Olá, pessoal! Chegou de novo a sexta-feira e, novamente, cá estamos nós falando sobre a prova de redação do Enem, a tão temida produção textual que não deve ser tão temida assim, já que todos são capazes de ser leitores e autores proficientes não só em um exame como na vida acadêmica, profissional e social.
Abordamos bastante a questão da argumentação, já que o Enem objetiva que o candidato escreva uma dissertação – argumentativa: demos dicas de técnicas para elaborar a tese e desenvolver argumentos, explanamos que outros textos, outros gêneros, podem e devem ser lidos e escritos para ajudar a refletir sobre a argumentação, explicamos o que são e como devem ser utilizadas as estratégias argumentativas etc., mas nada disso funciona adequadamente se a redação não estiver escrita de acordo com a norma culta da língua escrita, nosso tema de hoje. A demonstração do domínio da norma culta da Língua Portuguesa escrita é a primeira competência avaliada pelo Enem e talvez alguns devem pensar que é redundante a palavra “escrita” neste caso, mas não é, já que a língua e a linguagem se dão em duas modalidades: oral e escrita e como o gênero textual requerido no Enem é a dissertação – argumentativa, o candidato deve demonstrar que domina a norma culta da língua escrita, já que gêneros da modalidade oral (assim como alguns da modalidade escrita como comentários, por exemplo) podem ser formais ou informais, dependendo da situação de produção na qual estão inseridos (para exemplificar, um discurso de apresentação é formal, já um podcast pode ser informal). A situação de produção que o Enem estabelece é formal, pois é um exame oficial de seleção e como ele requer do candidato um texto formal escrito, este deve ser redigido segundo a normal culta da Língua Portuguesa. Já que deve-se idealizar, imaginar um leitor universal, não deve-se, consequentemente, pressupor que este leitor conheça a proposta e o tema da redação (e isso vale para todos os vestibulares e para diversos gêneros), ou seja, como não se deve pensar no corretor no momento de escrever o texto, este deve ser construído com frases e orações que contenham informações completas, a fim de elaborar um texto autônomo, isto é, um texto que possa ser entendido por qualquer pessoa e fora da situação do vestibular ou do Enem; por exemplo, um texto que um parente ou amigo do candidato que não conhece a proposta possa ler e compreender normalmente e adequadamente, no qual o autor se fez entender. O candidato deve almejar escrever do modo mais claro e objetivo possível, mas tendo o cuidado de não ser simplista. Como diria Albert Einstein: Faça tudo da forma mais simples possível, mas não de forma simplista.Ou seja, não é preciso escrever um texto todo rebuscado, com palavras difíceis e poucos conhecidas (claro que um vocabulário variado é o ideal, mas é mais seguro usar palavras que você conheça bem do que palavras que você não domina o significado totalmente), mas é fundamental redigir um texto claro, objetivo e com progressão temática, isto é, que leve o leitor para algum lugar, o lugar que o autor escolheu e não ficar “enrolando”. Além da escolha lexical, a pontuação também é importante, pois além de organizar as ideias, os argumentos, os exemplos, as estratégias argumentativas, a proposta de intervenção social (quinta competência do Enem), ela dita o ritmo de leitura do leitor, a entoação desejada pelo autor. Um uso equivocado da vírgula, por exemplo, pode alterar completamente o sentido de uma oração, de uma frase, de toda uma construção. É como mostrou uma peça divulgada pela Associação Brasileira de Imprensa veiculada na mídia em comemoração aos seus 100 anos de existência: |
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18 de maio de 2018
UTILIZAR A LÍNGUA CULTA NAS REDAÇÕES
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