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30 de dezembro de 2016

TEMA DE REDAÇÃO 2017

  • O presidente eleito dos EUA Donald Trump e o Brexit - a saída do Reino Unido da União Europeia - são exemplos de como a pós-verdade age sobre a opinião pública
    O presidente eleito dos EUA Donald Trump e o Brexit - a saída do Reino Unido da União Europeia - são exemplos de como a pós-verdade age sobre a opinião pública
Você já ouviu falar em "pós-verdade"? Pode ser que não, mas se você está conectado com a realidade atual, mesmo sem perceber, certamente teve contato com fatos "pós-verdade" ou considerou "verdadeiros" alguns fatos que não passam de versões e interpretações dos acontecimentos, embora possam ser considerados "reais". Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há elementos para compreender melhor a palavra e o seu significado. Levando isso em consideração, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre uma época em que se multiplica o papel da pós-verdade, tornando a opinião pública mais vulnerável do que nunca à manipulação. Que consequências isso teria para as sociedades humanas? O que a pós-verdade pode fazer com a democracia? De que modo a maioria das pessoas poderia se defender para, como se diz popularmente, não comprar gato por lebre? 

Pós-verdade

O Dicionário de Oxford acaba de nos dar uma valiosa contribuição para entender o mundo em que vivemos. Escolheu como palavra do ano uma expressão pouco conhecida: pós-verdade. É um adjetivo. Não chega a ser novo. Tem uma década, pelo menos. Mas os estudiosos de Oxford perceberam que nos últimos tempos seu uso passou a ser mais frequente: em artigos acadêmicos, por escritores, nos jornais e, finalmente, nas ruas. Pela definição do dicionário, pós-verdade quer dizer "algo que denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência para definir a opinião pública do que o apelo à emoção ou crenças pessoais". Em outros termos: a verdade perdeu o valor. Não nos guiamos mais pelos fatos. Mas pelo que escolhemos ou queremos acreditar que é a verdade.
(...)
O terreno da internet tem se revelado fértil para a propagação de mentiras — sempre interessadas —, trincheira dos haters. Levamos tanto tempo para estabelecer uma visão "científica" dos fatos, construir a isenção do jornalista, a independência editorial e, de repente, vemos que o debate político se dá entre "socos e pontapés". A pós-verdade arrasta a política, o jornalismo, a justiça, a economia, a nossa vida pessoal...

Inclinação cerebral

O semanário "The Economist" deu a capa de sua última edição para uma interessante reportagem sobre a política "pós-verdade". Ilustra o conceito com Donald Trump afirmando que Barack Obama é o criador do Estado Islâmico e a campanha do Brexit dizendo que a permanência do Reino Unido na União Europeia custa US$ 470 milhões por semana aos cofres britânicos. Não é preciso mais do que alguns neurônios e um computador para descobrir que ambas as afirmações são falsas, mas, ainda assim, elas prosperaram.
Obviamente, a centenária publicação reconhece que governantes sempre mentiram, mas conjectura que vivemos uma era em que está ficando cada vez mais fácil para políticos inventar qualquer coisa e se dar bem. Parte do problema é a natureza humana. Nossos cérebros têm uma perigosa inclinação por acreditar naquilo que nossos sentimentos dizem que está certo e evitam o trabalho de conferir a veracidade das teses de que gostamos. E, se nunca foi fácil estabelecer o que pode ser considerado um fato na política, isso está se tornando cada vez mais difícil.
Para "The Economist" são dois os motivos. Primeiro, instituições que se encarregavam de facilitar a formação de consensos como escolas, ciência, Justiça e mídia vêm sendo vistas com mais desconfiança pelo público. Além disso, passamos a nos informar através de algoritmos que, em vez de nos expor ao contraditório, nos enterram cada vez mais fundo naquelas versões que já estávamos mais dispostos a acreditar. Daí aos reinos mágicos é só um pulinho. 

Cognição preguiçosa

A pós-verdade é um caso típico de aplicação da teoria da "cognição preguiçosa", criada pelo psicólogo e prêmio Nobel Daniel Kahneman, para quem as pessoas tendem a ignorar fatos, dados e eventos que obriguem o cérebro a um esforço adicional.
Aqui no Brasil, a pós-verdade é nítida no caso das investigações da Lava Jato. Separar o joio do trigo no emaranhado de versões e contraversões produzidas pelas delações premiadas é bem complicado. Há poucas dúvidas sobre a existência de esquemas de propinas, caixa dois eleitoral, superfaturamento, formação de cartéis e enriquecimento de suspeitos, mas provar cada um deles com base em evidências é uma operação complexa e demorada. Em alguns casos até inviável dada a sofisticação dos esquemas adotados pelos suspeitos de corrupção.
Mas como existe o interesse político envolvendo a questão e como existe a "cognição preguiçosa", as convicções passam a ocupar o espaço das evidências e provas. A dicotomia jurídica clássica entre o legal e o ilegal passa a ser substituída por justificativas tipo "domínio do fato", ou seja, convicções construídas a partir da repetição massiva de percepções individuais ou corporativas, pelos meios de comunicação.

Observações

Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa.
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas escritas.
De preferência, dê um título à sua redação.

TEMA DE REDAÇÃO 2017

  • Abertura da IV edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, em que Elie Horn anunciou a doação de 60 % do seu patrimônio
    Abertura da IV edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, em que Elie Horn anunciou a doação de 60 % do seu patrimônio
Nos Estados Unidos, há muito tempo, milionários e bilionários costumam praticar a filantropia, doando parte significativa da sua fortuna para criar ou manter organizações com a finalidade de patrocinar obras sociais, ajudar os necessitados, promover as artes ou a pesquisa científica. Por exemplo, em 2010, dois magnatas norte-americanos, Bill Gates e Warren Buffett, criaram a Giving Pledge (Promessa de Doação), com o intuito de estimular ainda mais a filantropia em seu país. Como você verá ao ler o artigo que acompanha essa proposta de redação, o exemplo do exterior está engajando bilionários brasileiros a fazer o mesmo por aqui. Entre outras ações, o proprietário da maior construtora do país anunciou que pretende doar em vida 60% de seu patrimônio pessoal, orçado em quase quatro bilhões de reais. Como você avalia uma ação desse tipo? Ela é, de fato, uma forma de resolver nossos problemas sociais? Acha que é um exemplo a ser seguido? Acredita que uma cultura de filantropia e investimento social pode criar raízes e frutificar no Brasil? Pensa que os bilionários devem mesmo ter esse papel social? Redija uma dissertação argumentativa apresentando e defendendo seu ponto de vista. Na conclusão, sugira áreas ou atividades em que você acha que seria melhor empregar esse tipo de recursos.


Filantropia como valor familiar

Em 2015, Elie Horn, dono da Cyrela, a maior construtora e incorporadora do país, decidiu doar 60% do seu patrimônio pessoal, estimado em US$ 1 bilhão (R$ 3,9 bilhões), para causas sociais.
Neste ano, ele e sua mulher Suzan ocuparam juntos o palco no painel "A Filantropia como Valor Familiar", quando fizeram dois novos anúncios de impacto: a criação no Brasil de um clube de bilionários filantropos nos moldes do fundado por Bill Gates e Warren Buffett nos Estados Unidos, o The Giving Pledge; e o apoio ao combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.
No caso da versão verde-amarela do clube de filantropos, a entrada para o time dos grandes doadores nacionais começa com a garantia de que 20% do bens serão doados em vida. Para fazer parte do time original, encabeçado pelo dono da Microsoft, os integrantes se comprometem a doar pelo menos 50%.
Elie e Suzy foram além. "Queria doar 100%. No começo, minha mulher não gostou muito, mas depois aceitou 60%", explicou ele, no ano passado, e voltou a repetiu no Fórum 2016.
Suzy fez logo questão de esclarecer: "Eu só disse que 60% talvez seja muito, mas 50% tudo bem", emendou ela, provocando risos na plateia, que reservou muitos aplausos ao casal por encampar a causa de fomentar a cultura de doação no Brasil.
Para ser exemplo para outros bilionários brasileiros, Suzy e Elie relataram como foi o processo de decisão de abrir mão de cifras na casa dos bilhões de reais e a reação dos três herdeiros.
"Elie sempre se importou com filantropia, em fazer o bem. Acreditamos que quando se dá dinheiro o que estamos fazendo é restituir a justiça no mundo", declara Suzy. "Eu não escolhi nascer no Chile, ser mulher ou judia. Nosso livre-arbítrio é só um: fazer o bem ou fazer o mal."

Observações

Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa.
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas escritas.
De preferência, dê um título à sua redação.

TEMA DE REDAÇÃO 2017

  • Estudantes fazem ato na avenida Paulista, em São Paulo, contra a reforma do ensino
    Estudantes fazem ato na avenida Paulista, em São Paulo, contra a reforma do ensino
No mês de setembro passado, o governo federal editou uma medida provisória instituindo uma reforma no ensino médio no país. Originalmente, a medida previa o fim da obrigatoriedade das disciplinas de educação física e artes no ensino médio. Mediante reações contrárias de educadores e professores o governo voltou atrás e a eliminação dessas disciplinas foi suspensa. Independentemente disso, supondo que a obrigatoriedade de esportes e artes venha mesmo a acabar, como você se posicionaria sobre essa questão? Concorda em que as duas disciplinas devem necessariamente ser parte do currículo do ensino médio? Ou elas podem ser opcionais, assim como outras (à exceção de português, matemática e inglês)? Veja na coletânea de textos que informa esta proposta de redação opiniões sobre o assunto. Você está de acordo com alguma delas? Apresente os motivos que o levam ser a favor da obrigatoriedade ou contra ela? Você acha que artes e educação física são essenciais à formação dos estudantes do ensino médio? Por quê? Exponha suas ideias numa dissertação argumentativa.

Educação integral

Ao justificar a reforma, os diferentes escalões do Ministério da Educação (MEC) afirmam que as mudanças estão alinhadas com os currículos de países que têm altos índices de educação nas avaliações internacionais. Contudo, diversas reportagens mostraram recentemente que em todos esses países a Educação Física é uma disciplina obrigatória. Para debatermos esta questão, devemos ir além de apenas comparar currículos. É preciso entender como as aulas de Artes e Educação Física dialogam com o conceito de Educação Integral, voltado para os interesses e necessidades dos jovens do século 21.
(...)
Neste contexto, a Educação Física responde não apenas ao desejo das crianças e jovens de praticar esportes, mas principalmente ao impacto que essas aulas têm em seu desenvolvimento completo. Afinal, diversos estudos científicos mostram como a Educação Física é importante na prevenção e combate à obesidade entre crianças e jovens.
(...)
As aulas de Artes são também fundamentais para o desenvolvimento pleno das crianças e dos jovens, por diversos motivos. Ao debruçar-se neste universo, o aluno tem a possibilidade de fazer uma nova leitura de mundo e criar uma visão crítica de seu entorno.
Isso é muito importante, sobretudo considerando-se o fato de que a maioria dos alunos de famílias com maior vulnerabilidade social tem poucas oportunidades de ampliação de seu repertório cultural. A Arte é ainda um meio fundamental de expressão, de sensibilização e de criatividade. São inúmeros os exemplos de trabalhos de escolas, ONGs e também de jovens da Fundação Casa que mostram essa criatividade.

Flexibilidade

Pareceu-me correta a linha geral da reforma do ensino médio proposta pelo governo Temer. A medida provisória aposta na flexibilização das disciplinas, com o objetivo de reduzir os absurdos níveis de evasão registrados nessa etapa, e na ampliação da carga horária, o que tende a ter impacto positivo sobre a qualidade, hoje estacionada em níveis muito abaixo dos aceitáveis. Há, porém, várias dúvidas e uma série de problemas.
(...)
Achei muito bacana eliminar a obrigatoriedade de quase todas as matérias. É claro que a própria flexibilização seria impossível se as 13 disciplinas hoje obrigatórias permanecessem nessa condição, mas gostei de ver alguém finalmente colocar a autonomia dos alunos à frente dos interesses corporativos. Vamos ver se essa mudança vai resistir à força dos lobbies. 

Benefícios indiretos

Dedicar-se a uma atividade artística –seja tocar piano ou aprender técnicas de escultura– faz uma pessoa ficar mais inteligente e melhorar seu desempenho em outras disciplinas, como matemática e redação. Praticar uma atividade física, além de melhorar coordenação motora e aumentar a sociabilidade, diminui drasticamente a incidência de doenças como diabetes, obesidade, câncer e acidentes cardiovasculares.
(...)
No mundo, mais da metade dos jovens pratica menos que o recomendado de cinco horas semanais de atividades físicas moderadas a intensas, fato que se repete no Brasil – remover a educação física do rol de disciplinas poderia ser considerado um desincentivo à melhoria desse panorama.
(...)
Além de oferecer o contato com uma possível área de profissionalização, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) diz acreditar que "a felicidade dos indivíduos será maior em países onde a arte tem um papel proeminente nas escolas", apesar de não haver um estudo que aborde exatamente essa questão.
A entidade também elege a arte como a melhor maneira de fomentar a criatividade, competência hoje muito buscada em profissionais por causa da capacidade de inovar e de achar soluções não usuais para toda sorte de problemas.
[

Observações

Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa.
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas escritas.
De preferência, dê um título à sua redação.

27 de dezembro de 2016

ATENÇÃO - Edital, Provas e Inscrições do Enem 2017 Devem Sair em Fevereiro


O Edital do Exame Nacional do Ensino Médio, que normalmente sai no mês de maio, deve ser divulgado em fevereiro do próximo ano. Como o documento traz as regras e calendário, as datas das provas e o prazo de inscrições do Enem 2017 também devem ser conhecidos neste mesmo mês.
A informação foi dada pelo ministro da educação Mendonça Filho em debate feito pela Rádio Jornal na manhã de ontem (26). De acordo com ele, o planejamento do MEC é publicar o Edital logo após o encerramento da consulta pública sobre o Enem, que deve ser lançada na internet até a data de 10 de janeiro.
A chamada será usada para debater possíveis mudanças no exame com a população. Mendonça Filho explicou que as propostas serão discutidas por tópicos e já adiantou que, entre as questões a entrar na pauta, devemos ter:
  • A realização de provas em dois dias (modelo atual) ou a redução para apenas um (com consequente redução no número de questões);
  • Possibilidade de que e exame não seja mais usado para certificação do ensino médio, sendo que os candidatos que desejam obter o diploma façam outra avaliação a parte;
  • Alteração no modo de aplicação das provas para candidatos sabatistas, que no primeiro dia são obrigados a ficar confinados do início ao fim da edição tradicional para então iniciarem seu exame;
  • Possível aplicação do exame apenas em dezembro, para atender a demanda de estudantes da região nordeste e se adequar a sua grade curricular do ensino médio.
O ministro ainda esclareceu que, devido ao curto intervalo de tempo, algumas alterações podem ficar somente para 2018. Também reforçou que não se trata de uma votação, portanto o que a maioria opinar não será necessariamente efetivado, uma vez que eventuais mudanças dependem de “viabilidade técnica”:
A consulta pública não é uma votação para que você eleja as situações. Tudo tem que ter como base a viabilidade técnica, condições de implementação e base em condições educacionais adequadas. Não é simplesmente uma consulta por consulta para fazermos uma eleição de definição de vários itens. Será uma consulta para que a gente colha opinião e, tecnicamente, decidamos de acordo com as opiniões colhidas e com suporte técnico que temos no MEC e com especialistas.

21 de dezembro de 2016

Veja 7 Maneiras de Usar o Resultado do Enem no Vestibular


Que o Enem é o principal mecanismo para entrada no ensino superior atualmente, não resta dúvidas. O que muitos candidatos que prestam o exame não sabem é como as instituições – universidades, centros universitários e faculdades – podem usar as notas do exame.
Como sempre ressaltamos aqui no infoEnem, mais do que ir bem nas provas os estudantes devem compreender as regras e os processos seletivos que aproveitam o desempenho no Enem. Por isso esclarecemos neste artigo as 7 principais formas de uso do exame nacional. Confira.

1. Fase Única

Consiste nos vestibulares que substituíram sua prova institucional pela nota do exame, podendo ser usado para todas as vagas ou parte delas. Nesta opção o processo seletivo continua sendo organizado pela instituição de ensino, porém não há provas, apenas apresentação do resultado do Enem.

2. Primeira Fase

Nessa opção o boletim do Enem equivale apenas a primeira etapa, eliminatória, de uma seleção que terá outras fases. Normalmente esses estágios seguintes correspondem a uma prova com questões objetivas ou uma redação, elaboradas pela própria instituição. Esta é a forma de uso menos recorrente do exame entre os processos seletivos.

3. Composição da Nota Final

Alguns vestibulares aceitam a pontuação do exame para entrar na composição da nota final do candidato. Geralmente o aproveitamento do Enem é opcional nestes tipo de avaliação, que possuem cálculos próprios e só aceita o exame se o mesmo aumentar o desempenho do estudante.

4. Bônus “Extra”

Diferentemente da opção anterior, em vez de entrar no cálculo da pontuação final do candidato no vestibular, a nota do Enem aqui concede uma nota extra – bônus – ao aluno que prestou e utilizou as notas do exame.

5. Sistema de Seleção Unificada (Sisu)

Sisu se assemelha a forma de entrada “fase única”, pois usa as notas do exame como critério de seleção num processo de uma única etapa. As diferenças são que é organizado pelo Ministério da Educação (MEC) e não pelas instituições, vale somente para instituições públicas de ensino superior e usa apenas a última edição do Enem.

6. Sistema Misto

Neste modelo de processo seletivo o Enem pode ser usado de formas diferentes numa mesma instituição. Há universidades, por exemplo, que usam o Sisu para parte das vagas e para o restante utiliza o vestibular próprio, que usa o Enem na composição final, como primeira fase ou outra opção dentre as anteriores.

7. Vagas Remanescentes

Algumas instituições, por sua vez, utilizam o exame nacional somente para a fase da ocupação de vagas remanescentes de seus respectivos processos seletivos.

11 de dezembro de 2016

QUARTA PROVA -REVISÃO

  • Questão 1
    (Fuvest-2001)
    A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é:
    a) O governador insistia em afirmar que o assunto principal seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam líderes pefelistas.
    b) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros países passou despercebida.
    c) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação social.
    d) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um morador não muito consciente com a limpeza da cidade.
    e) O roteiro do filme oferece uma versão de como conseguimos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra, a aventura à repetição.


  • Questão 2
    (FUVEST)
    Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas correspondentes.
    A arma ___ se feriu desapareceu.
    Estas são as pessoas ___ lhe falei.
    Aqui está a foto ___ me referi.
    Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava.
    Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos.
    a) que, de que, à que, cujo, que.
    b) com que, que, a que, cujo qual, onde.
    c) com que, das quais, a que, de cujo, onde.
    d) com a qual, de que, que, do qual, onde.
    e) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja.


  • Questão 3
    Sobre a regência verbal e nominal, estão corretas as seguintes proposições, exceto:
    a) Quando o termo regente é um nome, isto é, um substantivo, um adjetivo ou advérbio, temos um caso de regência nominal. Exemplo: Este é o livro sobre o qual lhe falei.
    b) Quando o termo regente é um verbo, temos um caso de regência verbal. Exemplo: Eu gosto de música e literatura.
    c) Chamamos de regência a relação de interdependência que se estabelece entre as palavras quando elas se combinam para formar os enunciados linguísticos (frases, orações etc.).
    d) Quando o verbo for transitivo direto, ele exigirá o emprego de uma preposição entre o termo regente e o termo regido.
    e) Os verbos intransitivos não possuem complemento. Há, em alguns casos, adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. Os verbos de ligação e os verbos impessoais sempre serão intransitivos. Exemplo: O menino parece triste

  • Questão 4
    Sobre as seguintes proposições, assinale a alternativa correta:
    I. Choveu muito ontem.
    II. Quero dormir!
    III. Respondi às questões da prova com cuidado.
    IV. Gostamos de filmes românticos.
    V. Agradeço aos ouvintes a audiência
    a) Verbo intransitivo – verbo transitivo direto – verbo transitivo indireto – verbo transitivo indireto – verbo transitivo direto e indireto.
    b) Verbo transitivo direto e indireto – verbo intransitivo – verbo intransitivo – verbo transitivo – verbo transitivo direto e indireto.
    c) verbo transitivo direto e indireto – verbo transitivo indireto – verbo transitivo indireto – verbo transitivo direto – verbo intransitivo.
    d) verbo transitivo direto – verbo intransitivo – verbo transitivo direto – verbo transitivo indireto – verbo intransitivo.

Respostas

  • Resposta Questão 1
    Alternativa “e”.
    As regências adequadas seriam:
    em a) discordar de;
    em b) integrar algo (sem preposição);
    em c) priorizar algo (sem preposição);
    em d) consciente de.
    Na alternativa c) não é errada a construção “aonde trabalhar”, embora a questão ainda seja motivo de discordância entre gramáticos da língua portuguesa. Nessa mesma alternativa, em “priorizando à empresas”, não deve ocorrer crase, pois o plural “empresas” não comportaria o artigo singular “a”.


  • Resposta Questão 2
    Alternativa “c”. Fique atento à regência correta dos verbos e à antecedência da preposição ao pronome relativo, caso haja exigência.
    Correção: a) A arma com que se feriu desapareceu. 
    b) Estas são as pessoas das quais lhe falei.
    c) Encontrei um amigo de infância de cujo nome não me lembrava.
    d) Passamos por uma fazenda onde se criam búfalos.

  • Resposta Questão 3
    Alternativa “d”. Os verbos transitivos diretos não exigem emprego de preposição para o estabelecimento da relação de regência. Exemplo: Amo aquela garota.

  • Resposta Questão 4
    Alternativa “a”.
    I. Choveu é um verbo impessoal, portanto, intransitivo.
    II. Quero é verbo transitivo direto, isto é, não necessita de uma preposição para o estabelecimento da relação de regência com seu complemento.
    III. Responder é verbo transitivo indireto, pois é necessária uma preposição entre termo regente e termo regido (quem responde, responde a alguma coisa ou a alguém).
    IV. Gostamos é verbo transitivo indireto (quem gosta, gosta de alguma coisa ou de alguém).
    V. Agradecer é verbo transitivo direto e indireto (quem agradece, agradece a alguém algo).

REGÊNCIA VERBAL - REVISÃO

1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição “a” e não pela preposição “em”.
Exemplos:

Vou ao dentista.
Cheguei a Belo Horizonte.

2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição “em”.
Exemplos:

Ele mora em São Paulo.
Maria reside em Santa Catarina.

3- Namorar – não se usa com preposição.

Ex.: Joana namora Antônio.

4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição “a”.
Exemplos:

As crianças obedecem aos pais.
O aluno desobedeceu ao professor.

5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição “com”.
Exemplos:

Simpatizo com Lúcio. 
Antipatizo com meu professor de História.

Dicas:
Estes verbos não são pronominais, portanto, determinadas construções são consideradas erradas quando tais verbos aparecem acompanhados de pronome oblíquo.
Exemplos:

Simpatizo-me com Lúcio.
Antipatizo-me com meu professor de História.

6- Preferir - este verbo exige dois complementos, sendo que um é usado sem preposição, e o outro com a preposição “a”.

Ex.: Prefiro dançar a fazer ginástica.

Dicas:
Segundo a linguagem formal, é errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc.

Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica.

Verbos que apresentam mais de uma regência
1 - Aspirar
a - no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. 
Ex.: Aspirou o ar puro da manhã.

b - no sentido de almejar, pretender: exige a preposição “a”. 
Ex.: Esta era a vida a que aspirava.

2 - Assistir
a - no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. 
Ex.: O técnico assistia os jogadores novatos.

b - no sentido de ver, presenciar: exige a preposição “a”.
Ex.: Não assistimos ao show.

c - no sentido de caber, pertencer: exige a preposição “a”.
Ex.: Assiste ao homem tal direito.

d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição “em”.
Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.

3 - Esquecer/lembrar
a - Quando não forem pronominais: são usados sem preposição. 
Ex.: Esqueci o nome dela.

b - Quando forem pronominais: são regidos pela preposição “de”.
Ex.: Lembrei-me do nome de todos.

4 - Visar
a - no sentido de mirar: usa-se sem preposição. 
Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.

b - no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. 
Ex.: Visaram os documentos.

c - no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição “a”.
Ex.: Viso a uma situação melhor.

5 - Querer

a - no sentido de desejar: 
usa-se sem preposição. 
Ex.: Quero viajar hoje.

b - no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição “a”. 
Ex.: Quero muito aos meus amigos.

6 - Proceder
a - no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.
Ex.: Suas queixas não procedem.

b - no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição “de”.
Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.

c - no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição “a”.
Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.

7 - Pagar/ perdoar
a - se tem por complemento uma palavra que denote algo: não exige preposição. 
Ex.: Ela pagou a conta do restaurante.

b - se tem por complemento uma palavra que denote pessoa: é regido pela preposição “a”. 
Ex.: Perdoou a todos.

8 - Informar
a - no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:

1 - objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições “de” ou “sobre”). Ex.: Informou todos do ocorrido.

2 - objeto indireto de pessoa (regido pela preposição “a”) e direto de coisa.Ex.: Informou a todos o ocorrido.

9 - Implicar
a - no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.
Ex.: Esta decisão implicará sérias consequências.

b - no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com a preposição “em”.
Ex.: Implicou o negociante no crime.

c - no sentido de antipatizar: é regido pela preposição “com”.
Ex.: Implica com ela todo o tempo.

10 - Custar

a - no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição “a”. 
Ex.: Custou ao aluno entender o problema.

b - no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição.
Ex.: O carro custou-me todas as economias.

c - no sentido de ter valor de, ter o preço: 
usa-se sem preposição.
Ex.: Imóveis custam caro.