“Procuradoria Geral da República não pretende liberar conteúdo das declarações feitas por Paulo Roberto Costa à Polícia Federal e ao MPF.”
Num veículo de comunicação impresso de Londrina, PR, havia essa frase na “linha fina” da manchete. A princípio, senti um ruído na comunicação, ou seja, senti dificuldade de entender o significado dela. O motivo disso está no uso da preposição “a” diante de “Polícia Federal”, representada pelo acento indicador de crase – à –, e de “MPF”, representada pela combinação dela com o artigo “o”. Vejamos o porquê:
Preposição é um elemento de ligação. Jamais uma preposição será usada sozinha; sempre será exigida por um termo da frase – denominado de regente – e se ligará a outro termo – denominado de regido – que lhe dará o sentido pretendido. Por exemplo, se se quiser dar o sentido de causa, pode-se unir o regente ao regido por meio da preposição “por”: “Preso por corrupção”; ou “de”: “Morreu de câncer”.
A preposição “a” é uma das mais ricas de significado da Língua Portuguesa. Ela se liga a centenas e centenas de termos e representa inúmeros significados. Na frase apresentada, há dois termos regentes da preposição “a”: “liberar” e “fazer”: Quem libera, libera algo a alguém; Quem faz, faz algo a alguém. E é aí que reside o problema de interpretação da frase. Leiamo-la novamente.
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27 de setembro de 2014
Preposição a
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