NO INICIO DO BLOG

15 de novembro de 2017

TEMA DE REDAÇÃO UNIFRA

Como mencionei na sexta-feira, a mídia em geral precisa ser repensada em função da modernidade tecnológica, da velocidade da informação e da concorrência entre os veículos de comunicação, que não têm primado pela qualidade da apuração dos fatos. Nem da forma de sua divulgação, seja verbal ou impressa. Há, todavia, um lado positivo que vem ganhando espaço. (...) Refiro-me à forma esclarecedora como têm sido apresentados fatos lamentá- veis, como acidentes e crimes, provocados pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Os jovens começam a beber cada vez mais cedo, além do necessá- rio e da capacidade de seu metabolismo absorver sem transtornar as idéias e distorcer a realidade. A mídia tem procurado mostrar os efeitos que bebidas alcoólicas e drogas provocam. De forma didática, ao lado dos fatos lamentáveis provocados por essa combinação maligna, as explicações e esclarecimentos são veiculados com mais intensidade e didatismo do que se fazia antes. (...)  Comunicação mobiliza, Campanhas informam Rodrigo Laro* No programa Fantástico de primeiro de junho, teve destaque a matéria sobre as novas campanhas do Movimento Nacional Anti-Drogas, cujo foco centra-se na relação de dependência entre o consumo de drogas ilícitas e o financiamento da criminalidade.
No primeiro exemplo veiculado, uma garota compra maconha de um traficante que, por sua vez, repassa o valor da venda para outro em troca de uma arma. No exemplo mais chocante, a estória é contada de trás para frente e o jovem usuário vê a própria mãe ser assassinada pelo traficante, com a arma adquirida pela droga. A ênfase, durante toda a matéria, esteve nos possíveis efeitos das mensagens, para a mudança de comportamento do público-adotante. Não se discutiu se as campanhas seriam suficientes para alterar, na mesma medida, a ideia, a atitude e o comportamento de parcelas massivas de jovens sobre o consumo de entorpecentes. Por isso, o debate proposto não foi eficiente: propôs a campanha como único potencial causador do ato de não usar drogas. Não se questionou a necessidade de uma estratégia de comunicação ampla para alcançar o engajamento efetivo das audiências. (...) 
Em suma, a maioria das campanhas de prevenção à HIV/AIDS teve êxito informacional e até de conhecimento apreendido, pois boa parte dos públicos, além de recordar-se das campanhas e da causa veiculada, adquiriam a certeza da importância de evoluir ações em relação ao tema; especialmente sobre a necessidade de se utilizar preservativos, regularmente. No entanto, pelo prisma comportamental foram um fracasso, já que menos de um décimo das audiências específicas alteraram, significativamente, seus hábitos, pela simples exposição às mensagens. (...) 
QUAL O PAPEL DA IMPRENSA E SE ELA CUMPRE REALMENTE ESSE PAPEL?

Nenhum comentário: