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29 de março de 2012

Modelo de redação

Tema - normalidade e anormalidade
Dizem que sou louco
Por pensar assim
Se eu sou muito louco
Por ser feliz
Mais louco é quem me diz
Que não é feliz, não é feliz.

Título
Os parâmetros da normalidade do século XXI

Vivemos - o uso da primeira pessoa do plural é adequado ao texto dissertativo; pode-se optar por construções impessoais: sabe-se, discute-se -  uma crise de valores. Hoje em dia, ser diferente está na moda, "é cool". - cuidado, não caia nessa o estrangeirismo deve ser evitado em uma redação - Entretanto, em outras épocas, diferenciar-se era perder a cabeça. Literalmente. Qualquer ideia que não fosse a vigente, previamente estabelecida pela e para a sociedade, era tida como heresia ou loucura, sendo o conceito de normalidade tão frágil e tão volátil, cabe-nos questionar o que é ser normal  e o que é ser louco, tendo em vista algo mais do que velhas regras impostas por outros que não a nossa racionalidade. - teses apresentadas por meio de um exemplo contraste.
Desenvolvimento 1
A sociedade tem uma forte influência nos conceitos que criamos um dos outros. O próprio conceito de "normal" parte da capacidade de alguém de se adequar aos hábitos e costumes que ela sugere. As regras criadas pela sociedade têm um alto teor cultural e uma baixa dose de tolerância ao novo, ao diferente, de modo que o limite entre normalidade e anormalidade é fácil de se atingir. Conhecer essa linha  tênue não evita que a ultrapassemos. Mas por que essa linha deve ser respeitada?
Desenvolvimento 2
O diferente não é errado. Portanto, diferenciar-se do normal a todos não é necessariamente anormal, uma vez que hábitos e costumes variam com a cultura. Para melhor julgarmos o outro, devemos conhecê-lo em mais que atos, porém em ideias, nas bases que levam aquela pessoa a agir do modo que age. Rituais religiosos, amorosos e cotidianos que nos pareceriam, no mínimo, esquisitos, são para outros normais e rotineiros. É preciso entender antes de julgar como sem razão ou ao menos tentar.
Desenvolvimento 3
Em verdade, pode ser tarefa difícil entender pensamentos que não sejam os nossos. A imaginação é capaz de moldar nas mais variadas formas o que sentimos, pensamos e almejamos. Tanta variedade atua como um agente divergente, diferenciando cada vez mais as pessoas que a utilizam. Não seriam os loucos apenas indivíduos cujas ideias são muito mais criativas para entendermos? E, sendo, não podemos tê-los como anormais por simplesmente não compreendê-los. Alguém que nunca entendeu os cálculos de Einstein poderia chamá-lo de louco em vez de gênio, com propriedade? Seria justo?
Conclusão
Ver o mundo diferente não só não deve ser considerado anormal, como deve ser agradecido. Se o anormal que vivemos como sociedade é a chave para a felicidade - cuidado com as frases prontas, clichês, evite-os - há um paradoxo quanto à incapacidade de muitos de enxergarem alguma felicidade em si. É necessário deixar que as pessoas imaginem, criem e se diferenciem. Os parâmetros da normalidade devem ser frágeis, não para chamarmos uns aos outros de loucos, mas para permitirmos mudanças no modo em que vivemos. E para melhor. Mais vale mil loucos do que regras sociais cegamente cumpridas. Einstein concordaria.

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