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25 de maio de 2014

Pronomes relativos

PRONOMES RELATIVOS: USOS E FUNÇÕES


QUE – É chamado relativo universal por ser largamente empregado: pode ser usado com referência à pessoa ou à coisa, no singular ou no plural. Sintaticamente, pode desempenhar várias funções:

Sujeito: Um indivíduo que zela por seus direitos merece tê-los.
Objeto direto: As dificuldades que houver devem ser superadas solidariament
e.
Objeto indireto: Ainda acredito nas coisas em que acreditava quando jovem.
Complemento nominal: As fortes razões a que você sempre fazia referência desapareceram?
Predicativo: O pessimista que eu era deu lugar a um insuportável sonhador.
Agente da passiva: Os mosquitos por que temos sido picados não transmitem nenhuma
doença?
Adjunto adverbial: A enxada com que ele costumava trabalhar foi-lhe roubada.

Pelos exemplos citados, percebe-se que o pronome relativo que deve ser precedido da preposição apropriada a cada função que exerce.

QUEM – Refere-se à pessoa ou à coisa personificada, no singular ou no plural. Sempre vem precedido de preposição. Pode exercer as seguintes funções sintáticas:

Objeto direto preposicionado: Aquele velho senhor a quem acabamos de cumprimentar sentiu-
se mal ontem.
Objeto indireto: Ali vai o veterano craque a quem me refiro sempre.
Complemento nominal: Ali vai o veterano craque a quem sempre faço referência.
Agente da passiva: O falso corretor por quem fomos enganados foi preso.
Adjunto adverbial: A garota com quem vivo querendo sair começou a namorar um amigo meu.

O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS – São usados com referência à pessoa ou à coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições. Podem desempenhar as mesmas funções do pronome que; seu uso, no entanto, é bem menos frequente.

Sujeito: Participamos da principal reunião realizada no segundo semestre, a qual deu origem
ao atual grupo de trabalho.
Complemento nominal: São esses os procedimentos sobre os quais pairam tantas dúvidas?

CUJO, CUJOS, CUJA, CUJAS – Equivalem a de que, do qual (e suas flexões dos quais, da qual, das quais), de quem. Estabelecem normalmente relação de posse entre o antecedente e o termo que especificam, atuando como:

Adjunto adnominal: Procuro conviver com pessoas cujas vidas tenham sido
ricas em experiência (= as vidas dessas pessoas tenham sido...)
Complemento nominal: A estrada cuja construção está destruindo a Mata Atlântica teve suas
obras embargadas. (= a construção da estrada está destruindo...)

Na língua portuguesa falada no Brasil, esse pronome tem uso restrito às situações formais.
Nunca se usa artigo definido depois do pronome cujo.

ONDE, COMO, QUANTO – Onde é pronome relativo quando possui o sentido aproximado de em que; deve ser usado, portanto, na indicação de lugar, atuando sintaticamente como adjunto adverbial de lugar.
Buscamos uma praia distante onde possamos passar alguns dia.
Quero mostrar-lhe o quintal onde meu pai plantou um abacateiro.

Na língua culta, escrita ou falada, onde deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir em que ou no qual (e suas flexões):

Deve-se aguardar o momento em que todos estejam dormindo.
Foi um discurso violento e ressentido, no qual o velho militar criticou
seus antigos companheiros.

Como, por sua vez, é sempre adjunto adverbial de modo.

A maneira como agiu foi muito apropriada. (= agiu de determinada maneira, de determinado modo)

Quanto é pronome relativo quando se segue aos pronomes indefinidos tudo, todos, todas, podendo exercer várias funções sintáticas (principalmente as de sujeito e objeto direto).

Sujeito: Procure conhecer todos quantos comparecerem à reunião desta noite.
Objeto direto: Fez tudo quanto prometer
a.

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