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25 de junho de 2017

TOPÔNIMOS


Nas ‘baladas’ da década de 80, era frequentemente tocada esta canção:
In New York – Rio – Tokyo –
When I watch you dancing
I begin to feel like all romancing (…)

E ela me trouxe uma reflexão quanto ao emprego dos nomes desses lugares. Mudando para nosso idioma, tais cidades também são mencionadas nas canções por aqui. Vejamos esta, gravada por Zezé de Camargo e Luciano:
(…) Telefonei, mas ela viajou
Ninguém sabe onde ela foi
Nem quando vai voltar
Quem sabe foi pro Rio
Nova York, sei lá…
Acender a estrela de outro alguém
Noutro lugar (…)
Apesar de as letras KW e Y terem voltado oficialmente para o nosso alfabeto após o Acordo Ortográfico que está em vigor , é preciso atenção ao escrever os topônimos (nomes de lugares), pois essas palavras também devem respeitar as determinações da Gramática em relação à ortografia.
A regra geral é adaptar, aportuguesar, os nomes mais conhecidos, como Milão (Milano), Florença (Firenze), Londres (London), São Petersburgo (não consigo escrever aqui empregando o alfabeto cirílico, usado na Rússia, mas o termo transliterado para nosso alfabeto é Sankt-Peterburg), Cidade do Cabo (Cape Town), sempre seguindo as determinações do A.O. e preservar a grafia original daqueles que são menos familiares ou com ‘dificuldades particulares’, como perda de sentido ou a transformação numa expressão ‘gigantesca’ – Heildelberg, Salt Lake City, Falluja. Dessa forma, na música da dupla sertaneja deveríamos ter Nova Iorque, e na tradução da outra, teríamos Nova Iorque, Rio (sem alteração, por motivos óbvios hehe) e Tóquio.
Já os nossos topônimos de tradição histórica não sofrem alteração alguma na sua grafia, quando ela já estiver consagrada pelo consenso, pelo uso. É o caso do topônimo “Bahia”, que conservará a forma com “h”, quando fizer referência ao Estado. Apesar disso, os termos compostos e derivados desses topônimos obedecerão às normas gerais do vocabulário (o gentílico “baiano”, por exemplo).

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