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25 de junho de 2011

Leitura - gurizada - Copa sem Saúde

As emergências dos principais hospitais de Porto Alegre funcionaram ontem à tarde com mais do que o dobro de pacientes da sua capacidade, segundo o noticiário.
Como nota quem comparece àquele inferno de atendimento, isso é um caos, que vem se repetindo com dramática insistência.
Em cima dessa amargante realidade, alguém divulgou de que o atendimento dos hospitais portoalegrenses será aumentado com vistas à Copa do Mundo. Isso é um absurdo colossal.
Quer dizer, em outras palavras, não houvesse a Copa do Mundo, não haveria aumento  da capacidade dessas parcas emergências. Que barbaridade.
O ex-jogador Romário, agora deputado federal, declarou ontem que, ao contrário do que se propala, a Copa do Mundo custará para os cofres públicos a importância de 100 bilhões.
Todas as estimativas de custos já foram superadas, nada do que foi calculado é exato, tudo custará muito mais caro do que foi orçado.
A impressão que dá essa notícia, de que ampliarão a capacidade de emergência dos hospitais é de que gatos pingados estrangeiros que virão a Porto Alegre para assistir a meia dúzia de jogos chegarão  aqui nesta cidade doentes. Por isso tem de ser aumentada, parece piada.
Com 20% do que os cofres públicos vão gastar com a Copa, poderíamos solucionar todos os problemas de saúde brasileiros. Não me passa pela cabeça que pessoas bem-intencionadas tenham apoiado entusiasticamente tudo isso, é uma insânia. Como um país com tantas lacunas no seu sistema de saúde e com 76% de suas estradas esburacadas, sem esgoto para a maioria de seu povo, pode se dar ao luxo de instalar uma Copa do Mundo?
CALÇA DE VELUDO BUMBUM DE FORA.
Esse dinheiro que será miseravelmente desperdiçado, sem falar no superfaturamento lógico e fatal, pertence ao povo brasileiro.Não sei onde vamos parar com essa loucura social.
Tínhamos que empregar todas as nossas verbas para solucionar os nossos mais dramáticos problemas e mudamos  de assunto: inventamos a realização de uma Copa, de uma Olimpíada que nada nos levam, que tinham de ser levadas em países ricos, jamais num Brasil que não dispõe de leitos hospitalares para seus filhos.
Isso é um deboche. Um escárnio.
Paulo Santana - Zero Hora - Adaptado
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