidade. "vendaval" já traz implícita a ideia de catástrofe.
Repetições desnecessárias - não repita palavras sem nenhuma razão estilística.
As pessoas que têm amor pelas outras pessoas consideram o amor o sentimento mais importante que existe, pois o amor é puro e verdadeiro.
Melhor escrever
As pessoas que têm amor pelos outros consideram-no o sentimento mais importante que existe, pois é puro e verdadeiro.
Fonte Unificado - Zero Hora
Vuvuzela, grito negro de liberdade
“Eu sou o mestre do meu destino.
Eu sou o comandante da minha alma.”
Nelson Mandela
As polêmicas vuvuzelas, cornetas sul-africanas, causam diversas manifestações. Muito se tem escrito a respeito. Mas a maioria se posiciona de forma contrária, e pronto. Raros partem a aprofundar o respeito à cultura de um povo.
Um pouco de pesquisa e conhecimento não faz mal a ninguém. Mas o que é a vuvuzela? Isizulu é uma das 11 línguas faladas na África do Sul. Nela, encontramos a tradução de “vuvuzela”, que tem na raiz “vuvu” o significado de soprar, enquanto o sufixo “zela” é o objeto comprido, longo.
Os reclamos partiram das grandes redes de televisão europeias. Como sempre por aqui, apenas começaram a repercutir e ampliar o assunto. Aliás, nosso país sempre importou cultura europeia, desdenhando o que vinha naturalmente do nosso povo, como por exemplo o Carnaval. Júlio de Castilhos chegou a acabar com as cavalhadas porque estas vinham do povo. O que é popular não é cultura, defendem os que têm visão à altura da soleira da porta.
Voltando às vuvuzelas, o Comitê Organizador da Copa do Mundo, frente aos reclamos das emissoras de televisão e rádio, reuniu-se, estudou o assunto e bem decidiu pela manutenção: “Elas têm origem nas cornetas que nossos ancestrais usavam para convocar reuniões”. Logo, é preciso respeito à cultura de um povo, cujo líder, Nelson Mandela, passou 20 anos preso para garantir a liberdade do seu povo, por exemplo. Gente que foi assassinada, estuprada, trucidada, escravizada e espoliada.
O berço da humanidade, está comprovado, tem origem no continente africano, onde sua gente, apesar de tudo, é alegre, dançante e parece perdoar seus algozes em uma atitude de grandeza e amor ao próximo.
Um repórter brasileiro, ouvindo uma moça negra em Joanesburgo, perguntou o que significava para ela a realização da Copa do Mundo de Futebol em seu país. A resposta veio rápida, mas profunda em emoção que resume tudo:
– Me sinto em liberdade!
Ora, bem sabemos que o apartheid, tanto quanto a abolição da escravatura entre nós, acabou de direito, mas não de fato. A verdadeira liberdade ainda precisa ser palmilhada com extremo cuidado. Vejam aqui o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado, mas... sem as cotas.
Tentar calar as vuvuzelas é atentar contra a cultura de um povo. É amordaçar o grito negro de liberdade.
Fonte: Zero Hora
23 de junho de 2010
20 de junho de 2010
Modelo de Redação - Observem
Quero que observem o título deste texto e qual o referencial que o candidato faz com o mesmo. Tema dessa redação; Crianças sempre serão crianças?
Rosebud
Dizem os mais velhos, com certo ar nostálgico, que a infância é, definitivamente, a melhor época da vida. Viver sem as pressões e angústias do mundo adulto é realmente uma dádiva fantástica. O que fazer, porém, com uma nova geração de crianças, uma vez que estas têm comportamentos e atitudes cada vez mais parecidas com as dos adolescentes e mais velhos?
Medita-se, atualmente, sobre a extinção de animais exóticos, mas é imprescindível que exista uma ONG cujo objetivo seja preservar o Papai Noel, aquele bom velhinho que é mais do que apenas um saco verde de presentes. Com as famílias se deteriorando e a televisão oferecendo tantos atrativos interessantes para as pequeninas cabeças, não é de se estranhar que haja tantas crianças vulgarmente vestidas e, o que é pior, com comportamentos igualmente compatíveis e repugnantes.
O Pequeno Príncipe, adorável personagem do francês Exupéry, ficaria indignado ao perceber que não são mais os adultos que perderam a pureza da infância, e sim, os próprios infantis, em que, em um mundo tão agitado e inseguro, torna-se fundamental viver intensamente a primeira etapa da vida a fim de construir os alicerces de sustentação para suportar aquilo que ela reserva.
É mister que a sociedade analise e reestruture os valores vigentes que, por estarem completamente invertidos não podem ser considerados saudáveis. Respeitar os sentimentos e o direito à fantasia que os pequenos anseiam, mas também formar a educação, o afeto, a fantasia em que possam confiar, será possível transformar os futuros líderes e pensadores em pessoas de idoneidade moral e dignidade. Afinal, até mesmo Cidadão Kane, personagem do filme dirigido por Orson Welles, identificava em seu trenó Rosebud o símbolo da única etapa memorável de sua vida: a infância.
Perceberam a relação título com o contexto, a interrelação com filmes, com a história, com a filosofia, com citações impactantes: é isso aí, gurizada, leitura e contextualização.
19 de junho de 2010
Citações
Tema de Redação - 2010
Marco Aurélio - Zero Hora
Tema de redação 2010
Poema à boca fechada
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois a língua que falo é de outra raça.
Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisternas de águas mornas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas
Não direi
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que não me conhecem.
Nem todos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais boiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.
Só direi
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.
José Saramago
Uma homenagem a José Saramago
José Saramago
18 de junho de 2010
Por que e para que vencer? Tema de redação
Quando nos identificamos e convivemos com camadas mais periféricas do nosso ser, produzimos divisão, desunião e competição. A contrário senso, quanto mais vivenciamos dimensões profundas e essenciais de nós mesmos, mais engendramos união, comunhão e solidariedade.
Quiçá a precípua característica do Mal, ou da ausência do Bem (como queria Santo Agostinho), resida justamente nos sentimentos de separação e divisão ocasionados por nosso ego. E o futebol, ao menos nos moldes em que hoje é vivenciado, reflete esta percepção fragmentária e divisionista por este último operada. Constata-se verdadeira neurose coletiva, a tangenciar o patológico, na medida em que as pessoas, agressivas e ensandecidas em dias de jogos, pautam suas vidas quase exclusivamente em função do clube futebolístico pelo qual torcem e muitas vezes se digladiam.
A propósito, por força desse entorpecimento diário, sentimo-nos como inseridos em um imenso Coliseu romano, onde o que mais releva é ganhar por ganhar, ainda que sabedores de que nossa vitória não raro caminha de mãos dadas com o amargor e tristeza do próximo, ou mesmo de um ente querido.
Será por acaso que a famosa oração de São Francisco reza que em verdade é “perdendo que se ganha”?
Tanto a máquina do futebol quanto a incessante indústria novelística (e outros programas midiáticos) mais servem para manter as pessoas afastadas da reflexão e meditação, exilando-as da sabedoria que trazem em seu âmago.
Tal ocorrência não assumiria tristes contornos caso essa mentalidade do futebol não espelhasse outros aspectos da vida e, por se tratar de via de mão dupla, para estes não fosse transposta! Só que, lamentavelmente, constitui termômetro de um incrustado desejo de competição, de se sentir por cima e superior, de subjugar o outro, tudo a denotar ausência de amor genuíno e universal.
Melhor seria que nos ocupássemos mais atentamente do drama da existência humana, do real “jogo da vida”, encarada em sua plenitude e não como se fosse mero “esporte”, no qual, necessariamente, ou se vence ou se perde!
De fato, só quem efetivamente “ganha” com a vitória no futebol são os que com ele lidam diretamente e que, modo acintoso, granjeiam prestígio, fama e dinheiro, às expensas do iludido e inconsciente povo brasileiro.
17 de junho de 2010
Leitura e tema de redação
Mandela: 20 anos de liberdade
Entenda o que significa esse fato para nossa história recente
Sede da Copa do Mundo de 2010 e maior potência econômica no continente africano, a África do Sul conseguiu superar, nestas duas décadas, as barreiras legais e políticas que separavam brancos (apenas 9% da população) e negros. Mas um "muro" social mantém metade da população negra abaixo da linha da pobreza.
O fim do apartheid foi um evento tão importante na segunda metade do século 20 quanto a queda do Muro de Berlim e o colapso dos regimes comunistas no Leste Europeu e na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Esses eventos históricos aconteceram no mesma época.
Num mundo às portas da globalização, o apartheid era considerado uma aberração. O único paralelo na história, em termos de criação de leis de segregação racial, aconteceu na Alemanha nazista e em alguns estados sulistas dos Estados Unidos.
A prática da segregação na África do Sul remonta ao período colonial. Os africâners (ou bôeres), descendentes de holandeses, e os ingleses chegaram no século 17. As primeiras regras que restringiam o direito de ir e vir dos negros em colônias britânicas datam do século 19.
O regime foi implantado oficialmente em 1948, quando o Partido Nacional venceu as eleições. O partido conservador da elite branca governou o país até 1994. Entre outras regras, as leis impediam que negros frequentassem as mesmas escolas, restaurantes ou piscinas que brancos; que morassem em bairros de brancos; e determinava o registro da raça nos documentos pessoais.
O apartheid também acentuou uma história de lutas e resistência contra a minoria branca, o que resultou em massacres e na prisão de vários líderes negros; dentre eles, Mandela.
Libertação
A pressão externa e as revoltas domésticas começaram a produzir resultados em 1989, quando o presidente eleito Frederik Willem de Klerk deu início ao desmonte do sistema segregacionista. Ele legalizou partidos negros, como o Congresso Nacional Africano (CNA), de Nelson Mandela, e começou a revogar, aos poucos, as leis do apartheid.
O ato mais simbólico foi a libertação de Mandela, aos 71 anos de idade. Ele estava preso há 27 anos, condenado à prisão perpétua pelos crimes de traição, sabotagem e conspiração contra o governo. Uma vez fora da prisão, o movimento dos negros sul-africanos ganhou uma voz de expressão internacional.
Presidência
A queda do apartheid começou com a criação de um fórum multirracial, a Convenção da África do Sul Democrática (Codesa), e a convocação de um referendo para aprovar uma nova Constituição. A Carta provisória, aprovada em 1993, revogou completamente as leis racistas.
O segundo passo foi a convocação das primeiras eleições democráticas multirraciais em 1994, que elegeram Mandela presidente. A vitória de Mandela pôs fim a três séculos e meio de dominação da minoria branca na África do Sul.
Ao tomar posse, o líder negro adotou um tom de reconciliação e superação das diferenças. Um exemplo disso foi realização da Copa Mundial de Rúgbi, em 1995. O esporte era uma herança do período colonial e, por isso, boicotado pelos negros por representar o governo dos brancos (veja filme indicado abaixo).
Nos dois anos seguintes, a Constituição definitiva e o processo de transição foram concluídos. Entre os anos de 1996 e 1998, o arcebispo Desmond Tutu liderou a Comissão de Verdade e Reconciliação para apurar crimes cometidos durante o apartheid. Foram abertos processos judiciais para pagamentos de indenizações às vítimas do regime.
Mandela deixou a Presidência em 1999 e passou a se dedicar a campanhas para diminuir os casos de Aids na África do Sul, emprestando seu prestígio para arrecadar fundos para o combate à doença. O país possui a maior quantidade de portadores de HIV no mundo: 5,7 milhões de pessoas.
Desigualdade social
A estabilidade política garantiu que a África do Sul continuasse sendo o país com maiores taxas de crescimento no continente africano. Apesar disso, a maior parcela da população negra não conseguiu deixar a pobreza e sofre com altos índices de desemprego e baixa escolaridade. Estima-se que mais da metade da população de 49 milhões de habitantes vive abaixo da linha da pobreza, com taxa de desemprego em torno de 24%.
Quase duas décadas depois do fim do apartheid, os negros, maioria absoluta na África do Sul, conquistaram o poder, mas continuam sendo segregados no âmbito econômico.
Mandela foi libertado por determinação do presidente Frederik Willem de Klerk, eleito um ano antes. Sob pressão da comunidade internacional e enfrentando vários conflitos internos, De Klerk iniciou o processo de extinção do apartheid, regime segregacionista que vigorava no país desde 1948.
Pelos esforços para derrubar a legislação racista, De Klerk e Mandela dividiram, em 1993, o prêmio Nobel da Paz.
Quatro anos depois de sair da prisão, Mandela foi eleito presidente pelo seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA).
ENEM
Absurdoooooooooooo!!!!!!1
Fonte Zero Hora
Tema de redação 2010
Trevas na Índia
Tudo é uma questão de cultura e esta é a cultura dos indiciados pelo crime. Outros crimes acontecem, mas de acordo com as regras é assim que ambos foram regrados.
Fonte Zero Hora
13 de junho de 2010
Temas para seminário
Leitura
O segredo do sábio
Desconfie da palavra segredo, porque ela é sedutora e tende a prometer mais do que tem para dar. O livro O Segredo vendeu milhões no mundo inteiro, e muitos compradores devem ter imaginado que iriam aprender como abrir as portas do segredo do conhecimento e do sucesso. O detalhe é que ninguém aprende a ser sábio somente com a leitura, como bem Proust observou, pois a sabedoria é uma conquista, não se transmite. A sabedoria é uma forma de ver o mundo, logo, o segredo do sábio é o desafio, que tem cada um, ao enfrentar seus labirintos na busca de saídas temporárias. Além disso, muitos segredos dormem no inconsciente, de onde irrompem de forma desconcertante.
Já a palavra sábio parece uma piada, pense rápido, quem hoje é um sábio? Com certeza, será difícil encontrar algum. Entretanto, vou ousar sugerir um ao leitor, pois creio que a humanidade tem um sábio e que, por cima, se fez na prisão. Quem esteve preso, ou quem trabalhou numa cadeia, não vai acreditar no que escrevi. Tive a oportunidade de trabalhar no Presídio Central de Porto Alegre quando era estudante de Medicina e, durante um ano, convivi com presos e guardas; posso assegurar que, se vi o inferno, foi lá. Portanto, que alguém possa passar 27 anos numa cela e possa evoluir tanto sábio é um mistério, um segredo desse sábio que se chama Nelson Mandela. Ele adquiriu na prisão a força para praticar uma de suas máximas: Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito e inspirar esperança onde há desespero.
Na prisão, Mandela ficou calmo, deixando de acreditar no caminho da violência política; e também foi lá onde aprendeu a cultivar uma horta, não em termos individualistas, como propôs Voltaire, mas uma horta coletiva. Desenvolveu a arte da tolerância com o ser humano, integrando a cultura africana e a ocidental, guiado por uma ética impecável. Um leitor cético pode pensar que exagero ao escrever sobre esse velho líder, hoje nas vésperas de completar 92 anos, que foi o engenheiro construtor das pontes entre brancos e negros e pavimentou o caminho para a democracia racial e social. Conseguiu também perceber a importância de se ver o lado positivo das pessoas e não tanto o negativo, como é mais frequente.
Se a Copa do Mundo de futebol está sendo na África do Sul, isso se deve, em boa medida, a Mandela. Sua sabedoria, sua forma de ver o mundo, consiste na tolerância com os paradoxos, o abraço dos opostos, que se resolvem na capacidade de cada um em aceitar a realidade, bem como transformá-la. Soube suportar os fracassos, tão importantes como os sucessos, aprendendo a conviver com as dores, pois só assim se pode aproveitar os sabores dos amores, quando todos os tempos se unem numa dança de pura vivacidade. Estas e outras lições são possíveis desfrutar nos intervalos do Mundial, a partir do livro Os Caminhos de Mandela – Lições de vida, amor e coragem: uma leitura para adolescentes de 12 a 92 anos.
Fonte: Zero Hora
Leitura
O desafio do trabalho infantil
Completa este mês 11 anos o importante instrumento de direitos humanos para a erradicação do trabalho infantil, a Convenção (Convênio) 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Recomendação 190 para Ação Imediata para a sua Eliminação. E o dia 12 é lembrado como o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil. A Convenção foi fruto de uma longa, mas firme caminhada de mobilização mundial, com destaque para a Marcha Global contra o Trabalho Infantil integrada por milhares de crianças de todas as partes do mundo, até chegar-se a um consenso. O momento em que meninos e meninas, todos de mãos dadas, com cartazes e sorrisos de acolhida estampados nos rostos, penetraram no recinto da OIT, encerrando a marcha, em plena sessão dos trabalhos em que estavam os delegados dos governos, dos empregadores e dos trabalhadores de cada Estado-membro, foi um acontecimento único e por certo ficará na memória da história daquela organização e no coração de todos os que dela participaram.
As novas normas internacionais concedem prioridade a uma ação imediata para pôr fim à exploração das crianças e dos adolescentes que realizam trabalhos perigosos, em regime de escravidão ou de servidão, ou submetidos à prostituição ou à pornografia, ou que pela natureza e condições em que o trabalho é efetuado causem-lhes danos à saúde, à seguridade ou à moralidade, práticas essas que os afetam em todo o mundo com dolorosas consequências. Elas se inserem no grande leque dos instrumentos internacionais de proteção, como a Convenção sobre os Direitos da Criança (ONU), o Convênio sobre o Trabalho Forçado e o convênio sobre a idade mínima de admissão ao emprego, com a sua recomendação, da OIT, e a convenção suplementar das Nações Unidas sobre a abolição da escravidão, o tráfico de escravos e as instituições e práticas análogas à escravidão.
Muito embora a Convenção 182 encontre-se vigente no Brasil há 10 anos, preocupa e assusta que nosso país ainda apresente quase 5 milhões de crianças que trabalham, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E vamos encontrá-las em núcleos familiares pendentes de condições ínfimas de existência, com moradias em estado precário e sem saneamento básico, com crianças sendo obrigadas a trocar a escola pelo trabalho para aumentar a vil renda familiar. A pobreza econômica traz consigo a pobreza cultural. O mercado informal de trabalho das crianças e o êxodo da escola marcham juntos.
A Constituição cidadã e o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelecem que tanto a infância quanto a família não são mais objetos de medidas, mas sujeitos de direitos. É tarefa do Estado e dever de todos e das entidades civis e públicas preservar a infância, preservando-lhe a família.
Fonte: Zero Hora
Leitura
Multa na floresta
Multa é sinal de advertência a nos dizer que erramos ou nos equivocamos, e que nada disso deve repetir-se. Adverte-se para reeducar. Um corretivo, seja a multa de trânsito, a do atraso ao pagar o condomínio ou a que se aplica nos grandes contratos, em garantia prévia. Dizer isso é óbvio, mas, às vezes, a obviedade é fundamental.
Um exemplo: o cidadão Lula da Silva foi multado pelo Superior Tribunal Eleitoral por usar o cargo de presidente para propaganda em favor de um dos candidatos a suceder-lhe, mas fez que nem era com ele. Não corrigiu a conduta, continuou a fazer o que a multa queria evitar e, numa bravata pública, ironizou com o tribunal e jurou ir adiante. Se fosse um delinquente, tudo bem. Se fosse uma pessoa comum, idem. Mas o chefe de Estado e de governo (desculpai-me pelo óbvio, de novo) deve ser exemplo de respeito às instituições.
Instituições?? O povo-povão nem sabe o que é isso! É fácil transformar as leis em “faz de conta”. Em 2006, por exemplo, o TSE multou o candidato à reeleição Lula da Silva “por propaganda antecipada” em R$ 900 mil, que jamais serão pagos. Manobras judiciais protelam os recursos ao infinito, não só os dele, mas de todos os “graúdos” – políticos, banqueiros, empresários.
O “faz de conta” chega às multas aplicadas pelo Banco Central, Ibama e agências reguladoras às grandes empresas (como as de telefonia) por descumprirem a lei ou por falhas de serviço. Tão só 3,7% dessas multas são pagas, e sempre as menores, segundo revela o Tribunal de Contas da União.
Para que mais argumentos sobre o “faz de conta” num país de bonecos?
O grande simulacro atual, porém, é o projeto de novo Código Florestal, que o deputado comunista Aldo Rebelo redigiu como relator duma comissão especial da Câmara Federal. Todos os absurdos ali estão, como se vivêssemos à época predatória das Capitanias Hereditárias que transformaram em deserto a mata original do Nordeste.
Por definição, um código florestal deve proteger a natureza. Já em 1932 (quando não conhecíamos os conceitos de “ecologia” e “meio ambiente”), o ministro da Agricultura, J.F. Assis Brasil, sabia disso ao esboçar o Código que se fez lei dois anos depois e vigora até hoje. Nosso Assis Brasil era, porém, um visionário, inqualificavelmente lúcido, sempre à frente do seu tempo.
Agora, a própria Câmara dos Deputados propõe retroceder. Conheço o deputado do PC do B paulista e aplaudi sua correção quando foi ministro de Lula da Silva, mas suas propostas de agora, em nome da Câmara, são o oposto de quem se diz identificado com as “grandes causas”.
Facilitar que rios e várzeas se degradem, ou que se desmatem encostas e topos de morros não será uma ação nefasta contra a natureza e a vida?
O projeto de Rebelo mata rios e arroios ao reduzir de 30 metros para apenas 7,5 metros as áreas de mata ciliar (junto às margens), que evitam erosão. Cai a proteção às várzeas, fundamentais na biodiversidade da vida de flora e fauna. Cai a obrigação de manter vegetação nativa em pelo menos 20% da propriedade rural: não haverá mais reserva nativa. Na Amazônia, a obrigação de preservar 80% da mata pode reduzir-se a apenas 20%. A recuperação das reservas desmatadas não mais se fará com espécies nativas, como hoje: as árvores exóticas (tipo eucalipto) terão campo livre.
Limito-me a esses absurdos por falta de espaço, não de evidências. Só não consta do projeto (ainda) multar a floresta por existir como tal.
Fonte: Zero Hora
9 de junho de 2010
Citações
Tema de Redação
O que é preciso fazer para aumentar o número de transplantes?
(Sem título)
O tema desta redação- "Pulseiras do sexo"; proibir pode ser a solução?
Quando se fala em profissionalismo, em educação de qualidade, que o Brasil está melhorando de acordo com os dados "da escadinha", propaganda alardeada pelos meios televisivos, questiono, onde? Como "um aluno", futuro profissional, escreve dessa forma, e as retóricas continuam. Se tudo está bem, alguém pode explicar essa redação?????? Essa total falta de conhecimento????? Fonte UOL
O uso da posseira [pulseira] do sexo esta [está] levando a muitos abuso sexual [abusos sexuais] em todo o Brasil. Mais so não e no Brasil [Mas não é só no Brasil].
Nos EUA também ta acontecendo esse caso por que cada posse rinha tem o seu significado o governa brasileiro.
Que proibir o uso da pose rinha do sexo.
Esta aumentando os casos de abuso sexual com as crianças e os adolescente tem muitos casos d abuso sexual
Causado pela poserinha do sexo.O governo brasileiro esta tomando providencia com esse casos ta tendo muitos debates
Cada posera tem seu significado tem delas que são muito pesado.Vai rolar uma lei em todo o pais que a proibição das poseira
Em todo o pais.
Tem jovens que e a favor e não afavor da proibição das poserinhas os a favor das proibição diz q já era para ter proibido faz tempo
I tem deles que ussa por usa acha bonito os contra diz que não e para proibir porque si um jovem vai usar esse acessório si tora e para
Fazer o que manda a posera ai q mora o perigo dessa brincadeira do sexo os pais também são afavor da proibição por que eles estão vendo
O que os seus filhos estão fasendo muitos deles já tomaram providencia com esse tipo de brincadeira as crianças elas não sabem o que significa
Cada poserinha ai elas vão i usas esse tipo de objeto
Muitas delas já foram abusada sexualmente por que estava usando esse objeto no Brasil policiais encontraram uma criança morta
Por que foi abusada sexualmente e do lado dela estava a posera emtam tem que tomar providençia com esse tipo de brincadera.
4 de junho de 2010
Citações
2 -"Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz do que o injustiçado." Platão
3 -"O mundo é uma palavra simplesmente." William Shakespeare
4 -"Às vezes ouço passar o vento e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido." Fernando Pessoa
5 -"Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundos, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata." Carlos Drummond
6 -"O degrau de uma escada não serve simplesmente para que alguém permaneça em cima dele, destina-se a sustentar um pé de um homem o suficiente para que ele coloque o outro um pouco mais alto." Thomas Henry
3 de junho de 2010
Criar imagens pode nos tornar felizes
Dicas para não errar na redação
2 Depois da leitura do tema, identifique com convicção o assunto da proposta e a abordagem solicitada sobre ele. Atenção: esse é um passo fundamental, porque dele depende seu sucesso no vestibular.
3 Após ter compreendido o tema, comece a planejar sua redação.
4 Antes do rascunho, assuma uma opinião de acordo com o que o tema pede. Nunca fique em cima do muro: a opinião deve estar muito clara.
5 Organize o que você pretende desenvolver com frases curtas ou até mesmo palavras-chave. Ou seja, faça um esquema para todo o seu texto, inclusive preveja o que você pode concluir a partir do que foi respondido e justificado na introdução.
6 Agora chegou o momento de começar o rascunho baseado no esquema que você fez. Importante: nesse momento, preocupe-se menos com a correção gramatical e mais com a eficiência de sua opinião e com os argumentos que a sustentam.
7 Com a definição da opinião e a escolha do(s) argumentos, saiba que o exemplo (a caracterização de uma situação, a experiência pessoal, um dado) é sempre uma possibilidade.
Há temas em que o exemplo parece ser desnecessário; em outros, porém, ele dá uma consistência maior à análise. Em outras palavras, comprova aquilo que você teoricamente explica.
8 Antes de passar a redação a limpo, veja se você seguiu o esquema inicialmente proposto.
Agora, é o momento de fazer as correções gramaticais, e não de acrescentar novas ideias, por mais brilhantes que sejam.
9 A aparência do texto também é importante. Lembre-se de dar um título a sua redação e de indicar a entrada de parágrafo, bem como alinhar a margem direita da folha.
Qualquer tipo de letra é aceito, desde que você escreva de forma legível, diferenciando as maiúsculas das minúsculas. Evite rasuras.
10 Finalmente, só resta contar o número de linhas da sua redação (na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o mínimo são 30 linhas).
Razões à pena de morte
Olhem, eu evoluí de modo afanoso e com muita dor até chegar à posição favorável à aplicação da pena de morte nos homicídios e estupros hediondos.
Fui um dos mais ardorosos atacantes da pena de morte. Baseava minha posição na precária sistematização penal em terras brasileiras. Na maioria dos nossos municípios, dos 27 Estados, os serviços policiais são precários e isso é leito propício para injustiças de toda ordem.
Eu achava muito temerário que se entregasse a um aparelhamento penal deficiente, que não consegue sequer alojar os criminosos diante dos aviltantes presídios abarrotados, com deficiências técnicas e de pessoal no âmbito policial que beiram a ausência mais completa de civilização, a tarefa de executar a pena máxima contra a vida dos criminosos de práticas hediondas. Seria muito arriscado.
Lutei muito em debates, encontros e comigo mesmo para chegar até a posição em que me encontro: sou favorável à pena de morte nos casos extremos de crueldade.
Evidentemente que se me fosse concedida a faculdade, hipótese impensável, mas só para argumentar, de redigir a lei da pena de morte, eu teria um cuidado especial e inarredável: só poderiam ser condenados à pena de morte aqueles criminosos de delitos hediondos sobre os quais, no decorrer do processo penal a que respondem, não pairasse a mínima dúvida de sua culpabilidade.
Qualquer dúvida, qualquer controvérsia, qualquer argueiro na formação de culpa do acusado de crime hediondo faria com que o juiz deixasse de aplicar a pena de morte.
Tinha de ser cristalina, transparente, eloquente, induvidosamente definitiva a culpabilidade do acusado, o acervo probatório contra o acusado tinha de ser rico, contundente, irrefutável, insustentável para a defesa mais brilhante.
Assim, nesses casos especiais, dada a alarmante prova de que o acusado agiu de forma cruel, sem defesa para a vítima, valendo-se de agressão grave e impiedosa, transformando a vítima em indefesa massa humana crivada de dor e sofrimento, eu não teria dúvida nenhuma em aplicar-lhe a pena de morte.
E esses casos são inúmeros na nossa crônica policial. E causam estupor à opinião pública. E a não aplicação da pena de morte, além de desiludir a sociedade, alimenta entre os criminosos a tendência de cometerem ainda mais crimes, julgando-se impunes se a pena for simplesmente a privação da sua liberdade e sua atual e consequente fragilidade administrativa.
A pena tem de inspirar medo aos criminosos em potencial. Quem pensa em cometer um crime, idealiza-o e está prestes a executá-lo tem de ter medo da pena que lhe aplicarão no caso de que venha a ser descoberto.
Não funciona nenhum sistema penal se o criminoso não temer a pena e não considerar que ela vai ser proporcionalmente danosa para si em relação ao ato delitivo cometido.
Com criminosos zombando das penas, o crime vai continuar a crescer geometricamente.
Sem intimidação, há um convite a que as pessoas abracem os crimes.
Por isso é que, também por isso, sou favorável à pena de morte.
Fonte Zero Hora - Paulo Santana
Qual é o seu posicionameto quanto à pena de morte, faça-o em um texto dissertativo em prosa. Cuidado com o senso comum. Dê um título ao seu texto.