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4 de agosto de 2012

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Quando se decide por uma greve,diga-se dos professores universitários, busca-se aquilo que, dentro dos "padrões normais", não se consegue. Paradoxalmente,"meios normais" é tudo, de acordo com a lei, que se deveria manter e ter qualidade dentro de uma instituição educacional. As universidades federais estão em greve há quase 90 dias e pouco se resolveu. A quem convive com  material sucateado, laboratórios sem condições, má remuneração de seus professores é passível até uma intervenção para que tais educandários fechem temporariamente e sejam reformados.
Falar que a paralisação é individualista,segundo Mercadante, que não se pensa no coletivo é, no mínimo, temerário, pois está embutido em todas as propostas a melhoria de um sistema que beneficiará a todos, e já não pode  ter continuidade se assim permanecer. Além disso, o coletivo sempre   estará atrelado, porque busca, nesse caso, a normalidade material e a formação de profissionais competentes e é o que a sociedade quer.
Equivoca-se,em suas premissas, quem  faz uma leitura célere ou frívola a respeito dessa paralisação. A reestruturação , não somente da carreira do docente, mas do todo deve ser sim efetivada, através do diálogo constante e da prioridade que tal assunto tem. O governo pouco ou nada faz para mudar  a retórica, uma reflexão do verdadeiro tratamento que a educação, em todos os níveis, deveria ter. Além disso, foi jocosa a manifestação do Ministro da Educação sobre a questão da infraestrutura das universidades,  "tudo está bem", conclui-se que pouco ou nada  sabe do que realmente ocorre.
O movimento não se trata de discurso eleitoreiro ou midiáticos. Trata-se da questão educacional, do profissional de que precisamos para que seja auferido à  sociedade um melhor tratamento em qualquer carreira. Para que tal ocorra é necessário coragem e continuar nessa luta que pouco ou nada se faz, por parte do governo, quanto à precarização de todo o sistema educacional, não somente universitário, mas do todo, fundamental, médio e afins  no Brasil. Estamos sempre à mercê de discursos eleitoreiros tão pobres, tão superficiais quanto nosso sistema educacional.
Marlene Sagave

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