A população brasileira está passando por um acelerado envelhecimento populacional devido à significativa redução da taxa de fecundidade desde a década de 1960 e ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros.
Nos anos 60, a média de filhos por mulher era de 6,28; em 2010, esta média caiu para 1,90 filhos, ou seja, houve uma diminuição em cerca de 70%. Em contrapartida, no mesmo período, a longevidade da população brasileira aumentou 25 anos, chegando a 73,4 anos em 2010 segundo dados do IBGE.
Estima-se que, em 2050, o percentual de pessoas com mais de 60 anos corresponderá a cerca de 30% da população do Brasil, o que modificará o perfil da sociedade brasileira em termos de saúde, demografia, trabalho, estudo e renda. Em termos de ENEM, portanto, o envelhecimento populacional e suas consequências sociais pode ser um tema da proposta de redação da prova de 2017.
Uma população mais velha exigirá do governo políticas públicas que promovam a autonomia, a independência e a saúde deste grupo de pessoas. O aumento da longevidade não deixa de ser uma conquista nacional, já que isso significa que as condições e a qualidade de vida do brasileiro melhoraram, mas isso também demanda investimentos em áreas específicas, como a saúde e a previdência social, por exemplo.
Outra questão importante é o que economistas e administradores chamam de “bônus demográfico” ou “janela de oportunidades”. Ambos conceitos se referem às oportunidades que surgem para um país quando o número de pessoas economicamente ativas, ou seja, em idade de trabalhar (dos 15 aos 64 anos), é maior do que a parcela da população dependente – menores de idade e idosos.
Em 2013, cada grupo de cem pessoas em idade ativa sustentava 46 pessoas dependentes e, segundo o IBGE, até 2022 esse número sofrerá uma queda, indicando uma grande quantidade de pessoas economicamente ativas. Porém, a previsão para 2060 é de que cada grupo de cem indivíduos em idade ativa sustentará 65,9% de indivíduos dependentes.
Medidas para tentar salvar a previdência social no Brasil da falência já estão sendo tomadas e sabemos que são medidas nada populares, como o fator previdenciário e o aumento do tempo de contribuição ao INSS e de trabalho, para homens e mulheres, para atingir o teto das aposentadorias.
E em termos de saúde, o que o governo tem feito? E em termos de educação, lazer e cultura para a população idosa? O Estatuto do Idoso é respeitado no nosso país? O que você pensa sobre isso?
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21 de abril de 2016
Tema de redação - Ruyzão
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