Após alterar as regras para contratação do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no início do mês, passando a exigir um pontuação média mínima nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação (MEC) reafirmou esta semana que não abrirá mão das mudanças.
De acordo com as novas determinações, os interessados em contratar o Fies devem ter prestado qualquer edição do exame desde 2010 e obtido média de 450 pontos nas cinco provas (veja aqui como calcular sua média no Enem).
Após a mudança, estimou-se que o número de jovens beneficiados por políticas de instituições privadas de ensino superior pode ter uma redução de até 20%, além de causar quedas bruscas das ações de grande empresas do ramo. Isso motivou gestores e administradores a pressionar o MEC para voltar atrás de sua decisão, levando inclusive a possibilidade de ações judiciais.
Em resposta a esta pressão, o secretário executivo do ministério e ex-presidente do Inep (instituto responsável pela organização do Enem), Cláudio Costa, foi categórico ao enfatizar que o MEC priva pela qualidade do ensino superior e que a exigência da pontuação mínima é um dos meios para isso:
Do princípio da qualidade não se abre mão.
Costa ainda alertou que dos 6,1 milhões de participantes do Enem 2014, quase 5 milhões obtiveram o desempenho médio exigido para utilização do benefício do Fies.
Vale lembrar que, nos últimos dias, o ministro da educação Cid Gomes anunciou que pretende criar uma plataforma informatizada para a consulta e oferta de contratos para o Fies, de forma similar ao que ocorre em vagas em universidades públicas com o Sisu (Sistema de Seleção Unificada).
Por enquanto o sistema do Fies está aberto somente para renovação de contratos em andamento. O ministério prometeu que em breve o financiamento será reaberto para inscrição de novos estudantes
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