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1 de setembro de 2014

Tema de redação

O horário de propaganda eleitoral é útil para o eleitor?

O horário gratuito de propaganda eleitoral começou em 19 de agosto e se estenderá até o dia 2 de outubro, em primeiro turno, devendo se prolongar no país e nos locais onde houver segundo turno. Em tese, a propaganda gratuita deve servir para que o eleitor conheça as ideias e propostas defendidas pelos candidatos e partidos políticos, ajudando-o a escolher em quem votar. Candidatos e partidos se digladiam para obter maior tempo de TV e Rádio, na certeza de que isso é decisivo para serem eleitos. No entanto, essa certeza tem sido questionada por pesquisas de opinião pública, segundo as quais grande parte dos eleitores prefere não assistir ao horário eleitoral. A questão divide opiniões, até porque a propaganda tende a usar de artifícios para tornar os candidatos atraentes, identificando-o com as expectativas do eleitor. Pois bem, levando tudo isso em conta e consultando a coletânea, bem como seus próprios conhecimentos, exponha sua opinião sobre o assunto, numa dissertação. Em seu ponto de vista, para que serve a propaganda eleitoral.

ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR:

  • Reprodução/TSE

Horário eleitoral ao redor do mundo

Grande parte dos países do mundo tem horário eleitoral gratuito durante as eleições, como o Brasil. Mas muitos têm um sistema misto, de anúncios pagos e gratuitos, e varia muito a maneira como o tempo de TV e rádio é dividido. Alguns países dividem igualmente entre os partidos o tempo disponível, como França, Grã-Bretanha e Dinamarca. Outros, como o Brasil, África do Sul e Namíbia, dividem uma parte igualmente, e o resto por critérios de popularidade, de acordo com o desempenho do partido em eleições anteriores, tamanho de bancadas, desempenho nas pesquisas e número de candidatos. (...) Não existe horário eleitoral gratuito nos Estados Unidos. Os candidatos são obrigados a comprar espaço nas TVs e rádios para fazerem campanha. Assim, as programações normais dos canais americanos não sofrem interrupções. As propagandas entram no ar entre um anúncio de uma marca de refrigerante e de um banco.

Um elemento decisivo

Num país em que 90% dos domicílios (segundo a Media Dados) possuem televisão, meio que é o principal canal de informação para a grande maioria dos brasileiros, essa meia hora de interrupção do lazer cotidiano com a propaganda política não seria um "sacrifício" demasiado e inútil? "A análise das pesquisas de intenção de voto correlacionada com o horário político mostra que os programas possuem um alto nível de efetividade, ainda que contrarie o senso comum de que eles têm baixa audiência e reduzido impacto político. A campanha eleitoral de fato só começa a se definir após a entrada do horário", afirma Fernando Antônio Azevedo, coordenador do programa de pós-graduação em ciência política da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e diretor da Associação Brasileira em Comunicação Política.

Caro e ineficiente

A exibição dos programas eleitorais em redes de rádio e televisão custa aproximadamente R$ 840 milhões aos cofres públicos. A quantia é deduzida da folha de impostos das empresas de comunicação para que veiculem diariamente o horário eleitoral gratuito. Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado em 2010, constatou que 43,2% dos eleitores não assistiam à propaganda gratuita no rádio e na televisão. Dos 54,4% que declararam acompanhar o programa eleitoral, 65% disseram ter assistido pelo menos uma vez na semana. “Os dados indicam que o programa eleitoral tem baixo impacto no eleitor, baixa audiência e, no entanto, é muito caro. A campanha eleitoral não é gratuita, quem paga é o contribuinte”, afirma o cientista político Aldo Fornazieri.

Observações

Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas escritas;
Não deixe de dar um título à sua redação

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