Há quem diga que o português é uma das línguas mais difíceis do mundo. Bem, não conheço todas as línguas, aliás, conheço bem poucas para me atrever a fazer uma afirmação abrangente assim ou para negá-la. Mas posso afirmar que, por ter elementos tão diversificados na sua origem e formação, ela tem peculiaridades muito interessantes.
“Última flor do Lácio, inculta e bela” é como se refere Olavo Bilac à língua portuguesa, remontando às origens em Roma. Criando um contraponto interessante, para Tom Zé, ela chama a atenção por ser “Visigoda e celta, Dama culta e bela’, numa alusão às contribuições que esses povos deram ao Latim que chegara à Península Ibérica por volta do século III a. C. Todas essas contribuições muitas vezes ficam registradas na ortografia, que, no nosso idioma, é baseada em critérios etimológicos (referentes à origem dos vocábulos) e fonológicos (ligados aos fonemas, aos sons representados pelas letras). Assim, saber a origem das palavras pode ajudar a escrevê-las corretamente, mas nem sempre é possível obter facilmente essa informação. Dessa forma, a prática da leitura de bons textos e a consulta a dicionários é o que geralmente facilita a vida dos usuários do idioma. Como a língua é um ‘organismo’ vivo, com o passar do tempo vai havendo evolução, já que os falantes vão imprimindo alterações nas palavras, quer por dificuldade em pronunciar a forma considerada correta pela norma culta, quer por abreviar ou por suprimir letras ou sílabas para tornar a comunicação mais ‘dinâmica’. Assim, a língua vai sofrendo alterações que, por vezes, têm como resultado formas coincidentes ou muito parecidas, porém com significados diferentes. Os homônimos, os parônimos e as palavras polissêmicas são alguns dos exemplos dessas convergências de formas. A homonímia diz respeito às palavras que têm a grafia, a pronúncia, ou ambas, coincidentes (sessão, seção e cessão, por exemplo). Já a polissemia é a característica de um mesmo vocábulo apresentar diferentes significados e o contexto se encarregará de deixar claro para o leitor qual deles é o adequado. O Enem já explorou a polissemia em diversas questões, como em 2012. É a paronímia, no entanto, que costuma tirar o sono de quem presta concursos, pois uma pequena alteração muda completamente o significado da palavra. Vejamos alguns exemplos:
|
NO INICIO DO BLOG
12 de novembro de 2018
ORTOGRAFIA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário