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31 de janeiro de 2016

Essas vírgulas


No artigo da semana passada,  procurei esclarecer alguns casos de emprego da vírgula, os mais básicos talvez, sem entrar muito no terreno, ‘tenebroso’ para muitas pessoas, da análise sintática.
Desta vez vou discorrer sobre algumas situações em que o tal sinal pode alterar completamente a mensagem e, se o emissor se distrair, pode acabar dizendo algo distinto daquilo que tinha em mente.
Nas redes sociais têm circulado algumas imagens que brincam exatamente com esse problema. Observem uma delas:
In https://br.pinterest.com/visaghair/plagiando/ acesso em 28-01-2016 sem créditos da imagem
In https://br.pinterest.com/visaghair/plagiando/ acesso em 28-01-2016 sem créditos da imagem
Para a gramática normativa (aquela a que devemos obedecer nas redações, provas e concursos), a frase ‘Vou ali comer gente’ não apresenta desvio. Temos um sujeito oculto (eu), uma locução verbal (vou comer) funcionando como transitiva direta, um objeto direto (gente) e um adjunto adverbial de lugar (ali). A questão é que nossa sociedade não admite a antropofagia, portanto ‘comer gente’ vai ser moralmente e criminalmente condenável e para ser aceita pela sociedade a frase deveria estar pontuada: “Vou ali comer, gente.”
Brincadeiras à parte, alguns exercícios gramaticais apresentam frases parecidas, cuja diferença consiste graficamente na pontuação e solicitam que se aponte a diferença semântica (de sentido) e sintática (de função dos termos) entre elas, como estas:
I. Pedro, o gerente do banco ligou.
II. Pedro, o gerente do banco, ligou.
Ambas estão corretas, porém na frase I, Pedro funciona como vocativo, termo que chama a atenção de um receptor para então passar a mensagem de que o gerente do banco havia ligado. Já na frase II, Pedro funciona como sujeito, foi ele quem fez a ligação e o gerente do banco, termo isolado por duas vírgulas, funciona como aposto, explicando quem é o Pedro.
Observe este outro caso de mudança de sentido, apenas alterando o emprego das vírgulas:
A) Os funcionários que fizeram greve foram demitidos.
B) Os funcionários, que fizeram greve, foram demitidos.
As palavras são exatamente as mesmas, mas temos dois enunciados completamente diferentes. Na frase A, afirma-se que, de todos os funcionários, apenas os que fizeram greve foram demitidos, ou seja, de um conjunto, apenas um subconjunto foi demitido. Do ponto de vista sintático, a oração “que fizeram greve” é uma oração subordinada adjetiva restritiva (restringe uma parte do total).
Na frase B, a informação é outra: todos os funcionários fizeram greve e todos foram demitidos. A oração “que fizeram greve” aparece agora entre vírgulas e, como vimos no artigo anterior, isso ocorre quando essa informação é acessória, está ‘a mais’ e pode ser tirada, sem prejuízo da informação principal. Do ponto de vista sintático é uma oração subordinada adjetiva explicativa.
Ah, cuidado com os ‘achismos’!
Às vezes eu escuto alguns alunos falando: “Mas parece que a oração que explica é a que está sem vírgula…” Neste caso, como diria aquele árbitro-comentarista de futebol, a regra é clara: sem vírgulas, a oração é restritiva e a interpretação é ‘não são todos, apenas estes’; com vírgulas, a oração é explicativa e a informação vale para todos.
E essa informação é relevante tanto para a leitura e interpretação de textos quanto para a resolução de questões gramaticais. Observe esta questão da 2ª fase da Fuvest de alguns anos:
(FUVEST) Os meninos de rua que procuram trabalho são repelidos pela população.
a) Reescreva a frase, alterando-lhe o sentido apenas com o emprego de vírgulas.
b) Explique a alteração de sentido ocorrida.
Resolução:
a) Os meninos de rua, que procuram trabalho, são repelidos pela população.
b) A ausência de vírgulas frase original serve para instaurar o pressuposto de que nem todos os meninos de rua procuram trabalho e aquele grupo que procura é repelido pela população. A oração que procuram trabalho classifica-se como subordinada adjetiva restritiva.
A presença de vírgulas na frase reescrita no item a estabelece o pressuposto de que todos os meninos de rua procuram trabalho e todos eles são repelidos pela população. A oração entre vírgulas classifica-se como subordinada adjetiva explicativa.
E para finalizar, vale a pena dar uma olhada nesta peça publicitária extremamente bem-feita, que apresenta a importância da vírgula:

Whitney Houston - I Will Always Love You

26 de janeiro de 2016

Filmes, afinal estamos em férias

Histórias reais quase sempre emocionam e quando elas dizem de escritoras e poetisas, as quais admiramos, parece que o fascínio se torna ainda maior. Em comum nessa lista de 14 filmes biográficos estão grandes mulheres que com poesia e prosa mudaram o mundo. Cada filme, com sua peculiaridade, é capaz de despertar em nós interesse, fascinação e até mesmo desapontamento, pois como leitores não cansamos de idealizar aquelas que um dia nos sussurraram aos ouvidos as mais belas palavras. Espero que gostem da seleção!
  1. As Irmãs Brontë / De André Techiné, França, 1979

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Esse filme é o quarto do diretor Techiné e inesperadamente foi relançado em 2014 em DVD no Brasil. O enredo se passa em Yorkshire, na Inglaterra do século XIX, e fala da vida das três irmãs escritoras Brontë, Charlotte (Marie-France Pisier), Emily (Isabelle Adjani) e Anne (Isabelle Huppert), que apesar de terem morrido jovens e de terem vivido bastante reclusas, se tornaram ícones da literatura mundial. No filme também aparece o irmão pintor das escritoras, que possivelmente serviu de inspiração para elas comporem alguns personagens.

 2. Entre Dois Amores / De Sydney Pollack, EUA, 1985

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Com uma interpretação maravilhosa de Meryl Streep e de Robert Redford e com uma fotografia e enredo primorosos, é um achado na Netflix. Baseado na história real da escritora dinamarquesa Karen Christenze Dinesen (1885-1962), que mais tarde passaria a ter o nome de baronesa Karen von Blixen-Finecke, o filme se passa no começo do século vinte e retrata uma mulher muito à frente de seu tempo que por causa de um casamento por conveniência parte para a África e lá encontra o verdadeiro amor. O livro da escritora intitulado Out Of Africa, deu embasamento para o filme. No Brasil podemos encontrar o livro Sombras na Relva, de Dinesen, no qual ela conta sobre a vida, amores e a fazenda no Quênia.

3. Henry & June – Delírios Eróticos / De Philip Kaufman, Reino Unido, 1990

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Esse filme é tremendamente erótico, sedutor e com ótimas interpretações, com destaque para a atriz Maria de Medeiros que interpreta Anaïs Nin. O enredo é tecido tendo como base os escritos de Anaïs em extensos diários bastante detalhados – podemos encontrar o livro da autora, intitulado Henry & June, disponível no Brasil. Recheado de erotismo, o diretor Philip Kaufman conseguiu traduzir cenas sensuais e sexuais sem deixá-las vulgares, pelo contrário. O filme se passa em Paris, no início da década de 30, época na qual o escritor Henry Miller (Fred Word) forma um triângulo amoroso com sua mulher June (Uma Thurman) e com Anaïs Nin (Maria de Medeiros). Anaïs se envolve tanto com o escritor quanto com a esposa dele, enquanto vive uma relação desinteressada com o marido.

4. O Círculo do Vício / De Alan Rudolph, EUA, 1994

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Esse filme se passa em meados de 1920 e conta a história da escritora e poetisa norte-americana Dorothy Parker (Jennifer Jason Leigh). Com um físico pequeno, Dorothy não levava desaforos para casa. Com suas frases ácidas e ar destemido se tornou uma das figuras mais importantes, espirituosas e comentadas da América entre os anos 20 e 30. No filme a escritora relembra os tempos em que pertencia ao grupo Algonquin Round Table, formado por amigos escritores na Nova York. Entre festas, romances e amizades com os escritores, Dorothy passa por alcoolismo, comportamento autodestrutivo e tentativa de suicídio. Destaque para a atuação elogiada de Jennifer Jason Leigh e para os diversos atores famosos que aparecem em pontas. No Brasil há um único livro da escritora lançado; uma coletânea de contos intitulada “Big Loira”.

5. Iris / De Richard Eyre, EUA – Reino Unido, 2001

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A história de amor entre a escritora inglesa Iris Murdoch e seu marido, John Bailey, também escritor e professor de literatura inglesa, com quem viveu quase 50 anos, é contada em duas épocas distintas: na juventude, quando eles se conheceram, e na velhice, quando Iris sofre do mal de Alzheimer. O filme é dirigido por Richard Eyre e é interpretado por Kate Winslet (na fase jovem de Iris) e Judi Dench (nos derradeiros dias da escritora). Baseado em dois livros de Bailey (A Memoir e Elegy for Iris), o filme acompanha a agonia de Iris a partir da descoberta acidental da doença, pouco antes dela concluir o seu último romance em 1995. No Brasil podemos encontrar o livro da escritora intitulado A Soberania do Bem, dentre outros.

6. As Horas / De Stephen Daldry

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Em três períodos diferentes vivem três mulheres ligadas ao livro “Mrs. Dalloway”. Em 1923 vive a escritora Virginia Woolf (Nicole Kidman), autora do livro, que enfrenta uma crise de depressão e idéias de suicídio. Em 1949 vive Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa grávida que mora em Los Angeles, planeja uma festa de aniversário para o marido e não consegue parar de ler o livro. Nos dias atuais vive Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York e dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo. O filme é inspirado em um livro de mesmo nome escrito por Michael Cunningham e é muito bem dirigido por Daldry. Amado e odiado, o filme divide opiniões, mas é uma ótima oportunidade para se deliciar com a interpretação de Nicole Kidman como Virginia Woolf.

7. Sylvia – Paixão Além das Palavras / De: Christine Jeffs, Reino Unido, 2003

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Esse filme é uma biografia encantadora da poetisa, romancista e contista norte-americana Sylvia Plath. Interpretada com maestria por Gwyneth Paltrow, a personagem mostra uma Sylvia sensível e loucamente apaixonada por Ted Hughes, poeta de quem foi esposa e com quem teve dois filhos. Um passado conturbado, um presente incerto e um futuro nebuloso marcaram a história dessa mulher apaixonada e sensível. Um filme memorável que mostra um belo panorama da vida conjugal de Sylvia e de como o ciúme, a infidelidade e inúmeras incertezas minaram as expectativas dela com relação à vida. Pode ser encontrado na internet em espanhol, contudo com a possibilidade de legendas em português.

8. Miss Potter / De Chris Noonan, EUA – Reino Unido, 2006

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Beatrix Potter foi um verdadeiro fenômeno da literatura no início do século XX. Ela criou uma série de livros e personagens infantis que são amados até os dias atuais. Peter Rabbit é um ótimo exemplo disso. No filme Beatrix é interpretada por Renée Zellweger, antes da plástica facial. Há flashbacks da infância, registros da aristocracia inglesa que definiram a personalidade introspectiva de Beatrix, mas o filme é concentrado no início e no rápido ápice da vida literária da escritora. O foco principal de Noonan não é alimentar conflitos, mas embelezar a arte de Beatrix com muita doçura. Para isso o diretor mesclou a filmagem tradicional com a animação dos desenhos da escritora. Um filme para toda a família que pode ser encontrado facilmente na internet.

9. Amor e Inocência / De Julian Jarrold, EUA – Reino Unido, 2007

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Esse filme lindo e delicado conta a história da escritora Jane Austen. Na sociedade inglesa de 1795, os pais de Austen querem casa-la com um rico sobrinho. Mas Jane (Anne Hathaway) quer se casar por amor. E é nesse momento que ela conhece o irlandês Tom Lefroy (James McAvoy), um estudante de direito em visita ao campo. O elenco de atores ingleses é excelente, o figurino, fotografia e trilha sonora também se destacam. E o final é belíssimo. O filme pode ser encontrado facilmente na internet e Netflix.

10. Miss Austen Regrets / De Jeremy Lovering, Reino Unido, 2008

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Esse filme tem como foco os últimos anos da vida de Jane Austen que morreu em 1817, aos 41 anos, e nos apresenta um período da vida da autora diferente daquele do filme Amor e Inocência. O roteiro, baseado nas correspondências entre Jane, sua irmã Cassandra e sua sobrinha Fanny, fala sobre a decisão de Austen de permanecer solteira, as chances que teve de se casar e de como ajudou sua sobrinha Fanny a encontrar um marido. Também vemos nele um pouco sobre a luta para conseguir publicar seus livros e a oposição sofrida dentro da família. A produção do filme é ótima e a fotografia é maravilhosa o que resulta em cenas belíssimas. No Brasil o filme foi lançado pela BBC em um pack juntamente com o filme Razão e Sensibilidade.

11. Enid / De James Hawes, Reino Unido – Irlanda, 2009

Enid
Ainda criança, na era Eduardiana na Inglaterra, Enid Blyton começa a contar estórias para seus irmãos. Após a I Guerra Mundial, enquanto estudava para ser professora, ela manda seus escritos para vários editores e um deles, Hugh Pollock, não só os aceita, como se casa com ela. Enquanto milhares de crianças a adoram, ela é uma mãe e esposa extremamente fria e manipuladora. Com a separação do primeiro marido ela se casa com Kenneth Waters. Após a II Guerra Mundial, ela é uma escritora popular, amada pelas crianças, contudo muito diferente do que qualquer uma delas pode sequer imaginar. Em 43 anos de trabalho Enid Blyton escreveu mais de 700 livros, tendo vendido até hoje mais de 600 milhões de cópias. Morreu em 1968 com demência. Helena Bonham Carter é quem interpreta Enid Blyton no filme e está primorosa no papel. O filme Enid pode ser encontrado facilmente na internet e seus livros são vendidos no mundo todo ainda hoje, inclusive no Brasil.

12. Borboletas Negras / De Paula von der Oest, Alemanha, Africa do Sul, Holanda, 2011

Borboletas Negras - Cartaz
Borboletas Negras, dirigido por Paula von der Oest, conta a história de Ingrid Jonker (interpretada por Carice van Houten), escritora sul-africana que viveu na época do Apartheid. Tornou-se conhecida quando Nelson Mandela leu o poema “A Criança que foi Assassinada pelos Soldados de Nyanga”, no seu primeiro discurso como presidente da África do Sul. Ingrid Jonker nasceu em 19 de setembro de 1933, e residia na cidade do Cabo. A vida da poetisa foi marcada pela difícil relação com o pai, Abraham Jonker, que não reconhecia o talento literário dela e a rejeitava. Casou-se, em 1956, com Pieter Venter, e teve uma filha chamada Simone. Porém, logo se divorciou e passou a se envolver com outros homens. Dentre eles, os escritores Jack Cope e André P. Brink. O primeiro é mostrado, no filme, como o grande amor da vida da poetisa. Jonker começou a escrever poemas aos seis anos de idade e o fazia no idioma Afrikaans. O filme é de uma densidade e intensidade incrível e mostra como uma alma sensível pode ser abalada irremediavelmente pelas agruras da vida. Pode ser encontrado na internet.

13. Flores Raras / De Bruno Barreto, Brasil, 2012

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Eu preciso confessar que esse filme foi uma boa surpresa que me caiu no colo durante uma viagem daquelas nas quais a TV só sintoniza alguns poucos canais. Ambientado no Brasil dos anos 50, o filme conta a história do relacionamento entre a poetisa norte‐americana Elizabeth Bishop e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares. Extremamente rico e, ao mesmo tempo, bastante conturbado, esse relacionamento rendeu bons frutos: o auge da poesia de Bishop e a construção do Aterro do Flamengo, obra arquitetônica mundialmente conhecida de Lota. O filme é de uma delicadeza sem fim e os créditos vão para a interpretação de Glória Pires como a arquiteta brasileira, com um inglês fluente e atuação bastante convincente.

14. Florbela / De Vicente Alves do Ó, Portugal, 2012

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A famosa poetisa Florbela Espanca (1894 – 1930) viveu em Portugal na época do fim da Primeira República. Depois de uma separação traumática, ela aceita se casar para encontrar estabilidade e ter paz para escrever. Mas ela logo fica entediada e, após receber uma carta do irmão, vai correndo encontrá-lo em Lisboa, procurando inspiração e proximidade do círculo literário da capital. Ela vive com intensidade o estilo de vida urbano e embora o marido tente trazê-la de volta, e o irmão seja obrigado a partir, Florbela sente que encontrou seu lugar. Na cidade surge a inspiração para os seus maiores poemas. Tendo um pai que não a reconheceu em vida, um amor exacerbado pelo irmão, três casamentos, dois abortos e três tentativas de suicídio, sua história por si só é perturbadora. Um filme amado e detestado na mesma medida, contudo válido, com uma atuação convincente de Dalila Carmo como Florbela. O filme pode ser facilmente encontrado na internet.

Realidade ou ficção

Às vezes, é difícil distinguir a realidade da ficção – especialmente quando o Photoshop faz com que seja tão simples borrar a linha entre os dois. No entanto, certos casos, mesmo que sejam difíceis de acreditar, são totalmente reais.
Estas fotos parecem muito incríveis para serem retratos da realidade, mas elas são. Algumas delas são terríveis, enquanto outras vão fazer você se perguntar como a Mãe Natureza conduz seus negócios.
# 1. Aranhas subiram em árvores para escapar das inundações no Paquistão. Milhares delas fizeram teias ali mesmo.
# 2. A incrível estação de metrô Solna Centrum, em Estocolmo.
# 3. Os maiores chifres do boi em todo o mundo.
# 4. Coelho mais fofo do mundo
# 5. O ralo no Reservatório de Ladybower, no Reino Unido. O buraco foi, na verdade, feito para evitar inundações. 
# 6. Uma escultura em uma praia em Sydney, Austrália.
# 7. Uma opala que dá a ilusão de um pequeno oceano dentro da pedra.
# 8. Um navio que quase invadiu esta vila.
# 9. O vulcão Ijen, na Indonésia, expele lava azul
# 10. Árvores secas na Namíbia, fotografadas contra uma duna gigante. 
# 11. Este enorme caranguejo é uma visão comum em climas tropicais, como a Austrália.
# 12. Uma montanha que parece um Doritos gigante, no Parque Nacional das Geleiras, em Montana, nos Estados Unidos.
# 13. Um avião pousando no aeroporto da Ilha de São Martinho.
# 14. Borboletas monarca voam de volta de onde ficam no inverno na Serra Chincua, México.
# 15. Lago Retba, um dos poucos que são naturalmente rosas em todo o mundo.
# 16. A paisagem do deserto da Namíbia, na África Austral.
#17 Um tubarão dentro de outro tubarão 
#18 Um homem com um buraco em seu rosto
#19 Um peixe com dentes parecidos com os dos humanos
#20 Um gato com rosto dividido

Fotos bizarras

A Internet está cheia de surpresas. Você nunca sabe o que você vai encontrar ou descobrir nela. Em alguns dias, você pode derramar uma lágrima ou duas de um vídeo comovente de um cão sendo resgatado. Outros dias você vai rir histericamente com memes engraçados. Neste caso, nós lhe trazemos fotos que simplesmente vão surpreendê-lo.
Um “OVNI” sendo conduzido em uma estrada no noroeste de Indiana, EUA
Um durian vermelho flamejante.
Trata-se de uma das frutas mais exóticas do mundo.
Biohackers com luzes LED implantadas debaixo de sua pele.
Uma flor (Anguloa uniflora) que se parece como um bebê coberto. (As 10 flores mais estranhas do mundo)
Um misterioso mar de espuma nas ruas de Maroochydore, Austrália.
A porta para a igreja de St. Edward em Stow, Inglaterra.
Centopéias bebê sendo protegidas por sua mãe.
A assustadora Ilha das Bonecas, no México (saiba a história sobre essa ilha macabra aqui)
Um homem do Sudeste da China com uma rara marca de nascença que faz com que ele se pareça um lobisomem.
Brian Tagalog é o único tatuador certificado do mundo que não tem braços.
Ovos cozidos pretos – uma iguaria japonesa.
Apenas a casca é negra. A cor vem de águas ricas em enxofre em que os ovos são cozidos. O enxofre não só muda a cor da casca, mas também deixa um sabor e odor diferente. Você experimentaria?
Russo cortando o cabelo em uma situação extrema 
A Ilha dos Gatos, no Japão
Uma ilha onde os gatos não só superam os seres humanos em população, como também existe um santuário felino e cabines em forma de gatos para os turistas ficarem.
Garras de urso

Uma reflexão

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.
Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

24 de janeiro de 2016

Pontuação


Olá!
Vamos discutir brevemente duas situações envolvendo o emprego de vírgulas. Dentre os sinais de pontuação, a vírgula é, talvez, o mais versátil, uma vez que pode aparecer com diferentes funções dentro das frases.
Se você não quiser, ou não conseguir, ‘decorar’ todos os casos, ao menos tente lembrar-se desta dica simples:
  • 1 vírgula – separa elementos;
  • 2 vírgulas – isolam elementos
Na primeira situação podemos ter a separação de itens de uma sequência, do vocativo ou de um adjunto adnominal deslocado para o início da frase ou ainda indicando a elipse (supressão) de um termo, como se verifica a seguir:
  1. Maria, José, Pedro e Antônio são irmãos. (Maria, José, Pedro e Antônio formam um sujeito composto de 4 núcleos e as vírgulas separam cada núcleo)
  2. No bolo eu utilizei farinha de trigo, açúcar refinado, ovos frescos e fermento em pó. (Agora temos farinha de trigo, açúcar refinado, ovos frescos e fermento em pó funcionando como objetos diretos do verbo utilizar)
  3. Os alunos entraram na sala, ocuparam seus lugares, abriram os livros e começaram a leitura. (Aqui os elementos são mais complexos: cada uma das orações é um item, separado do seguinte por meio da vírgula, lembrando que cada verbo com sentido próprio é o ponto central de uma oração. Assim, se há 4 verbos, consequentemente há na frase 4 orações.)
  4. Meninos, eu vi!” (verso de I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias) (Meninos funciona como vocativo – não é sujeito, o sujeito é o pronome ‘eu’! – e tal termo sempre fica isolado dentro dos enunciados)
  5. Na semana passada, a empresa anunciou novas contratações. (Na semana passada funciona como circunstância de tempo, exercendo a função de adjunto adverbial de tempo e seu lugar, na ordem direta, é no final da frase)
  6. Eu gosto de Chico Buarque e meu irmão, de Caetano. (meu irmão gosta de Caetano – não precisamos repetir o verbo, mas precisamos marcar a elipse com a vírgula: ela fica no lugar do verbo)
Os elementos de uma sequência, os quais ficarão separados por vírgulas, podem ser simples vocábulos (exemplo a), sintagmas nominais (estruturas com mais de uma palavra, que apresentam um significado, mas não têm verbo – o núcleo é um substantivo) (exemplo b) ou orações (exemplo c).
Na segunda situação (um par de vírgulas) podemos ter uma informação deslocada de seu lugar na ordem direta da frase (exemplo 1), uma informação complementar (uma explicação ou esclarecimento não essencial para o sentido da frase – exemplos 2 e 3) ou ainda um termo que não faz parte da mensagem, como o vocativo (exemplo 4). Em qualquer um desses casos, o termo que está entre as vírgulas pode ser retirado da frase ou ser transferido para outro lugar do enunciado, sem alteração no sentido da mensagem. Observe os exemplos:
  1. Posso conseguir, se eu obtiver uma boa nota no Enem, uma vaga na carreira dos meus sonhos. (oração adverbial intercalada na oração principal, fora da ordem direta portanto)
  2. Machado de Assis, autor de “Dom Casmurro”, foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. (A expressão autor de “Dom Casmurro” funciona como aposto, acrescentando uma informação relativa ao termo anterior, não essencial à frase – sua retirada não altera o sentido)
  3. Os ornitorrincos, que podem ser encontrados na Oceania, são mamíferos. (é uma oração adjetiva explicativa)
  4. “O Brasil, senhores, sois vós” (Rui Barbosa, em discurso aos formandos de Direito)
Nos casos 1 e 4 as expressões em destaque podem mudar de lugar sem alteração de sentido e em todas as frases (de 1 a 4) podemos simplesmente retirar os trechos entre vírgulas e o significado do enunciado permanecerá inalterado.
Essas situações não dão conta de todos os empregos da vírgula, mas já ajudam a perceber se é preciso usar o sinal de pontuação de modo unitário ou aos pares.
Até a próxima!

23 de janeiro de 2016

ENEM


Redação Enem

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1 – Leia muito
É difícil escrever bem se a pessoa não tem o hábito da leitura, por isso leia muito, principalmente, artigos de opinião de jornais e sites de notícias. Os artigos de opinião são textos dissertativo-argumentativos: exatamente o estilo que você terá que usar na prova do Enem e na maioria dos vestibulares. Quem lê, amplia o conhecimento e se familiariza com as palavras em seu sentido correto. A probabilidade de errar diminui consideravelmente.
2 – Perfil dos temas
Assuntos recentes têm pouca chance de aparecer, pois a prova é preparada com muita antecedência. Geralmente, os temas discutem problemas da comunidade, focados em ambiente, sociedade e cultura, mas sem tocar diretamente em questões como gênero, religião e política. Leia o tema com atenção. Uma das maiores causas de perda de pontos é fugir ao tema. Veja todos os temas de redação que já caíram no Enem ao fim da página. 
3 – Treine bastante
Faça redações (busque temas que foram de provas passadas) e treine o seu tempo: uma hora. Faça um rascunho, releia e passe a limpo fazendo as alterações necessárias. Se for possível, peça a seu professor para corrigir e sugerir melhorias.
4 – Uso das palavras
Está em dúvida com relação à grafia de alguma palavra? Substitua-a por outra com significado mais próximo. Evite vocabulários requintados demais. Respeite a norma culta da nossa língua e siga o formato do texto dissertativo-argumentativo. Cuidado com a ortografia, pontuação, regência e concordância, pois eles são os erros que mais aparecem nas provas e tiram pontos do candidato. Lembre-se de que o título é opcional e, caso seja incluído, contará como linha escrita. Não pule linha entre o título e o início da redação.
5 – Uso da vírgula
Eu poderia incluir este item no de cima, mas preferi deixá-lo destacado, pois é um erro que se comete demais nas redações. Fixe as duas dicas seguintes: jamais separe o sujeito e o predicado com vírgula e também o verbo dos seus complementos.
6 – Nota zero
Alguns “deslizes” podem zerar a sua redação, como: desrespeito aos direitos humanos, não atender a proposta solicitada, fugir ao tema proposto (faça uma leitura cuidadosa), desenvolver a redação em outro estilo que não seja o dissertativo-argumentativo, entregar a folha de redação sem texto escrito, escrever até sete linhas, impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação.
7 – Começar ou não pela redação?
Alguns professores orientam a jamais começar pela redação, pois acreditam que o aluno poderá encontrar, durante a execução da prova, fragmentos motivadores que sirvam como recurso útil na hora de escrever a redação. Outros professores dizem que isso é indiferente e preferem que o próprio aluno tenha o “feeling” necessário para decidir o melhor caminho.
8 – Rascunho
A elaboração do rascunho é uma etapa importante, pois é a hora em que você vai organizar os seus argumentos, dar sentido às suas ideias e ligá-las entre si, obedecendo sempre à estrutura da dissertação: introdução, desenvolvimento e conclusão. Nesta hora, preocupe-se com o conteúdo e não com a gramática. Terminado o rascunho, esqueça um pouco a sua redação: vá ao banheiro, lave o rosto, coma algo e beba uma água. Pode ser que você pense que essa estratégia seja perda de tempo, mas você ganhará minutos preciosos para identificar com mais precisão os possíveis equívocos da sua redação na hora de passá-la a limpo. Respeite o limite de linhas (8 a 30) e não coloque informações fora da área de correção.
9 – Texto dissertativo-argumentativo
O texto dissertativo-argumentativo consiste em um gênero em que se deve expor informações, ideias, fatos sobre um determinado tema, posicionar-se em relação a ele. Ao mesmo tempo, é preciso convencer o leitor a concordar com o ponto de vista que está sendo exposto. Assim é imprescindível que a opinião do autor do texto esteja explicitada, clara, fundamentada. O que não se deve fazer é incluir marcas de pessoalidade (eu acho, na minha opinião, no meu ponto de vista, a meu ver).
10 – Evite
  • internetês (vc, hj, td, tb, pq etc.)
  • marca de oralidade (tá, né, ok, daí etc.)
  • gírias (pagar mico, trampo, busão, de boa, caraca, sem noção, véi etc.)
  • gerundismo (vou estar pesquisando o seu caso, vou estar completando a sua ligação etc.)
  • expressões clichês (voltar à estaca zero, crítica construtiva, fechar com chave de ouro, esta é mais uma obra faraônica etc.)
  • pleonasmos (subir para cima, protagonista principal, ver com seus próprios olhos, surpresa inesperada, retomar de novo etc.)
  • generalizações (a população brasileira não acredita mais no voto como instrumento democrático,  toda tecnologia melhora o mundo,  os médicos brasileiros são bem remunerados etc.)
  • linguagem coloquial (ela nem se tocou que o professor tava corrigindo as provas,  a gente passô lá de tarde e tava rolando uma festa, tá chovendo muito hoje, a gente vai na casa dele assistir o filme etc.)
Veja todos os temas de redação que já caíram no Enem:
  • Viver e Aprender: letra da música “O que É, o que É”, de Gonzaguinha (1998)
  • Cidadania e participação social (1999)
  • Direitos da criança e do adolescente (2000)
  • Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito? (2001)
  • O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita? (2002)
  • A violência na sociedade brasileira (2003)
  • Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação? (2004)
  • Trabalho infantil no Brasil (2005)
  • O Poder de Transformação da Leitura (2006)
  • O desafio de se conviver com as diferenças (2007)
  • Como preservar a floresta Amazônica (2008)
  • O indivíduo frente à ética nacional (2009)
  • O trabalho na construção da dignidade humana (2010)
  • Viver em rede no século 21 – os limites entre o público e o privado (2011)
  • O movimento imigratório para o Brasil no século XXI’ (2012)
  • Lei Seca no Brasil: os efeitos da implantação da lei no país (2013)
  • Publicidade infantil em questão no Brasil (2014)
  •  A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira  (2015)