Os termos considerados essenciais para a estruturação dos períodos são o sujeito e o predicado. Entende-se por sujeito o ser sobre quem a frase declara algo e por predicado aquilo que se declara a respeito do sujeito. Essa é, de modo geral, a definição encontrada nas gramáticas.
Após a definição, essas obras apresentam a classificação do sujeito: simples, composto, oculto (ou elíptico ou desinencial), indeterminado e inexistente. E aí começa o ‘nó’ – existe um sujeito inexistente! As gramáticas mais preocupadas com a lógica evitam a denominação ‘sujeito inexistente’, preferindo denominar o enunciado como oração sem sujeito. Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa, afirma que o único elemento indispensável nos enunciados é o verbo, o qual é a base de uma relação predicativa (sujeito + predicado). Mas afirma também que pode haver uma relação referida a um sujeito, e nesse caso a oração apresenta um sujeito (explícito ou não) e uma relação não-referida, ou seja, a informação do predicado não diz respeito a um sujeito. Nos casos de oração sem sujeito, o verbo deverá, então estar flexionado na 3ª pessoa. Vamos no lembrar dos elementos da comunicação: o emissor é a 1ª pessoa; o receptor é a 2ª pessoa; e a 3ª pessoa é o referente ou assunto, é uma ‘não- pessoa’, nas palavras de Bechara: “(…) é a não-eu nem meu interlocutor, e assim é a forma utilizada para indicar a relação predicativa não-referida, isto é, as orações sem sujeito.”(na obra citada, p.408) E os verbos dessas construções são classificados como verbos impessoais, já que não estão relacionados nem ao emissor, nem ao receptor das mensagens. Na prática, teremos oração sem sujeito quando o enunciado apresentar:
Tem dias que a gente se sente Tem certos dias |
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11 de junho de 2018
Atenção à gramática na hora da escrita
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