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8 de abril de 2015

Proposta Redação

O consumo de álcool por adolescentes tem se tornado cada vez mais comum que por vezes até nos esquecemos que trata-se de um ato ilícito. Muitos jovens começam a beber na companhia de amigos mais velhos ou até mesmo junto com a família, em um almoço de domingo, sem ninguém ver perigo nisso. “É só uma dose” ou “é só um golinho” têm sido incentivos inofensivos para o início do consumo de álcool pelos adolescentes.
Na música Duas de cinco, o rapper Criolo critica “um governo que quer acabar com o crack, mas não tem moral pra vetar comercial de cerveja”. Isso também nos traz a possibilidade de reflexão sobre o alto incentivo do governo e da mídia para o consumo de álcool, que apesar de legalizado, não deixa de ser uma droga e, por isso, traz muitos problemas de saúde, emocionais ou físicos.
É claro que “só um golinho“, ou seja, o consumo social do álcool não é tão danoso, mas precisamos considerar três pontos:
  1. O consumo de álcool por adolescentes não é lícito;
  2. Independentemente da idade, ao consumir álcool, é necessário saber seus efeitos e danos, para um consumo moderado;
  3. Casos extremos como alcoólatras e outros doentes devem ser considerados, já que o efeito sobre esses é muito pior, física e socialmente falando.
Ao considerar esses pontos, algumas reflexões podem ser levantadas. Há necessidade de alteração na legislação sobre o consumo do álcool (quantidade, idade permitida etc)? Como melhorar a informação à população sobre os danos do consumo do álcool sendo que ele é tão incentivado na mídia? A publicidade e propaganda voltada para a venda de álcool é correta? O que pode mudar? Como o alcoolismo é tratado na sociedade? Deveria ser diferente?
O que você acha? Ao se posicionar sobre esses pontos e outros possíveis, você pode dissertar sobre esse assunto. O Portal Terra apresenta os efeitos e as diferenças entre álcool, maconha e crack através da orientação de profissionais na área. Você pode conferir a matéria para utilizar as informações como base de seus argumentos.

Vamos treinar para a redação do Enem?

Agora que você já se inteirou mais no assunto, confira abaixo a proposta de redação completa sobre esse tema retirada do nosso curso de redação para o Enem. Elabore uma dissertação argumentativa seguindo as instruções da coletânea abaixo. Caso você queira ter sua redação corrigida por um professor de nossa gabaritada equipe, conheça o Programa de Treinamento do infoEnem e envie já seu texto! A redação será corrigida no prazo máximo de uma semana seguindo os mesmos critérios do exame.

Proposta de Redação

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema: “O consumo ilícito de álcool por adolescentes: como enfrentar este desafio?“. Apresente uma proposta de intervenção e/ou conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para defender o seu ponto de vista.

TEXTO 1

Vergonha Nacional
(…) As décadas de descumprimento da lei (…) contribuíram para que os adultos se habituassem
a ver o consumo de bebida por adolescentes como um “mal menor”, comparado aos perigos do
mundo.
“Não é”, afirma o autor do estudo e uma das principais autoridades brasileiras no assunto, o
psiquiatra Ronaldo Laranjeira, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e
coordenador do Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Drogas. “Os pais precisam
entender que o álcool potencializa o risco de que aconteça aos seus filhos o que eles mais
temem.” Leia-se: que eles se metam em encrencas, e das grandes.
Levantamentos feitos no Brasil e no exterior comprovam que beber – em qualquer idade –
potencializa comportamentos temerários. No adolescente, com sua onipotência e impulsividade
características, o risco de o álcool provocar ou facilitar situações como gravidez precoce,
contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, envolvimento com a criminalidade e uso
de drogas ilícitas é perigosamente maior.
Junte-se a isso o fato de que, num organismo jovem, o impacto e as consequências da ingestão
de bebida são muito diferentes do que os que incidem sobre um adulto, e a conclusão – unânime
– dos especialistas é: menores de 18 anos não devem beber sequer uma gota de álcool (…).

unicamp-redacao

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