(Foto: Rafaella Fraga/G1)
Para servir de referência à elaboração do texto, foi fornecido aos vestibulandos trechos de texto da filósofa Carolina Araújo, que cita o escritor Ítalo Calvino, com opiniões complementares sobre o que torna clássica uma obra. A dissertação exigia um título e extensão entre 30 e 50 linhas..
O tema parece ter agradado aos estudantes. João Pedro Sagini, de 17 anos, foi um dos que gostou da proposta. “Leio muito e gosto de passar para as pessoas isso”, justificou. O candidato a uma vaga para medicina escolheu falar sobre o livro “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, que elegeu como seu livro favorito. “A cada vez que leio percebo novas coisas na obra, compreendo ela de forma diferente", afirmou, logo após deixar a sala no Colégio Rosário, em Porto Alegre.
(Foto: Rafaella Fraga/G1)
Também fã de história, o estudante Matheus Fontana, 22 anos, dissertou sobre "As Veias Abertas da América Latina", do uruguaio Eduardo Galeano. "O livro fez com que eu entendesse muitos aspectos da cultura e da história da América Latina. O que desencadeou as ditaduras, por exemplo", pontua o jovem de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, que tenta pela quinta vez a aprovação em medicina.
A subjetividade do tema possibilitou que diferentes títulos fossem citados na prova. Dos infantis aos religiosos. "A Bíblia é meu livro de cabeceira. Quando estou com dificuldade, recorro a ela. É meu guia", diz Vanessa Queiroz Nunes, 23 anos, natural de Santana do Livramento. "Eu escolhi o clássico infantil da Cinderela. A história marcou a minha infância e me motivou a não desistir dos meus sonhos", comenta Jacieli de Lima, 19 anos.
A universidade divulga oficialmente o tema da redação após o término das provas. No ano passado, a relação entre o humor e a liberdade de expressão foi o tema da redação. Na ocasião, os limites e a liberdade de expressão em programas de TV formaram a base do enunciado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário