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3 de fevereiro de 2013

Um mundo de cegos

Levi Strauss previu que o mundo começou com o homem e poderá acabar sem ele. Há uma inconsequente mentalidade de que somos renováveis quando nos referimos ao ambiente. Posto que, essa mentalidade  perpassa por pessoas que querem alimentar seu ego de poder, poder material não importando de que forma ou maneira.
Nossa floresta Amazônica, a cada ano, é desmatada para a criação de gado, produção de lavouras e os mentores são os que a defendem em  "eloquentes" retóricas sua conservação. Metáforas à parte, somos as principais vítimas de leis que só vigoram aos que não têm poder econômico. Sistema político capitalista que dá suporte a um "banco de negócios", supostos mantenedores do governo. Não se faz restrições àqueles que estão no poder e são os principais destruidores daquilo que é coletivo: ambiente.
Quando do último encontro Rio+20, discursos inflamaram o ambiente, propostas de melhorar foi o tema, mas a par disso nada foi feito. Como tudo no Brasil, leis, liminares existem, porém ninguém as cumpre e isto se tornou, diria cultura brasileira. Servimos de deboche em todo mundo"só poderia acontecer no Brasil". Além disso, quem pressiona ou quer seguir a lei é considerado "imbecil" e é assim que funciona. Não possuímos uma fiscalização honesta, tudo se faz à base de propina e assim estamos à mercê de corruptos que não veem o povo, mas apenas um lado: o  individual, o do poder.
Saramago sempre se refere ao homem como um ser  cego quando se trata de manter o ambiente, pois se houver rendimentos, tornamo-nos materialistas ao extremo. Como fazer para controlar essa fúria insaciável de ter. Difícil. Utópico dizer que se ensinarmos aos que comandarão o mundo tudo mudará. Isso só acontecerá quando houver uma preocupação concreta, coletiva com o nosso entorno. Porquanto a definição de Strauss de que poderemos terminar sem o homem é indiscutível. 

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