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30 de janeiro de 2013

UFRGS - REDAÇÃO

A última proposta de redação da UFRGS foi aprovada pela maioria dos candidatos, que se sentiram à vontade para falar de um tema que, todo mundo conhece: o papel e os limites do humor. Como o assunto está em toda a parte, os alunos não encontraram dificuldades de usar um ou mais exemplos. Aqueles que conseguiram trazer referências criativas puderam se destacar, e ficou evidente o quanto a leitura faz diferença em uma redação. O hábito de ler possibilita aprender gramática, melhorar o vocabulário e desenvolver a criatividade.

Vejam um exemplo de parágrafo de um candidato. Faz referências à Revolução Francesa e aos Anos  de Chumbo, qualificando  o texto, além de demonstrar conhecimento histórico, o candidato é capaz de uma análise mais ampla, percebendo de que, maneira determinadas, experiências vividas  pela humanidade, podem repercutir na nossa sociedade.

(...) Ademais, a liberdade de expressão foi um dos motivos de grandes revoluções mundiais - a francesa, por exemplo. Colocar limites nas manifestações de humor, além de ser inconstitucional, é por fim  ao direito inalienável de liberdade, conquistado por meio de muita luta. Várias já foram as tentativas de censura do pensamento popular, e elas nos lembram os momentos mais sóbrios da história do nosso país,  como os Anos de Chumbo. Malgrado os brasileiros estarem amordaçados na ditadura militar, o cômico existia nas charges dos jornais, convocando a população para realizar as mais incruentas batalhas contra esse sistema, Devemos, pois, garantir o humor como um direito social, sem impor limites a  ele. (...)



Outro parágrafo exemplo

(...)  Devemos literalmente, afirmar que a nossa civilização foi, muitas vezes, alterada pela sátira e pelo riso, principais manifestações do humor no mundo moderno.Voltaire, com suas forças satíricas, impulsionou as primeiras reações ao despotismo; Tomás Antônio Gonzaga, personificando os abusos portugueses no cômico"Fafarrão Minésio", criou consciência nativista no seu povo; o jornal" O Pasquim", com charges hilárias sobre a ditadura, ajudou o Brasil contra a censura e a violência. A sátira a um governo, todavia, deve respeitar a integridade de quem é objeto da anedota, posto que, se, ao invés da crítica construtiva o humor primar pela destrutiva, como o próprio nome sugere, nada ´positivo será acrescentado. A comédia e o riso são, pois, importantes mecanismos  de crítica social; devem, assim, priorizar o respeito satirizada. (...)


Ao citar Tomás Antônio Gonzaga, Voltaire, o jornal O Pasquim, o vestibulando evidencia um domínio literário e filosófico que vai além do que a banca exige nas leituras obrigatórias. O recurso mostra a capacidade de estabelecer ralações interdisciplinares e criar um texto diferenciado, que foge do senso comum.


Leia mais romances, crônicas, editoriais, poemas estão por aí para que você diversifique sua leitura. Mude os gêneros, mude os autores. Escreva, leia, escreva...

Unificado - pré-vestibular 

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