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5 de julho de 2013

Opinião de aluno

                        Desafio de mais de 200 anos


Liberdade. Um dos termos chave no lema da Revolução Francesa de 1789, a palavra ainda hoje causa um impacto enorme. A Constituição e o dito regime democrático brasileiro nos levam a crer que somos livres. As mesmas leis, porém, e as pressões sociais do mundo capitalista tornam a liberdade questionável.
O Estado assegura-nos a liberdade de expressão. No entanto, pode nos repreender acaso nossa opinião seja considerada ofensiva a certo indivíduo ou grupo social. Somos livres apenas dentro dos limites estabelecidos pela lei. Autointitulamo-nos livres ao mesmo tempo em que somos coagidos a agir em conformidade com a Carta Magna Estatal. É essa limitação que garante a ordem social, mas precisamos estar atentos para que os ferimentos na liberdade popular não abortem.
Passaram-se 224 anos da Revolução que gritava por "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" e nós já nos calamos. Entretanto, somos livres? Não, nem mesmo para escolher o que vestir. Podemos ter nossas preferências singulares, porém seguimos padrões e muitos vezes abrimos mão delas para nos sentirmos inclusos no meio social. Permitimos que a mídia nos imponha conceitos, opiniões, modismos. Perdemos a nossa identidade.
Abandonamos a nossa liberdade para nos sentirmos livres. Seja pelo contrato do Estado ou pela imposição de paradigmas sociais e modelos de vida. Os limites do Estado devem manter o equilíbrio social, jamais nos paralisar, e as influências da sociedade devem nos inspirar, não nos escravizar. Ser livre, é o nosso desafio de mais de 200 anos.

Gabriela N. Matschinski

Tema
Os limites da liberdade do homem contemporâneo

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