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28 de fevereiro de 2019

ENEM - 2019- TERCEIRÃO

Você já deve ter se perguntado pelo menos duas coisas sobre a redação na prova do Enem:
  1. Quais são os possíveis temas?
  2. Como me manter atualizado sobre esses temas pra que eu possa trazer conteúdo relevante para a minha produção?
Vamos analisar juntos estes dois questionamentos pra chegar com muito mais clareza do que poderá vir pela frente na redação no dia da prova oficial!

De onde vêm os possíveis temas?

Pensando sobre todos os assuntos trazidos pela redação do Enem até hoje (violência contra a mulher e intolerância religiosa dentre os mais recentes, por exemplo), podemos perceber um padrão: tratam-se de problemáticas que afetam a sociedade e precisam de combate. Na proposta, inclusive, há a exigência de uma elaboração de intervenção. Sendo assim, não poderia surgir um tema sobre algo que não apresenta nenhum possível aspecto negativo, como “Comer frutas e verduras: o vício de nossas crianças nesses alimentos“. Talvez os agrotóxicos utilizados nas frutas, legumes e verduras que consumimos pudessem aparecer como questão a ser resolvida, mas não o consumo delas em si, que é completamente benéfico pra nossa saúde e não careceria de um combate. Deu pra acompanhar o raciocínio dos elaboradores até aqui?
O próximo detalhe a ser analisado é o fato de que as propostas sempre abarcam questões sociais brasileiras (se reparar, a maior parte delas encerra o título com “no Brasil”), com raras exceções, como no ano de 2018, mas que não deixou de tratar de um assunto presente na realidade nacional. Então, há a possibilidade de se tratar de um problema mundial, mas jamais algo completamente característico de outro país e que não tem impacto em nosso território. Não haverá temas perguntando sobre formas de como otimizar as aulas após períodos prolongados sem elas por conta de tempestades de neve, por exemplo, mas poderá haver temas que tratem da questão das condições de trabalho dos professores atualmente. Não veremos propostas sobre guerras civis por questões religiosas no país, mas podemos ver (assim como vimos em 2017) pedidos de elaboração sobre a intolerância religiosa, que é presente no Brasil de diversas formas.
Resumindo, as propostas sempre se limitarão a questões sociais problemáticas (para um grupo ou para toda a população) que existem ou pelo menos têm reflexos no território brasileiro. A partir daí, nos resta tentar afunilar ainda mais essas possibilidades todas de temas, porque até agora, se a gente for fazer uma busca no Google, vamos acabar com alguns milhares (se não milhões) de resultados!

No que devo ficar de olho?

Como já analisamos e chegamos à conclusão de que os temas da prova muito provavelmente vêm de questões em pauta no território nacional, podemos chegar a mais uma conclusão e refinar nossa busca: o período em que as pautas estão/estiveram mais em evidência pra que sejam consideradas para a prova.
O Enem sempre acontece no final do ano (outubro/novembro), mas as provas, claro, são preparadas com antecedência. Então, podemos calcular que elas estejam prontas uns três meses antes (já viu aquelas notícias, normalmente falsas, de que a prova vazou? Elas surgem bem antes da realização da prova, né? Aí está nossa primeira comprovação!). A partir daí, podemos imaginar que a prova não é elaborada em um tempo curto, certo? São necessários testes, análises de viabilidade e muito pensar em cima de um processo seletivo tão importante e abrangente. Por isso, vamos usar uma margem grande de segurança? Supondo que a prova esteja pronta até dois meses antes de ser aplicada, isso quer dizer que as notícias que ficarem em pauta predominantemente durante aqueles dois meses não têm grandes chances de serem consideradas, já que a prova já terá sido elaborada. No entanto, algo discutido nesse período pode muito bem ser analisado para tema do ano seguinte, não? Sendo assim, acho que podemos estabelecer que as pautas mais “consideráveis” vão estar concentradas neste período entre o término da elaboração da prova do ano anterior até o término da elaboração do ano seguinte.
Eu, modéstia a parte, cravei o assunto de 2016 (e tenho prints pra provar!), a intolerância religiosa, já que a guerra na Síria e os conflitos entre Israel e Palestina estavam bastante intensos, o que inclusive enviou refugiados ao nosso país. O assunto também é importante aqui, apesar de (pelo menos!) não gerar guerras. Em 2018 também tinha uma ideia de que o tema se resumiria à internet (ok, dei migué chutando algo tão abrangente assim, mas ACERTEI MESMO ASSIM, OK? Hehehehe), já que as eleições tiveram grande parte de suas ideias e debate propagados através delas, incluindo polêmicas como as fake news.

Ficando por dentro dos assuntos

Agora que já sabemos de onde saem os temas (e que eles estão mais acessíveis do que imaginávamos), podemos nos concentrar em nos mantermos atualizados sobre um espectro bem mais tranquilo de lidar! Não precisamos saber absolutamente tudo sobre tudo. Você muito provavelmente inclusive já se mantém informado de boa parte dos possíveis temas da próxima redação. Eles estão todos os dias nos jornais televisionados, impressos, online e no rádio. É só continuar prestando atenção nestes meios de comunicação e ficar por dentro mesmo que superficialmente, com um entendimento básico de cada questão tratada, para ir tranquilo para redação no final do ano!
Atenção com alguns pontos, no entanto: nada de se informar por WhatsApp ou links no Facebook! As notícias propagadas por esses meios dificilmente têm alguma comprovação, por isso não serão úteis pra que você se mantenha informado. Os links de sites externos ao Facebook podem até ser considerados, desde que sejam de fontes confiáveis. Os sites de grandes mídias dificilmente propagam notícias falsas, mesmo que haja alguma tendenciosidade (o que há em todos os meios e pessoas, inclusive em mim e em você: nada é neutro). O que resta para tentar minimizar o julgamento de um meio específico (apenas do G1, por exemplo) é consultar várias fontes (idôneas, sempre!) e refletir para chegar à própria conclusão. Mas isso não quer dizer desenvolver uma opinião própria e distorcer os fatos até que eles se encaixem nela, refutando até opiniões profissionais (que, aliás, são outra ótima fonte de conhecimento externo para a prova) para isso, por exemplo. Fatos são fatos, então tente sempre buscá-los e desenvolver sua reflexão/argumentação/opinião a partir deles, ok?

22 de fevereiro de 2019

ERROS COMUNS NA REDAÇÃO DO ENEM

  1. Desvios gramaticais
    É fundamental tomar cuidado com o respeito à norma padrão. 200 pontos, dos 1000 da prova, são destinados à conferência de itens como uso de concordâncias adequadas, acentuação, pontuação e regência, por exemplo. Uma releitura do texto, ao final da prova, pode evitar alguns deslizes por falta de atenção.
  2.  Proposta de intervenção inexistente ou inadequada
    O Enem é uma prova que tem como característica a exigência de uma proposta de solução ao final do raciocínio. Outros 200 pontos, dos 1000 disponíveis, são reservados para a avaliação de uma proposta adequada. Ela deve ser composta de um conjunto: "QUEM" fará "O QUE" e "COMO". Além disso, é importante lembrar que a proposta deve estar intimamente relacionada ao desenvolvimento do texto.
  3.  Fuga ao tema
    Os temas da prova geralmente vêm com comandos bastante claros. É fácil identificar o que deve ser desenvolvido. Em um tema como "A persistência da violência contra a mulher", por exemplo, basta que não seja esquecida nenhuma palavra-chave para que a redação seja considerada dentro do tema. Será importante tratar de "persistência", de "violência" e de "mulher". Essa identificação das palavras-chaves pode ser repetida em qualquer tema.
  4.  Desorganização do raciocínio
    Para que o que se quer defender fique claro, pensar em "introdução", "desenvolvimento" e "conclusão" pode ser uma saída adequada. Não adianta ter boas ideias, mas não conseguir transmiti-las. Sendo assim, treinar essa organização pode garantir a segurança necessária para o momento da prova.

MODELO DE REDAÇÃO NOTA MIL ENEM

Modelo de redação nota 1000 do Enem

(2016)Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil
O camuflado regresso ao colonialismo
Historicamente, a partir do século XVI, houve um choque civilizatório no Brasil colonial, destacado pela imposição jesuítica, em contraste com a diversidade de crenças dos indígenas nativos e dos africanos que foram inseridos no país. Nesse parâmetro, na contemporaneidade, é possível observar que, apesar da laicidade, ainda são visíveis diversas manifestações de intolerância religiosa. Nesse sentido, tanto a inoperância governamental quanto a apatia dos próprios indivíduos contribuem para a persistência da problemática.
É necessário pontuar, de início, o rompimento do contrato social proposto pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau, no qual é responsabilidade do Estado a garantia da harmonia social. De maneira análoga, isso pode ser comprovado pela ineficiência da Esfera Pública na punição de diversos crimes, como a invasão de uma cerimônia religiosa do Candomblé, no Rio de Janeiro, em 2010. Dessa maneira, a Constituição é desrespeitada e, apesar da laicidade ser formalmente característica do país, a discriminação é veemente e o sincretismo entre as crenças é dificultado.
Outrossim, não menos importante, ressalta-se a elevada interferência da própria população nesse contexto. Segundo o jornalista Gilberto Dimenstein, em sua obra “O Cidadão de Papel”, o comportamento manifestado por uma sociedade é consequência das trajetórias socioeducacionais durante a infância dos indivíduos. Nessa perspectiva, muitos jovens seguem o exemplo de práticas discriminatórias dos próprios pais, tornando o problema mais complexo quando não é trabalhado nas escolas a integração entre conteúdo da diversidade de culturas e a importância da ética para a busca do sincretismo religioso.
Diante desse cenário, o combate à intolerância religiosa no Brasil inicia-se pela segurança na aplicabilidade de punições para o desrespeito às cerimônias, por intermédio do Poder Público, de forma que haja novos centros de denúncias municipais, em prol da prevenção do problema e da busca pela real laicidade no país. Concomitantemente, a médio e a longo prazo, as famílias e as escolas destacam-se na orientação educacional dos jovens, por meio de demonstrações contínuas de ética nas residências e nas salas de aula, expondo para os alunos as diferentes religiões, bem como suas origens, em paralelo às discussões sobre a importância desses princípios para a identidade cultural, com o objetivo de consolidar essa nova percepção para as gerações futuras.
(2016)Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

REDAÇÃO NOTA MIL 2018 - ENEM


No filme “O jogo da imitação”, o personagem Alan Turing consegue prejudicar o avanço da Alemanha nazista, posto que decifrou os algoritmos correspondentes ao projeto de guerra de Hitler. Diante disso, pode-se observar, desde a segunda metade do século XX, a relevância do conhecimento tecnológico para atingir certos objetivos. Contudo, diferentemente de tal contexto, atualmente, utiliza-se a tecnologia, muitas vezes, não para o bem coletivo, como representado pelo filme, mas para vantagem privada, mediante a manipulação de dados de usuários da internet. Destarte, é fundamental analisar as razões que fazem dessa problemática uma realidade no mundo contemporâneo.

Em primeiro lugar, cabe abordar a dificuldade de regulação dos sites quanto ao acesso aos dados de quem está inserido no ambiente virtual. De acordo com Sartre, o homem deve zelar pelo bem coletivo em detrimento do individual, uma vez que ele está articulado a uma comunidade. No entanto, a tecnologia, atualmente, rompe com tal lógica altruísta, pois prioriza-se o lucro gerado pela manipulação do indivíduo.  Isso ocorre porque muitas empresas detêm habilidades técnicas para traçar perfis individuais, direcionando, por conseguinte, o consumo, além de influenciar escolhas e gostos de cada um. Logo, verifica-se também uma ruptura com a filosofia kantiana de que a pessoa deve ser um fim em si mesma e não um meio de conseguir alcançar interesses particulares.

Ademais, outro fator a salientar é a falta de informação do público no que tange à internet. Diante do advento da Era Tecnológica, a priori com a Terceira Revolução Industrial e, posteriormente, com a Quarta, nota-se uma educação incompleta e que não prepara o indivíduo para um mundo imerso em computadores e inteligência artificial. Nessa perspectiva, apesar de, desde a infância, estar em contato com tablets e celulares, a criança cresce sem saber  discernir corretamente quais informações podem ser publicadas ou se seu dispositivo está realmente seguro.

Torna-se evidente, portanto, a necessidade de repensar a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet. Assim, cabe ao Executivo combater o domínio de elementos pessoais dos consumidores, por meio do investimento na área de tecnologia de informações do Ministério de Ciência e Tecnologia, que deverá aprimorar seu sistema de identificação de uso impróprio de tais dados. Desse modo, poderá ser alcançado o objetivo de proteger os brasileiros inseridos na esfera cibernética. Outrossim, compete ao Ministério da Educação promover a inclusão de disciplinas como Ética e Tecnologia , mediante a alteração na Lei de Bases e Diretrizes da Educação, que impulsionará uma maior difusão da percepção crítica acerca do mundo virtual e de como utilizá-lo, a fim de mitigar a manipulação da conduta dos consumidores. Dessa forma, além de formar cidadãos mais capazes de reconhecer tal adversidade, será possível construir uma sociedade mais bem intencionada e preocupada com o bem coletivo.

REDAÇÃO NOTA MIL 2018


É fato que a tecnologia revolucionou a vida em sociedade nas mais variadas esferas, a exemplo da saúde, dos transportes e das relações sociais. No que concerne ao uso da internet, a rede potencializou o fenômeno da massificação do consumo, pois permitiu, por meio da construção de um banco de dados, oferecer produtos de acordo com os interesses dos usuários. Tal personalização se observa, também, na divulgação de informações que, dessa forma, se tornam, muitas vezes, tendenciosas. Nesse sentido, é necessário analisar tal quadro, intrinsecamente ligado a aspectos educacionais e econômicos.

É importante ressaltar, em primeiro plano, de que forma o controle de dados na internet permite a manipulação do comportamento dos usuários. Isso ocorre, em grande parte, devido ao baixo senso crítico da população, fruto de uma educação tecnicista, na qual não há estímulo ao questionamento. Sob esse âmbito, a internet se aproveita de tal vulnerabilidade e, por intermédio da uma análise dos sites mais visitados por determinado indivíduo, modela o modo de pensar dos cidadãos. Nessa perspectiva, uma analogia com a educação libertadora de Paulo Freire mostra-se possível, uma vez que o pedagogo defendia um ensino capaz de estimular a reflexão e, dessa forma, libertar o indivíduo da situação a qual encontra-se sujeitado - neste caso, a manipulação.

Cabe mencionar, em segundo plano, quais os interesses atendidos por tal controle de dados. Essa questão ocorre devido ao capitalismo, modelo econômico vigente desde o fim da Guerra Fria, em 1991, o qual estimula o consumo em massa. Nesse âmbito, a tecnologia, aliada aos interesses do capital, também propõe aos usuários da rede produtos que eles acreditam ser personalizados. Partindo desse pressuposto, essa situação corrobora o termo "ilusão da contemporaneidade" defendido pelo filósofo Sartre, já que os cidadãos acreditam estar escolhendo um produto diferenciado mas, na verdade, trata-se de uma manipulação que tem a finalidade de ampliar o consumo.

Infere-se, portanto, que o controle do comportamento dos usuários possui íntima relação com aspectos educacionais e econômicos. Dessa maneira, é imperiosa uma ação do MEC, que deve, por meio da oferta de debates e seminários nas escolas, ensinar os alunos a buscarem informações de fontes confiáveis como artigos científicos e pela checagem de dados, com o fito de estimular o senso crítico e evitar que os estudantes sejam manipulados. Visando ao mesmo objetivo, o MEC pode oferecer a disciplina de educação tecnológica por meio de sua inclusão na Base Comum Curricular, causando um importante impacto na construção da consciência coletiva. Assim, observar-se-ia uma população mais crítica e menos iludida.
Pois bem, você já está se encaminhando para ser (ou pelo menos tentar ser) um leitor mais assíduo e já se organizou para seguir as dicas sobre como encaixar a redação (e os treinos) em seu tempo de prova. Hora de começar a escrever, certo? Iniciemos então por um detalhe mais macro na estrutura da redação, mas que ainda causa dúvida a muita gente: que tipo de linguagem posso e não posso usar na produção de texto no Enem? Nada mais justo do que iniciarmos por observar os dois tipos mencionados no título e suas características!

Linguagem informal

Essa você conhece muito bem: é a que usa pra se comunicar com seus amigos, familiares e todas as outras pessoas com as quais convive no dia a dia e não tem uma relação de hierarquia específica (dependendo da empresa em que trabalha, por exemplo, e do ambiente construído ali, talvez não tenha tanta liberdade com seu chefe, alguns colegas de trabalho e/ou clientes). Resumindo, é a linguagem “normal” que usamos pra conversar com a maior parte das pessoas todos os dias.
Leve em conta que a linguagem informal ou algumas de suas características não são erradas, como muitos podem achar. Essa é uma linguagem perfeitamente útil e funcional para nos comunicarmos eficientemente no dia a dia. O que acontece é que em todas as línguas há contextos e contextos para utilizarmos suas diversas variações. No caso da redação do Enem, a informalidade não será muito bem avaliada, pois a exigência ali é de outra variação da língua portuguesa: a modalidade formal (já falaremos dela!).
Sabendo que o português que usamos pra nos comunicar no dia a dia não vai nos levar a uma pontuação muito boa na redação, podemos nos lembrar de algumas características dele que devem ficar de fora desse tipo de produção:
Tom de “revolta”, ao escrever algo como “é um absurdo que…”. Esse tipo de comentário não cabe no formato de texto exigido, tanto por ser mais informal (certeza que você já usou uma expressão dessas em um textão no Facebook – ambiente informal! Hehehehe) quanto por se tratar de um posicionamento um pouco mais pessoal, quando a dissertação argumentativa deve ser mais embasada em argumentos e fatos para convencer o leitor de seu ponto de vista.
A primeira pessoa deve ser evitada. Especialmente colocações como “eu acho” e “na minha opinião”, nós evite, ok. Elas são expressões um pouco mais informais também e não se encaixam na modalidade exigida pelo Enem, que pede um posicionamento mais “neutro” (tema no qual vamos nos aprofundar em um próximo artigo).
“Conversa” com o leitor. Dizer coisas como “e se fosse com você?” ou “você deve fazer isso” são exemplos de informalidade que devem ser evitados na redação.

Linguagem Formal

Essa não tem jeito: é aquela que você aprende na aula de português e vê na maior parte da mídia escrita (jornais, revistas e livros – online também vale, viu?). Portanto, voltamos à nossa dica: leia! Além disso, prestar bastante atenção e praticar na aula de português não vai fazer mal algum! Então nada de cabular aulas esse ano! Ela também é usada na fala, mas em momentos um pouco mais “sérios”, como em reuniões e até mesmo apresentações na escola (afinal, você muito provavelmente não inicia um seminário na escola dizendo coisas do tipo “E aí galera, beleza?”, né? Hehehe)
Como já exemplificamos acima o que não cabe na produção textual do Enem, por eliminação fica mais fácil sacar qual tipo de linguagem vai ser possível usar e nos trará notas maiores! A modalidade formal é livre de abreviações (só podem as de nomes de instituições, com o devido significado na frente, ok?), raramente usa “você” e conjuga os verbos bonitinho, de acordo com o que você aprende na aula mesmo (eu disse pra não cabular aula, não disse?). Em resumo, a linguagem formal é a que vemos mais na mídia escrita e falada e é a que vai nos ajudar a conseguir uma maior pontuação na redação do Enem, por ser exatamente a modalidade exigida.

20 de fevereiro de 2019

UMA LEITURA

Tenho recebido muitos e-mails com perguntas sobre o significado de gliose e microangiopatia ateroesclerótica. Isto porque é comum este achado em exames de ressonância magnética cerebral em pessoas acima de 50 anos de idade. Já respondi inclusive a um depoimento deixado no blog a respeito, mas como é um assunto recorrente, resolvi abordá-lo melhor aqui.
Gliose é uma alteração da substância branca do cérebro evidenciada na ressonância magnética por lesões hiperintensas (esbranquiçadas) nas sequências FLAIR, geralmente proveniente de microangiopatia cerebral (doença de pequenos vasos do cérebro). Ela é decorrente de doença ateroesclerótica (formação de placas de ateroma na parede das artérias) de pequenos vasos.
Alguns fatores de risco são bem conhecidos, como tabagismo, alcoolismo, colesterol alto, obesidade, sedentarismo, hipertensão, diabetes e outras doenças que acometem vasos (vasculites, doenças reumáticas como Lupus). Existem outras doenças que podem cursar com gliose no SNC: Cadasil, p.ex., é uma doença hereditária (familiar) que cursa com essas alterações em pessoas em idade mais jovem. Estudos têm demonstrado que essas lesões também podem ocorrer com maior freqüência em pessoas portadoras de transtornos psiquiátricos, dentre eles o transtorno bipolar, a esquizofrenia, as depressões crônicas e a dependência química. Outros estudos já associaram também esses achados à enxaqueca.
A maior parte dos casos são assintomáticos, ou seja, a pessoa não sente nada ou o que sente não pode ser relacionado às glioses. Mas a simples presença delas indica a necessidade de algumas medidas preventivas, como combater o sedentarismo, controlar o colesterol, reduzir o uso de substâncias químicas como tabaco e álcool, controlar bem a pressão e os níveis de glicose no sangue, evitar o estresse, dentre outras medidas, como hábitos saudáveis de vida. Isto porque, com o avançar da idade, as glioses podem se transformar em um problema maior.
O número de lesões, sua localização, a idade do paciente e outros fatores relacionados ao envelhecimento cerebral podem predispor o paciente com glioses a uma doença degenerativa cerebral, como a demência vascular (veja a figura). É importante frisar que nem todo o paciente desenvolverá demência e que o diagnóstico de demência deve ser, antes de tudo, clínico. É preciso avaliar as funções cognitivas, como memória e atenção, para saber se aquela pessoa tem ou não demência.
gliose
O mais comum, porém, é o paciente com gliose ter alguma perturbação do humor, seja ela pre-existente ou consequência das glioses. Já atendi pacientes que não tinham os fatores de risco que citei, que não tinham doenças clínicas que justificassem as glioses, mas que possuíam uma história de depressão e transtono de humor ao longo da vida.
O termo “depressão vascular” tem sido utilizado para esses casos. Os pacientes podem evoluir com sintomas depressivos e ansiosos (crônicos), irritabilidade, intolerância, com algum grau de impulsividade. Em geral esses pacientes têm glioses na substância branca do lobo frontal em quantidade moderada a alta. O quadro é mais exuberante quando existem glioses nos núcleos da base, como o núcleo caudado. Outros sintomas que podem ocorrer são tremores, perda de equilíbrio e dores de cabeça.
É importante que o paciente procure um psiquiatra para uma avaliação e tratamento. A depressão vascular tem algumas peculiaridades, uma delas o fato de não responder bem a antidepressivos, mas existem outros medicamentos capazes de controlar os sintomas e devolver a qualidade de vida aos pacientes.
Outro aspecto crucial e de caráter preventivo é a preocupação com a neuroproteção, ou seja, estar atento para os riscos de um envelhecimento cerebral mais acelerado e para a ocorrência de demência. O paciente deve ser acompanhado evolutivamente quanto às suas funções cognitivas, como memória e atenção, para iniciar precocemente uso de medicamentos neuroprotetores e anti-oxidantes que o protejam melhor de uma doença degenerativa.
Glioses possuem alguns sinônimos como: microangiopatia isquêmica, ateroesclerose cerebral, doença ateroesclerótica cerebral.

10 de fevereiro de 2019

TEMA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Os limites da liberdade de expressão no mundo contemporâneo, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

  Recentemente um amigo postou uma piada em seu mural do Facebook. Fiz um comentário no post dele, remetendo a uma situação da época em que trabalhamos juntos. Imediatamente um rapaz postou um comentário extremamente ríspido em resposta à minha brincadeira, sendo que ele sequer tinha como entender o significado da mesma, por desconhecer a situação que a gerou. Respondi em tom ameno, o que foi rebatido com novo comentário que, dessa vez, foi ainda mais grosseiro. Respirei fundo e respondi que o espaço em específico do post era para brincadeiras e não para alfinetadas. Além disso, eu não o conhecia e, em se tratando disso, gostaria que as formalidades e respeito fossem mantidos. Nova resposta do sujeito, que dessa vez conseguiu se superar na falta completa de noção de fair play, limite, cordialidade e respeito a uma desconhecida (eu, no caso) e também ao seu próprio amigo (o amigo em comum). Minha opção foi apagar meus comentários e enviar mensagem privada ao amigo que o sujeito e eu temos em comum, citando que considerei deselegante a atitude do rapaz e que em respeito a ele (meu amigo) eu não iria seguir a discussão, afinal, não se tratava do meu mural, do meu espaço. O amigo em questão respondeu que considerou minha atitude correta, e então falamos um pouco sobre essa onda de liberdade não dada que está assolando as redes. Então, pergunto: que liberdade é essa que as pessoas tomaram ao atravessar conversas entre A e B, falar tudo o que pensam muitas vezes sem entender o que está sendo dito por outras pessoas, xingar, ser mal-educadas, agressivas, intolerantes? As redes sociais não deixam de ser extensões de nossos espaços reais, e eu me sinto invadida e incomodada com alguns comentários e atitudes que certas pessoas tomam, ainda mais pessoas que não conheço. Por certas vezes, qualquer um de nós pode ultrapassar algum limite sem perceber e, ok, fatos isolados podem ser perdoados. Mas a constância desse tipo de comportamento não é legal e pode indicar até mesmo algum tipo de transtorno psíquico. Liberdade com os outros, assim como a própria, se conquista. Se não dei, não tome. Se sinalizei o limite, não insista. Espaço e respeito, virtual ou não, todo mundo quer o seu e precisa saber conviver com o dos outros. É a velha máxima do “seu espaço termina onde inicia o meu”, lembram?

DICA

Redação sobre diversidade de gênero — Um por todos e todos por um

          “A história da humanidade é a história da luta…” entre os gêneros. Adaptando a famosa frase de Karl Marx, chega a um dos maiores obstáculos para a construção de uma sociedade justa e igualitária: a desigualdade entre homens e mulheres. A diferença salarial, o estigma de sexo frágil, a expectativa social a qual são submetidas e o machismo do cotidiano são problemas enfrentados por milhares de mulheres ao redor do mundo. Destacando ainda que a população feminina não é a única prejudicada: a comunidade LGBT  também sofre com a esteoretipação causada pela desigualdade. Esse cenário impossibilita que o famoso trecho do artigo 5º da Constituição seja uma situação real, portanto, precisa ser analisado.
          È válido ressaltar que, historicamente, a mulher vem sendo subjugada pela cultura patriarcal. Isso porque, desde as primeiras civilizações, a maioria das sociedades fez do homem seu pilar de sustentação. Em pleno século XX, essa característica foi reforçada pelo “American way of life”, que vendia a imagem da mulher perfeita como a dona de casa, mãe zelosa e esposa dedicada. Sendo assim, não é de se estranhar que, mesmo após os avanços do pós-guerra, mulheres continuem sendo alvos da desigualdade, cujo reflexo, no caso brasileiro pode ser percebido na diferença salarial – segundo dados do IBGE, ainda era de 30% no ano de 2014.
Contudo, não é correto pensar que não há oposição para essa característica que é inerente à sociedade contemporânea. Ainda no século XVIII, a francesa Olympe de Gouges deu voz à luta pela igualdade, sendo mais tarde colocada de volta em pauta por Simone de Beauvoir, com seu famoso livro “O segundo sexo”, na segunda metade do século XX, e refletida nos grupos homossexuais mundo afora. Os movimentos pela igualdade de gênero vêm ganhando cada vez mais força e apoio não só de mulheres, mas de homens também.  Prova disso são os discursos de Patricia Arquette, no Oscar 2015, e de Emma Watson, no lançamento da campanha “Her For She” - Ele Por Ela - na ONU em 2014, incitando a luta pela causa e incentivando a participação da sociedade como um todo.
É fundamental destacar ainda que a questão do gênero não se limita à problemática “homem x mulher”. Ela está associada também à ideia de identidade e à possibilidade de todo ser humano de desenvolver capacidades pessoais e fazer escolhas sem ser limitado por estereótipos da sociedade. Sendo assim, a comunidade LGBT também se mostra ativa na luta pela igualdade entre os gêneros e na efetivação de seus direitos civis. A recente conquista de transgêneros do uso do nome social em suas matriculas em algumas universidades brasileiras e a disponibilização no Facebook de novas definições de gêneros para seus usuários mostram a força desses movimentos.
Pode-se ver que, como Simone de Beauvoir acreditava, apenas com a cooperação entre homens e mulheres, no sentido biológico dos termos, pode-se redefinir os papéis dos gêneros. Como grande formadora de opiniões, é papel da mídia difundir o movimento e atuar em parceria com ONGs em campanhas pela igualdade. Além disso, cabe à escola, com o auxílio da família, combater o sexismo ainda em seu começo, estimulando o respeito mútuo entre as crianças. Por fim, é papel do Estado, por meio de incentivos à indústria e parceria com os meios de comunicação, reforçar que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações” na forma da nossa Constituição

CITAÇÕES NAS PRODUÇÕES TEXTUAIS

Pensando nisso, reunimos alguns exemplos divididos por temática, confira:

1. Educação:

“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.” (Paulo Freire – Educador, pedagogista e filósofo brasileiro)

2. Política:

“A política é a arte do possível”. (Bismark – Chanceler Alemão)

3. Sociedade:

“A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável”. (Jean Jacques Rousseau – Filósofo Suíço)

4. Globalização:

“A globalização encurtou as distâncias métricas, aumentando muito mais as distâncias afetivas.” (Jaak Bosmans – Escritor e representante da FALASP – Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo)

5. Economia Global:

“O Governo do Estado moderno é apenas um comitê para gerir os negócios comuns de toda a burguesia.” (Karl Marx – Filósofo alemão)

6. Desigualdade Social:

“O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso.” (Darcy Ribeiro – Antropólogo, escritor e político brasileiro)

7. Juventude:

“O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu caráter.”(Sócrates – Filósofo)

8. Meio ambiente:

“Inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente. ” (Paul Watson – Cofundador e diretor da fundação Greenpeace.)

9. Preconceito:

“Todo preconceito é fruto da burrice, da ignorância, e qualquer atividade cultural contra preconceitos é válida. ”
(Paulo Autran – Ator)

10. Relações humanas:

“De tudo que existe, nada é tão estranho como as relações humanas, com suas mudanças, sua extraordinária irracionalidade. ” (Virginia Woolf – Escritora)

11. Tecnologia:

“Tornou-se aterradoramente claro que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa Humanidade” (Albert Einstein – Físico)

DICA

O racismo é um tema que está sendo muito discutido na atualidade, inclusive no Brasil. Portanto, nada mais interessante do que estar por dentro de toda essa discussão para escrever uma boa redação seja no Enem, seja no vestibular.
A melhor maneira é estar atento as notícias atuais com a leitura de jornais e ainda conhecer a estrutura básica dos textos dissertativos.
Confira abaixo algumas dicas importantes para desenvolver o texto:

1. Definição do conceito

racismo definição
Antes de mais nada, temos de pensar na definição do conceito de racismo, visto que ele ainda gera muitas dúvidas.
O racismo é um tipo de preconceito que está relacionado com as raças e etnias. Esse conceito está apoiado na ideia de superioridade racial, ou seja, de que existem raças superiores às outras.
Aqui também é importante definir os diferentes tipos de racismo que existem: o racismo individual, institucional, cultural, ambiental, dentre outros.
Além disso, podemos aumentar nosso repertório pensando em outros conceitos relacionados tais como xenofobia bullying, também muito discutidos na atualidade.

2. Pesquisa e levantamento de dados

Pesquisa sobre o tema do racismo
Após entender a definição desse conceito, devemos buscar dados relevantes sobre o tema. Lembre-se de que esses dados poderão fazer parte da sua redação e com certeza darão maior propriedade a parte da argumentação.
Importante assim buscar dados recentes sobre o racismo no Brasil e no mundo. Assim, podemos pensar na leitura da Lei número 7.716/1989 em que as atitudes racistas são consideradas crimes inafiançáveis no Brasil.
A título de curiosidade, também podemos buscar informações fiáveis sobre os países do mundo mais racistas. Para isso, busque pesquisas recentes sobre o tema e de organizações que possuam algum crédito institucional.

3. Rascunho

rascunho da redação
Nessa parte da preparação do texto, temos de organizar as ideias esboçando tudo o que foi coletado. Aqui, portanto, é importante construir um “esqueleto” do texto.
O rascunho pode ser preparado em tópicos e para isso, é importante ter em mente a estrutura básica dos textos dissertativos: introdução, desenvolvimento e conclusão.
A partir disso, você colocará tudo o que foi coletado em cada parte:
  • Introdução: definição do racismo e recorte do tema que será esboçado, por exemplo: racismo no Brasil e suas consequências para a sociedade.
  • Desenvolvimento: argumentação e conta argumentação, por exemplo: lei no Brasil, países mais racistas e ainda, alguns casos recentes sobre o tema.
  • Conclusão: fechamento do texto com o lançamento de alguma ideia que priorize a melhoria para as questões apontadas, por exemplo: maior intervenção de organizações internacionais, revisão da lei, abordagem do tema nas escolas, etc.

4. Hora de escrever!

produção de texto
Depois de feito o rascunho chegou a hora de organizar todas as ideias no papel. Aqui, devemos levar em conta a estrutura básica e onde tudo ficará bem encaixado.
É importante que o texto apresente coesão e coerência e para isso, você pode consultar uma tabela de conectivos que te ajudarão a “tecer” melhor as frases.
Lembre-se que os conectivos não devem ser usados de maneira exagerada somente para impressionar o avaliador do texto. Assim, você poderá optar por conectivos mais comuns, por exemplo: assim, dessa maneira, todavia, inicialmente, etc. O importante é que o texto esteja coerente e bem coeso.

5. Revisão

revisão de redação
Nada mais importante que fazer uma revisão final e ver se tudo está escrito corretamente, ou mesmo se existe coesão entre os parágrafos.
É muito importante ter uma escrita sem erros ortográficos e mesmo de pontuação. Uma dica é ler em voz alta e ainda, fazer a leitura para alguém. Se essa pessoa compreendeu tudo o que foi dito e não tem nenhuma dúvida, o seu texto pode realmente estar bom.

Caiu no Enem!

Na prova de redação do Enem 2016 o tema foi “Caminhos para combater o racismo no Brasil”.
Confira aqui os textos motivadores utilizados na prova e aproveite para fazer um texto sobre o assunto.

Texto I

Ascendendo à condição de trabalhador livre, antes ou depois da abolição, o negro se via jungido a novas formas de exploração que, embora melhores que a escravidão, só lhe permitiam integrar-se na sociedade e no mundo cultural, que se tornaram seus, na condição de um subproletariado compelido ao exercício de seu antigo papel, que continuava sendo principalmente o de animal de serviço. […] As taxas de analfabetismo, de criminalidade e de mortalidade dos negros são, por isso, as mais elevadas, refletindo o fracasso da sociedade brasileira em cumprir, na prática, seu ideal professado de uma democracia racial que integrasse o negro na condição de cidadão indiferenciado dos demais.
(RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. 1995. Fragmento).

Texto II

LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989
Define os crimes de resultantes de preconceito de raça ou de cor
Art 1º – Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminalização ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
(Disponível em: www.planalto.gov.br - Acesso em: 25 maio 2016. Fragmento).

Texto III

racismo imagem do enem
(Disponível em: www12.senado.leg.br - Acesso em: 25 maio 2016).

Texto IV

O que são ações afirmativas
Ações afirmativas são políticas públicas feitas pelo governo ou pela iniciativa privada com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos.
Uma ação afirmativa busca oferecer igualdade de oportunidades a todos. As ações afirmativas podem ser de três tipos: com o objetivo de reverter a representação negativa; para promover igualdade de oportunidades; e para combater o preconceito e o racismo.
Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade que as ações afirmativas são constitucionais e políticas essenciais para a redução de desigualdades e discriminações existentes no país.
No Brasil, as ações afirmativas integram uma agenda de combate à herança histórica de escravidão, segregação racial e racismo contra a população negra.
(Disponível em: www.seppir.gov.br - Acesso em: 25 maio 2016. Fragmento).

Proposta de redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos para combater o racismo no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.