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3 de março de 2013

Modelo de texto relativo ao tema "imagens"

Título

Escher, Platão e o real imaginário

Introdução

O quadro "relatividade" de Escher, mostra um mesmo ambiente, porém sob ângulos visuais diferentes, transmite a impressão de ser outro lugar. Em sociedade ocorre algo semelhante. Uma instituição quando idealizada apresenta certas características, todavia ao ser viabilizada, efetivamente essa mesma instituição ganha novas conotações. É como girar o quadro de Escher; o projeto de algo apresenta uma imagem  que não pode ser a mesma quando tornar-se real.

Desenvolvimento 1

A instituição da igreja Católica, por exemplo, apresenta dogmas como a existência de um Deus único, onipotente e misericordioso. Criou-se essa imagem primordial de benevolência e tolerância. Porém, em meados do século XVI, em vista à Reforma Protestante, uma vertente da igreja, chamada Inquisição, foi posta em prática. Fogueira aos hereges e cerceamento aos opositores foram os preceitos reais vividos pela população. A imagem de compreensão e acolhimento foi substituída pela repressão e pela violência nada idealizadas.

Desenvolvimento 2

O filósofo Platão tentou explicar por meio da teoria das ideias essa dualidade entre a imagem projetada e a real. Para ele, todas as formas existentes no mundo físico são reflexos das formas ideais, presentes somente no mundo das ideias. Essas são perfeitas e as que temos alcance são apenas reflexos, por isso, passíveis de imperfeição. Passando da filosofia para o cotidiano, a formação de um estado totalitário tenta mesclar símbolos, imagens com o concreto. Hitler prometia um estado forte embasado em arianos nacionalistas e amantes da pátria. Essa seria a imagem ideal, na qual muito alemães acreditavam, porém, de fato, o que teve foi um estado xenófobo, racista, autoritário e violento, isto é, real, e como disse Platão, passível de muitos erros.

Conclusão

Como o símbolo para Gilbert Durant culminava em soluções apaziguadoras dos problemas, para Platão a ideia é a própria solução, é perfeição. Inegável que as instituições sejam perfeitas em nosso imaginário, além disso, é assim que muitos preferem as ver; a igreja Católica sem máculas, o Nazismo sem violência. No entanto, essa é uma perspectiva utópica. De fato, a imagem não é o objeto real, é o seu reflexo o qual podemos moldar de acorda com nosso ponto de vista. Assim sugeriu Escher em se quadro multifacetado.

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