“Nós, os millennials,
pioneiros na revolução tecnológica que mudou tudo, criamos uma nova forma de
nos relacionar, transformamos os hábitos de consumo e
também nossa atitude em relação ao trabalho. Entre hashtags e retuítes,
transferimos a insegurança e o narcisismo que dizem termos para o nosso ambiente profissional.
Diferentemente das gerações anteriores, para as quais a experiência demonstrava
capacidade, e o mais importante eram a hierarquia e os protocolos, agora muitos
dos jovens entre 19 e 30 anos questionam as regras, empreendem e se sentem
autênticos mártires do seu trabalho. Consideram-se indispensáveis, e 57% deles
precisam que seus chefes e seus companheiros estejam conscientes do seu
compromisso e esforço, a tal ponto que se sentem culpados por tirar férias.
Estas são algumas das conclusões do estudo Os Mártires do Trabalho, publicado pela organização Project: Time Off,
com a participação de quase 6.000 profissionais em tempo integral. […]
Os
nativos digitais queremos “gerar impacto” – nos sentirmos úteis, deixarmos um
rastro, sermos imprescindíveis –, o wi-fi é a nossa fonte de vida, e hiperventilamos se a bateria das nossas telas cai a menos
de 10% e ainda nos faltam horas para chegar em casa. Nossos
interesses contrastam com os de nossos pais, membros da Geração X e do baby boom, quando as necessidades tinham mais a ver
com subsistir, tentar viver melhor ou simplesmente ter vida pessoal. ‘Tivemos
tudo, e tivemos mais fácil, não precisamos nos preocupar em sobreviver, e isso
nos deixa muitíssimo tempo para pensar e nos afogar em uma ansiedade vital que
não sabemos administrar’, diz Laura Ponsa.”
“Os millennials,
aqueles que nasceram entre o final dos anos 1970 e começo dos anos 2000,
cresceram com a tecnologia à sua volta. Apesar dos muitos benefícios, essa
geração tem sofrido muito mais com ansiedade, estresse e, consequentemente,
improdutividade, se comparada com outras faixas etárias.
De acordo com um estudo feito pela BDA Morneau Shepell,
prestadora de serviços de saúde para empresas americanas, 30% dos millennials
sofrem com ansiedade, enquanto 26% da geração X lidam melhor com esse problema.
As consequências desses males podem ser os mais diversos, mas o
estudo identificou que dois terços dos entrevistados atribuíram a
improdutividade no trabalho como a mais recorrente.
As causas da ansiedade podem ser desde a dificuldade em
ingressar no mercado até a grande oferta de opções, que não ajudam se decidir.
[…]”
Com base nos textos motivadores e no seu conhecimento, produza
um texto dissertativo-argumentativo tendo como tema: Ansiedade: a doença dos millennials.
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