SOMENTE A DOR É CAPAZ DE SARAR
Todos nós viveremos momentos de reviravoltas em nossas vidas. Quando o que era já não é mais. São momentos que definirão caminhos e sonhos, e que também ajudarão a definir quem somos.
Isso aconteceu comigo este ano, mas também já havia acontecido com outras amigas em outros momentos. Seja uma doença ou uma perda, todos esses momentos ajudam a definir o que queremos fazer nessa vida e deixam claro o nosso propósito.
Muitas vezes, confundidos pela rotina atarefada que nos faz ligar o automático, como se fôssemos máquinas produzidas em Westworld, acabamos buscando coisas que não são nossas e que estão distantes do nosso propósito, daquilo que realmente será capaz que nos preencher de alegria.
Muitas vezes, separamos os fins dos meios e esquecemos que “viver é significativo em si mesmo”, como diria Osho, e não há como nos separar (nossa alma!) dos nossos objetivos internos. Daquilo que irá fazer nosso coração sorrir e que pouco tem a ver com bens materiais e vitórias.
O momento de reviravolta é um lembrete: você não está na sua estrada. E, querendo ou não, somos obrigados a olhar pra dentro e enxergar o que realmente somos e o caminho que nos pertence. Por isso, não são momentos fácies. Exigem calma, paciência e muita serenidade. Enxergar o que está dentro de nós também significa enxergar nossos defeitos, nossos erros, e tudo aquilo que dói.
Nós não gostamos de doer.
Mas somente a dor é capaz de nos fazer sarar.
Em meio a um turbilhão, naquele pequeno espaço de tempo (que pode durar uma eternidade!), nossas virtudes são potencializadas e a clareza nos permite encontrar, aos poucos, sem pressa, os nossos caminhos. Lúcidos, escolhemos não apenas o que queremos, mas o que de fato a faz a nossa alma brilhar. Não há então outra sensação capaz de nos florir, apenas a paz do encontro: entre nós e nós mesmos.
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