Assistir à televisão era algo especial, a começar pelo
manuseio do aparelho. Frequentemente apenas uma pessoa −
no geral, um adulto − era competente para ligá-lo e regular a
imagem. As crianças constituíam, desde o início, um segmento
tância do aparelho.
Introduzida nos lares, a televisão concedia prestígio so-
cial à família. Mais que isso: a casa se tornava um centro de
atração e convivência para a vizinhança. Por isso, o público-
Havia ainda um misto de respeito e estranhamento
diante da caixa mágica e de seus mistérios. A posse do objeto
que traz as imagens para dentro de casa significava uma pos-
tura “moderna”, uma atitude desinibida diante da nova tecnolo-
Antes do videoteipe (VT), a teledramaturgia transporta-
va uma carga de emoção que era única, semelhante à tensão
típica de um espetáculo teatral. O público recebia inconscien-
temente essa carga e participava de algum modo dela. Se para
corrigir a interpretação, Roberto de Cleto enfatiza que a intro-
dução do videoteipe prejudicou a interpretação: perdia-se uma
certa eletricidade que emanava da interpretação ao vivo. A
energia que vibrava da vontade “de se fazer bem e certo, ao
As cartas dos leitores de revistas especializadas da
época revelam que o público se propunha a participar ativa-
mente no desenvolvimento do novo meio. Ele exercia a crítica
com a intenção de modificar o que lhe era apresentado: a pro-
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importante do público, mas ainda lhes era imposta certa dis-
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alvo incluía os televizinhos.
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gia.
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Aracy Cardoso o uso do VT permite sobretudo ao ator se ver e
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vivo” não estava mais presente.
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gramação, a escolha dos atores, a composição dos cenários.
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Considerados os necessários ajustes, a substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo correto em:
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