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13 de julho de 2017

FRACASSO OU DESISTÊNCIA?

São duas palavras que costumam estar juntas uma da outra, mas na verdade a diferença é muito maior do que a maioria das pessoas pode imaginar, ainda mais se considerarmos as características daqueles que acabam de passar em por cada uma destas condições.
Estou falando sobre desistir e fracassar, estado ou situação sobre as quais qualquer um de nós pode passar. Para tentar desvendar esta diferença recorri ao meu eterno amigo Dicionário Aurélio.
Para desistir, encontrei uma definição relacionada a renunciar ou não prosseguir num intento. Sendo assim em outras palavras, podemos considerar que seja abandonar um determinado caminho devido a condições ou situações que podem ou não serem alheios a nossa vontade.
Já para fracassar encontrei terminações mais “fortes” dentre as quais ser mal sucedido e arruinar-se. Sem dúvida algumas indicações extremamente mais, digamos assim agressivas, que aqueles utilizadas para desistir.
Talvez justamente por isso as pessoas “prefiram” desistir a fracassar, ou abandonar a arruinar-se, algo perfeitamente razoável se considerarmos estas questões que envolvem até mesmo a própria auto estima de alguém.
No entanto, justamente por isso, é que o “dom” de fracassar é para poucos, e obviamente que não estou considerando questões relacionadas a competência de qualquer pessoa, ainda mais que os motivos por um fracasso pode estar a anos luz da existência ou não dela, ainda porque é muito mais “fácil” optar pelo caminho do abandono, muito possivelmente pela consequência do ato em questão.
Quando abandonamos, supostamente usamos uma série quase que infinitas de argumentações que nos conforte da decisão, até mesmo o medo de fracassar em um objetivo traçado previamente.
Já o fracasso, ao que parece, é algo mais definitivo, que embora permita o uso das mesmas justificativas utilizadas quando ocorre a desistência, tende a dar uma conotação mais negativa e decisiva junto a uma pessoa.
Talvez por isso que seja muito mais fácil encontrarmos pessoas que desistiram que aquelas que fracassaram, por mais que muitos prefiram efetivamente externalizar a desistência e não o fracasso.
Pode ser uma visão um pouco distorcida, mas particularmente acredito que a desistência traz junto dela necessariamente o amargor do fracasso, o que pode ser potencializado de uma forma maior se considerarmos o medo, o temor, a falta de planejamento, a falta de competência, a resistência a mudança e uma série de outras questões que vem a tona quando desistimos.
Por mais paradoxo que possa ser fracassar é algo para poucos, pois não é comum encontrarmos quem aceita enfrentar os riscos e as barreiras de seguir em frente apesar das dificuldades, do cenário contrário e da falta de recursos.
Talvez por isso seja muito mais fácil e cômodo desistir a fracassar
Jamais vi um empreendedor de sucesso falar sobre desistências de projetos anteriores, mas sim em fracassos, que permitiram um aprendizado para que eles não voltassem a bater a porta.
Bem seja de uma forma ou de outra são as nossas expectativas e efetivas crenças no sucesso que farão com que não abandonemos o nosso caminho, tão pouco não cheguemos onde desejamos.

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