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6 de agosto de 2017

SIMULADO 4

ESCOLA: ________________________
Prof.:____________________________
Nome: ___________________________


Leia o texto e, a seguir, responda as questões 1 e 2.

Manifesto da Poesia Pau-Brasil

A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos. [...]
A nunca exportação de poesia. A poesia anda oculta nos cipós maliciosos da sabedoria.
Nas lianas da saudade universitária. [...]
A Poesia para os poetas. Alegria dos que não sabem e descobrem. [...]
A Poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança. [...]
A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.
Não há luta na terra de vocações acadêmicas. Há só fardas. Os futuristas e os outros.
Uma única luta – a luta pelo caminho. Dividamos: Poesia de importação. E a Poesia Pau-Brasil, de exportação. Houve um fenômeno de democratização estética nas cinco partes sábias do mundo. Instituíra-se o naturalismo. Copiar. Quadros de carneiros que não fosse lã mesmo, não prestava. A interpretação no dicionário oral das Escolas de Belas Artes queria dizer reproduzir igualzinho... Veio a pirogravura. As meninas de todos os lares ficaram artistas.
Apareceu a máquina fotográfica. E com todas as prerrogativas do cabelo grande, da caspa e da misteriosa genialidade de olho virado – o artista fotógrafo. [...]
O trabalho contra o detalhe naturalista – pela síntese; contra a morbidez romântica – pelo equilíbrio geômetra e pelo acabamento técnico; contra a cópia, pela invenção e pela surpresa. [...] Nossa época anuncia a volta ao sentido puro.
Um quadro são linhas e cores. A estatuária são volumes sob a luz.
A Poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente.
Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com olhos livres. [...] Uma visão que bata nos cilindros dos moinhos, nas turbinas elétricas; nas usinas produtoras, nas questões cambiais, sem perder de vista o Museu Nacional. Pau- Brasil. [...]
O trabalho da geração futurista foi ciclópico. Acertar o relógio império da literatura nacional.
Realizada essa etapa, o problema é outro. Ser regional e puro em sua época. [...].
Disponível em: . Acesso em: 10 nov. 2016 (adaptado).

D1    Questão  01 ––––––––––––––––––––––––––
De acordo com o texto houve um fenômeno de
(A) “literatura nacional”.
(B) “morbidez romântica”.
(C) “exportação de poesia”.
(D) “vocações acadêmicas”.
(E) “democratização estética”.


D18    Questão  02 ––––––––––––––––––––––––––
No texto a expressão “Ver com olhos livres” sugere
(A) libertação de preconceitos.
(B) visão da realidade regional.
(C) admiração da simplicidade natural.
(D) libertação de regras e normas antigas.
(E) desejo de desordem do período modernista.




D21    Questão  03 ––––––––––––––––––––––––––
Leia os textos e, a seguir, responda.
Texto I
A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas.

Texto II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o negócio, mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária.
Disponível em:
br/exercicios-geografia/exercicios->. Acesso em: 10 nov. 2016 (adaptado).

As opiniões dos autores do texto I e II em relação à reforma agrária são
(A) idênticas.
(B) divergentes.
(C) convergentes.
(D) ultrapassadas.
(E) complementares.


Leia o texto e, a seguir, responda as questões 4 e 5.

VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA
Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada


Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

*alcaloide: substância química encontrada nas plantas que, entre outros fins, serve para a fabricação de drogas.

Disponível em:
3949186>. Acesso em: 10 nov. 2016 (adaptado).

D6    Questão  04 ––––––––––––––––––––––––––
O texto tem como tema central a
(A) amizade com o rei.
(B) saudade da infância.
(C) vida e suas aventuras.
(D) civilização e sua tecnologia.
(E) evasão para uma outra realidade.

D13    Questão  05 ––––––––––––––––––––––––––
A linguagem que predomina no texto é
(A) técnica.
(B) literária.
(C) regional.
(D) informal.
(E) científica.


Leia o texto e, a seguir, responda as questões 6, 7, 8, 9 e 10.
[Resenha] O Pequeno Príncipe
Antoine de Saint Exupéry

O Pequeno Príncipe é uma bela história de reflexão e aprendizado. Com uma escrita fluída e simples, que envolve desde o público infantil até o mais maduro, o autor incita o leitor a reavaliar seus valores, levando-o a repensar as verdadeiras riquezas da vida. Amor, amizade, trabalho, dinheiro, política... O quanto esses itens são fundamentais em nossas vidas? Quais deles são – ou devem ser – nossas reais prioridades? Guiados pelo coração bondoso de uma criança, um pequeno príncipe que veio de muito longe, reaprendemos que o sentido da vida está nas pequenas coisas; que o essencial é invisível aos olhos.
A trama gira em torno das experiências do Pequeno Príncipe, um jovem que sai de seu planeta e segue viajando em busca de novos mundos e de inúmeras descobertas. – Ele quer saber e aprender cada vez mais! Em uma de suas andanças o jovenzinho vai parar na Terra, mais especificamente no meio do deserto, local em que encontra um piloto perdido após um pouso complicado. Enquanto o piloto tenta consertar seu avião, ele e o pequeno príncipe criam um forte laço de amizade, compartilhando histórias e aprendizagens. O pequenino, com seu coração puro e seu instinto curioso, leva o piloto – e o próprio leitor – a pensar sobre as certezas da vida. É na simplicidade dessa criança, que compreende a beleza de uma estrela e o valor de uma única flor, que aprendemos a enxergar a vida sob um novo olhar.
O que torna o livro O Pequeno Príncipe um clássico que perpetua entre gerações é sua atemporalidade. As mensagens por trás da leitura não são apenas frutos da escrita do autor, mas sim da interpretação do leitor, que dependendo da fase que está vivendo encarará a leitura de uma maneira diferente. Trata-se de uma história poética que fala sobre nosso dia a dia, sobre nossos amores, nossas amizades, nossa ganância e nossos erros tão comuns e repetitivos: o homem que não vê com o coração, que só se importa com o trabalho, que só cultiva o dinheiro, que não tem bons amigos e, principalmente, o homem que não é capaz de manter viva a criança dentro de si. São infinitas as passagens reflexivas da obra. (...)
É impossível não amar esse livro por causa das reflexões que ele gera. Mas é inegável que o grande diferencial da obra está no fato de cada leitor interpretá-la de uma maneira, de cada um ser tocado de uma forma única. Ouso dizer que a leitura nos faz refletir exatamente a respeito daquilo que mais duvidamos, é como se o livro falasse com o leitor. Portanto, só lendo para saber o quão valiosa é essa obra. Outro ponto importante é lê-la de coração aberto. Esse é o tipo de livro que precisa ser degustado aos poucos, só assim a leitura será completa e nenhum pouco superficial. Além de um texto rico a edição luxo publicada pela Geração Editorial está lindíssima. Fiquei encantada com o capricho das ilustrações e os detalhes que acompanham cada página. (...)
Ela foi escrita em meio à segunda guerra mundial e, antes de qualquer coisa, é um reflexo das experiências, dos medos e das esperanças do autor e piloto Antoine de Saint-Exupéry. Fiquei completamente apaixonada por suas palavras e pela maneira como elas refletem, mesmo sem querer, um cenário mundial devastado pela podridão dos homens.
Eis um livro completamente apaixonante! Sem dúvida o indico para todos os amantes das palavras que aquecem e acalmam o coração.
Disponível em:
nha-o-pequeno-principe-antoine-de.html#.WC42u7IrLIU>. Acesso em: 10 nov. 2016 (adaptado).

D12    Questão  06 ––––––––––––––––––––––––––
A finalidade desse texto é
(A) narrar uma história.
(B) relatar uma viagem.
(C) apresentar uma obra.
(D) opinar sobre um fato.
(E) descrever um episódio.


D2    Questão  07 ––––––––––––––––––––––––––
No fragmento “ – Ele quer saber e aprender cada vez mais!”, a palavra “Ele” refere-se a
(A) leitor.
(B) jovem.
(C) planeta.
(D) sentido.
(E) coração.



D2    Questão  08 ––––––––––––––––––––––––––
No trecho “A trama gira em torno das experiências do Pequeno Príncipe, um jovem que sai de seu planeta e segue viajando em busca de novos mundos e de inúmeras descobertas. ”, a palavra “trama” substitui
(A) escrita.
(B) história.
(C) política.
(D) reflexão.
(E) amizade.




D2    Questão  09 ––––––––––––––––––––––––––
No trecho “É impossível não amar esse livro por causa das reflexões que ele gera. Mas é inegável que o grande diferencial da obra está no fato de cada leitor interpretá-la de uma maneira, de cada um ser tocado de uma forma única.”, o termo “la” refere-se à
(A) obra.
(B) criança.
(C) ganância.
(D) leitura.
(E) história.


D15    Questão  10 ––––––––––––––––––––––––––
No fragmento “Mas é inegável que o grande diferencial da obra está no fato de cada leitor interpretá-la de uma maneira, de cada um ser tocado de uma forma única.”, a palavra “mas” estabelece uma ideia de
(A) adição.
(B) condição.
(C) oposição.
(D) conclusão.

(E) proporção.

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