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8 de julho de 2018

TEMA DE REDAÇÃO UPF - INVERNO DE 2018


 Mais um delinquente é agredido por cidadãos após cometer roubo! Menor infrator é espancado após roubar bolsa de senhora! Linchamento de estuprador acontece em plena luz do dia! Estas notícias estão cada vez mais freqüentes nos Jornais e nos noticiários das grandes emissoras de televisão no Brasil. A total falência do Estado em manter a segurança pública digna para preservar a ordem, faz cada vez mais com que o cidadão comum se sinta no direito de fazer “justiça” com as próprias mãos. Este comportamento, a princípio parece ser a solução para acabar com o mal que está impregnado na sociedade. Ocorre que, fazer justiça com as próprias mãos, além de ser crime, é algo muito temerário e que nos remete a mais arcaica história da justiça, onde se aplicava a Lei do “olho por olho”.
O assunto é polêmico e divide opiniões em todas as classes sociais, pois toda pessoa que se julga “de bem”, que trabalha e contribui com seus impostos fica indignada com o total desprezo que dá a segurança da sociedade. Não é justo alguém do seu convívio ser vítima de crime e ninguém fazer nada para impedir, por isso brada-se que “ bandido bom é bandido morto”. Assim, parte da sociedade entende que a punição deve ser imediata, sem passar pela polícia e pelo Poder Judiciário. Porém, agindo desta forma, ou pensando assim, a pessoa tem que ter em mente que estará tão a mercê destas regras quantos os que ela julgar culpados. Ou seja, a qualquer momento alguém poderá lhe imputar uma conduta criminosa e você deverá aceitar o julgamento e punição que lhe for dados. Infelizmente houve recentemente o caso de repercussão nacional da dona de casa que fora espancada até a morte por boato de que a mesma raptava crianças para rituais de magia negra.
Os “juízes” deste suposto crime trataram de aplicar a “sentença” imediatamente. Acontece que nada do que fora falado no boato era verdade e uma pessoa inocente foi morta por outras pessoas que também se julgavam “do bem”. E agora?
Somente para ilustrar, interessante prestar atenção na construção abaixo:
Bandido bom é bandido morto: bandido = criminoso = quem comete crimes = crimes de incitação a violência, agressão, homicídio, lesão corporal, quem comete é = criminoso = bandido = bandido bom é bandido morto!

Com base no texto acima e em suas reflexões sobre o assunto, escreva um texto dissertativo-argumentativo, respondendo à seguinte pergunta: com o quadro atual de crise da segurança pública, quais as consequências de uma sociedade fazer “justiça com as próprias mãos”? 

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