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11 de maio de 2015

Leitura - ENEM


Após o acidente com a usina nuclear de Fukushima (Japão), em 2011, houve, nos meios de comunicação de todo o mundo, grande debate sobre a necessidade e o perigo da produção de energia nuclear. Passado este período de discussão midiática, algumas dúvidas podem restar para aqueles que irão prestar o vestibular, principalmente o Enem, tão marcado por sua interdisciplinaridade.
Apesar de ser muito comum de se ouvir, a afirmação de que a energia nuclear não emite CO2 para a atmosfera é incorreta: a operação de uma central nuclear realmente não provoca emissões do gás carbônico, mas ele é emitido em todas as etapas do ciclo produtivo do combustível nuclear, pois há grande uso de derivados do petróleo durante a extração e transporte do minério. Além disso, devemos considerar o CO2 liberado durante a construção e montagem das usinas nucleares.
Outro ponto importante a ser esclarecido versa sobre a ocorrência de acidentes graves. A probabilidade de falhas no sistema primário, onde ocorre a fissão nuclear, é da ordem de milionésimos, pois os reatores nucleares ficam localizados em um vazo de pressão, isolado do ambiente externo por duas estruturas que o envolvem, denominadas envoltórios. O primeiro deles é constituído de aço, enquanto o segundo é feito de concreto armado, sendo estes separados por uma camada de ar à pressão menor do que atmosférica, de modo que, em caso de problemas de rompimento do primeiro envoltório, as partículas e gases liberados sejam absorvidos antes de atingir o meio externo. Apesar de ser mínima a probabilidade de acidentes graves, quando estes ocorrem é possível notar o tamanho de suas dimensões: além do efeito imediato de destruição e perda material, há consequência em longo prazo por conta da exposição a radiações ionizantes, como alterações cromossômicas e lesões cancerígenas nos seres vivos atingidos.

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