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28 de setembro de 2018

ENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018 está finalmente chegando! As provas serão realizadas nos dias 4 e 11 de novembro, sendo que a prova de redação será aplicada no primeiro dia do Exame.
Em relação a ela, sempre pairou uma imensa ansiedade acerca do tema da proposta de redação, não só do Enem, mas de todo vestibular que exige a produção de um texto escrito. Nesse sentido, como o Enem ganhou proporções gigantes – já que hoje é considerado o maior exame de entrada do país – a apreensão a respeito do tema da sua prova de redação é de abrangência nacional.
Sempre afirmamos que o participante que está bem preparado não precisa, na verdade, ficar tão preocupado e ansioso em relação ao tema da redação do Enem, pois é capaz de escrever uma dissertação-argumentativa adequada sobre um tema que não domina por ser um leitor proficiente e, por isso, conseguir extrair seu texto (tese, argumento principal, argumentos secundários, estratégias argumentativas e proposta de intervenção social) da proposta de redação que, aliás, nos mostra a dissertação-argumentativa pronta, recortada tematicamente falando; basta que o candidato a “decifre”.
Por outro lado, como escrevemos, ao longo do ano, textos que abordaram alguns temas possíveis e prováveis como temas da proposta de redação do Enem, resolvemos publicar um texto sobre o que imaginamos ser uma tendência para a prova de redação do Enem 2018: as minorias.
Desde a edição de 2015, quando a proposta foi “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira“, o Enem abordou grupos minoritários em suas propostas de redação. Em 2016, por exemplo, quando houve duas edições do exame, os temas foram os seguintes: “O combate à intolerância religiosa no Brasil” e “O combate ao racismo no Brasil“. E, em 2017, o tema abordou os deficientes auditivos em “A formação educacional dos surdos no Brasil“.
Resumindo: desde 2015, minorias estão no centro das propostas de redação do Enem. Mulheres, religiões não-cristãs, negros e deficientes auditivos foram os grupos escolhidos pela banca elaboradora e esta pode continuar a seguir esta tendência neste ano, já que as minorias sofrem muito no nosso país, infelizmente.
Além disso, trata-se de problemáticas que envolvem questões sociais, são atuais e que merecem propostas de intervenção social e, por isso mesmo, são dignas de serem abordadas em uma prova tão importante quanto a prova de redação do Enem.
Portanto, quando nos perguntam qual é o nosso palpite para o tema da redação do Enem 2018, respondemos que é seguir a tendência de colocar, como centro da questão, um grupo minoritário, inclusive que sofra desrespeito em relação aos Direitos Humanos, pois violência contra a mulher (de todos os tipos), intolerância religiosa, racismo e a não inclusão de deficientes auditivos nas escolas ferem os Direitos Humanos.

27 de setembro de 2018

TEMA DE REDAÇÃO

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A necessidade do controle sobre o consumo de álcool na sociedade brasileira do século XXI, apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Representantes do Conselho Nacional de Procuradores Gerais do Brasil entregaram um manifesto ao deputado Renan Filho (PMDB-AL), presidente da Comissão que discute a Lei Geral da Copa, pedindo que a proibição do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios também seja válida no Mundial de 2014. Atualmente, o texto do relator Vicente Cândido (PT-SP) permite a venda e o consumo das bebidas no período da Copa, desde que sejam usados apenas copos de plástico. (…)
O procurador de Justiça de Minas Gerais, José Antônio Baeta, disse que, além do manifesto, foram entregues estatísticas das ocorrências policiais nos estados, que comprovam que após a proibição da venda e do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros os índices de violência caíram em média 75% ao redor das arenas.
“O Ministério Público é contra a liberação dessa medida, porque a restrição do consumo de bebida alcoólica integra o plano de segurança para prevenir a violência nos estádios. Esse pensamento representa todas as instituições que atuam na segurança pública”, declarou Baeta. O procurador de justiça de Minas Gerais disse ainda que o componente de rivalidade é um estopim para desencadear a violência nos estádios e que isso pode ocorrer também entre nações, na Copa do Mundo.

A “Lei Seca” tem sido um dos assuntos mais comentados nas últimas semanas. A pena para os motoristas alcoolizados se tornou uma grande ameaça para quem pensa em ir sair de casa de carro para baladas, bares etc.
O rigor da lei surpreendeu quem não estava preparado para o limite-zero. Mas, paralela à temência da maioria dos motoristas – que preferem ficar no refrigerante, ao tomar multa alta e ter o veículo apreendido – surgiu a prática da “corrente do goró”. Trata-se de um grupo de pessoas que se comunicam por meio de mensagens de celular, alertando aos amigos sobre locais de blitz na cidade. Tudo para escapar da fiscalização. Além de informar os locais, os membros da “corrente” também pedem para que o receptor da mensagem encaminhe-a para outras pessoas.
O Detran afirmou ao jornal brasiliense Tribuna do Brasil que já tem conhecimento da “corrente do goró”, e já estão sendo tomadas as medidas para neutralizar seus efeitos. O departamento garante que os locais de blitz não serão informados com antecedência.
Outra novidade decorrente da Lei Seca foi o aumento considerável na venda de bafômetros. De acordo com o Último Segundo, há uma fila de espera para a compra do aparelho. Entre os compradores estão os donos de bares, restaurantes, casas noturnas e farmácias que procuram prevenir os clientes de uma possível apreensão. O preço médio do bafômetro fica entre R$300 e R$10 mil.
O uso abusivo do álcool é especialmente fatal para os jovens, além de ser a causa principal de morte em homens entre 15 e 59 anos. Segundo a OMS, 320 mil pessoas entre 15 e 29 anos morrem ao redor do mundo anualmente de causas relacionadas ao consumo do álcool. (…)
Em 2004, conforme dados publicados pela ONU, o álcool já era considerado o principal causador de 60 tipos de doenças e ferimentos. Entre a lista de mazelas causadas pela bebida estão cirrose, epilepsia, envenenamento e diferentes tipos de câncer – entre eles, câncer colorretal, mama, laringe e fígado.
Só no Estado de São Paulo, uma pessoa é internada por problemas decorrentes do uso do álcool a cada 20 minutos, segundo levantamento da Secretaria da Saúde. Os motivos vão desde intoxicação por abuso pontual até cirrose alcoólica, problemas cardíacos e câncer. (…)
Entre as conseqüências, principalmente a curto prazo, também estão: mal-estar físico e psíquico, perda do controle, comportamento antissocial, enjoo, vômitos, tontura, ressaca, dor de cabeça e depressão.

O governador Geraldo Alckmin sancionou nesta quarta-feira, 19, lei estadual que amplifica a prevenção ao uso de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes no Estado de São Paulo. Bares, restaurantes, lojas de conveniência e baladas, entre outros locais, não poderão vender, oferecer nem permitir a presença de menores de idade consumindo bebidas alcoólicas no interior dos estabelecimentos. A fiscalização começa em 30 dias.
Antes da aprovação da lei, já não era permitida a venda de álcool a menores. No entanto, se um adulto comprasse a bebida e a repassasse a um adolescente ou criança, os proprietários pelos estabelecimentos não podiam ser responsabilizados.
A nova legislação muda esse ponto e obriga o comerciante a pedir documento de identificação para realizar a venda ou deixar que o produto seja consumido no local. Essas medidas têm como objetivo evitar que adolescentes tenham acesso a bebidas alcoólicas, que podem causar dependência, doenças, problemas familiares, violência, acidentes e mortes.

TEMA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Publicação de imagens trágicas – banalização do sofrimento ou forma de sensibilização?, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Um dos traços característicos da vida moderna é oferecer inúmeras oportunidades de vermos (à distância, por meio de fotos e vídeos) horrores que acontecem no mundo inteiro. Mas o que a representação da crueldade provoca em nós? Nossa percepção do sofrimento humano terá sido desgastada pelo bombardeio diário dessas imagens?
Qual o sentido de se exibir essas fotos? Para despertar indignação? Para nos sentirmos “mal”, ou seja, para consternar e entristecer? Será mesmo necessário olhar para essas fotos? Tornamo-nos melhores por ver essas imagens? Será que elas, de fato, nos ensinam alguma coisa?
Muitos críticos argumentam que, em um mundo saturado de imagens, aquelas que deveriam ser importantes para nós têm seu efeito reduzido: tornamo-nos insensíveis. Inundados por imagens que, no passado, nos chocavam e causavam indignação, estamos perdendo a capacidade de nos sensibilizar. No fim, tais imagens apenas nos tornam um pouco menos capazes de sentir, de ter nossa consciência instigada.

Quantas imagens de crianças mortas você precisa ver antes de entender que matar crianças é errado? Eu pergunto isso porque as mídias sociais estão inundadas com o sangue de inocentes. Em algum momento, as mídias terão de pensar cuidadosamente sobre a decisão de se publicar imagens como essas. No momento, há, no Twitter particularmente, incontáveis fotos de crianças mortas. Tais fotos são tuitadas e retuitadas para expressar o horror do que está acontecendo em várias partes do mundo. Isto é obsceno. Nenhuma dessas imagens me persuadiu a pensar diferentemente do modo como eu já pensava. Eu não preciso ver mais imagens de crianças mortas para querer um acordo político. Eu não preciso que você as tuite para me mostrar que você se importa. Um pequeno cadáver não é um simbolo de consumo público. ́.


A morbidez deve ser evitada a todo custo, mas imagens fotográficas chocantes que podem servir a propósitos humanitários e ajudar a manter vivos na memória coletiva horrores inomináveis (dificultando, com isso, a ocorrência de horrores similares) devem ser publicadas.

Diretor da ONG Human Rights Watch, Peter Bouckaert publicou em seu Twitter a foto do menino sírio de 3 anos que se afogou. Ele explicou sua decisão: “Alguns dizem que a imagem é muito ofensiva para ser divulgada. Mas ofensivo é aparecerem crianças afogadas em nossas praias quando muito mais pode ser feito para evitar suas mortes.”

TEMA DE REDAÇÃO


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O suicídio entre os jovens brasileiros – Como enfrentar esse problema?, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
O suicídio tem crescido entre as causas de mortes de jovens até 19 anos no Brasil. Em 2013, 1% de todas as mortes de crianças e adolescentes do país foram por suicídio, ou 788 casos no total. O número pode parecer baixo, mas representa um aumento expressivo frente ao índice de 0,2% de 1980.
Entre jovens de 16 e 17 anos, a taxa é ainda maior, de 3% frente ao número total. O aumento também ocorre em relação às mortes para cada 100 mil jovens dessa mesma faixa etária: a taxa foi de 2,8 por 100 mil em 1980 para 4,1 em 2013.
Os dados fazem parte da pesquisa Violência Letal: Crianças e Adolescentes do Brasil. Eles foram compilados pela Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), um organismo de cooperação internacional para pesquisa.
Segundo Alexandrina Meleiro, jovens imersos em redes sociais como Facebook ou Instagram assistem a retratos de vidas fantásticas. Internautas tendem a selecionar posts que exibam suas melhores conquistas e construir cuidadosamente imagens coloridas de suas vidas. Por comparação, a vida de quem assiste a esse espetáculo parece pior, principalmente quando surgem problemas.
Dificuldades em lidar com ou ter a própria sexualidade aceita continuam a contribuir para comportamento suicida. De acordo com Alexandrina Meleiro, é comum que pais se digam compreensivos quanto à sexualidade dos filhos, mas tenham problemas em lidar, na prática, com filhos não heterossexuais.
Mortes por suicídio são cerca de três vezes maiores entre homens do que entre mulheres. De acordo com cartilha da Associação Brasileira de Psicologia sobre o tema do suicídio ‘papéis masculinos tendem a estar associados a maiores níveis de força, independência e comportamentos de risco’. O reforço desse papel pode impedir que homens procurem ajuda em momentos de sofrimento. ‘Mulheres têm redes sociais de proteção mais fortes.’
Maus tratos e abuso físico e sexual durante o desenvolvimento também podem estar associados ao suicídio. De acordo com a professora, pessoas suicidas tendem a se envolver em comportamentos autodestrutivos, como o uso de drogas sem moderação. ‘Assim como o álcool contribui para a violência contra o próximo, ele pode desencadear violência contra si mesmo.’
Ela também afirma que os jovens são em parte vítimas da própria criação. Pais excessivamente focados em suas próprias carreiras e vidas pessoais sentem-se culpados em relação aos filhos, e tendem a consolá-los com conquistas materiais. “‘Se quebrou o iPhone, o pai providencia outro.’”
Esse excesso de proteção pode dificultar que o jovem desenvolva, por si próprio, formas de lidar com a frustração com problemas do amadurecimento, como uma desilusão amorosa ou dificuldades para encontrar um emprego.
O CVV — Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo.
Realizamos mais de um milhão de atendimentos anuais por aproximadamente 2.000 voluntários em 18 estados mais o Distrito Federal. Esses contatos são feitos pelo telefone 141 (24 horas), pessoalmente (nos 72 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br via chat, VoIP (Skype) e e-mail.
É associado ao Befrienders Worldwide, entidade que congrega as instituições congêneres de todo o mundo e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio do Ministério da Saúde.
Em setembro de 2015 iniciamos o atendimento pelo telefone 188, primeiro número sem custo de ligação para prevenção do suicídio que, neste primeiro momento só funciona no estado do Rio Grande do Sul, onde o 188 é operado pelo CVV em fase de teste para ampliação a todo território nacional.
O CVV desenvolve outras atividades relacionadas a apoio emocional além do atendimento, com ações abertas à comunidade que estimulam o autoconhecimento e melhor convivência em grupo e consigo mesmo em todo o Brasil. A instituição também mantém o Hospital Francisca Julia que atende pessoas com transtornos mentais e dependência química em São José dos CamposSP.
A curta história de Ariele Vidal Farias integra um fenômeno crescente na cidade de São Paulo: os casos de suicídio de jovens mulheres, com idade entre 15 e 34 anos. Mais velha de três irmãos, Ariele vivia com a mãe —os pais, separados, mas de convivência amistosa, contam que nunca notaram sinais de depressão na primogênita. Em março de 2014, ao voltar para casa à tarde, após a escola, a irmã mais nova encontrou Ariele enforcada. Ela tinha 18 anos. A família descobriria depois que a ex-escoteira treinara os nós a partir de um livro, deixado fora do lugar, e até uma boneca foi encontrada nos seus pertences com um laço no pescoço. Na carta de despedida, escreveu: “Gente morta não decepciona ninguém”.
O número de suicídios de mulheres de 15 a 34 anos na capital, que representava 20% do total nessa faixa em 2010, pulou para 25% quatro anos depois. De acordo com o “Mapa da Violência — Os Jovens do Brasil”, estudo elaborado pela Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), a taxa de suicídio dos jovens em São Paulo aumentou 42% entre 2002 e 2012.
“Tenho duas conjecturas para a decisão dela. Uma possível crise pela descoberta da homossexualidade, ela tinha contado para uma tia que gostava de uma menina, e o fato de ser muito exigente consigo mesma”, responde o pai de Ariele, o oficial de justiça Ivo Oliveira Farias, 58. A filha se preparava para seguir sua carreira. Dias depois do enterro, a família receberia a notícia de que ela fora aprovada em direito.
Fenômeno que ocorre cada vez mais entre os jovens, homens ou mulheres, o suicídio deve ser abordado sem estigmas, afirmam especialistas. Os tratamentos psiquiátricos e psicológicos são recomendados para os sobreviventes, estejam eles participando ou não de grupos como os do CVV (Centro de Valorização da Vida). Na rede pública de saúde de São Paulo, a Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) monitora casos de potenciais suicidas. Se alguma pessoa for internada duas vezes seguidas por intoxicação, por exemplo, o órgão pode encaminhá-la para acompanhamento.

ENEM 2019

Redação Enem 2019

O formato da redação do Enem é o de uma dissertação-argumentativa, onde os participantes deverão defender uma tese e apresentar soluções (respeitando os direitos humanos), com argumentos e contra-argumentos relacionados ao tema proposto para o texto.
REDAÇÃO ENEM 2019
Os temas propostos geralmente são de ordem social, científica, política ou cultura, sempre trazendo um tema pertinente e que precisa ser – ou que já esteja sendo – debatido pela sociedade (seja pelas redes sociais ou pelos veículos de comunicação).
Há cursinhos e vídeo-aulas exclusivas para preparar os participantes a criarem uma redação perfeita, pois muita gente possui uma grande dificuldade nesse tipo de avaliação.
A dica é fazer várias com os possíveis temas redação Enem e pedir para que um professor as corrija. Treinar e praticar é a melhor forma de melhorar a sua escrita e se aperfeiçoar cada vez mais.

Como fazer uma boa redação no ENEM

A criação de uma redação dissertativa-argumentativa pode ser estruturada de forma simples, devendo ser dividida em três pontos que serão explicados mais detalhadamente a seguir:

Introdução: Nesse momento o participante deverá apresentar o tema e o abordagem que fará no conteúdo a seguir. É preciso ser objetivo e mostrar ao eleitor qual será a sua linha de raciocínio. Na redação do Enem INEP, os argumentos apresentados devem ser construídos para convencer o eleitor sobre o seu ponto de vista.
É na introdução que o participante deverá apontar o caminho que o texto seguirá dali por diante, mostrando a quem vai corrigir a prova do Enem que você sabe fazer uma redação do gênero.

Desenvolvimento: O participante deverá apresentar argumentos que justifiquem e corroborem com a tese de forma consistente. Escreva da forma mais objetiva possível os pontos destacados para que o eleitor possa entender facilmente o seu ponto de vista.
A dica é utilizar um parágrafo para cada argumento, pois assim será mais fácil o entendimento por parte do eleitor. Outra dica é elaborar uma frase importante e de impacto em cada parágrafo e, então, desenvolver um argumento para completar a frase.
É nessa parte da redação da prova do Enem 2019 que o participante deverá construir os argumentos e defender o ponto de vista geral apresentado no texto.

Conclusão: Para finalizar o texto, volte para as ideias apresentadas na introdução junto com os principais argumentos apresentados no desenvolvimento. A ideia é fazer um resumo de tudo que foi apresentado e, então, propor uma solução para o problema sugerido pelo tema da redação.

Possíveis temas de Redação ENEM 2019

O temas da redação Enem sempre apresenta abordagens importantes e relevantes para a sociedade. Para ajudá-los, trouxemos uma lista com 10 itens mostrando os possíveis temas de redação ENEM, confira:
REDAÇÃO ENEM 2019
  • Criminalidade entre os jovens brasileiros;
  • Desafio no combate a homofobia no Brasil;
  • As novas formas de representação familiar;
  • Sistema prisional brasileiro;
  • O combate as doenças epidêmicas;
  • Sistema de Segurança Pública;
  • Inclusão de pessoas com deficiência na sociedade brasileira;
  • Os efeitos da cultura de ódio na internet;
  • A sobrevivência da cultura indígena no Brasil contemporâneo;
  • Fake news nas redes sociais.
Para tentar “adivinhar” qual será o próximo tema da redação Enem 2019, os participantes deverão ficar de olho nos noticiários e nas redes sociais para visualizar, assim, quais são os assuntos mais comentados do momento.

Como funciona a correção da redação

REDAÇÃO ENEM 2019A correção da prova ENEM 2019 leva em consideração 5 competências (que serão destrinchados a seguir), onde cada uma é avaliada separadamente e que vale entre 0 a 200 pontos.
As competências a serem avaliadas são:

Ponto 01. O domínio da norma culta da língua escrita.

Ponto 02. Compreensão da proposta da redação do Enem e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

Ponto 03. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

Ponto 04. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

Ponto 05. Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Como ver espelho da Redação Enem

Antes de tudo precisamos entender uma coisa: o que é o espelho da sua Redação Enem? Este nada mais é, um mecanismo de fins pedagógicos criado pelo Ministério da Educação (MEC), o qual os alunos podem saber o motivo da sua pontuação obtida na redação. Ou seja, a redação de todos os participantes é digitalizada e, através desta versão digital, os corretores justificam a nota atribuída ao candidato de acordo com cada uma das cinco competências avaliadas no Enem.
Esta é uma forma mais justa de correção de prova, pois deixa claro qualquer tipo de erro cometido pelo candidato no texto proposto. Desta forma, se os mesmos pretenderem participar de uma outra edição do programa, certamente estarão mais preparados.
REDAÇÃO ENEM 2019
Este mecanismo fica disponível no site do Inep Enem e os candidatos deverão acessar a Página do Participante para poder saber o motivo da sua nota da redação.

A redação Enem 2019 é uma avaliação muito importante para o resultado total do exame. Por isso é essencial treinar e ler bastante, para que possa conseguir uma boa nota se destacar na lista de aprovados. E lembre-se de começar a realizar a prova pela redação, pois é quando a mente estará melhor preparada e com mais conteúdo para desenvolver o seu texto.

Se restou alguma dúvida, não hesite em deixa-lá nos comentários, pois assim que possível iremos te responder. E não esqueça de compartilhar nosso conteúdo com uma pessoa próxima que também pretenda participar do Exame Nacional do Ensino Médio. Boa Sorte!

26 de setembro de 2018

TEMA DE REDAÇÃO


A seleção de textos que você encontrará a seguir tem por objetivo apenas ajudá-lo a desenvolver suas próprias ideias sobre a questão abordada. Esses textos não devem ser reproduzidos na sua produção textual.
(…) De desígnio divino ou de limitações anatômicas, a beleza passou a ser um ‘ato de vontade’, ‘de esforço’ e um ‘denotativo do caráter’. Como aponta Baudrillard, a sociedade de consumo traz a mensagem de que ‘só é feio quem quer’, ‘moralizando o corpo feminino’ nas palavras do próprio autor. (…) Se o corpo até a sociedade industrial era o corpo ferramenta, observamos agora que o mesmo passou a ser o principal objeto de consumo. Das academias de ginástica, dos anabolizantes, esteroides e anfetaminas que são consumidos como jujubas, das inúmeras e infindáveis técnicas de correção corporal, o corpo ‘malhado’ entrou em cena. Beleza é artigo de primeira necessidade. Mas por ela você pagará um alto preço!
“Toda rotina tem sua beleza, descubra a sua”
A ideia é a rotina do papel
O céu é a rotina do edifício
O início é a rotina do final
A escolha é a rotina do gosto
A rotina do espelho é o oposto
A rotina do perfume é a lembrança
O pé é a rotina da dança


“Meu neto Bernardo é quem sempre me apresenta às tecnologias de última geração. Volta e meia chega do Rio de Janeiro com alguma novidade. Está parecidíssimo com meu pai José Custódio quando era mais moço. Neto faz bem à saúde. Se avô é pai com açúcar, neto é filho com proteínas, vitaminas e sais minerais. Um abraço de neto a cada 24 horas substitui perfeitamente qualquer tipo de medicamento. Só em saber que o Bernardo está perto, meu corpo agradece. E tem vontade de lhe fazer todo tipo de festa – festa de carícia, festa de celebração.
Bernardo me traz vida, juventude.
(…) Fiz ver a ele que não adiantam micro-ondas com programação computadorizada, congelados, sopas instantâneas e tantas outras modernidades, sempre haverá sustos numa cozinha, sempre haverá aprendizados. Máquinas se reproduzem e evoluem com tamanha rapidez que nem há tempo para conflitos entre uma geração e outra. Mas nós, humanos – mesmo os de última geração –, somos lentos demais. Nossos progressos são imperceptíveis. Demoramos décadas para perceber êxitos e fracassos. Quando, depois de muito esforço, nos tornamos mestres na arte culinária, quando, de olhos fechados, acertamos o ponto do doce, muitos já se foram. A família que senta à mesa é outra. Já não somos netos, mas avós.
Produza um texto dissertativo-argumentativo no qual você expresse de forma clara, coerente e bem fundamentada suas ideias acerca da relação entre o indivíduo e a beleza na contemporaneidade

TEMA DE REDAÇÃO


Texto 1
Um levantamento do Instituto Datafolha divulgado em maio de 2016 apontou que 61% dos eleitores são contrários ao voto obrigatório. O voto obrigatório é previsto na Constituição Federal – a participação é facultativa apenas para analfabetos, idosos com mais de 70 anos de idade e jovens com 16 e 17 anos.
Para analistas, permitir que o eleitor decida se quer ou não votar é um risco para o sistema eleitoral brasileiro. A obrigatoriedade, argumentam, ainda é necessária devido ao cenário crítico de compra e venda de votos e à formação política deficiente de boa parte da população.
“Nossa democracia é extremamente jovem e foi pouco testada. O voto facultativo seria o ideal, porque o eleitor poderia expressar sua real vontade, mas ainda não é hora de ele ser implantado”, diz Danilo Barboza, membro do Movimento Voto Consciente.
O sociólogo Eurico Cursino, da Universidade de Brasília (UnB), avalia que o dever de participar das eleições é uma prática pedagógica. Ele argumenta que essa é uma forma de canalizar conflitos graves ligados às desigualdades sociais no país. “A democracia só se aprende na prática. Tornar o voto facultativo é como permitir à criança decidir se quer ir ou não à escola”, afirma.
Já para os defensores do voto não obrigatório, participar das eleições é um direito e não um dever. O voto facultativo, dizem, melhora a qualidade do pleito, que passa a contar majoritariamente com eleitores conscientes. E incentiva os partidos a promover programas eleitorais educativos sobre a importância do voto.

O segundo texto da coletânea, por sua vez, explora melhor os receios das pessoas contrárias ao voto facultativo: teme-se que, se o voto deixar de ser obrigatório no Brasil, muitas pessoas deixariam de ir às urnas e isso traria consequências negativas para a democracia brasileira. A descrença nos políticos brasileiros juntamente com a não obrigatoriedade do voto poderia gerar uma evasão nas eleições brasileiras em todos os níveis, mas um ponto crucial que os candidatos deveriam pensar para responder a pergunta do tema é: já que vivemos em uma democracia, o voto deveria ser um direito ou deveria permanecer sendo um dever?
É sabido que muitas pessoas votam apenas por obrigação e por receio de perder direitos como emitir ou renovar passaporte, participar de concursos públicos dentre outras sanções impostas aos eleitores que não comparecem às urnas e que podem ter seus títulos de eleitor cancelados. Também é de conhecimento de todos a imensa quantidade de votos nulos e brancos e que poucas pessoas assistem pela televisão ou ouvem pelo rádio os programas eleitorais.
Nesse contexto, o voto facultativo tornaria o eleitor brasileiro mais participativo, educada politicamente e atuante nas eleições? Ou aconteceria o contrário: haveria uma verdadeira evasão eleitoral caso o voto deixasse de ser obrigatório?
São estas as questões suscitadas pelo segundo texto da coletânea, um fragmento de um texto publicado na revista Exame em agosto deste ano, de autoria de Raphael Martins e intitulado “
O que falta para o Brasil adotar o voto facultativo?”:
Texto 2
Há muito tempo se discute a possibilidade de instauração do voto facultativo no Brasil. Mas são diversos os fatores que travam a discussão.
Atualmente, é a Lei no 4737/1965 que determina o voto como obrigatório no Brasil, além dos dispositivos e penas a quem não comparece ao pleito. Com a imposição, o país segue na tendência contrária ao resto do mundo. Estudo divulgado pela CIA, que detalha o tipo de voto em mais de 230 países no mundo, mostra que o Brasil é um dos (apenas) 21 que ainda mantém a obrigatoriedade de comparecer às urnas.
Para Rodolfo Teixeira, cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB), a atual descrença na classe política pode levar a uma grave deserção do brasileiro do processo eleitoral. O jurista Alberto Rollo, especialista em Direito Eleitoral e membro da comissão de reforma política da OAB de São Paulo, concorda e acredita que o eleitor brasileiro ainda é “deficitário” do ponto de vista de educação política, sem ser maduro o suficiente para entender a importância do voto: “Se [o voto facultativo] fosse implementado hoje, mais da metade dos eleitores não votaria. Isso é desastroso”, afirma.
O cientista político e professor da FGV-Rio Carlos Pereira pensa diferente. O especialista acredita que as sete eleições presidenciais depois do fim da ditadura militar mostram que o momento democrático do Brasil está consolidado. O voto facultativo seria mais um passo a uma democracia plena.
“O argumento de que o eleitor pobre e menos escolarizado deixaria de votar parte de um pressuposto da vitimização. É uma visão muito protecionista”, diz Pereira. “O eleitor mais pobre tem acesso à informação e é politizado: ele sabe quanto está custando um litro de leite, uma passagem de ônibus, se o bairro está violento, se tem desemprego na família. É totalmente plausível que ele faça um diagnóstico e decida em quem votar e se quer votar.”
Disserte sobre – O QUE FALTA PARA O BRASIL ADOTAR O VOTO FACULTATIVO?

19 de setembro de 2018

Concordância verbal

A liberdade e o consumo
Quantos morreram pela liberdade de sua pátria? Quantos foram presos ou espancados pela liberdade de dizer o que pensam? Quantos lutaram pela libertação dos escravos?
No plano intelectual, o tema da liberdade ocupa as melhores cabeças, desde Platão e Sócrates, passando por Santo Agostinho, Spinoza, Locke, Hobbes, Hegel, Kant, Stuart Mill, Tolstoi e muitos outros. Como conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado? Como as liberdades essenciais se transformam em direitos do cidadão? Essas questões puseram em choque os melhores neurônios da filosofia, mas não foram as únicas a galvanizar controvérsias.
Mas vivemos hoje em uma sociedade em que a maioria já não sofre agressões a essas liberdades tão vitais, cuja conquista ou reconquista desencadeou descomunais energias físicas e intelectuais. Nosso apetite pela liberdade se aburguesou. Foi atraído (corrompido?) pelas tentações da sociedade de consumo.
O que é percebido como liberdade para um pacato cidadão contemporâneo que vota, fala o que quer, vive sob o manto da lei (ainda que capenga) e tem direito de mover-se livremente?
O primeiro templo da liberdade burguesa é o supermercado. Em que pesem as angustiantes restrições do contracheque, são as prateleiras abundantemente supridas que satisfazem a liberdade do consumo (não faz muitas décadas, nas prateleiras dos nossos armazéns ora faltava manteiga, ora leite, ora feijão). Não houve ideal comunista que resistisse às tentações do supermercado. Logo depois da queda do Muro de Berlim, comer uma banana virou ícone da liberdade no Leste Europeu.
A segunda liberdade moderna é o transporte próprio. BMW ou bicicleta, o que conta é a sensação de poder sentar-se ao veículo e resolver em que direção partir. Podemos até não ir a lugar algum, mas é gostoso saber que há um veículo parado à porta, concedendo permanentemente a liberdade de ir, seja aonde for. Alguém já disse que a Vespa e a Lambretta tiraram o fervor revolucionário que poderia ter levado a Itália ao comunismo.
A terceira liberdade é a televisão. É a janela para o mundo. É a liberdade de escolher os canais (restritos em países totalitários), de ver um programa imbecil ou um jogo, ou estar tão perto das notícias quanto um presidente da República – que nos momentos dramáticos pode assistir às mesmas cenas pela CNN. É estar próximo de reis, heróis, criminosos, superatletas ou cafajestes metamorfoseados em apresentadores de TV.
Uma ”liberdade” recente é o telefone celular. É o gostinho todo especial de ser capaz de falar com qualquer pessoa, em qualquer momento, onde quer que se esteja. Importante? Para algumas pessoas, é uma revolução no cotidiano e na profissão. Para outras, é apenas o prazer de saber que a distância não mais cerceia a comunicação, por boba que seja.
Há ainda uma última liberdade, mais nova: a internet e o correio eletrônico. É um correio sem as peripécias e demoras do carteiro, instantâneo, sem remorsos pelo tamanho da mensagem (que se dane o destinatário do nosso attachment megabáitico) e que está a nosso dispor, onde quer que estejamos. E acoplado a ele vem a web, com sua cacofonia de informações, excessivas e desencontradas, onde se compra e vende, consomem-se filosofia e pornografia, arte e empulhação.
Causa certo desconforto intelectual ver substituídas por objetos de consumo as discussões filosóficas sobre liberdade e o heroísmo dos atos que levaram à sua preservação em múltiplos domínios da existência humana. Mas assim é a nossa natureza, só nos preocupamos com o que não temos ou com o que está ameaçado. Se há um consolo nisso, ele está no saber que a preeminência de nossas liberdades consumistas marca a vitória de havermos conquistado as outras liberdades, mais vitais. Mas, infelizmente, deleitar-se com a alienação do consumismo está fora do horizonte de muitos. E, se o filósofo Joãozinho Trinta tem razão, não é por desdenhar os luxos, mas por não poder desfrutá-los.
Cláudio de Moura Castro
1- O primeiro parágrafo do texto apresenta:
a) uma série de perguntas que são respondidas no desenrolar do texto;
b) uma estrutura que procura destacar os itens básicos do tema discutido no texto;
c) um questionamento que pretende despertar o interesse do leitor pelas respostas;
d) um conjunto de perguntas retóricas, ou seja, que não necessitam de respostas;
e) umas questões que pretendem realçar o valor histórico de alguns heróis nacionais.
2- O item abaixo que indica corretamente o significado da palavra em maiúsculas no texto é:
a) ”…mas não foram as únicas a GALVANIZAR controvérsias.” – discutir;
b) ”…comer uma banana virou um ÍCONE da liberdade no Leste europeu.”- fantasia;
c) ”…consomem-se filosofia e pornografia, arte e EMPULHAÇÃO.”; grosseria;
d) ”…cafajestes METAMORFOSEADOS em apresentadores de TV.” – desfigurados;
e) ”…que a distância não mais CERCEIA a comunicação…”- impede.
3- ”Como conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado?”; nesse segmento do texto, o autor afirma que:
a) o Estado age obrigatoriamente contra a liberdade;
b) é impossível haver liberdade e governo ditatorial;
c) ainda não se chegou a unir os cidadãos e o governo;
d) cidadãos e governo devem trabalhar juntos pela liberdade;
e) o Estado é o responsável pela liberdade da população.
4- ”O primeiro templo da liberdade burguesa é o supermercado. Em que pesem as angustiantes restrições do contracheque, são as prateleiras abundantemente supridas que satisfazem a liberdade do consumo…”; o segmento destacado corresponde semanticamente a:
a) as despesas do supermercado são muito pesadas no orçamento doméstico;
b) os salários não permitem que se compre tudo o que se deseja;
c) as limitações de crédito impedem que se compre o necessário;
d) a inflação prejudica o acesso da população aos bens de consumo;
e) a satisfação de comprar só é permitida após o recebimento do salário.
5- O item em que NÃO está presente uma crítica do jornalista é:
a) “Foi atraído (corrompido?) pelas tentações da sociedade de consumo.”
b) “…vive sob o manto da lei (ainda que capenga)…”
c) “…de ver um programa imbecil ou um jogo,…”
d) “…consomem-se filosofia e pornografia, arte e empulhação.”
e) “O primeiro templo da sociedade burguesa é o supermercado…”
6- Observe a frase ”Não houve ideal comunista que resistisse às tentações…”. Se colocássemos ideal no plural, quantas outras palavras sofreriam alteração?
a) uma
b) duas
c) três
d) quatro
e) nenhuma
7- “Os esgotos ………. grandes causadores de poluição, pois ao não receberem o tratamento adequado, liberam à natureza diversos poluentes que ………. a deterioração dos rios, lagos e oceanos. É no esgoto, também, que se ………. bactérias, vírus e larvas de parasitas, considerados nocivos.”
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, no que se refere à concordância verbal, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
a) são considerado – provoca – encontram
b) é considerado – provoca – encontram
c) são considerados – provocam – encontram
d) são considerados – provoca – encontra
e) é considerado – provocam – encontra
8- Indique a opção correta:
a) Os Alpes é a maior cordilheira da Europa.
b) Ainda haviam pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que o IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas no relógio da escola.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
9- Assinale a frase em que há erro de concordância verbal:
a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade.
b) Não haviam dúvidas sobre a necessidade da imigração.
c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada.
d) Há problemas nos seus documentos.
e) Mais de um aluno daquela turma foi reprovado.
10- A concordância do verbo está correta em:
a) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.
b) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos.
c) Haviam muitas ciladas em seu caminho.
d) Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
e) Vossa Excelência enganastes vossos eleitores.
11- “É provável que ……. vagas na academia, mas não ……. pessoas interessadas: são muitas as formalidades a ……. cumpridas.”
a) hajam – existem – ser
b) hajam – existe – ser
c) haja – existem – serem
d) haja – existe – ser
e) hajam – existem – serem
12- Indique a alternativa correta:
a) Tratavam-se de questões fundamentais.
b) Comprou-se terrenos no subúrbio.
c) Precisam-se de datilógrafas.
d) Reformam-se ternos.
e) Aqui, se obedecem aos severos regulamentos.
13- Indique a alternativa correta:
a) Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da apatia.
b) É cinco horas da tarde.
c) Da cidade à praia é dois quilômetros
d) Vossa Senhoria fará uma bela viagem.
e) O fazendeiro com os peões levantou a cerca.
14- “A apuração dos dois crimes ………… até que se ………… provas decisivas.”
a) vai continuar, encontrem
b) vão continuar, encontre
c) vai continuarem, encontrem
d) vai continuar, encontrarem
e) vai continuando, encontrassem
15- “Já ………. anos, ………. neste local árvores e flores. Hoje, só ………. ervas daninhas.”
a) fazem, haviam, existe
b) fazem, havia, existe
c) fazem, haviam, existem
d) faz, havia, existem
e) faz, havia, existe
16- A alternativa aceitável é:
a) Mais de cem interessados na vaga enviaram currículo.
b) Precisa-se de motoristas experientes.
c) Canoas localizam-se no Rio Grande do Sul.
d) Telefone, computador, fax, tudo auxilia o homem.
e) Os Lusíadas tornaram Camões famoso.
17- “Além disso, as regras de como devemos nos comportar sexualmente prevalecem em todos os discursos, o que se torna uma questão velada de repressão.” O verbo prevalecer concorda com o termo:
a) as regras
b) nos
c) os discursos
d) uma questão
e) devemos
18- A alternativa onde a concordância está equivocada é:
a) Consertam-se televisores.
b) Precisa-se de técnicos em eletrônica.
c) Os pais, os avós, os vizinhos, ninguém percebeu a criança saindo.
d) Eu e você compraremos os ingressos amanhã.
e) Algum de vós conseguireis a bolsa de estudo?
19- Assinale a alternativa em que a concordância ficaria incorreta se o verbo destacado fosse colocado no plural.
a) Já chegou o palestrante e seu assistente.
b) Uma manada escapou das jaulas.
c) Não foram nós quem decidiu a data do jogo.
d) A maioria das questões apresentava dificuldades.
e) A alegria e o contentamento marcou sua vida.
20- Observe:
I – Os Estados Unidos não divulgou a notícia.
II – Não fomos nós que atrapalhamos a reunião.
III – Os Sertões reconstitui a trágica história de Canudos.
IV – O aluno, o professor, funcionário, ninguém viu o diretor.
Estão corretas:
a) apenas I
b) I, II
c) I, III, IV
d) II, III, IV
e) todas
Gabarito: 
1- D
2- E
3- A
4- B
5- E
6- B
7- C
8- C
9- B
10- D
11- C
12- D
13- D
14- A
15- D
16- C
17- A
18- E
19- B
20- D

17 de setembro de 2018

OS PORQUÊS


O que a Cartola e Kid Abelha têm em comum? O emprego do advérbio interrogativo nos versos de suas músicas. Observemos os trechos a seguir:
“Meu coração não sei por que
Bate feliz Quando te vê…
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo…
Mas mesmo assim, foges de mim (…)
“(…) Eu encomendo o jantar só pra nós dois
Se não tem nada pra depois, então por que não eu?
Você tá nessa, rejeitada, caçando paixão
Eu com a cara mais lavada digo, por que não?
Por que não eu? (…)”
O emprego dos “porquês” sempre gera dúvidas e insegurança, mas vamos por partes, observando e compreendendo cada situação.
Nos dois exemplos acima, encontramos o advérbio interrogativo. Será empregado “por que”, separado, quando estiver sendo usado nas interrogações diretas ou indiretas. Opa… interrogação indireta? Sim! É uma pergunta “disfarçada de frase declarativa. A frase se encerra com ponto final, mas o verbo ou locução verbal nela presente deixa implícita uma pergunta, ou seja, ao ouvir a frase, mesmo com ponto final, temos o impulso de responder. Imagine a cena: a mãe entra no quarto e fala:
“Eu queria saber por que você ainda não arrumou o quarto.”
Certamente o filho (coloque-se no lugar dele) vai responder:
“Ainda não deu tempo, eu estava estudando!”
É o caso da canção “Carinhoso”: “Meu coração, não sei por que”… mas eu gostaria de saber! Essa é a tal interrogação indireta. A interrogação direta é mais facilmente identificada, uma vez que tem a pontuação característica, é encerrada com o ponto de interrogação.

No caso da segunda música também temos um advérbio interrogativo, mas no final da frase a entonação fica mais forte, então vai receber um acento circunflexo.
A dica prática é tentar encaixar a palavra “razão” depois do ‘por que’. Se fizer sentido, empregaremos o ‘por que’ separado. Observemos:
“Por que (razão) você não arrumou o quarto?”
“Eu queria saber por que (razão) você não arrumou o quarto?”
“Você não arrumou o quarto por quê (razão)?”
Já o ‘porque’, junto e sem acento, é uma conjunção, que pode ser coordenativa explicativa ou subordinativa causal (ver texto da semana passada). Em ambos os casos, podemos ter certeza de que é o ‘porque’, quando pudermos substituir pela conjunção ‘pois’. Vejamos:
“Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer (…)”
Esse ‘porque’ pode, sem prejuízo de sentido, ser trocado pelo ‘pois’: “pois eu não posso mais sofrer”.
E por último, temos o ‘porquê’, junto e com acento. Nesse caso temos o termo funcionando como substantivo, sinônimo de ‘motivo’:
“Eu entendo os seus porquês (seus motivos), embora não concorde com eles.”