Dando continuidade a nossa série de artigos sobre as estratégias de preparação para o Enem 2017, a assunto desta publicação tem como foco a incompreendida Teoria de Resposta ao Item (TRI). Afinal, entender como ela funciona, de fato, é fundamental para traçarmos uma estratégia realmente eficiente para o exame nacional.
Antes de continuarmos, vale ressaltar que este é o segundo artigo da nossa série chamada Estratégias para o Enem 2017, composta por três textos, que são:
Então, vamos ao assunto de hoje!
O que é Teoria de Resposta ao Item (TRI)
Diferentemente das formas de correções tradicionais, nas quais apenas o total dos acertos é levado em conta, a Teoria de Resposta ao Item (TRI) releva também as habilidades exigidas do aluno e o nível de dificuldade de cada teste.
Dessa forma, a TRI, utilizando funções e modelos matemáticos complexos, consegue estimar a probabilidade de cada participante responder acertadamente a determinada questão. Em outras palavras, por mais incrível que pareça, ela consegue identificar prováveis “chutes” de uma forma bastante precisa.
No caso do Enem, o modelo utilizado foi desenvolvido em 1968 pelo matemático Birbaum. Nele, são avaliados três parâmetros:
Como a TRI Consegue Descriminar um Chute?
Antes de tudo, é importante ressaltar que todas as questões da prova são previamente testadas, com a finalidade de conhecer a dificuldade de cada uma delas. Com os dados coletados e com o modelo matemático de Birbaum, são construídas as curvas características de cada questão. Veja abaixo um exemplo desse dessa curva (gráfico 1):
No exemplo acima, o suposto candidato A, que tem uma proficiência estimada de 650, teria aproximadamente 90% de chance de acertar a referida questão.
Mas Como a TRI Define a Proficiência de Cada Candidato?
Através do padrão de resposta de cada participante. Por exemplo, imagine uma prova com cinco questões com os seguintes enunciados:
Antes de explicar como o modelo consegue estimar a proficiência de cada participante, vale ressaltar que nos exemplos acima não colocamos as alternativas, pois, neste momento, as mesmas são irrelevantes.
Certamente você percebeu que as questões apresentam dificuldades (Proficiência) diferentes e crescentes. Ou seja, a primeira é a mais fácil de todas e a última a mais difícil. Com isso em mente, considere três alunos (a, b e c) e seus respectivos acertos descritos abaixo:
A – Acertou 1, 2 e 3
B – Acertou 1, 2 e 4 C – Acertou 3, 4 e 5
Note que os três supostos participantes obtiveram três acertos cada. Ou seja, numa prova convencional, todos eles teriam a mesma nota. Entretanto, seja sincero! Qual dos três você gostaria de ter na sua universidade? Antes de responder, vamos analisar o padrão de acertos de cada um.
O aluno A teve um padrão de resposta bastante coerente, pois quando se deparou com cinco questões sobre cilindro, ele acertou as três mais fáceis e errou as duas mais difíceis. Já o padrão de resposta do aluno B demonstra uma certa incoerência, afinal acertou a questão 4 e errou a questão 3, que é mais fácil. Quando analisamos as respostas do aluno C, a falta de coerência fica bastante evidente, pois das cinco questões sobre o mesmo assunto, ele acertou as três mais difíceis e errou as duas mais fáceis.
Dessa forma, podemos supor que o modelo matemática designará as seguintes proficiência para cada aluno:
Aluno A: 520
Aluno B: 480 Aluno C: 340
Agora voltamos a pergunta: qual deles você gostaria de ter na sua universidade? Tenho certeza que sua preferência será pelo aluno A.
É importante ressaltar que este exemplo é apenas uma simplificação para tentar ilustrar a lógica que o modelo matemático utiliza para classificar a proficiência de cada participante.
Conclusão
Com a curva característica de cada questão e com o padrão de resposta de cada participante, é possível prever a chance de acerto ao acaso de todos participantes em todas as questões! Fantástico, não é?
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4 de julho de 2017
Afinal, Como funciona a Teoria de Resposta ao Item (TRI) ? ENEM
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