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12 de maio de 2015

Proposta de redação

É justo proibir o uso do celular na sala de aula?

Em muitos lugares do Brasil e do mundo já vigora a proibição do uso de celulares em sala de aula. Em outros, a ideia está em discussão, não somente os celulares foram proibidos, como também os bonés. A situação com certeza é polêmica. Trata-se de mais um caso em que a esfera pública (o Estado) resolve invadir assuntos da esfera privada, como na restrição ao fumo em locais fechados? Os legisladores estariam se intrometendo em questões da vida individual do estudante que não lhes dizem respeito? Ou são os jovens que abusam e não conseguem compreender quanto o uso do celular, durante a aula,  é prejudicial? O que você pensa da proibição do celular em sala de aula? E do boné?
Leia os textos de apoio, porém não copie partes.
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Em defesa da lei


No meu entender, a nova lei vem em boa hora e os seus objetivos são mais do que justos. A proibição quer evitar que as aulas sejam frequentemente interrompidas pelo toque dos aparelhinhos, que os alunos se distraiam conversando com os amigos ou mandando torpedos e que atrapalhem os colegas. Além disso, vai impedir também os abusos, como no caso de estudantes que usam o telefone para colar nas provas. Eles usam mensagens de texto para passar cola com os celulares, sabia? Tem até quem tire foto da prova ou de uma questão e passe para um amigo de outro turno.


 

Dar um basta


Boné e celular dentro da sala de aula são um claro desrespeito dos alunos para com os professores e seus colegas. Os pais perderam o controle sobre seus filhos. Agora alguém terá que impor regras e disciplinas. Estamos vivendo tempos de egoísmo, onde cada um só pensa em si mesmo. Isso tem que mudar, pois estamos assistindo menores engravidando, menores assaltando e menores cometendo os mais variados tipos de crime, desde xingamento aos próprios pais até o consumo de todo tipo de drogas. Está na hora de dar um basta.


 

É proibido proibir


O Estado proibir os celulares dos alunos em sala de aula me parece um exagero, na medida em que viola o direito de a pessoa ir e vir com seus bens, atenta à dignidade da pessoa humana e também interfere no direito à segurança. Em muitos casos, o equipamento pode ser utilizado para afastar riscos ou danos às pessoas ou terceiros. Imagine, por exemplo, um professor descontrolado, que impõe um castigo cruel ao aluno. É raro? Sim, mas ninguém vai negar que pode acontecer. Além disso, vamos e venhamos, o Estado precisa se intrometer numa questão como essa? A escola, por si só, não tem autoridade para estabelecer a proibição?


 

Um caso extremo


Vamos a um caso fictício: em uma sala de aula, em escola particular no Estado de São Paulo, duas alunas começam uma briga. A roda se forma, as meninas caem no chão e em alguns minutos o professor que estava fora da sala intervém e as alunas, machucadas, são levadas à enfermaria, uma claramente mais ferida, com cortes no rosto e o nariz sangrando. Esta cena, apesar de lamentável, não seria tão incomum assim, não fosse o fato de um aluno ter filmado todo o ocorrido com seu ultra celular, em altíssima resolução. Publicar na internet? Ele vai além e exige sexo com a adolescente para que o vídeo não seja divulgado.

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