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1 de novembro de 2010

Selvageria pré-histórica

Em certas regiões o canibalismo é friamente aceito por algumas tribos. Quando penso nessa cultura, vem-me o conceito essencial de barbaridade. Não obstante, do ponto de vista de contexto, percebo que o que vivemos socialmente é nada mais do que uma selvageria pré-histórica.
A contemporaneidade, de certa forma, está fazendo uma cópia estupidamente infiel da natureza, visto que, além de usar, bestificamos a teoria selvagem de que os mais fortes sobrevivem. Frequentemente a humanidade passa por experiências mal sucedidas, quando ao invés de incorporarmos o deslizar gracioso das atitudes naturais, espelhamo-nos justamente no lado humanamente frio, em que a luta se trata de matar ou morrer.
As nossas desventuras se dão justamente pela perda de sentido, quando deveríamos agir com racionalidade e não o fazemos. A ave contrói o ninho segundo um propósito necessário, o homem nem ao menos encontra realização em suas construções. O movimento antropofágico buscava o devorar do tradicionalismo arcaico, forma metafórica de mudança na qual o homem é selvagem. A antropogagia agia com propósito, porém o homem devora sem motivo.
Percebo que ainda nos apegamos à utopia de que a racionalidade é uma riqueza, o que até poderia ser aceito se ponderássemos nossos atos.Talvez se abandonássemos o canibalismo simbólico e implícito, voltaríamos a ser humanos essencialmente, agindo emocionalmente, e não por instinto.
JÉSSICA METZDORF - RUYZÃO - IJUÍ - RS
Tema - Se o animal inspira sempre ternura o que houve, então, com o homem?

2 comentários:

CORVO LOCO disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Blog da professora sagave disse...

Retirei o comentário,pois "corvo louco" não me diz absolutamente nada, aliás uma metáfora abrangente atrás desse cognome...