O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2020) poderá ser reformulado, sofrer mudanças e trazer novidades daqui a dois anos, de acordo com a Ministra interina Maria Helena Guimarães, que substitui Mendonça Filho a frente do Ministério da Educação (MEC).
De acordo com ela, a avaliação deve acompanhar as alterações trazidas pela reforma do Ensino Médio aprovada no ano passado. Segundo o documento oficial, 1,8 mil horas do currículo desta etapa escolar deverão ser despendidas para os conteúdos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sendo o restante do tempo destinado a formação específica – aprofundamento em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico, que poderá ser escolhida pelos participantes:
Isso vai precisar ser muito discutido. Parte da avaliação abordará aquilo que compõe a base comum do ensino médio, e parte do exame, a parte flexível, abordando tanto itinerário técnico quanto o itinerário formativo.
Maria Helena também esclareceu que o “novo” Enem começará a ser debatido em reuniões frequentes por equipe especializada pelo MEC, com início já neste mês de fevereiro. Os encontros contarão também com a participação de instituições privadas e com membros do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Os eventos terão como pauta não apenas a reformulação do exame nacional, mas também a proposta da base nacional para o ensino médio. A ministra interina afirmou ainda que uma nova versão da BNCC deve ser discutida / elaborada para posteriormente passar pela análise do Conselho Nacional de Educação (CNE).
O tom da entrevista intermediada pela Agência Brasil e transmitida ao vivo no Facebook no início de fevereiro foi bem superficial quanto as mudanças no Enem e ainda não revela praticamente nada, apenas que o exame deve de fato passar por uma reformulação.
A única informação concreta que se tem até o momento é que a maior avaliação do Brasil continuará sendo utilizada como ferramenta de acesso ao ensino superior por meio de programas como o Sisu (vagas em universidades públicas e institutos federais), Prouni (bolsas de estudo em instituições particulares) e Fies (financiamento estudantil).
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