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5 de maio de 2019

ENEM


Encerrando a nossa série sobre as competências da redação do Enem, hoje analisamos aquela que de certa forma facilita nossa vida e faz com que não precisemos levar tempo para pensar em um formato de conclusão para o texto: a quinta competência, que avalia a proposta de intervenção para a problemática do tema proposto. Ela pode facilitar a vida de quem está produzindo a redação pelo simples fato de que a conclusão pode ser utilizada para expor a sugestão de intervenção. Claro que ela também pode ser “distribuída” ao longo da redação, com a proposta de uma solução ou mais soluções para cada aspecto problemático do tema que for sendo apresentado. No entanto, o formato mais comum e preferido pelos estudantes tem sido o de propor soluções ao final da redação. E convenhamos que há mais espaço para apresentar bem o tema e defender as ideias em relação a ele se deixarmos a intervenção para o final, já que o próprio Enem exige apenas uma, contanto que seja bem elaborada.
Para começar, vamos relembrar o que diz a competência cinco ;
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
O primeiro ponto importantíssimo a ser levado em conta (e algo que já discutimos em artigos anteriores) é a questão dos Direitos Humanos. É algo levado bastante a sério pelos elaboradores da prova, tanto que até pouco tempo atrás a redação inteira era anulada caso o candidato ferisse o que o documento propõe. Porém, a partir de 2018 apenas a quinta competência é zerada caso isso ocorra. São duzentos pontos a menos, então mesmo assim é melhor respeitar os direitos de integridade e liberdade de ir e vir do coleguinha pra não correr nenhum risco de perder aquela vaga em Medicina numa federal, não é? Caso não conheça os Direitos Humanos, é uma boa dar uma pesquisada e uma boa lida no documento (clique aqui para ver), que é curtinho e simples de compreender.
Entendida a questão dos direitos humanos, passemos à elaboração da proposta! Em primeiro lugar, ela obviamente precisa ter relação com o tema. De nada adianta escrever uma redação linda sobre a mobilidade urbana e propor soluções para os problemas da educação no país. Por isso, relacione bem as soluções apresentadas ao problema que veio tratando ao longo do texto.
Como ressaltado recomendo DEMAIS que leiam e consultem-no sempre para relembrar, aliás), propostas genéricas e pouco detalhadas (“a população precisa se conscientizar”, “o governo deve propor medidas para resolver o problema”) dificilmente conseguirão boas notas na quinta competência. O que é esperado de uma proposta bem elaborada, detalhada e relevante são os seguintes itens: realizador da ação (o sujeito que colocará a proposta em prática, seja ele a esfera do governo – federal, estadual ou municipal, a família, a escola, a igreja); ação propriamente dita (o que será feito para a resolução do problema); efeito (os resultados esperados com a implantação da proposta – esse pode ser o encerramento de impacto do texto, que pode deixá-lo “redondinho”!); meio de realização da ação (o modo como a ação será colocada em prática, como que verbas serão utilizadas, quais profissionais serão responsáveis, etc.) e detalhamento de algum desses itens (um exemplo mais específico do meio, da ação ou do efeito; uma justificativa para algum dos itens ou uma contextualização de algum deles, por exemplo).

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