Ao longo da história, o papel da mulher, na sociedade, é marcado por diversas modificações, tanto sociais como econômicas e culturais. Todas conquistas relacionadas a "emancipação": direito ao voto, equiparação de salários em relação aos homens contribuiram para que a independência e a igualdade fossem possíveis, ao menos no papel. Entretanto, é possível observar que o rumo dessa independência pode estar levando a mulher a perder sua autonomia, isto por quê?
Escravidão escolhida. É isso que podemos sintetizar do rumo que a mulher tomou na sociedade, pois existe agora a ditadura da perfeição, da magreza, da beleza. Essas imposições deixam de permitir que as mulheres possam viver conforme realmente são, porque aquelas que não se enquadram nos padrões não aparecem como bem sucedidas ou até mesmo como exemplo. Há um ideal de mulher e se ele não for alcançado não existe reconhecimento.
As mulheres estão em busca desse estereótipo, em academias,em cirurgias plásticas, enfim fazem de tudo para que tenham todos os requisitos que a sociedade pede. Aquela que não é "perfeita" não é digna de admiração, então se dividem em várias, mesmo que isso as estresse. Eis o processo inverso da "independência" feminina, pois todas as conquistas e sutiãs queimados, resumem-se em uma mulher superficial. Volta a ser submissa e digna de humilhação aquela que não for dessa forma"perfeita".
No fundo, como diz Rita Lee,"...toda mulher quer ser amada, toda mulher quer ser feliz, toda mulher se faz de coitada, toda mulher é meio Leila Diniz",e é por essa vontade que as mulheres hoje são "pau pra toda obra". O que acontece é insegurança, falta autonomia, confiança para que as mulheres vivam com autenticidade. Até o momento em que o público precise viver conforme as "regras de bem sucedição, as mulheres não serão independentes, nem autônomas, porém não deixarão de ser humanas.
Um comentário:
Arrasou em Maria, parabéns (:
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