Mudanças na correção da Redação
Ministério da Educação aumenta rigidez sobre erros.
O edital do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2013 trouxe mudanças que afetam diretamente a avaliação final dos participantes. De acordo com o ministro da educação, a correção das redações terá critérios mais rígidos em relação a 2012.
As medidas anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC) têm o objetivo de evitar que textos com desvios de ortografia recebam nota máxima na redação, além de zerar a de dissertações em que candidatos inserem deliberadamente trechos irrelavantes.
Outra mudança é a diminuição da diferença de notas para considerar que há discrepância nas avaliações dos textos. Em 2012, os textos eram corrigidos por um terceiro avaliador quando as notas finais atribuídas pelos dois primeiros tinham 200 pontos de diferença. Agora, o critério será de 100 pontos.
Diferença nas notas
Novidade: A correção das redações é feita por dois avaliadores. Quando a diferença for de 100 pontos em cada uma das notas finais (a soma dos valores das cinco competências), haverá um terceiro avaliador. Antes, a diferença era de 200 pontos.
O que permanece: Outro critério para definir discrepâncias na avaliação das redações é a diferença de 80 pontos apenas nas competências. O valor continua o mesmo para 2013.
Erros de gramática
Na edição 2012 do ENEM, vazaram conteúdos de redações que, apesar de erros de grafia, receberam nota máxima. A partir de 2013, erros de português só serão desconsiderados em casa de nota 1 mil quando a banca "justificar que aquele desvio é excepcional para justificar uma nota máxima". O anexo IV do edital 2013, que orienta a avaliação das cinco competências, não enumera a quantidade de erros gramaticais aceitáveis (a lista traz os termos "muitos", "alguns" e "poucos"), nem classifica ou exemplifica o que seriam desvios excepcionais.
O que zera a redação
Novidade: Depois da divulgação de textos que misturavam à argumentação textos irrelevantes à proposta de redação, o MEC acrescentou um novo critério para "anular" redações: apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto. Isso equivaleria à inserção de impropérios, quando o texto é anulado mesmo que contenha alguma argumentação.
O que permanece:
- Não atender à proposta solicitada ou apresentar estrutura textual que não seja a dissertativo-argumentativa, o que configura fuga ao tema ou não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa.
- Não apresentar texto escrito na Folha de Redação (deixar a folha em branco).
- Texto insuficiente (com até sete linhas, qualquer que seja o conteúdo).
- Apresentar impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, bem como que desreitem os Direitos Humanos.
Como identificar se a inserção é um deboche?
O critério é o eixo temático, por isso, a identificação de um possível deboche é subjetiva. O trecho deliberadamente desconetado pode ser identificado com a inserção de frases sem qualquer relação com a argumentação, numa tentativa de aumentar o número de linhas.
Fuga ao tema
- O item 14.9.1 do edital 2013 diz que será atribuída nota zero à redação "que não atenda à proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a estrutura dissertativo-argumentativa, o que configurará 'fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa'."
- A expressão "fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa" também aparece no anexo IV, que traz os critérios para pontuação em cada uma das cinco competências avaliadas pelos examinadores.
Sobre a redação
A proposta da redação do ENEM é elaborada de forma a possibilitar que os participantes, a partir de uma situação-problema e de subsídios oferecidos, façam uma reflexão escrita sobre um tema de ordem política, social ou cultural, produzindo um texto argumentativo-argumentativo em prosa.
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20 de outubro de 2013
Mudanças na correção da redação do ENEM
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