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2 de janeiro de 2014

Dúvidas??????



A dúvida é: Se você vir ou vier, eu também virei?
A resposta é:
Se você vier, eu também virei.
A conjunção condicional “se” pede o verbo no futuro do subjuntivo. Vir é o infinitivo, e o futuro do subjuntivo do verbo vir é “vier”, portanto, o certo é “se você vier”.

  A dúvida é: O carioca prefere mais ir à praia do que ou a trabalhar?
A resposta é:
O carioca prefere ir à praia a trabalhar.
Primeiro, ninguém prefere menos. Basta preferir. “Preferir mais” é um pleonasmo, do tipo “subir pra cima”, “entrar pra dentro”, “ambos os dois” e outros mais.
E quem prefere PREFERE alguma coisa a outra. O correto é “o carioca prefere ir à praia a trabalhar”.

A dúvida é: Devemos obedecer o ou ao regulamento?
A resposta é:
Devemos obedecer ao regulamento.
É uma velha dúvida. Muitas vezes, não sabemos se devemos ou não usar a preposição A, se o verbo é transitivo direto ou indireto. Sugiro uma boa consulta aos nossos dicionários. O verbo OBEDECER, por exemplo, é transitivo indireto; o correto, portanto, é “obedecer ao regulamento”.
Para quem faz concursos e a consulta aos dicionários é proibida, sugiro muitos exercícios ou, talvez, uma boa “decoreba”.Veja o perigo: você termina a leitura deste texto, pega um carro e na primeira esquina encontra uma “bela” placa – “OBEDEÇA O SINAL”. Deve ser por isso que ninguém obedece. O certo é “OBEDEÇA AO SINAL”.

A dúvida é: O espetáculo agradou o ou ao público que compareceu ao Canecão?

A resposta é:
O espetáculo agradou ao público que compareceu ao Canecão.
O verbo AGRADAR, no sentido de “ser agradável, ter agradado, deixar satisfeito…”, é transitivo indireto. A regência exige a preposição A: “O jogo agradou ao torcedor.”
O verbo AGRADAR é transitivo direto (sem preposição) quando usado no sentido de “fazer agrado”. Você, cara leitora, pode “agradar seu namorado” (com carícias ou com um presente).
Observe o perigo da frase “Nós agradamos os nossos clientes ou aos nossos clientes”. Se a ideia é de fazer agrado com brindes e promoções, use “Nós agradamos os nossos clientes”. Se a ideia, entretanto, é a de agradar graças à qualidade dos produtos ou serviços, use “Nós agradamos aos nossos clientes”.
A partir de hoje, portanto, toda secretária tem total consciência da diferença entre “agradar ao chefe” e “agradar o chefe”. Ela decide.

  A dúvida é: Sua decisão desagradou o ou ao presidente?
A resposta é:
Sua decisão desagradou ao presidente.
Os verbos agradar e desagradar são transitivos indiretos. Isso significa que o uso da preposição “a” é obrigatório: “O espetáculo agradou ao público”; “O jogo agradou aos torcedores”; “A peça agradou à plateia”; “Isto tudo desagrada aos dirigentes”; “Sua resposta desagradou à diretoria”…

A dúvida é: Falava da nomeação de Otávio Guedes como ou para subsecretário?
A resposta é:
Falava da nomeação de Otávio Guedes para subsecretário.
O uso das preposições sempre requer cuidados especiais. Ninguém é nomeado “como”. Toda pessoa é nomeada “para” alguma coisa. É importante lembrar que “como” não é preposição. No caso de nomear ou indicar, fica clara a ideia de “finalidade”, por isso a preposição indicada é “para”: “Ele foi nomeado para subsecretário” e “Ela foi indicada para gerente”.

 A dúvida é: Ela lembrava as ou das festas com muito carinho?

A resposta é:
Ela lembrava as festas com muito carinho OU Ela se lembrava das festas com muito carinho.
Nós temos duas opções: lembrar ou lembrar-se. A diferença é a regência. Lembrar é um verbo transitivo direto: “Ela lembrava as datas com carinho”; Lembrar-se (a forma pronominal) é transitivo indireto: “Ela se lembrava das festas“. Em outras palavras: se você lembra, lembra alguma coisa (=objeto direto); se você se lembra, lembra-se de alguma coisa (=objeto indireto).
O mesmo caso acontece com o verbo esquecer. Você pode esquecer alguma coisa ou esquecer-se de alguma coisa: “Ele esqueceu os documentos” ou “Ele se esqueceu dos documentos“.
No caso do verbo precisar, temos um problema diferente. Precisar de (=transitivo indireto) é sinônimo de “necessitar”; precisar (=transitivo direto) significa “ser preciso, determinar, marcar, fixar”. É importante que fique bem clara a diferença: 1. “Ele não precisava da quantia que lhe foi emprestada”, ou seja, ele não necessitava do dinheiro; 2. “Ele não precisava a quantia a ser emprestada”, isto é, ele não determinava a quantia a ser emprestada, ou seja, não definia o valor da quantia.

 A dúvida é: Ele torce muito pelo ou para o Flamengo?

A resposta é:
Ele torce muito pelo Flamengo.
Certo mesmo ele estaria se torcesse pelo Fluminense ou pelo Internacional. O importante é que você saiba que não se torce “para”. Sempre torcemos “por” alguma coisa.
Outro erro que ouvimos frequentemente no meio esportivo é o tal de “o torneio será decidido no saldo de gols”. O correto é decidir o torneio pelo saldo de gols. É importante lembrar também que se vence, perde ou empata “por” qualquer placar. O correto, portanto, é dizer que “venceu por três a zero”, “perdeu por dois a um” e “empataram por zero a zero”.

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