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1 de janeiro de 2012

Concordância verbal

A concordância verbal é um dos aspectos mais ricos da língua portuguesa.

Sujeito simples: concorda em número e pessoa com o verbo;
Toda pessoa sensata assume os próprios erros.
Pessoas sensatas assumem os próprios erros.

Sujeito composto anteposto ao verbo a concordância se faz no plural;
Pai e filho conversaram longamente.
Pais e filhos devem conversar com frequência.

Sujeito composto posposto ao verbo a concordância pode ser no singular ou no plural.
Faltaram coragem e competência.
Faltou coragem e competência.

Sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes o verbo concorda da seguinte forma
Se houver a pessoa "eu" o verbo vai para a primeira do plural "nós";
Teus irmãos, tu e "eu" tomaremos a decisão.
Caso houver "tu" o verbo vai para a segunda do plural "vós";
"Tu" e teus irmãos tomareis a decisão.

Sujeito simples formado por expressões partitivas - parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de - seguida de um substantivo ou pronome no plural o verbo pode ficar no singular ou no pural;
A maioria dos jornalistas aprovou ou aprovaram a ideia.
Grande parte dos candidatos estuda ou estudam para as provas.

Sujeito formado por substantivos coletivos, quando especificados vai para o singular ou para o plural;
Um bando de vândalos destruiu ou destruíram o monumento.

Sujeito formado por substantivo coletivo, sem especificação, o verbo fica no singular.
Um bando destruiu o monumento.

Sujeito formado por expressões que indicam quantidade aproximada - cerca de , mais de , menos de , perto de - seguida de um numeral ou substantivo, o verbo concorda com o substantivo.
Cerca de mil pessoas compareceram ao estádio.
Mais de um atleta compareceu ao estádio.

Quando se trata de nomes próprios a concordância deve ser feita levando-se em conta  a presença do artigo.
Sem artigo - verbo no singular
Com artigo no plural o verbo deve ir para o plural.
Minas Gerais produz leite.
As Minas Gerais produzem leite.

Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural - quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários - seguidos de nós ou de vós o verbo deve concordar com o primeiro pronome na terceira pessoa do plural ou com o pronome pessoal.
Quais de nós são ou somos capazes
Alguns de vós sabiam ou sabíeis do caso.

Quando o sujeito é formado por expressão partitiva que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.
25% do orçamento do país deve destinar-se à educação.
85% dos entrevistados não aprovam o orçamento.
Quando a expressão não é seguida de ssubstantivo, o verbo deve concordar com o número.
25% querem amar.
1% quer amar.

Quando o sujeito é pronome relativo que, a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente desse pronome.
Fui eu que paguei a conta.
Fomos nós que pintamos a casa.

Com a expressão , um dos que, o verbo deve assumir a forma no plural.
Você é um dos que assumiram a chefia.

Quando o sujeito é o pronome relativo quem pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou a concordância se dá com o antecedente do pronome.
Fui eu quem pagou a conta.
Fui eu quem paguei a conta.

Casos de sujeito composto que merecem destaque

Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos o verbo pode ficar no plural ou no singular.
Descaso e desprezo marcam ou marca seu comportamento.

Quando o sujeito composto é formado por gradação o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito.
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem ou me satisfaz.

Quando os núcleos do sujeito composto forem unidos por ou ou nem, o verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos.
Drummond e Bandeira representam a essência da poesia brasileira.
 Quando o ou for excludente o verbo fica no singular.
Paulo ou João se casará com Maria.

Com as expressões um ou outro, nem um nem outro, a concor dância costuma ser feita no singular. Com a locução um e outro, o plural é mais frequente.

Quando os núcleos do sujeito são unidos por com, o verbo pode ficar no plural.
Pai com o filho montaram o brinquedo.

Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas  como, não só...mas também, não só... mas também, não somente...mas ainda, não apenas...mas também, tanto...quanto, o verbo concorda no plural.
Não só a seca mas também o pouco caso castigam o Nordeste.

Quando os elementos de um sujeito composto  são resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor.
Pontes, viadutos, túneis, nada disso é prioritário.

O verbo e palavra se

Quando o se é índice de indeterminação do sujeito, o verbo fica na terceira pessoa do singular.
Trata-se de gestos incompatíveis.

Quando o se é pronome apassivador o verbo concorda com o sujeito da oração.

Aluga-se sala.
Alugam-se salas.

O verbo haver quando indica existência ou acontecimento, é impessoal, devendo ficar sempre na terceira pessoa do singular.
graves problemas.

Verbo fazer indicando tempo deve sempre ficar na terceira pessoa do singular.
Faz anos que não o vejo.

Verbo ser na indicação de tempo concorda com a expressão numérica.
É uma hora.
São duas horas.

Verbo ser nas indicações de medida, peso, preço, valor, fica invariável.
Cinco quilos é muito.
Mil reais é pouco.
Duas horas é pouco.







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