Este texto está sendo escrito antes da prova do Enem, embora só vá ser publicado depois dela, mas o mote escolhido é um dos assuntos que sempre marca presença em questões desse exame.
Outra prova que tem uma certa ‘quedinha’ pelo assunto é a da Unesp, mas a Fuvest (vestibular da USP) também cobra domínio sobre esse assunto. Vejamos uma música que serviu de base para questões há alguns anos: E vejamos as questões cobradas a partir dela:
De que me adianta viver na cidade,“Tô aqui cantando, de longe escutando,” No verso destacado, a variante popular “tô”, além de ter sido empregada para caracterizar o teor da música sertaneja, desempenha também um papel na métrica do verso, que não aceitaria a forma “estou”. Explique o motivo pelo qual o compositor não empregou “estou”. Podemos observar que o intuito dos exames passa ao largo do preconceito linguístico. Muito antes pelo contrário, reconhecem essas produções populares como exemplo da língua em uso, por falantes com pouca escolaridade (talvez), mas com talento na expressão do lirismo e no emprego da função poética da linguagem. “Falar errado” não é um pecado mortal, é apenas uma consequência dos vários percalços pelos quais as pessoas podem ter passado ao longo da sua vida escolar (se e quando passaram pela escola) ou de uma escolha proposital do emissor, como fizeram vários escritores e compositores. É necessário, porém, que todos exercitem a empatia e o respeito ao próximo. E, no caso daqueles que dominam as diferentes variantes, devem empregá-las de acordo com a situação, pois Drummond dizia sobre a linguagem: “A linguagem / na ponta da língua, / tão fácil de falar / e de entender.(…)” e que o Português são dois. Já os linguistas afirmam que o Português são muitos! |
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20 de novembro de 2017
“A linguagem / na ponta da língua, / tão fácil de falar / e de entender"
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