Faturamento Pornográfico
Se durante o período ditatorial brasileiro, a censura era contrariada por alguns segmentos da sociedade, hoje tornou-se abominável o desencadeamento provocado pele liberação da imprensa. Ao passo que possibilitou o "livre comércio informativo", provocou a banalização da mesma, refletida nos inúmeros programas aculturais que delimitam e influenciam a atual visão da realidade.
O ser humano sempre lutou pelo direito à liberdade de expressão. No entanto, durante esse processo, sobressaiu-se seu desejo libertário e atenuou a necessidade de limites a tais transformações. Ou seja, à medida que o homem conquistou sua liberdade nos meios de comunicação deixou a decência à margem de tais programas. Atualmente, é visível a falta de visão reflexiva, já que o principal programa familiar brasileiro é assistir à novela, cuja qual não dá valor à formação cultural do telespectador, somente é à exposição de corpos e atos sexuais. Cada vez mais tem se tornado comum o nudismo pornográfico, que não deve ser confundido com o artístico devido aos seus fins distintos. É muito legal quando o produtor e os atores conseguem passar uma imagem cultural às pessoas que estão em casa, retratando as relações amorosas entre os casais nos seus mais diversos ângulos; desde o amor à primeira vista até a consumação do ato sexual , diferindo da apelação, que só visa manter audiência. Nesse contexto banal, nossos jovens, até então, nenhum pouco motivados pela formação cultural, veem na mídia novelesca a motivação à iniciação sexual, precose e, muitas vezes, irresponsável, fugindo deles espécies de aterros sanitários onde todo o tipo de informação fútil e devassa é jogada, acarretando a desinformação em massa, a busca doentia pelo corpo perfeito e a triste distorção das relações humanas, uma vez que a falta de respeito às faixas etárias é ruim para a formação dos indivíduos.
Cada vez mais a mídia tem se mantido avessa a sua formação mais importante: de passar informações ou programas cujo nível cultural ofereça a chance de adquirir conhecimento e de se divertir com novelas destinadas à formação do indivíduo. Porém, como tal não acontece, é ainda dever do cidadão selecionar o joio do trigo e escolher o adequado a cada faixa etária. JÉSSICA HÖRING
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