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4 de maio de 2010

Modelo de Texto

Estou postando esse texto a fim de que observem as citações, as exemplificações; o tema desse texto - Um verdadeiro amor dura para sempre?
Até que o tempo nos separe

"O meu amor, porém, não tem bondade alguma? É fraco, fraco!" O excerto, retirado de outra poesia de Manuel Bandeira, ilustra bem uma faceta do amor que até então negamos ou mantemos mascarada: este sentimento, mesmo verdadeiro, não dura para sempre; parte da culpa é do tempo, parte da culpa é nossa.
Um casal que cultiva o amor verdadeiro, quer nas demonstrações puras de doação de si, quer no desejo de permanecerem juntos, sabe que é extremamente difícil manter essa chama acesa:as diversas ocupações, a distância e a falta de tempo redundam, com o passar dos anos, naquela perda de encanto que até então se tinha e precisaria ser renovado. No entanto, renovar um amor demanda tempo, o mesmo tempo que nos falta e que gera desencanto. Toda essa conjuntura, portanto, acaba criando um lamentável ciclo que vai corroendo, pouco a pouco, esse sentimento verdadeiro, porém finito.
Além da ação temporal, nossa índole contribui e muito para a degeneração do amor verdadeiro, pois se fôssemos tão atenciosos, prestativos e generosos como éramos no início da relação, o tempo e seus efeitos seriam nulos. Nosso egoísmo em não demonstrar mais afeto como antes e, principalmente, em acomodarmo-nos nesta situação não fazem mais que potencializar os estragos em um amor verdadeiro. Atire a primeira pedra quem, depois de algum tempo de namoro, não se viu acostumado àquele rosto, voz e gestos; a imagem idealizada se desconstrói, chegando a um ponto em que não é mais amor...pelo menos verdadeiro.
Aquém das discussões filosóficas, apenas a matéria bruta dura para sempre. Já o amor de verdade se dissipa e não perdura, se fosse palpável, nem o tempo nem os homens estragar-no-iam. A "ferida que dói e não se sente", como disse certa vez Camões, cicatriza...cicatrizada, deixa, enfim, de ser a " dor que desatina sem doer." Fonte - Foton vestibulares

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